Alice Bailey 22.22






 (Continuação do Raio do Ego, capítulo I)

Ao considerar os diversos graus de expansão da consciência deve recordar-se o fecho significativo de que existe um desenvolvimento constante e sequencial. A vida da alma, neste grande ciclo de vida que chamamos encarnação humana, passa, no plano do fenómeno, através de todas as etapas com a mesma orientação, poder e continuo crescimento e pela adaptação da forma às circunstâncias e ao ambiente, assim como o faz à vida de Deus ao fluir era atrás de era através dos diversos reinos da natureza. Através de tudo isto pode trazer-se com toda claridade o passo do filo da consciência no desenvolvimento. As formas constroem-se, utilizam e descartam. Os ciclos de vida levam às formas de certas etapas de desenvolvimento, necessárias para a consciência progressivamente inclusivo. Outros ciclos posteriores demonstram os efeitos definidos e específicos desta consciência desenvolvida, pois algumas vidas são predominantemente frutíferas em produzir causas (frase paradoxais de profundo significado) e outras em eliminar os efeitos das causas anteriormente iniciadas. Isto, no geral, poucas vezes se ressalta. Logo, os posteriores ciclos de vida, fazem com que estes dois aspetos -consciência e forma estabeleçam uma maior harmonia, produzindo assim um tipo de vida totalmente distinto. A analogia destes ciclos pode observar-se na Vida e a consciência do Logos planetário, à medida que essa grande Vida trata de expressar-se por meio dos quatro reinos da natureza. Todavia, (isto é de suprema importância) toda esta atividade, desenvolvimento dirigido, vivencia e propósito evolutivo, tudo quanto acontece nos reinos da natureza e nas etapas da vida condicionadora da família humana, muito via caleidoscópio dos acontecimentos, o surgir das características e tendências, a aparição de formas com seus matizes, qualidades e atividades singulares, sínteses e fusões, compromissos, instintos e aspirações, manifestações de amor e de ódio (como expressões da grande  lei de atração e repulsão), a criação de civilizações, ciências e artes com as  suas maravilhas e beleza -tudo isto não é mais que a expressão da vontade de ser de certos Seres ou Vidas. A sua consciência transcende de tal modo a humana que unicamente os iniciados de grau elevado podem penetrar no Seu verdadeiro Plano. O que na atualidade vemos é somente a expressão das suas energias no processo de criar formas e não da 15 evolução da consciência. O Plano, tal como o apresentam os discípulos mundiais, ao tratar de trabalhar e colaborar com ele é, unicamente, a perceção da parte que concerne à consciência humana. Até agora nem sequer havemos podido obter um vislumbre da vastidão do Plano sintético de outras evoluções que não só a humana, a super-humana e a sub-humana; tão pouco havemos podido captar aa estrutura do ideal de Deus que subjaz na totalidade dos processos manifestados, nem sequer o do nosso pequeno planeta. Tudo o que verdadeiramente sabemos é que o Plano existe, que é muito bom e que estamos incluídos em, e submetidos a ele. Eis aqui a chave para o difícil problema do livre-arbítrio. Poderia dizer-se que dentro dos limites da sábia orientação do homem inteligente existe o libre arbítrio, no qual concerne à atividade do reino humano. Ali, onde não existe atividade mental nem faculdade para discriminar, analisar, eleger, não há livre-arbítrio. Contudo, dentro os processos mais vastos do Plano, incluindo toda a evolução planetária, não há livre-arbítrio para o pequeno ente, o homem, o qual está sujeito ao que chamamos "atos de Deus", ante os quais não tem defesa, escapatória nem eleição. Isto encerra um indício da atuação do karma no reino humano; o karma e a responsabilidade inteligente estão, intrinsecamente tecidos e entrelaçados. Ao finalizar a nossa discussão sobre os três passos, a Individualização, a Iniciação e a Identificação, que marcam o progresso da alma, desde a identificação com a forma, até que ela mesma e a  sua própria identidade se perdem na identificação mais elevada com o Uno Absoluto, dirijamos o nosso pensamento a esse ponto, no tempo e espaço, em que a consciência espiritual se liberta de todo tipo de perceção e diferenciação e também da última sensação do EU, e se submerge nessa sublime condição , de onde já não existe o egocentrismo, tal como o entendemos. Mais adiante, consideraremos as etapas em que a alma -impelida pelas suas qualidades peculiares de raio- se apropria (para propósitos da experiência) dessas formas, que podem expressar e responder aos múltiplos tipos de perceção divina. Portanto, observar-se á que existem aqui dois pontos de identificação na larga experiência da alma. Um ponto, marca a etapa de onde a forma, a matéria, a substância, o tempo e o espaço, são fatores dominantes que aprisionam a alma dentro do seu tipo de consciência. Isto significa a identificação com a vida da forma. O outro significa a identificação com tudo o que está fora da expressão da forma e libertado dela. O que isso pode implicar está fora do alcance da nossa atual humanidade avançada e é conhecido em seu verdadeiro significado só por essas grandes Existências como o Cristo, o Buddha e aqueles de análoga posição na Hierarquia de Vidas. As qualidades geradas e desenvolvidas através da primeira destas identificações, persiste e dá cor à compreensão consciente, e deve recordar-se que a experiência adquirida nela dá por resultado a identificação final. Estas qualidades variarão de acordo ao predomínio de uma ou outra das energias de raio, porém, nas suas últimas etapas, não haverá consciência da qualidade ou do tipo de raio, mas, simplesmente, um estado de Ser ou vivencia que compreende a identificação com o Todo e, ao mesmo tempo, "mantém em solução" (se se pode usar um término tão inadequado) todos os resultados das identificações menores, as diversas diferenciações e distinções e os variados instintos, impulsos e intuições de raio. As qualidades contidas e expressadas e as possíveis ações, reações e perceções, estão sempre presentes e são suscetíveis de voltar a adquirir-se a vontade, no entanto, todas estão sob o limiar da consciência. Vivencia, Ser, Plenitude e Unidade, são as características que distinguem esta etapa altamente evoluída, que é, por sua vez, a base de 16 esse ciclo evolutivo superior do qual nada sabemos, insinuado no Tratado sobre o Fogo Cósmico e nas referências sobre os Sete Caminhos que se abrem ao adepto que passou a quinta iniciação. A absorção na Vida Una é o que caracteriza esse estado elevado de consciência. A sua principal característica consiste em libertar-se de tudo o que significam as palavras forma e ego; desde aí que muitas escrituras antigas, quando procuram considerar e explicar esta condição supranormal e superlativa, se vêm forçadas a empregar negações e a denominada "doutrina da negação". Só indicando o que não é esse estado de condição ou perceção, pode dar-se uma ideia do que, essencialmente, é. Estas negações (frequentemente mal interpretadas pelo leitor ocidental) são, portanto, o resultado da futilidade e o inadequado da linguagem para expressar a Realidade como se conhecia então. Depois de passar as iniciações superiores, o estado de consciência do adepto iluminado e libertado é tal, que a linguagem só serve para obscurecer e impedir a verdadeira compreensão. A consciência do iniciado é de natureza tão sublime que pode ser, unicamente, descrita em términos de liberação e negação, acentuando o que não é. É um estado onde não existe nem a coisa nem o ego, pois todo o conhecimento egóico está substituído por um estado do Ser e da consciência, somente suscetível de compreensão e expressão quando a vida da forma já não é de utilidade para a perfeita vida espiritual. É um estado em que não existe individualidade, contudo, possui o conhecimento subconsciente e as aquisições da experiência individual. O centro de consciência está tão longe de qualquer identificação separada e individual, que desaparece totalmente esse fator particular e só a vida macro cósmica é compreendida, sensivelmente. Desde o nosso ponto de vista atual, é um estado de inatividade, porque desapareceram todas as reações individuais até à atividade da matéria, estado de ser que chamamos egóico, de onde a Vida e a Mente já não podem ser impulsionadas à atividade por nenhum dos fatores que até agora produziram o que temos chamado atividade da alma e existência da forma. No entanto, ainda que a consciência seja distinta de todo o conhecido até agora e só pode ser expressa em termos de negação, deve recordar-se constantemente a verdade de que a perceção maior deve incluir sempre a menor. Em consequência, todas as possíveis ações e reações, identificações e focos, perceções e contatos, impulsos de raio, aproximações e distanciamentos, e todas as possíveis expressões da atividade e das qualidades divinas, fenomenológicas e não-fenomenológicas, estão incluídas no estado do Ser, que é, agora, o estado natural da Existência espiritual libertada e iluminada. Todos podem recuperar-se mediante a vontade, respondendo a uma necessidade, porém o Ser espiritual não está já sujeito ou identificado com elas. Cada uma das etapas do grande Caminho de Libertação ou Iluminação que temos considerado -Individualização, Iniciação e Identificação-, levaram à Vida ou ao homem interno espiritual, de um ponto a outro, de uma qualidade a outra, de uma realização a outra, da aparência fenomenológica à vida espiritual, da perceção física à perceção emocional sensorial e daí à separação e diferenciação mentais. Foi conduzido do inferno ao céu, do céu ao Nirvana, da vida condicionada do Ego pessoal ao da alma do grupo, e daí ao estado de libertação da vida intuitiva pura. Passou da experiência da forma a essa completa libertação de todas as impressões vibratórias que lhe corresponde demostrar à natureza do Ser puro (separado da existência fenomenológica). Porém, ao mesmo tempo, nada se perdeu da capacidade ou da qualidade, ou da perceção sensorial. Isto está belamente expresso nas palavras no Antigo Comentário que se fala nos arquivos dos Maestros. 