Bab, Baha'u'llah & o alinhamento planetário
Têm-me preocupada esta semana todos os aspetos planetários, agenda cheia, mas não só do alinhamento planetário, este fenómeno tem ocorrido sempre, nem sempre visível, mas sempre presente. As in conjunções desta semana (ou quincôncios), sim. Primeiro, porque são aspetos desafiadores para a humanidade superar e são vários, à dúzia. Depois, porque particularmente, os tenho no meu mapa pessoal. O astrólogo, na sua maioria, não fala deste aspeto (150º) bem como do semi sextil (30º). Estes aspetos não são trígonos, nem sextis, nada disso. Também não são quadraturas e nem oposições. Quando os planetas se encontram a 150º entre si, mas possuem qualidades distintivas, como por exemplo Virgem que é signo de terra mutável e áries que é fogo cardinal. E as respetivas casas onde ocorrem.
Quanto ao processo visual do alinhamento, anotem nas vossas agendas mentais, mas olhem o céu, procurando um horizonte sem prédios, nem obstáculos, menos smog industrial, mais natureza e, encontrem Vénus e Saturno, a sudoeste, logo ao anoitecer do dia 21 de Janeiro e, ainda na mesma noite, vislumbrem Marte a Leste e Júpiter um pouco mais acima. Marte será o único em oposição ao Sol, fazendo uma linha reta da Terra ao astro.
Como se não bastasse o deslumbramento, ainda teremos no dia 28 de Fevereiro, um novo desfile, este encontro com mais planetas presentes. Saturno, Mercúrio, Neptuno, Úrano, Júpiter e Marte, todos eles do lado do Sol, aparentemente, lado a lado, a realidade é que o que os olhos vêm é a aparente proximidade. Não estaria completo o espetáculo natural, sem a chuva de meteoros e eclipses que vão dançar no planeta. 2025 será um ano inesquecível para a humanidade. Sobretudo, para alturas de Abril. Sempre gostei deste mês, de uma forma bastante idealista. Abril representa para mim um sinal de Deus, de cada vez que chega, lembrando-me que o meu maior totem (o meu Pai - Sol) se foi nesta data, em ex équo com a chegada da democracia. E o meu pai, pessoalmente, era mais que a democracia, era a própria encarnação da Primavera, a mais lírica das estações, onde podemos ver as flores medrarem frutos e a beleza ser a clara constatação dos jardins de Saturno, do Éden na terra. Neste Abril, e para ser mais objetiva e menos vaga ou idilica, a partir de 28 de Fevereiro, Saturno e Neptuno se unem em conjunção e reinarão efetivamente durante 2026. É claro que há discordâncias em termos de datas, tantas quase como há astrólogos. Alguns garantem que esta conjunção ocorrerá em Fevereiro, outros em Abril e outros ainda, afirmam ser em Agosto, como é o caso de Molly. Porém, todos são unânimes em dizer que haverá um ensaio, antes de se firmar. Esta conjunção acontece de trinta e seis anos em trinta e seis. No meu mapa pessoal, é uma in conjunção e não me surpreende nada. Atendendo à saudade sempre presente que sinto do meu Sol. Quando nos falta o Sol, falta-nos quase tudo.
Para quem gosta de festas, guarde os seus foguetes irrisórios. Deus promove este espetáculo, dando continuidade ao que vem aí, eventos para nenhum de nós esquecer. O calendário das festas celestinas é sobejamente mais forte e musicado que tudo o que os humanos vão fazendo. Nada de bimbalhadas e nem de álcool e drogas, como Neptuno gosta. Nada de efeitos cénicos puramente ilusórios, porque quando chover, será chuva a sério. Com o alto patrocínio de Saturno. Porém, nesta conjunção, quem governa é Neptuno. Em Áries, o bélico da mandala.
A última vez que Neptuno esteve em Áries foi entre 1861 e 1875, quando se deu o início da guerra civil americana. De relevar que Neptuno ficará em Áries até 2039 e só ingressará em Áries cento e sessenta e cinco anos depois. Quem nascer neste ano de 2025, não verá o fim do reinado neptuniano voltar ao primeiro signo da mandala zodiacal. Que recebe a alcunha de bélico, mas destaque-se a parte positiva que é o empreendedorismo, a nova forma do "eu" se expressar, ganhando uma nova realidade de ser no mundo, largando velhas estruturas do self, evoluindo desse "eu" antigo, egoísta, centrado em si mesmo, para o "eu " do sacrifício, das causas coletivas. Neptuno dissolve fronteiras, Saturno é o limitador. Que perderá a força, nesta conjunção. Saturno representa a materialidade e Neptuno a essência para além da terceira dimensão. Depois de Saturno ter estado em conjunção com Plutão (em 2020), ficou marcado o acontecimento pela pandemia. Agora, a dança de Saturno será neptuniana. Ao ritmo da fantasia e das suas dissoluções, com anjos e arcanjos, deuses e adamastores. A simbologia sabiana reúne o misticismo e a fantasia de Neptuno associados aos ensinamentos aqui, na densidade de Gaia, através de Kronos, de Saturno, o pai que ensina.
Não estarão sós, apesar de não estarem em conjuntura, terão o apoio de Úrano, que entrará em Gémeos no próximo 7 de Julho. A comunicação expande e diversifica, em torno do novo, do inesperado. E claro, o Deus da transformação e do renascimento, Plutão, em Aquário, alterando o paradigma do poder, transferindo-o de mãos de alguns para as mãos do todo. Utopia? Veremos. Júpiter ingressará em Câncer e expandirá, esperemos, com a sabedoria de gurus e a paciência, graça e compaixão o plano afetivo e emocional. Olharemos sob outro prisma os laços de parentesco, os outros, o todo. Não são promessas, são as lições que estão planeadas lá em cima, no planalto da fonte, de onde poderemos beber, para saciar a sede de valores humanos.
