Ary dos Santos
foto retirada da net
O poema original
Original é o poeta que se origina a si mesmo
que numa sílaba é seta noutra espasmo ou cataclismo
o que se atira ao poema como se fosse ao abismo
e faz um filho às palavras na cama do romantismo.
Original é o poeta capaz de escrever em sismo.
Original é o poeta de origem clara e comum
que sendo de toda a parte não é de lugar algum.
O que gera a própria arte na força de ser só um
por todos a quem a sorte faz devorar em jejum.
Original é o poeta que de todos for só um.
Original é o poeta expulso do paraíso por saber
compreender o que é o choro e o riso;
aquele que desce à rua bebe copos quebra nozes
e ferra em quem tem juízo versos brancos e ferozes.
Original é o poeta que é gato de sete vozes.
Original é o poeta que chega ao despudor
de escrever todos os dias como se fizesse amor.
Esse que despe a poesia como se fosse mulher
e nela emprenha a alegria de ser um homem qualquer.
O poema original
Original é o poeta que se origina a si mesmo
que numa sílaba é seta noutra espasmo ou cataclismo
o que se atira ao poema como se fosse ao abismo
e faz um filho às palavras na cama do romantismo.
Original é o poeta capaz de escrever em sismo.
Original é o poeta de origem clara e comum
que sendo de toda a parte não é de lugar algum.
O que gera a própria arte na força de ser só um
por todos a quem a sorte faz devorar em jejum.
Original é o poeta que de todos for só um.
Original é o poeta expulso do paraíso por saber
compreender o que é o choro e o riso;
aquele que desce à rua bebe copos quebra nozes
e ferra em quem tem juízo versos brancos e ferozes.
Original é o poeta que é gato de sete vozes.
Original é o poeta que chega ao despudor
de escrever todos os dias como se fizesse amor.
Esse que despe a poesia como se fosse mulher
e nela emprenha a alegria de ser um homem qualquer.
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