17 "A qualidade da vida se desvanece. Pisca e se apaga. Todavia, os Benditos Seres revelam à vontade, essa qualidade. A cor pura permanece. "A natureza da vida na forma não aparece. Brilha por um momento, logo, desaparece. Os Benditos Seres podem tomar à vontade uma forma, porém, todavia, não são a forma. "Os sete grandes raios penetram na vida manifestada. São e, no entanto, não são. Tudo é e tudo não é. Porém, os Benditos Seres, em qualquer momento, podem penetrar na sua luz manifestada. Então levam o poder do espírito para satisfazer a necessidade expressa. A Luz não os detém; o Seu propósito não está aprisionado; a Sua vontade não está subjugada. Aparecem e desaparecem à vontade." (Uma expressão desta verdade pode observar-se em cada Lua cheia do mês de maio, em Touro, quando o Buddha se manifesta para dar cumprimento ao Plano, debaixo o imperioso mandato da sua própria vontade espiritual). "Nada detém aos Benditos Seres. Nem as deidades nem a forma; nem o desejo nem a mente; nem nenhuma qualidade da vida. São a vida pura; o ser puro; a vontade pura; o amor puro; a intenção pura; isto e só, parcialmente, é tudo o que o homem não iluminado pode captar. Os Benditos Seres não são, contudo, são. Os Benditos Seres não sabem nada, contudo, sabem tudo. Os Benditos Seres não amam, contudo, oferecem amor divino. Os Benditos Seres não recordam, contudo recapitulam tudo. Os Benditos Seres permanecem em estrito isolamento, contudo, podem tomar uma forma à vontade. Os Benditos Seres moram no lugar elevado e sublime, contudo, caminham, frequentemente, sobre a terra na luz fenomenológica. Os Benditos Seres não se manifestam por intermedio da forma; contudo, são todas as formas e todas as intenções. O Antigo Comentário continua logo no que poderiam considerar-se páginas, demostrando que os Benditos Seres não são nada e, contudo, são tudo o que existe; nada possuem, não obstante, são em Si Mesmos a expressão de toda a realidade; não habitam em parte alguma e contudo, estão em todas as partes; terão desaparecido, porém brilham em todo o Seu esplendor e podem ser vistos. Se acumula uma negação atrás de outra, só para ser, rapidamente, contradita num esforço por demostrar o quão longe estão da forma, ainda que a inclua, está a vida dos Benditos Seres. Isto termina com a maravilhosa exortação: "Portanto, alegrai-vos, ó peregrino, que persegues o Ser iluminado, pois ganho e perda são a mesma coisa; as trevas e a luz revelam perpetuamente a Verdade; o amor e o desejo invocam a Vida eternamente. "Só a dor vai embora. Só resta a felicidade – a felicidade do verdadeiro conhecimento, do contato real, da luz divina, o Caminho para Deus." Tal o verdadeiro objetivo, irrealizável até agora para nós ¿ Que é o que tratamos de fazer? Recorremos ao Caminho da Libertação, e nele tudo se desliza das nossas mãos; despoja-nos de tudo e nos vemos, inevitavelmente, forçados a desprender-nos da vida fenomenológica e da individualidade. Trilhamos o caminho da Solidão e temos uma oportunidade de aprender que, essencialmente, não somos nem ego nem não ego. O completo desapego e a discriminação nos levarão, finalmente, a uma solidão tão completa que nos invadirá o horror da grande obscuridade. Porém, quando este manto negro é removido e a luz penetra novamente, o discípulo vê que tudo o que ele havia obtido e estimado, e depois perdido e expulso, foi restaurado; contudo com a diferença de que a vida 18 não está mais aprisionada pelo desejo. Recorremos ao Caminho que nos leva acima da Montanha do Isolamento e descobrimos que é horrendo. Nesse "acima" devemos levar a cabo a batalha final contra o Morador no Umbral, para descobrir, também, que isso é uma ilusão. A parte alta do Isolamento e a batalha em si são meras ilusões e ficções próprias da irrealidade, é o último bastião da antiga miragem e a grande heresia da separação. Então, nós, os Seres Beatíficos, nos fundiremos, eventualmente, no amor e compreensão com tudo o que existe. O isolamento, etapa necessária, é, em si, uma ilusão. Trilhamos o Caminho da Purificação e, pouco a pouco, somos despojados de tudo o que nos é caro: a ganância pela forma, o desejo de ser amado e a grande miragem do ódio. Quando eles desaparecem, somos purificados e vazios.  A angústia da vacuidade é o resultado imediato, o qual nos prende e sentimos que o preço da santidade é demasiado elevado. Todavia, permanecendo no Caminho, todo o ser é, repentinamente, inundado de luz e amor, e observa-se que tal vacuidade constitui aquele através do qual pode afluir a luz e o amor a um mundo necessitado. O ser purificado pode, então, habitar esse lugar onde moram os Benditos Seres e desde aí "iluminar o mundo dos homens e das deidades". Existem quatro caminhos que se abrem ante os discípulos do Senhor do Mundo, e devem ser trilhados antes que se liberte o Ser interno, o Filho de Deus libertado possa atravessar à vontade, o que se denomina simbolicamente "os quatro portais da Cidade  de Shambhala" -essa cidade do Altíssimo Deus que está sempre impelida pela Vida dos que lograram libertação mediante a solidão, o desapego, a unidade isolada e a purificação. A meta e o caminho para ela são valiosos neste momento, e os mestres da humanidade procuram encorajar os Filhos de Deus a compreendê-lo. De acordo com o tipo ou qualidade de raio, assim será a reação da vida às grandes etapas de Individualização, Iniciação e Identificação. Esta é uma conhecida e importante verdade oculta, porém, necessita ser considerada e meditada. Recordemos que estamos considerando as qualidades que regem as aparências e expressam a vida. O que na literatura oriental se denomina "o Bendito Ser" se refere àquele que expressa perfeitamente certa qualidade de raio por meio de uma aparência fenomenológica eleita e assumida à vontade para o propósito de servir, porém, não constitui uma limitação nem mantém refém o Bendito Ser, porque a sua consciência não está identificada com a aparência fenomenológica nem com a qualidade que expressa. a. A INDIVIDUALIZAÇÃO E OS SETE TIPOS DE Raio.  Descreveremos a reação destes sete tipos de raio no processo da Individualização (processo de identificação com a forma) mediante sete enunciados ocultistas que, sim, são corretamente compreendidos, proporcionarão a chave da nova Psicologia. Eles personificam os principais impulsos, a qualidade nativa e a técnica de desenvolvimento. Primeiro Raio: "O Bendito Ser se introduz como uma flecha na matéria. Destrói (ou rompe) o caminho pelo qual poderia tornar. Se enterram nas profundidades da forma. Afirma: ‘Voltarei. O Meu poder é grande. Destruirei todos os obstáculos. Nada poderá impedir o meu progresso até à meta. Ao meu redor, a mentira, o que eu destruí. O que devo fazer?' 19 A resposta foi: 'Põe ordem no caos, ó peregrino, no caminho da morte; Este é o seu caminho. É preciso aprender a amar. Você possui vontade dinâmica. A destruição certa, para desenvolver o Plano, deve ser o seu caminho. Ajustando-te ao ritmo do planeta se libertará o oculto Bendito Ser e trará ordem'." Segundo Raio: "O Bendito Ser construiu uma arca. construiu-a por etapas e a pôs flutuando, ao sabor das águas. Ocultou-se profundamente e a sua luz já não foi vista -unicamente se viu a arca flutuando. Se lhe ofereceu dizer: Foi construído, e construído, solidamente, porém estou refém, dentro da minha construção. A minha luz está oculta. Só a minha palavra surge. Ao meu redor vagueiam as águas. Posso tornar ao lugar de onde vim? Tem a palavra suficiente poder para abrir, amplamente, a porta?  Que devo fazer?' A resposta foi: ‘Constrói agora uma arca transparente que possa revelar a luz, ó Construtor da arca. E por meio dessa luz, revelarás o caminho iluminado. O poder de construir novamente, o emprego correto da Palavra, e o uso da luz -os quais libertarão o Bendito Ser, profundamente oculto na arca'." Terceiro Raio: "O Bendito Ser acumulou força.  