Paula Rêgo na Câmara Clara
Tragédia pintada de um povo contador de histórias. Vale bem a mostra de trabalhos e a entrevista em vídeo da Casa de Histórias no Estoril, para quem a artista doou 257 pinturas e emprestou mais de 100 desenhos seus. Fala de épocas distintas, de pessoas e valores, de mágoas e factos vividos, a par com a sua dificuldade de ser aceite. De autorretratos, de fantasias misturadas com vivências, de medos e mimos, de vinganças e papões. O vómito de Salazar, o referendo do aborto, as hipocrisias e a política, a sexualidade e, para breve, as mutilações clitorianas. Paula homenageia, por assim dizer, a Fundação Gulbenkian que sempre recebeu com entusiasmo o seu trabalho. Assume-se portuguesa universal londrina ;)
Clicando no título do post, terá acesso à entrevista possível conduzida pela jornalista do Câmara Clara, da Rtp2, Paula Moura Pinheiro. A pintura é uma forma de dar rosto à reivindicação e intervenção de políticas e ferramenta antipolíticas.
Comentários