Lobo Duarte




Quando no cais dos olhos se navega

Há pássaros guerrilheiros nascidos da chuva e do desespero.
Quando fechas os olhos aparece uma lua escura em volta das fogueiras apagadas de canções. Mas é preciso não esperar mais, a solidão é uma bala que nos mata.
Há pássaros guerrilheiros que cantam o poder da primavera e cheiram às flores do desespero, aventura louca e desenfreada do amor.
Agora fechas os olhos e é para que a noite adormeça na margem do silêncio ao pé da água. Mas é preciso não esperar mais, a solidão é um olhar que nos trespassa quando no cais dos olhos se navega


Comentários

Anónimo disse…
Agora fecha os olhos e sente a poesia.


Gostei do poema.
Nina Owls disse…
ainda bem. É de Coimbra o seu autor.
Obrigado pela visita

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