Ocultou-se detrás de um véu. Envolveu-se dentro desse véu, e ocultou profundamente o seu rosto. Nada podia ser visto exceto o movimento e aquilo que ondulava. Dentro do véu estava latente o pensamento. O pensamento transmitiu: Por detrás deste véu de maia, eu permaneço, o Bendito Ser, porém não revelado. A minha energia é grande e, por meio da minha mente, posso despregar a gloria da divindade. Portanto, como posso demostrar esta verdade? ¿Que devo fazer? Divago na ilusão. Se ouviu a frase: ‘Tudo é ilusão, Ó Morador das trevas. Saia à luz do dia. Ela desdobra a glória oculta do Ser Bem-aventurado, a glória do Um e Um. A glória e a verdade destruirão rapidamente aquilo que escondeu a verdade. O prisioneiro pode ser libertado. Rasgar o véu que cega, enunciar claramente a verdade e praticar o bem, proporcionarão ao Bendito Ser esse fio de ouro que o libertará do labirinto da existência terrenal'." Quarto Raio: "O Bendito Ser lançou-se ao combate. Ele via a existência como duas forças guerreiras e lutou contra ambas. Cingido na armadura de guerra, parou a meio caminho e olhou para os dois caminhos. O calor da batalha, as várias armas que aprendeu a empunhar, o desejo de não lutar, a emoção de descobrir que aqueles que ele estava lutando eram seus irmãos, e ele mesmo, a angústia da derrota e o hino de sua vitória. - Tudo isto o abateu. O Bendito Ser se deteve e interrogou: "De onde provêm a vitória e a derrota? Não sou, por acaso, o Bendito Ser Mesmo? Invocarei aos anjos para que me ajudem'. O som como uma trombeta, e ele proclamou: 'Levantai-vos, lutai e reconciliai os exércitos do Senhor. Não haverá batalha. Força o conflito a cessar; invoca a paz para todos; fazei de ambos um só exército do Senhor; Que a vitória coroe os esforços do Bem-aventurado, harmonizando tudo. A paz está por trás das energias da guerra." Quinto Raio: "O Bendito Ser ignorava tudo. Deambulou na mais profunda obscuridade espiritual. Não encontrou explicação para este modo de vida. Ele procurou entre os inúmeros fios que tecem a veste do Senhor e descobriu que havia inúmeros caminhos que levavam ao centro da trama eterna. As formas que tecem esse tecido escondem a realidade divina. Ele desviou-se e foi tomado pelo medo. Ele se perguntou: 'Outra trama deve ser tecida; outras roupas devem ser feitas. O que devo fazer? Mostre-me outra forma de tricotar." Respondeu a Palavra na tripla forma. A sua mente respondeu à visão claramente evocada: -`A verdade está oculta no Caminho desconhecido. O Anjo da Presença custodia esse Caminho. A mente revela ao Anjo e ao Portal. Mantém-te nessa Presença. Levanta os teus olhos. Entra por essa porta dourada. Assim, o Anjo, que é a sombra do Bendito Ser, revelará o portal aberto, Esse Anjo também 20 deve desaparecer. O Bendito Ser permanece, passa através do mesmo portal e entra na luz sublime'." Sexto Raio: "O Bendito Ser captou a visão do Caminho e o seguiu sem discriminar. A ira caracterizou os seus esforços. O caminho conduzia ao mundo da vida dual. Ocupou o seu lugar entre os pares de opostos, e à medida que oscilava como um pêndulo entre eles, obtinha fugazes insights da mente. Oscilava no meio do céu. Tratou de oscilar até esse lugar radiante de luz, onde estava o portal no seu Caminho elevado. Porém, sempre oscilava entre os pares de opostos. Por último, disse a si mesmo: ‘Parece que não posso encontrar O Caminho. Experimento este caminho e o percorro com energia, sempre com o mais veemente desejo. Experimento todos os caminhos. Que devo fazer para encontrar o Caminho?' Um grito se ouviu. Parecia vir desde o profundo do seu coração: ‘Ó Peregrino que estás no Caminho da vida sensorial, você percorre o caminho semi-iluminado. Passa diretamente entre os mundos duais. Procure esse caminho estreito do meio. Vai levá-lo ao objetivo. Procure a perceção firme que leva à perseverança. A adesão ao Caminho escolhido, e a ignorância de pares de opostos, conduzirão este Ser abençoado que está no caminho iluminado à alegria do sucesso obtido." Sétimo Raio: "O Ser Abençoado procurou o caminho que leva à forma, mas segurou firmemente a mão do Mago. Procurou reconciliar o Peregrino, que era ele próprio, com a vida da forma. Encontrou-se no mundo caótico e tentou trazer-lhe ordem. Entrou nas profundezas mais profundas e mergulhou no caos e na desordem. Ele não entendeu, no entanto, ele permaneceu agarrado à mão do Mago.  Procurou estabelecer essa ordem que a sua alma desejava. Conversou com todo aquele que se encontrava, aumentando a sua confusão. Falou ao Mago da maneira seguinte: `Os Caminhos do Criador devem ser bons. Por detrás de tudo o que parece ser, deve haver um Plano. Ensina-me o propósito de tudo isto. Como posso trabalhar submergido na mais profunda matéria? Diz-me o que devo fazer?' O mago disse: ‘Escuta o ritmo dos tempos, ó Trabalhador do mais longínquo mundo. Observa a palpitação do coração em tudo o que é divino. Retira-te em silêncio e harmoniza-te com o todo. Então, aventura-te mais além. Estabelece o ritmo correto; leva a ordem às formas da vida, que devem expressar o Plano da Deidade'. Este Bendito Ser liberta-se através do trabalho. Deve demostrar o seu conhecimento do Plano, pronunciando essas palavras que evocarão aos construtores das formas e, deste modo, criar o novo’.” Poderia ser de valor sem se resumir em termos mais simples e menos ocultos à significação das anteriores estâncias esotéricas, a fim de expressar o seu verdadeiro significado em sucintas e concisas frases. Uma vez que estes não têm valor para os estudantes deste Tratado, que pertencem a diferentes tipos de raios, algum significado útil para que possam viver com mais verdade. O Espírito individualizado é expresso através dos vários tipos de raio através de: Primeiro Raio: Centralização dinâmica. A energia destrutiva. Poder egoísta. Desgosto. Isolamento. A ambição de poder e autoridade. O desejo de dominar. Força e vontade própria expressas, 21 levando a: O uso dinâmico da energia para desenvolver o Plano. O uso de forças destrutivas para preparar o caminho para os Construtores.

A vontade ao poder com o fim de colaborar. A compreensão do poder como a melhor arma do amor. A identificação com o ritmo do Todo. A extinção do isolamento. Segundo Raio: O poder de construir para fins egoístas. A capacidade de sentir o Todo e permanecer apartado. O cultivo de um espírito separatista. A luz oculta. A realização do desejo egoísta. O compromisso pelo bem-estar material. O egoísmo e a subordinação de todos os poderes da alma a esse fim, que conduzem a: A construção inteligente de acordo ao Plano. A Inclusividade. O anseio por sabedoria e verdade. Sensibilidade ao Todo. A renúncia à grande heresia da separação. A revelação da luz. Verdadeira iluminação. O uso correto da linguagem pela sabedoria adquirida. Terceiro Raio: A manipulação da força por meio do desejo egoísta. O uso inteligente da força com o motivo errado. Intensa atividade material e mental. A aplicação da energia como um fim em si mesmo. A ânsia de glória e beleza por objetivos materiais. A imersão na miragem, ilusão e maia, que levam a: A manipulação da energia, a fim de revelar beleza e verdade. O emprego inteligente das forças para o desenvolvimento do Plano. A atividade rítmica ordenada em colaboração com o Todo. O desejo de obter a correta revelação da divindade e da luz. A adesão à correta ação. A revelação da gloria e a boa vontade. Quarto Raio: A confusa luta. A compreensão do que é superior e inferior. A obscuridade que precede à expressão da forma. O ocultamento da intuição. O sentimento da desarmonia e da colaboração com a parte e não com o todo. A identificação com a humanidade, a quarta Hierarquia Criadora. O reconhecimento indevido do que a palavra produz. Sensibilidade anormal ao que é o não-eu. Os pontos de crise contínuos, que levam a: Unidade e harmonia. A evocação da intuição. Juízo correto e razão pura. A sabedoria que se expressa através do Anjo da Presença. Gostaria de sublinhar que existe constantemente um equívoco por parte do esotérico.  O Quarto Raio de Harmonia, Beleza e Arte, não é em si o raio do artista 22 criador. O artista criativo é encontrado sem exceção em todos os raios. Este é o raio da intuição e da harmonização de tudo o que foi provocado pela atividade da vida da forma, que é então sintetizada e absorvida pelo anjo solar; manifesta-se, oportunamente, como todo o que pode ser evocado e desenvolvido mediante o poder da Vida Una (a Mónada), atuando a través da expressão da forma. É o ponto de encontro de todas as energias que fluem através da tríade espiritual superior e a triplicidade inferior. Quinto Raio: A energia da ignorância. Críticas. O poder de raciocinar e destruir. Separação mental. O desejo de conhecimento, que leva à atividade material. A análise detalhada. Materialismo intenso e negação momentânea da Deidade. Sexto Raio: A violência. O fanatismo. A adesão volitiva a um ideal. A cegueira. A militância e a tendência a produzir dificuldades nas pessoas e os grupos. O poder de ver só o ponto de vista próprio. A energia da ignorância. Críticas. O poder de raciocinar e destruir. Separação mental. O desejo de conhecimento, que leva à atividade material. A análise detalhada. Materialismo intenso e negação momentânea da Deidade. A escolha do caminho do meio. Paz e não guerra. O bem do todo e não da parte. Sétimo Raio: Magia negra, ou o uso de poderes mágicos para fins egoístas. O poder de "ficar de braços cruzados" até que surjam valores egoístas. Desordem e caos devido à incompreensão do Plano. O uso errado da linguagem para alcançar o objetivo escolhido. A falta de veracidade. Magia sexual. A perversão egoísta dos poderes da alma, que conduzem a: A magia branca: O emprego dos poderes da alma para fins espirituais. A identificação de si mesmo com a realidade. Ordem correta através da magia certa. 