Matza di Lourde
capeta e selvagem
e rude e agreste paisagem
suculento território de peste
e ela cai em tertúlias
e monólogos
e a plateia de arbustos
e gritos de animais
permitem-lhe a desordem.
-Paz é isto a di Matza,
e deixa tu meu cigarro
pender feito um tronco
bem-nascido, que aceitará
morrer no princípio da vida.
-Paz é isto a di Matza,
se dizes adeus é morrer
o cigarro pende na
secura dos lábios grossos
Matza perde alma do
outro lado da vida
desembocando sem húmus
longe da africa.
-ai a di Matza já não chora mais.
que a vida chorou por ela
e matou o peito de dor.
no lugar do rio grande corre
um outro de sangue
a di Matza, teus filhos estão aqui,
apagando incêndio
trazendo a savana no coração
e a alma morrida
com saudade di tu, Matza,
di tu, africa
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