Cláudio Fagundes (Aldebahran), através da leitura dos símbolos sabeus explicou a forma de divisão e subdivisão e a leitura dos símbolos, nas suas formas mais prática e metafísica, atendendo a vários estudiosos, homens e mulheres dedicados a extrair destas visões mediúnicas, o seu sinónimo mais amplo. E tal como não há só uma verdade, mas sim várias leituras da mesma, cada indivíduo deve ter em conta a sua história e fazer a respetiva destrinça, unindo o pensamento e lógica à sua intuição ou bússola interna que o liga às emoções mais profundas. Em questões de humanidade, todos os graus se podem medir no coletivo. Parece-me chegada a hora de, ainda com um pé na terra, poder ascender ao conhecimento da alma, para superar erros e crenças antigas desproporcionais para, junto com as gerações futuras, reestruturar alicerces que permitam a ascensão da humanidade para um patamar onde não imperem obstáculos ao seu desenvolvimento saudável. O grau 1 de Áries (Fevereiro de 2026), onde a mandala zodiacal inicia, aponta nessa mesma direção. Crenças antigas, padrões anacrónicos, são deixados para trás, quando essa nova compreensão e consciência surgem, para vermos a luz. Deixar partir o que serviu aos antigos, para, em seu lugar, romper algo completamente novo e genuíno, de um valor maior para o todo, e, nesse impulso inicial, entender com amor de que novas perspetivas se alinhavam para destruir e reconstruir antigas plataformas, bem como novas formas de pensar, sentir e ver o mundo. E, obedecendo a esse novo, decidir ser autêntico, integral e não esperar que outros aprovem o self de cada um. Ele se expressará para o bem maior. Tudo se inicia. E essa mulher erguida do oceano, abraçada pela foca é a compaixão por si mesmo, por não ter sabido mais, e, por agora escolher-se em total transparência e afirmação. Não há lugar a expectativa do outro, nem a dúvida de si mesmo. Operamos a partir daí, em consciência, depois da transcendência e sofrimentos coletivos. Todas as espécies da galáxia congregam e o mito da separação, mais uma vez, se autodestrói, na constatação da sua ineficácia. Seria pertinente abrir aqui um parêntesis para todos os que se sentem injustiçados, que viram progressar as mentiras e erros cínicos nas suas vidas e, para isso, fica aqui uma advertência. Olhem as vossas casas 12 e 7. Apenas a casa 7 fala de parcerias, sejam elas afetivas, sociais e comerciais. Nesta casa, encontramos os parceiros e inimigos declarados. A 12 é uma casa de clausura, de retiro espiritual, de hospitais e prisões, de asilos e exílios. Na 12, constam os inimigos ocultos que, não raras vezes, somos nós, contando-nos mentiras a nós mesmos sobre nós e os outros, sobre situações e irrealidades. O povo diz na sua imensa sabedoria: eu destruo o meu inimigo quando faço dele amigo. O contrário será, obviamente, inversamente consequente. O povo também diz no jargão popular que "a brincar, a brincar é que o macaco foi ao cú à mãe!" e isto teria várias interpretações. Seja para a casa 7, seja para a 12. A primeira é que, os que nos traem estão próximos, tantas vezes sangue do nosso sangue, laços do nosso afeto permanente. E estes não são declarados. Ocultam-se e guardam-se para a casa 12. Revelando-se sob um aspeto lunar, um evento eclíptico, uma resma de segundo é suficiente para que as máscaras se revelem e possamos entender as suas aspirações diabólicas. A religião, a política, o capitalismo e a corrupção deveriam ser temas a constar desta casa. Estão distribuídos pela casa 2, 3, 6, 8, 9, 10 e sim, também se percebem dentro da 12. As guerras iniciam, na sua maioria, por interesses ocultos, por falta de valores e verticalidade. Tudo isto (e isto é tudo) é tema deste ano e da sua transmutação que nos arrastará até 2027, já na construção de comunidades e grupos, acreditando na grande capacidade de Plutão (o dono das plutocracias em capricórnio) agora, por bons vinte anos a residir no signo e na era de Aquário. A luz virá dos momentos que nos esperam na escuridão. Liguem as vossas antenas e perscrutem a envolvência e as consequências do desvio de rumo. E se Saturno limita as fronteiras, em Áries, a fronteira é neptuniana, a dissolução do eu. Nodo norte, Rahu, o Destino a deixar Áries e a empurrar-nos para a casa 12, para que dissolvendo o velho, tudo se faça novo e integro. As gerações humanas merecem mais e melhor, deixar o eixo sul de Virgem, a organização que sobrestima o espiritual e plasma na terra, o material, enraizando o que o humano tem de pior, esquecendo o seu passado, que é o seu futuro. O motivo que nos trouxe a este planeta. Transcendência, não do outro, mas de nós mesmos, evoluindo para a nossa melhor versão. Acabaram as escravaturas, o tempo de viver para pagar contas, o tempo dos totens do capitalismo e das mentiras plásticas. O propósito eleva-se a Peixes, a compaixão, a empatia e a transcendência coletiva.
E aí o temos, o presente desembrulhado que ainda olhamos como futuro, e, no entanto, vivemos mais de acordo com quem somos, quando escolhemos tempo nenhum, ou, numa outra perspetiva, o tempo é sempre agora. Tal como o meu self, o vosso só existe para acrescentar e maturar no todo. Porque a lição final, o sumo a ser extraído é de que somos todos um. A divisão é a grande charada, a pretensa ilusão criada para separar e desunir a humanidade.
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