23 O poder de colaborar com o Todo. Compreender o Plano. O trabalho mágico de interpretação. A manifestação da divindade. Um estudo cuidadoso das frases citadas, que demonstram as principais expressões errôneas e corretas da força do raio, ajudará o aluno a entender exatamente sua própria natureza de raio, bem como o grau de desenvolvimento que possui. Um dos maiores defeitos dos discípulos de hoje consiste em colocar demasiada atenção aos defeitos, erros e atividades de outros discípulos, e muito pouco para o seu próprio cumprimento da lei do amor e para o seu próprio dever e trabalho. O segundo defeito dos discípulos (e particularmente dos atuais discípulos ativos aceitos do mundo) é o uso incorreto da linguagem, motivado pela crítica ou pelo desejo individual de aparecer, que transmite significados ambíguos. O neófito foi obrigado a manter um silêncio prolongado. Não lhe foi permitido falar. Isso foi organizado para coibir a expressão física de palavras e ideias erróneas, devido ao conhecimento inadequado que possuía. Hoje deve aprender a mesma lição, é dizer, colocar atenção à perfeição e ao trabalho pessoais, mediante esse silêncio interno que ampara ao discípulo e o obriga a atender o seu próprio trabalho e ocupação, deixando que os demais façam o mesmo, e assim, aprender a lição da experiência. Grande parte da correta atividade está, atualmente, prejudicados pela troca de palavras entre discípulos, pois muitas vezes perdem muito tempo discutindo o trabalho e as atividades de outros discípulos. A humanidade precisa, mais do que nunca, de permanecer calada; você precisa de tempo para refletir e ter a oportunidade de sentir o ritmo universal. Os discípulos modernos sim, querem realizar o seu trabalho como é de desejar e colaborar corretamente com o Plano, necessitam dessa quietude reflexiva, interna, que não nega a intensa atividade externa, porém, que os liberta das críticas verbais, das discussões febris e da constante preocupação pelo dever e pelos móveis e métodos dos condiscípulos. b. OS RAIOS E A INICIAÇÂO. É-me impossível colocar, a claro, as reações de raio sobre o processo final que tratamos brevemente, ou seja, a etapa da libertação do espírito denominada Identificação. Tudo o que posso fazer, mesmo no caso da Iniciação, é transcrever as estrofes elementares que transmitem aos discípulos aceitos algo do significado da primeira Iniciação. No que diz respeito à identificação, as reações do iniciado esclarecido estão ao alcance de sua inteligência sob a forma de símbolos, que, se descritos, seriam completamente mal interpretados. Quando tenha lugar a terceira iniciação e ou iniciado é diante do portal aberto, então ele descobrirá o significado desse tipo de entendimento chamado, por falta de um termo melhor, Identificação. Primeiro Raio: "O Anjo da Presença permanece dentro da luz divina – centro e ponto de encontro de muitas forças. Estas forças encontram-se, fundem-se e concentram-se na cabeça daquele que está diante do Anjo. Permanecem cara a cara, olho a olho e mão a mão. A vontade reforça a vontade, e o amor vá ao encontro do amor. A vontade de poder funde-se com a vontade de amar e a força com a sabedoria. Ambas são uma. Desde esse elevado ponto de união O Ser libertado se apresenta e diz: Volto ao meu lugar de origem; Passo do sem forma para o mundo da forma. Eu quero ser. Quero trabalhar. Quero servir e poupar. Quero elevar a corrida. Eu sirvo o Plano com a vontade e o Tudo com o Poder." 24 Segundo Raio: «O Anjo da Presença atrai aquele que vagueia. O Amor Divino atrai o buscador que traça o Caminho. A fusão foi consumada. Boca a boca, expiram e inspiram a respiração. Coração a coração, eles fundem os seus batimentos num só. Pé a pé, transferem a força do maior para o menor e, assim, o Caminho é traçado. A força inspira a Palavra, a Sopro. O amor inspira o coração, a vida. Quando o caminho é percorrido, a atividade controla, triplicidade que traz a fusão. Então tudo se perde e se ganha. A palavra é pronunciada: "Eu traço o Caminho do Amor. Eu amo o Plano. A esse Plano apresento o que tenho. Dou a Todos o amor profundo do meu coração. Eu sirvo o Plano; eu sirvo a Todos com compreensão e amor.'" Terceiro Raio: "O Anjo da Presença permanece no centro das forças giratórias. Durante largas épocas, permaneceu assim, no centro de todas as energias provenientes de cima e de baixo. Sabiamente, o Anjo trabalha para que o Uno que está acima e o uno que está abaixo se fundam e sejam um. Doces notas claras enunciaram a hora e, então, os dois são um. O Anjo continua em êxtase. Orelha a orelha, peito a peito, mão direita à esquerda, os dois (que são os três) produzem a fusão das suas vidas. A glória brilha. A verdade é revelada. O trabalho está feito. Então o homem, a alma, exclama com poder: "Eu entendo o Caminho – o Caminho interior, o Caminho silencioso, o Caminho manifestado, porque os três Caminhos são um só. O Plano continua no Caminho externo; demonstra-se. O Todo permanece revelado. Connosco esse Plano. Quero servir a esse Plano com o meu amor e a minha mente'." Quarto Raio: "O Anjo da Presença permanece na sua rara beleza no Caminho iluminado. A Gloria da Presença flui através do campo de batalha, e a luta termina na paz. O guerreiro cai, revelado. O seu trabalho tem sido realizado. De trás para trás, permanecem o Anjo e o Guerreiro, unindo suas auras numa esfera radiante de luz. Os dois são um só. Surge a Voz: «Restaura-se a harmonia e resplandece a beleza do Senhor do Amor. Tal é o Plano. Assim se revela o Todo. O superior e o inferior se unem; Forma e falta de forma se fundem, se misturam e se reconhecem como uma só. Em harmonia com todas as almas unidas, sirvo o Plano." Quinto Raio: "O Anjo da Presença serve a todos os três — o de cima, o de baixo e aquele que sempre existe. (Isto significa que no quinto plano o Anjo é definitivamente encontrado e reconhecido, e que os três aspetos da tríade superior, budhi, mente abstrata e espírito, juntamente com o ego no corpo causal e na mente inferior, se misturam e se fundem.) O grande Triângulo começa suas revoluções, e seus raios se estendem em todas as direções, penetrando no Todo. Homem e Anjo se enfrentam e sabem que são um só. A luz que irradia do coração e da garganta e a luz do centro que está a meio caminho encontram-se, encontram-se e fundem-se. Os dois são um só. A Voz que fala em silêncio pode ser ouvida: "O poder que vem do ponto mais alto atingiu o ponto mais baixo. O Plano já pode ser conhecido. O Todo pode ser revelado. O amor que se estende do coração e a vida que emana de Deus serviram o Plano. A mente que é Sabedoria acumula tudo dentro dos limites do Plano, atingiu os limites externos da esfera da atividade de Deus. Esse poder anima a minha vida. Esse amor inspira o meu coração. Essa mente ilumina todo o meu mundo. Por isso, sirvo o Plano.'" 25 Sexto Raio: "O Anjo da Presença desce e, no ponto médio, atravessa as brumas da miragem. A trilha é clara. Aquele que percorre o Caminho e para lutar e luta cegamente com os dois que tentam impedi-lo e cegá-lo, vê o Caminho aberto e revelado. Parem de gritar e lutar. Encontre o seu caminho para a Presença. Joelho a joelho e pé a pé permanecem. Eles permanecem de mão em mão, peito a peito e frente a frente e assim permanecem. É assim que se funde e se mistura. Surge a trombeta: "Não há guerra. A batalha acabou. A miragem e as nuvens desapareceram. A luz e a glória do Dia chegaram. Essa luz revela o Plano. O Tudo já está connosco. O propósito é revelado. O que possuo, dedico-me a servir esse Plano." Sétimo Raio: "O Anjo da Presença levanta a mão para o azul do céu. Mergulha o outro profundamente no mar de formas. Assim, conecta o mundo da forma com a vida sem forma. Traz o céu à terra e a terra ao céu. Isto é conhecido pelo homem que está diante do Anjo. A frase, expressa por um símbolo colorido, simboliza a união completa entre o externo e o interno, o objetivo e o subjetivo, o espírito e a matéria, o físico e o essencial.) Os dois são um só. Nada mais pode ser apreendido. A Palavra manifestou-se. O trabalho foi concluído. A visão do Todo é alcançada. O trabalho mágico está feito. Mais uma vez, os dois são um só. O Plano é servido. Escusado será dizer que nada mais. "Estas frases tentam dar uma ideia do que o verdadeiro iniciado pode vir a entender quando permanece, na terceira iniciação, diante do Anjo, e vê que o Anjo também desaparece, de modo que só restam o conhecimento e a compreensão conscientes. Embora isto signifique atualmente pouco para nós, não deixará de servir para demonstrar a inutilidade de descrever, por meio das palavras, os segredos dos mistérios e da iniciação. Quando isso for mais bem compreendido, o verdadeiro trabalho que entra nas cerimônias maçônicas será igual à necessidade. Aqui estão algumas das verdades fundamentais emergentes que terão significado para discípulos e iniciados avançados que estão no mundo e atualmente lutando para servir ao Plano. O seu trabalho está frutificando, porém, as vezes necessitam do incentivo da promessa de uma futura e alcançável gloria para ajudá-los a seguir adiante. Portanto, este tratado é algo abstruso e totalmente simbólico; alguns podem achar difícil de entender, para outros tem pouco significado, e nenhum para outros. Se os discípulos do mundo realmente lutarem e aplicarem o máximo possível e praticamente o ensinamento dado, à medida que o tempo passa e sua razão e intuição são despertadas, eles descobrirão que essas declarações simbólicas e abstrusas se tornam cada vez mais claras e servirão para transmitir o ensinamento designado. Quando isto acontece, o Anjo da Presença aproxima-se do discípulo e ilumina o seu caminho. A sensação de separação diminui, até que finalmente a luz penetra nas trevas e o Anjo rege a vida.


