Matza di Lourde
Pintas
um céu de chuva parda
é terra e pó e nada
deslace de ais
balanço de corte final
enxada no ombro, até já
pá que cobre o teu corpo
tristeza no ar e
este jeito de quem
não sabe perder,
nem flores nem caixas
nem fitas nem adubos
nem recordos teus
nada pode recuperar-te
oferecias sorrisos em vida
e a comunicação foi cortada.
ainda te chamo, te confundo
viva entre os demais,
chamo-te pintas, pintas
e tu não voltas, nunca mais।
não te digo adeus que
te mancha a paz
e a marcha na
subida aos céus।
sim, porque deve haver
um céu para cães agnósticos.
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