Alberto Pereira
IMPOSSÍVEL
Chegar a ti, impossível.
As manhãs já não dizem tempo,
só o silêncio sabe o teu corpo inteiro.
Escorrego por cada palavra,
convenço a pele que não morreste.
Imagino-te ainda como se o sangue
pudesse adormecer.
Eu digo,
o sonho é ouro desavindo,
uma tocha louca no coração afogado.
As manhãs já não dizem tempo,
a mocidade das coisas
dança na peregrinação da distância.
Há beijos inebriados
que procuram a memória,
como se ontem não fosse noite.
Tenho os olhos rachados
pela obesidade das lágrimas,
são tantas as que despenteiam a ilusão.
Talvez nunca seja sempre,
por isso parto.
Chegar a ti, impossível.
As manhãs já não dizem tempo,
só o silêncio sabe o teu corpo inteiro.
Escorrego por cada palavra,
convenço a pele que não morreste.
Imagino-te ainda como se o sangue
pudesse adormecer.
Eu digo,
o sonho é ouro desavindo,
uma tocha louca no coração afogado.
As manhãs já não dizem tempo,
a mocidade das coisas
dança na peregrinação da distância.
Há beijos inebriados
que procuram a memória,
como se ontem não fosse noite.
Tenho os olhos rachados
pela obesidade das lágrimas,
são tantas as que despenteiam a ilusão.
Talvez nunca seja sempre,
por isso parto.
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