2. OS DOIS CICLOS DE APROPIAÇÂO DO EGO 26 Entraremos agora a fazer uma consideração de certo carácter técnico sobre a relação do Ego e o seu raio, com as envolturas ou veículos e o seu raio, por cujo intermedio deve expressar-se y entrar no contato com certas fases da experiência divina. O fundamento do que aqui se expõe, em relação com os ciclos de apropriação, está explicado brevemente num Tratado sobre Fogo Cósmico e as afirmações extraídas da página 629, serão elucidados abaixo: 1. Quando o ego ou alma se apropria de uma bainha para se expressar e ganhar experiência, inevitavelmente ocorrerão períodos de crise: a. Um período consiste em mover-se para um determinado plano, a fim de poder encarnar. Isto significa descer para um plano inferior, ou mover-se de um plano inferior para um mais alto. Indícios da importância e natureza crucial desta transição podem observar-se em certas fórmulas aplicadas na maçonaria quando se passa de um grau a outro, por exemplo, quando se dá maior hierarquia a uma Logia, ascendendo-a, de um grau inferior a outro superior. b. Outro período de crise ocorre quando o corpo mental é impulsado à atividade e o corpo etérico é vitalizado em forma similar. 2. A relação entre o ego ou a alma, e o corpo físico denso, estabelece-se quando: a. O material dos três SUB planos inferiores do plano físico é introduzido no corpo etérico antes de encarnar fisicamente e estabelecer os potenciais canais de comunicação e saída, principais canais ou linhas de comunicação, que estão no centro que está na base da coluna e no centro na cabeça.  através do baço. b.  Se o trabalho descrito no primeiro ponto é feito no plano físico e sua técnica é compreendida, então o homem pode libertar-se do corpo físico com plena continuidade de consciência vigilante. Quando se tem realizado um trabalho similar num plano superior e a ponte está satisfatoriamente construída, o iniciado pode liberar-se das limitações da vida da forma e penetrar no estado de consciência chamado Nirvana pelos budistas. Neste estado elevado do ser deve entrar-se com plena continuidade de consciência. Estas duas crises principais na vida da alma – uma que leva à encarnação física e outra que liberta a alma desta condição – são e serão sempre o resultado da vibração, impulso, incentivo e ímpeto do grupo. Em certo período, um dos impulsos tem origem no grupo das almas, e o ego que encarna é parte integrante desse grupo; em outro, é o resultado da atividade de grupos de átomos vibrando em resposta (mas não em uníssono com) esse impulso egóico. Nesta frase resume-se o trabalho e a oportunidade da alma, pois ela trabalha para regenerar a matéria e não para consumar a sua própria salvação. Pode-se dizer que a libertação da alma ou do ego ocorre quando ela realizou o trabalho de salvar a matéria, usando-a e integrando-a nas formas. Não é principalmente porque o homem atingiu um certo nível espiritual ou porque demonstrou certas qualidades espirituais. O nível desejado e as qualidades espirituais alcançadas são manifestados quando os veículos foram 27 "salvos no sentido oculto", e a matéria foi transformada, transmutada e simbolicamente "elevada ao céu". Quando os veículos passam a vibrar em uníssono com a alma, a libertação foi realizada. Para. Assim como há cinco períodos de crise na vida do homem enquanto ele se esforça para alcançar o ponto culminante da iniciação (chamados de cinco iniciações), há cinco períodos semelhantes de crise no processo de tomar forma nos três mundos; Três são de maior importância: o primeiro, o terceiro e o quinto. Quando uma alma (também simbolicamente falando), agindo sob o impulso divino, encarna e se submete à experiência racial para desenvolver certas qualidades manifestadas, há também cinco períodos de crise. Falo aqui em termos da humanidade como um todo, como a humanidade expressa o que chamamos de "estado humano de consciência". Não me refiro à alma individual, se me é permitido usar este termo inadequado. Estes cinco períodos de crise sinalizam a transferência da vida da alma de uma raça para outra. Cada vez que isso acontece há desenvolvimento racial e a raça se apropria, mais ou menos conscientemente, de outro veículo de expressão. A classificação dada abaixo demonstra as apropriações que caracterizam as cinco crises raciais. 1. Na civilização lemuriana, a apropriação do corpo físico e seus cinco sentidos. 2. Na civilização Atlante a apropriação do corpo astral. 3. Na atual raça ariana, a apropriação do corpo mental e o consequente desenvolvimento intelectual. 4. Na raça futura, a apropriação consciente e a integração da tríplice personalidade. 5. Na última corrida a expressão, em toda a sua plenitude, da alma e dos seus veículos, e uma certa medida de manifestação espiritual. Temos, portanto, aqui cinco períodos de crise na vida do indivíduo juntamente com o todo; a primeira etapa (chamada de individualização) ocorreu na Lemúria; A terceira etapa acontece na nossa corrida, e uma etapa final terá lugar no final da idade. Estas fases têm lugar durante um período de tempo tão longo e estão tão estreitamente interligadas que cada fase e cada período permitem que a próxima seja realizada e, apenas, as mentalidades analíticas veem ou tentam ver a diferença que existe. O reflexo desta experiência quíntupla na vida individual ocorre na seguinte ordem, durante a vida do aspirante comum inteligente, que responde e tira proveito da civilização e da educação da época atual: 1. A apropriação do envelope físico. Acontece entre os quatro e os sete anos de idade, quando a alma que até então influenciava, toma posse do veículo físico.2. Uma crise na adolescência, em que a alma se apropria do veículo astral. As pessoas não reconhecem esta crise e só o psicólogo comum a percebe de forma vaga devido às anomalias momentâneas que apresenta, que não reconhece a causa, mas apenas os efeitos. 3. Uma crise similar ocorre entre os vinte e um e os vinte e cinco anos, em que a alma se apropria do veículo mental; então o homem comum deveria iniciar a responder às influências egóicas, e no caso do homem evoluído frequentemente o faz. 4. Uma crise entre os trinta e cinco e os quarenta e dos anos, em que se estabelece o contacto consciente com a alma; então, a tripla personalidade começa a responder como unidade, ao impulso da alma. 5. Durante os restantes anos de vida deveria estabelecer-se uma acrescentada e forte relação entre a alma e os seus veículos, o qual conduz a outra crise entre os cinquenta e seis e os sessenta e três anos. Dessa crise dependerá a futura utilidade da pessoa, de si o ego continuará utilizando os veículos até à velhice, ou sim, terá lugar um retiro gradual da entidade que mora internamente. No transcurso das épocas, existiram muitos ciclos de crises durante a história da vida de uma alma, porém, estas cinco crises maiores podem ser delineadas com claridade desde o ponto de vista da visão superior. Uma das formas em que a história da vida de uma alma é registada nos arquivos dos Maestros (no experimento planetário atual), se faz por meio de gráficos -que demonstram as crises racial e individual. Às vezes, aos aspirantes mais avançados, se os regista até às crises fisiológicas de importância. A história completa das relações da alma com os seus diversos veículos de expressão nos tês mundos, é a história dos diversos tipos de energia que se relacionam magneticamente entre si e estão, momentaneamente, subordinados aos distintos aspetos da força, com o fim de produzir esses campos de atividade magnética nos quais podem estabelecer-se determinados e necessários graus de vibração. Desde o ângulo dos iniciados da Sabedoria Eterna, a história do homem, o aspirante, é a história da sua resposta às energias aplicadas, ou a sua rejeição dos mesmos. O facto de a interação entre os vários tipos de energia resultar na formação daqueles agregados ou condensação de forças a que chamamos corpos, bainhas ou veículos (materiais ou imateriais), é incidental à questão principal, a do desenvolvimento de uma resposta consciente à vida de Deus. Figurativamente falando, pequenas unidades de energia são impelidas a entrar em contato com grandes campos de força chamados planos. Segundo a intensidade do impacto (que está determinado -falando simbolicamente- pelo poder da vontade originadora, a pseudo idade da alma, o poder da atividade grupal e o karma planetário ou grupal), assim, será a resposta entre a unidade de energia e o campo com o que foi contactado e, analogamente, a qualidade e a atividade vibratória dos átomos de matéria, atraídos e agrupados. Desta forma, estes constituirão uma forma temporária que pode ser exteriorizada e ser relativamente tangível e agir como um modo ou meio para a alma entrar em contato com formas e expressões superiores da vida divina. Quanto mais intrincada for a organização da forma e mais complexo e perfeito for o mecanismo de resposta, mais claramente será definida a idade da alma; A intenção 29 perfeita ou o poder da sua vontade não estarão tão sujeitos às limitações carmicas do veículo de condicionamento não desenvolvido. Não é possível realizar aqui um estudo mais aprofundado sobre este assunto. A apropriação, pela alma, das unidades de energia que constituirão o seu corpo ou invólucro, passando de um plano para outro e de um estado de consciência para outro, é um estudo tão abstruso e complicado que só os iniciados cujo desenvolvimento os capacita e cujo interesse os impele a trabalhar aplicando a lei do carma podem compreender a sua complexidade. (identificados no tempo e no espaço com substância e força). A psicologia usa duas palavras que estão intimamente relacionadas com esta difícil lei; eles indicam duas ideias básicas com as quais os iniciados treinados trabalham. A ideia de cânones e condicionamentos tem implicações ocultas definidas. Aqueles que atuam neste setor de trabalho esotérico têm a ver principalmente com o mundo dos cânones que subjaz a todas as atividades da super-Alma e das almas individuais. Lembre-se que este termo "almas individuais" é apenas uma frase limitante, usada pela mente separatista para definir os aspetos de uma mesma realidade. Em última análise, os cânones são apenas aqueles tipos de energia que lutam para emergir à expressão material e que eventualmente subordinam as energias óbvias e mais superficiais. (que chegaram à superfície durante o processo