Alice Duarte
foto de Misha Gordin
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Oração
Pelos mortos que me entram na sala à hora de jantar
Pelas crianças feridas de olhos espantados
Pelos homens estropiados que aceitam o inaceitável
Pelas mulheres de rostos onde o rio de lágrimas secou
Pelos jovens que atiram pedras contra tanques
Pelos que matam e morrem e morrem matando
Por todos os que eu queria que não existissem ali
À minha mesa , na minha sala, no meu mundo
Eu peço a qualquer divindade que me oiça
Cristo, Alá, Jeová, Nossa Senhora
Os santinhos todos deste mundo que aumentam dia a dia
Eu peço ao Homem, divindade última da Terra em que vive
Que olhe , que se envergonhe
Que use a sua ira e a sua compaixão
E que justiça seja feita, hoje e para sempre
Amen
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Oração
Pelos mortos que me entram na sala à hora de jantar
Pelas crianças feridas de olhos espantados
Pelos homens estropiados que aceitam o inaceitável
Pelas mulheres de rostos onde o rio de lágrimas secou
Pelos jovens que atiram pedras contra tanques
Pelos que matam e morrem e morrem matando
Por todos os que eu queria que não existissem ali
À minha mesa , na minha sala, no meu mundo
Eu peço a qualquer divindade que me oiça
Cristo, Alá, Jeová, Nossa Senhora
Os santinhos todos deste mundo que aumentam dia a dia
Eu peço ao Homem, divindade última da Terra em que vive
Que olhe , que se envergonhe
Que use a sua ira e a sua compaixão
E que justiça seja feita, hoje e para sempre
Amen
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