Thank You
Hoje decidi escrever-vos. Porque usar os monólogos tornou-se insuficiente.
O agradecimento cantado por ela versa-vos em todas as frentes, e, talvez, nem mesmo cantado e escrito se torne o suficiente. Sou otimista. Sempre fui. Todos os que participaram na conceção de quem sou internamente, externamente, de todas as formas. Honro toda a linha de ancestrais, de uma ponta à outra. Vós sois sol e lua no meu caminho por esta terra. Nunca estive só. Vós me acompanhais diariamente. Amo-vos e sinto a vossa falta física mas é tudo uma ilusão de maia a que estou agarrada ainda, do ponto de vista material.
Agora, aos meus inimigos, grata por me terem ensinado tanto. Sem vocês, seria muito mais árdua a retirada do véu. Vós fostes meus professores, mestres, comprometidos com a tarefa que trazeis de me derrubar e preciso de vos mostrar esta gratidão- o meu caminho abriu-se, materializo quem sou, e nunca é tarde para descobrirmos um novo amanhecer e sim, a vida é bela, tudo é perfeitamente equilibrado, tal como em baixo em cima.
Não se prendam mais a mim, ide colher o vosso destino e oferendas que os deuses têm para vós. Não se esqueçam de agradecer e de perdoar-vos a vós mesmos. De vos amares também. Cada um no seu caminho. Eu, no meu. Vós no vosso. O caminho despejou-se, a minha carga desprendeu-se, não sinto mais o peso de vos carregar para todo o lado, já vos conheço bem. O mérito não é só meu, porque cheguei a esta consciência depois de ser bem apunhalada por todos vós. Perdoem-me não citar nomes, fazeis parte de uma lista imensa que prefiro deixar atrás de mim. Cada um de vós colhe agora de mim o que merece. Vós não sois bem-vindos nem no meu presente, nem no meu futuro.
A ti, F. amor da minha vida, de tantas vidas, de sempre, que ficaste enredado nas malhas e nos limos do lodo, sei que a fonte te fará ver cada dia mais o que viveste até agora. Mas é aqui, neste pedaço de texto que te endereço tudo o que o amor floresce. Um excelente destino para ti, do que tiveres sonhado e trabalhado para. Não há mais tristeza em mim, nem coração partido. Até o coração sinto mais leve. Grata por tudo o que vivemos juntos e pelo que ficou por fazer. Não deixo mais luz acesa. Na verdade, o comboio já abandonou a estação, sem dor, sem mágoa, total amor para ti. Tu fizeste florescer o que de melhor trago em mim, tal como os meus queridos ancestrais. O espírito é luz, mas o teu é um farol capaz de iluminar uma cidade. Não precisas de mim, precisas de foco para as tuas batalhas e sonhos. Hoje liberto-me. Lutei. Da minha maneira. Da forma que sabia. Desesperei-me e morri muitos dias de saudades. Nem saudades mais trago. Apenas discernimento e esperança nos amanhãs todos. Sinto-me inteira. Sinto-te perto de mim, serás sempre a minha estrela, muito além da parte terrenal. Aqui se separa a minha vontade passada do meu eu atual. Não preciso que me ames. Amo-me o suficiente. Depois do amor que continua, que não se despede por ser eterno e contínuo, um abraço sem carne, sem braços e com muita alegria. Tu fazes parte da alegria que tenho dentro de mim. Amo-te ganga!
Aos que entraram nos meus caminhos, bem-vindos ao futuro.
Que as partilhas sejam recíprocas, que vos possa acrescentar e que sejamos todos os dias mais fortes e mais coerentes com o propósito que trazemos.
A Sinead deu o mote e estou mais que preparada para o que vem. A guerreira vestiu a armadura e está pronta para a defesa. Só vejo flores. Há flores por todos os lados. Amo-te Francisco, meu divino mestre, pela eternidade.
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