de manifestação a um novo ritmo imposto). Produzem, assim, a mudança de tipo, as novas formas e as diferentes notas, tons e aparências. Estes cânones são literalmente ideias divinas, pois surgem da consciência subjetiva de grupo e adotam as formas mentais que podem ser apreciadas e apropriadas pela mente e pelo cérebro do homem durante uma determinada época. Portanto, pode-se pensar que esses cânones ou ideias fundamentais que tomam forma e parecem controlar o "caminho do homem na terra", como se diz esotericamente, produzem o condicionamento de que estamos tratando aqui. De uma forma curiosa e textual não é assim. De acordo com o pensamento esotérico, o condicionamento (se corretamente compreendido) diz respeito à resposta inata e inerente da matéria ou substância a esse cânone. Poderíamos dizer que o cânone evoca e desperta a resposta, mas o condicionamento da atividade resultante é determinado pela qualidade do mecanismo de resposta. Esta qualidade é inerente à própria substância, e a interação entre o cânone e o material condicionado produz o tipo de envelope que a alma se apropria no tempo e no espaço, a fim de experimentar e ganhar experiência. Consequentemente, estudando este assunto e meditando profundamente sobre suas implicações, ficará mais claro que, à medida que o homem avança no caminho evolutivo e se aproxima do estado de iniciação, o condicionamento da forma, inata e inerente, aproximar-se-á cada vez mais das exigências desse cânone. Também deve ser estabelecido que o cânone é relativamente imutável e imutável em sua própria natureza enorme, quando vem tanto da mente da Deidade macro cósmica quanto do pensador microcósmico, mas o processo interno de condicionamento da matéria é mutável e num estado de fluxo contínuo. Quando na terceira iniciação ocorre a união do cânone com a forma condicionada, ocorre a Transfiguração do iniciado, o que o leva à crise final, onde ambos são conhecidos como um, então a forma (incluindo tanto o corpo causal quanto os veículos inferiores). Desintegra-se e desaparece. Do ponto de vista do verdadeiro cânone que existe eternamente nos céus, os estágios iniciais do desenvolvimento humano – como tudo na natureza – são aparentemente incipientes e amorfos. Existe uma forma física, mas a natureza interior fluida e subjetiva, emocional e mental, em nada condiz com o cânone e, consequentemente, 30 A forma externa também é inadequada. No entanto, uma crise após a outra ocorre, e a natureza interna da forma responde de forma mais definitiva e precisa ao impacto externo do impulso da alma (note esta frase paradoxal), até que o veículo astral e o corpo mental sejam apropriados e conscientemente usados. Não se deve esquecer que a evolução (tal como a entendemos e como deve ser estudada pelo intelecto humano) é a história da evolução da consciência e não a história da evolução da forma. Esta última evolução está implícita na outra e é de importância secundária do ponto de vista oculto. A consciência é, literalmente, a reação da inteligência ativa ao cânone. É como se hoje respondêssemos conscientemente e com um propósito cada vez mais inteligente ao design criado pelo Master Builder. Pois agora não podemos e não seremos capazes de penetrar nessa mente cósmica e vibrar em uníssono conscientemente com a Ideia divina, nem apreender o Plano tal como sentido e visto pelo Pensador cósmico. Devemos trabalhar com o desígnio, o cânone e o Plano, porque recentemente estamos no processo de nos iniciarmos nesse Plano e não sabemos o verdadeiro significado daquelas grandes Identificações que levaram o carpinteiro de Nazaré a exclamar: "Eu e meu Pai somos um. No entanto, também deve ser lembrado (e aqui reside a chave para o desenvolvimento do mundo e do mistério do passado, do presente e do futuro) que tratamos como matéria, substância e com formas que estão condicionadas e Foi quando o processo criativo começou. O material que existe nas pedreiras do propósito manifestado é, simbolicamente falando, mármore, e tem a condição de mármore. Não é argila ou ardósia. É com este mármore, e todos os atributos que lhe são inerentes, que o Templo do Senhor deve ser construído de acordo com o desígnio ou cânone. Esta substância condicionada deve ser aceite tal como existe e utilizada tal como está. Tal é a parábola dos tempos. O design, o material e o futuro templo estão todos subjetivamente relacionados, e isso é o que a alma sabe. A alma é quem se apropria do material (condicionado e qualificado) e durante épocas luta com esse material, empregando-o para construir formas experimentais, descartando-as à vontade, reunindo novamente o material necessário e construindo continuamente modelos mais adequados à medida que visualiza o cânone. Algum dia, o modelo será descartado, o cânone será visto como verdadeiramente é e o trabalhador, a alma, começará, então, a edificar conscientemente o Templo do Senhor, utilizando o material condicionado e preparado durante largas épocas, nas pedreiras da forma vida, vida pessoal. Portanto, duas crises na vida subjetiva da alma são indicadas aqui: 1. A crise em que a alma, cega, limitada e impedida pela forma, começa a trabalhar na pedreira da experiência, longe de seu país, com ferramentas inadequadas e momentaneamente em completa e autoimposta ignorância, em relação ao design ou cânone. 2. A crise que ocorre muito mais tarde, durante à experiência da alma, na qual conhece melhor o desenho e o material com que foi preparada. A alma não é mais cega e pode trabalhar colaborativamente com outras almas na preparação do material para o último Templo do Senhor. A alma, encarnada na forma humana, dá àquele templo a contribuição particular que dá ao todo, que simbolicamente se poderia dizer ser: a. A pedra colocada nos alicerces que tipifica a vida física consagrada. 31 ter. A coluna do Templo que tipifica o desejo ou a vida aspiracional. c. O desenho desenhado no quadro que corresponde ao Grande Cânone ou Design, e constitui um fragmento desse desenho que o indivíduo teve que fornecer e procurar. d. A radiação ou luz que aumentará a Shekinah, luz que "brilha sempre no Oriente". Quando a alma se apropria de um envelope atrás do outro para se expressar, surgem três coisas relacionadas à tarefa: 1. A condição prevalecente na substância das bainhas determina o equipamento. 2. A capacidade de responder ao cânone depende do grau de desenvolvimento da consciência. 3. A capacidade de trabalhar em ligação com o Plano depende do número e da qualidade das crises sofridas. Tudo isto acontece à medida que a alma passa repetidamente pela experiência da encarnação física; mais tarde, ele progride conscientemente de um plano para outro, e empreende tudo com intenção definida. O trabalho torna-se mais fácil e progride mais rapidamente à medida que a alma, ativa, inteligente e intuitivamente, começa a trabalhar com o cânone, transmitindo-lhe, quando passa de uma crise para outra. (cada um dos quais marca uma expansão da consciência), maior desenvolvimento e nova compreensão do grande Design, juntamente com uma equipe cada vez melhor e mais adequada para realizar o trabalho. Ao considerar a segunda parte da declaração contida neste tratado, que trata das relações entre a alma e seu instrumento – o mecanismo pelo qual ela expressa qualidade, atividade e, eventualmente, expressa divindade. (na medida em que esta palavra ambígua pode significar) – temos de abordar a questão de duas formas: em primeiro lugar, temos de considerar a utilização do mecanismo na Saída. Em segundo lugar, o uso do mecanismo no Caminho de Retorno. O primeiro caso refere-se ao que poderia ser considerado como o aspeto fisiológico, porque é na natureza física onde a consciência está mais focada; no segundo, refere-se ao mecanismo exclusivamente mental, embora a palavra "mecanismo" seja muito inadequada. Poderíamos parar por aqui e considerar por um momento a ideia de mecanismo e divindade, porque eles tendem a ser uma materialização da ideia de divindade particularmente no Ocidente. A divindade do Cristo é descrita, por exemplo, mencionando frequentemente Seus milagres e poderes supranormais que Ele frequentemente evidenciava. Os poderes supranormais não evidenciam, por si só, qualquer divindade. Grandes expoentes do mal podem realizar os mesmos milagres e demonstrar a mesma capacidade 32 de criar e transcender as faculdades normais do homem. Esses poderes são inerentes ao aspeto criativo da Divindade, o terceiro aspeto ou matéria, e eles estão ligados à compreensão inteligente da matéria e ao poder da mente de dominar a substância. Consequentemente, este último poder é divino ou não; é uma demonstração da capacidade da mente e pode ser empregue com igual facilidade por um Filho de Deus encarnado, agitando como Salvador do Mundo ou Cristo, e para aqueles seres que estão no caminho da destruição, e que não têm outro conhecimento chamem-lhes Magos Negros, Forças Diabólicas e Demónios. A Divindade (usando esta palavra no seu sentido separatista) expressa as qualidades do segundo aspeto, ou construtivo, de Deus – magnetismo, amor, inclusão, não-separatista, sacrifício pelo bem do mundo, altruísmo, compreensão intuitiva, colaboração com o Plano de Deus e muitas outras frases qualitativas semelhantes. Afinal, o mecanismo envolve a criação da forma, empregando a matéria para revesti-la com o princípio de vida que será demonstrado no poder de crescer, reproduzir, preservar a sua identidade, seja ela qual for expressar as suas reações instintivas e preservar a sua natureza qualitativa específica. A vida assemelha-se ao combustível que, em conjunto com o mecanismo, fornece o princípio motriz e torna possível a atividade e o movimento necessários. No entanto, há na manifestação mais do que as formas que possuem o princípio da vida. Há uma grande diversidade que se estende por toda a natureza e um princípio qualitativo que diferencia os mecanismos; há uma síntese e um propósito geral que desafia os poderes do homem a imitá-los criativamente, uma característica marcante da divindade. Expressam-se através da cor e da beleza, da razão e do amor, do idealismo e da sabedoria e daquelas inúmeras qualidades que, por exemplo, além do propósito, animam o aspirante. Resumida e inadequadamente expressa, esta é a Divindade. No entanto, é uma expressão relativa da Divindade. Quando cada um de nós se encontrar onde estão os Mestres e o Cristo, veremos tudo isso de outro ponto de vista. O desenvolvimento das virtudes, o cultivo da compreensão, a demonstração do bom caráter e dos altos objetivos, e a expressão de um ponto de vista ético e moral, são todos fundamentos necessários e precedem certas experiências definidas que eles introduzem a alma em mundos de realização tão diferentes do nosso ponto de vista atual que qualquer definição deles não faria sentido. Estamos determinados a desenvolver as qualidades e virtudes que irão "esclarecer nossa visão", porque produzem a purificação dos veículos para que o verdadeiro significado da divindade possa começar a emergir em nossa consciência. b. ALGUMAS PREMISSAS FUNDAMENTAIS Após o exposto, consideraremos o mecanismo que a anima e lhe dá vida e inteligência. Certas e reconhecidas premissas fundamentais podem ser mencionadas brevemente: 1. A alma anima o mecanismo de duas maneiras e através de dois pontos de contato no corpo: a. O "fio da vida", introduzido no coração. Existe o princípio da vida e a partir daí ela permeia todo o corpo físico através da corrente sanguínea, porque "sangue é vida". b. O "fio da consciência ou inteligência, introduzido na cabeça na região da glândula pineal, e a partir desse lugar de perceção ordena ou dirige atividades no plano físico através do cérebro e do sistema nervoso. 2. A atividade dirigente da alma, ou a sua autoridade de apreensão sobre o mecanismo do corpo, depende do grau de desenvolvimento ou da chamada "idade da alma". No que diz respeito à humanidade, a alma não tem idade, e o que realmente se quer dizer é o tempo que a alma passou aplicando o método da encarnação física. 3. O resultado desta dupla apreensão do mecanismo ao longo dos tempos foi condicionar o material juntamente com a sua natureza condicionada inerente. Produz uma forma adequada à necessidade temporária da alma e reflete, no tempo e no espaço, a sua «idade relativa» ou grau de desenvolvimento. Assim, isso produz o tipo de cérebro, a conformação do corpo, a condição do sistema endócrino e, consequentemente, a série de qualidades, o tipo de reação mental e o caráter com que um dado sujeito passa a existir no plano físico. A partir daí o trabalho continua. Isto pode ser considerado como um esforço para intensificar o domínio que o Pensador divino tem sobre o seu mecanismo. Isso levará a uma direção mais inteligente e gratificante, uma compreensão mais profunda do propósito e um maior esforço, a fim de abrir o caminho para a alma, instituir as práticas que tendem à conduta correta, ao discurso correto e ao bom caráter. As ideias contidas neste parágrafo ligam as conclusões da escola materialista dos psicólogos com a escola introspetiva e aquelas que aceitam o ego, alma ou entidade espiritual, demonstrando que ambos os grupos lidam com fatos e devem desempenhar seu papel juntos na formação do aspirante da Nova Era. 4. Ao seguirmos o método introspetivo e estudarmos o sujeito humano, descobrimos que, subjacente a todas as partes do corpo humano e constituindo uma parte definida de seu mecanismo, existe um veículo chamado "corpo etérico", composto inteiramente de fios de força que, por sua vez, formam Os canais através dos quais fluem tipos de energia ainda mais sutis e variados e também são condicionados pelo estado da alma durante suas manifestações. Estes fios subjazem e interpenetram todo o corpo e o sistema nervoso e são, de facto, o poder que ativa o sistema nervoso. A sua capacidade de resposta aos impactos externos e internos, É incrivelmente grande. As reações nervosas do discípulo e da pessoa altamente desenvolvida, cujo corpo etérico está em estreita harmonia com seu sistema nervoso, estão além da compreensão comum. 5. A soma total dos nervos, com os milhões de nadas ou a "contrapartida dos fios" no corpo etérico, eles formam uma unidade, e essa unidade, de acordo com os ensinamentos da Sabedoria Eterna, contém pontos de foco para os vários tipos de energia, chamados "centros de força", dos quais depende a experiência da vida da alma e sua expressão, não a do corpo. Estes fatores condicionam o sistema glandular do corpo.

6. Este sistema subjetivo e objetivo rege a manifestação da alma no plano físico. Indica, para aqueles que podem verdadeiramente ver, o domínio ou apreensão que a alma tem sobre o seu instrumento e também pode ser observado se esse domínio é ocasional ou parcial, total ou pleno. Isto é maravilhosamente expresso no aperto de mão dos maçons, que expressa uma parte culminante da experiência passada pelo candidato aos mistérios. Já disse acima que o principal canal de comunicação entre a alma e seu mecanismo é: a. O centro na base da coluna vertebral. b. O centro no topo da cabeça, onde está localizado o centro mais importante do corpo do ponto de vista da alma. Há o ponto de entrada e saída, a grande estação de receção de rádio e o centro de distribuição de direção. c. O baço. Centro subsidiário e órgão que está ligado ao centro cardíaco. Através do baço estabelece-se a ligação entre o princípio da vida (localizado no coração) e o sistema de consciência, inter-relacionando todos os órgãos materiais e a substância atómica do corpo físico. Isso indica que no corpo humano, no lugar onde o baço está localizado, com seu correspondente centro de força subjetiva, duas grandes correntes de energia se cruzam: a corrente da vitalidade física ou da vida, e a corrente da consciência dos átomos que constroem a forma. Observar-se-á que consideramos aqui o grupo da vida subconsciente e não a vida consciente e a autoconsciência. O baço é o órgão através do qual o prana planetário ou vitalidade é recebido e distribuído, que penetra através da "porta aberta" do centro de força do baço e passa para o coração. Aí se junta o princípio da vida individual. Através do centro do baço também passa a vida consciente da totalidade das células do corpo que, por sua vez, são os recetores da energia do aspeto ou princípio da consciência de todos os átomos e formas no quarto reino da natureza. Não espero que isso seja entendido ainda, mas a verdade pode ser melhor compreendida mais tarde, à medida que a corrida evolui. Aqui temos uma indicação da sensibilidade excessiva do centro do plexo solar aos impactos e impressões do grupo astral circundante. Há uma estreita harmonia entre o centro do baço e o plexo solar, e também com o coração. 7. Estas duas correntes de energia subjetiva e subconsciente cruzam-se na região do baço e formam uma cruz no corpo humano, porque cada uma atravessa a linha de força da outra, esta é a analogia no corpo humano da cruz da matéria, que é frequentemente mencionada em conexão com a Deidade. A consciência e a vida formam uma cruz. A corrente de vida que desce do coração e a corrente de energia vivificante, vinda do baço, passam (depois de atravessarem e produzirem um redemoinho de força) para a região do plexo solar, a partir daí, numa determinada fase da vida do aspirante avançado, unem-se definitivamente numa única corrente, onde se fundem com todas as energias, empregando os três pontos mencionados – a cabeça, a base da coluna e o baço – como um modo definido de comunicação, distribuição e controle 35, e finalmente saem, consciente ou inconscientemente, no momento da morte ou praticando a técnica que leva àquele estágio de controle conhecido como Samadhi. 8. Quando o agente diretivo da cabeça, deliberadamente e por um ato de vontade, eleva as energias acumuladas na base da coluna vertebral, transporta-as para os campos magnéticos dos centros que se encontram ao longo da coluna vertebral, e mistura-os com a dupla energia que emana do baço. Então a região da coluna vertebral entra com seus cinco centros em atividade, e finalmente todas as forças se unem em um único fluxo de energia fundida e mista, e três coisas acontecem: a. O fogo da kundalini sobe e consome imediatamente todos os tecidos etéricos, barreiras protetoras que separam os diferentes centros. b. O corpo etérico intensifica sua vitalidade e, consequentemente, o corpo físico é vitalizado, ativado e energizado poderosamente. c. Toda a aura é coordenada e iluminada, e a alma pode, à vontade, retirar-se de seu veículo físico em plena consciência vigilante, ou permanecer nele como um Filho de Deus encarnado, tendo plena consciência no plano físico, no plano astral e nos níveis mentais, bem como nos três aspetos da mente inferior, consciência causal e realização nirvânica. Este processo atinge o seu ponto culminante na terceira iniciação. Na vida do aspirante, o poder de produzir esse formidável acontecimento depende do trabalho interior subjetivo e espiritual descrito, como a "construção da ponte no plano mental", sendo realizado entre os três aspetos já mencionados. Este trabalho para toda a raça humana, começou a sua evolução e raça média-ariana, e agora é realizado muito rapidamente. O aspirante individual foi capaz de realizar este trabalho ao longo dos tempos e é a principal tarefa que os discípulos empreenderam hoje. Devemos acrescentar que o Novo Grupo de Servidores do Mundo é composto por aqueles que realizam este trabalho para a raça, e cada pessoa que constrói esta ponte se junta ao grupo oculto dos "construtores de pontes". Portanto, o trabalho realizado pelos nossos modernos construtores de pontes é em parte simbólico, porque faz a ponte entre os abismos, atravessa as águas e evidencia, de forma concreta, o trabalho que a humanidade avançada está fazendo hoje. É agora possível considerar o processo pelo qual o homem constrói a ponte sobre o abismo ou lacuna, simbolicamente falando, que existe entre o eu inferior, pessoal, e o eu superior, quando este age em seu próprio mundo. A ponte deve ser erguida antes que a unificação e a realização da integração total de todo o homem possam ser alcançadas. Para entender mais claramente o que está acontecendo, será útil definir com mais precisão o que é e consiste nessa natureza superior. Em estudos anteriores vimos que a alma é uma mistura dupla de energias – as energias da vida e da mente no que diz respeito à sua relação com o mecanismo. A fusão de ambas a energia no mecanismo humano produz o que chamamos de consciência – primeiro, autoconsciência e, finalmente, consciência de grupo. O mecanismo é, pela sua própria natureza, também uma mistura de ou fusão de energias - a energia 36 da própria substância que toma a forma da estrutura atômica do corpo físico, mais a vitalidade que anima esse corpo, e a energia desse corpo que chamamos astral, caracterizada pela sensibilidade, atividade emocional e aquela força magnética chamada desejo. Finalmente, temos a energia da própria mente. Esses quatro tipos de energia formam o que chamamos de eu pessoal inferior, mas o que liga subjetivamente essa personalidade à alma é o aspeto mental superior. A consciência inferior (quando desenvolvida) permite ao homem, ao longo do tempo, estabelecer contato consciente com a consciência superior. A mente concreta inferior deve ser despertada, compreendida e usada de forma definida antes que a mente superior possa ser o meio pelo qual o conhecimento das realidades que constituem o reino de Deus é adquirido. O intelecto deve ser desenvolvido antes que a intuição possa ser adequadamente evocada. Portanto, temos no caso do homem dois grupos dominantes de energias maiores, resultado de uma longa experiência adquirida em encarnar na forma, a energia de natureza ou desejo astral e a energia da mente. Quando estes são fundidos e misturados, perfeitamente organizados e usados, então temos uma personalidade ativa e poderosa. A unidade de energia fundida, chamada alma, tenta impor-se a essas energias e subordiná-las a objetivos superiores e diferentes. Suas duas energias (a da mente e a do amor, sendo esta última também uma dupla energia) são introduzidas, se esta palavra pode ser usada num sentido simbólico e esotérico, no cérebro humano, enquanto o princípio da vida, como já vimos, está enraizado no coração humano. As quatro energias do eu inferior – as energias atômicas, vitais, sensoriais e mentais mais as duas energias da alma, compõem as seis que o homem emprega na experiência da vida; Mas, em geral, a energia do átomo não é considerada energia humana porque é usada uniformemente em todas as formas de vida e em todos os reinos; portanto, o homem é considerado uma soma total de cinco energias e não seis. A alma humana (em contradição com a alma quando age em seu próprio reino, livre das limitações da vida humana), durante a maior parte de sua experiência, está aprisionada pelas energias inferiores e sujeita ao seu controle. Depois, no caminho da liberdade condicional, A energia dual da alma começa a aumentar sua atividade e o homem conscientemente tenta usar sua mente e expressar amor-sabedoria no plano físico. Isso simplesmente explica o objetivo de todos os aspirantes. Quando as cinco energias começam a ser usadas de forma consciente e inteligente para prestar serviço, estabelece-se um ritmo entre a personalidade e a alma. É como se um campo magnético se estabelecesse, e ambas as unidades vibratórias e magnéticas, ou energias agrupadas, começassem a entrar no campo de influência uma da outra. Nos estágios iniciais, isso acontece apenas ocasionalmente e muito raramente. Então é mais frequente, e estabelece-se um caminho de contato que acabará se tornando a linha de menor resistência, "modo familiar de abordagem", como às vezes é esotericamente chamado. Assim se constrói a primeira parte da "ponte", a antakarana, um caminho que deve ter sido percorrido quando a terceira iniciação é recebida, e o iniciado pode "passar à vontade para mundos superiores, deixando os mundos inferiores muito para trás; ou pode retraçar o caminho que leva das trevas à luz, da luz às trevas e dos mundos e submundos inferiores aos reinos da luz." Desta forma, os dois tornam-se um só e a primeira grande união no caminho do retorno é consumada. Em seguida, uma segunda etapa do caminho deve ser trilhada que leva a uma segunda união, ainda mais importante, porque leva à libertação completa dos 37 três mundos.

Deve-se lembrar que a alma é, por sua vez, a união de duas energias, além da energia do espírito, das quais os três inferiores são o reflexo. É uma síntese da energia da própria Vida (que se demonstra como o princípio da vida no mundo das formas), da energia da intuição ou amor-sabedoria, ou compreensão espiritual (que se manifesta como sensibilidade e sentimento no corpo astral), e da mente espiritual, cujo reflexo na natureza inferior é a mente ou o princípio inteligente no mundo das formas. Nestas três energias temos as atma-Buddha-manas da literatura teosófica, que formam esta triplicidade superior que se reflete nos três inferiores e se concentra através do corpo da alma nos níveis mais elevados do plano mental antes de ser "precipitado na encarnação", como se diz esotericamente. Modernizado o conceito, podemos dizer que as energias que animam o corpo físico e a vida inteligente do átomo, os estados emocionais sensoriais e a mente inteligente, devem ser oportunamente misturadas e transmutadas em energias que animam a alma, e são: a mente espiritual, que dá iluminação; a natureza intuitiva, que confere a perceção espiritual, e a experiência divina. Após a terceira iniciação, o Caminho é realizado mais rapidamente e a "ponte" que liga perfeitamente a Tríade espiritual superior com a reflexão material inferior é finalmente erguida. Os três mundos da alma e os três mundos da personalidade tornam-se um só mundo, onde o iniciado trabalha e age sem perceber qualquer diferença, vendo um mundo como o da inspiração e o outro como o campo de serviço, e considerando ambos como um mundo de atividade. O corpo etérico subjetivo (ou corpo de inspiração vital) e o corpo físico denso, são símbolos destes dois mundos no plano externo. Como é construída a antakarana?  Qual é o método que o discípulo deve seguir? Não consideraremos aqui o Caminho da Provação, no qual os grandes defeitos são eliminados e as grandes virtudes são desenvolvidas. Grande parte da instrução espiritual dada no passado tornou possível estabelecer as regras para cultivar as virtudes e qualidades exigidas no discipulado e também a necessidade de autocontrolo, tolerância e altruísmo, que são etapas elementares, e aqueles que estudam este tratado devem considerá-las um dado adquirido. Presume-se que tais alunos estejam preocupados não apenas em definir a natureza do discipulado, mas com as exigências mais abstrusas e difíceis exigidas daqueles que têm a iniciação como objetivo. O que consideramos aqui é o trabalho dos "construtores de pontes". Primeiro, a verdadeira construção do antakarana só ocorre quando o discípulo começa definitivamente a se concentrar nos planos mentais e a mente funciona de forma inteligente e consciente. Nesta fase, ele já deve ter uma ideia mais precisa das diferenças que existem entre o Pensador, o mecanismo do pensamento e o próprio pensamento, a começar pela sua dupla função esotérica que é: 1. O reconhecimento e receção das Ideias. 2. A faculdade criativa de construir conscientemente formas mentais. Necessariamente isso implica uma forte atitude mental e uma reorientação da mente para a realidade. Quando o discípulo consegue se concentrar no plano mental (a intenção primária do trabalho de meditação), ele começa a trabalhar com a matéria mental e 38 treina-se para empregar o pensamento e seus poderes. Você obtém alguma medida de controle da mente; você pode direcionar o farol de sua mente em duas direções: para o mundo do esforço humano e para o mundo da atividade da alma. Assim como a alma forja um caminho para si mesma, projetando-se em um fio ou fluxo de energia nos três mundos, o discípulo conscientemente se projeta nos mundos superiores. Sua energia surge através da mente controlada e direcionada, para o mundo da mente espiritual superior e para o reino da intuição. Desta forma, estabelece-se uma atividade recíproca. Simbolicamente falado em termos de luz quando se refere à resposta entre a mente superior e inferior, e o "caminho iluminado" (um termo frequentemente usado) aparece entre a personalidade e a Tríade espiritual, Através do corpo da alma, assim como a alma entrou em contato definitivo com o cérebro através da mente. Tal "caminho iluminado" é a ponte iluminada, que é erguida pela meditação e é construída pelo esforço constante de atrair a intuição pela subordinação e obediência ao Plano (que começa a ser reconhecido assim que a intuição e a mente estão em harmonia), pela Incorporação consciente no grupo através do serviço e com o propósito de ser assimilado ao todo. Tais qualidades e atividades baseiam-se na base do bom caráter e nas qualidades desenvolvidas no Caminho da Provação. O esforço para atrair a intuição requer uma meditação oculta dirigida (não aspiracional). Exige inteligência treinada, para que a linha de demarcação entre a compreensão intuitiva e as formas de psiquismo superior possa ser claramente vista. Exige disciplina constante da mente, a fim de ser capaz de "permanecer firme na luz" e desenvolver uma disciplina adequada e cultivada interpretação para que o conhecimento intuitivo correto alcançado possa ser revestido das formas mentais corretas. A subordinação ou obediência ao Plano envolve mais do que um entendimento vago e nebuloso de que Deus tem um Plano e que estamos incluídos nele. É mais do que esconder-se à sombra da vontade de Deus. É necessário diferenciar de forma inteligente entre: 1. a visão geral e o grande Plano Mundial para o planeta, e 2. as etapas imediatas do Plano em que a colaboração inteligente é necessária, agora e no presente imediato. Pode ser interessante aprofundar o conhecimento sobre as últimas raças de raízes e fazer conjeturas sobre a vida existente em outros planetas, mas isso é relativamente fútil e inútil, porque excita indevidamente A imaginação dá origem a um amor excessivo pelos detalhes, produz perda de tempo em presunções ilógicas e cria quimeras em intelectos não esclarecidos. O que é interessante e útil é a parte do Plano que se refere à sua implementação imediata. A característica do discípulo treinado é a obediência ao propósito e dever imediatos. Aqueles que conhecem o Plano muito mais do que eles não lidam com as improváveis, embora possíveis, hipóteses de desenvolvimento racial futuro. Eles concentram sua atenção no que precisa ser atendido imediatamente. Exorto todos os discípulos a fazerem o mesmo, pois, ao fazê-lo, tornam possível preencher a lacuna e ligar as duas margens dos estágios superior e inferior da consciência, entre o passado e a nova era, o reino de Deus e o reino dos homens, para ocupar o lugar que lhes cabe nas fileiras do novo grupo de Servidores do Mundo, cuja árdua tarefa exige o nosso esforço e sacrifício. Para a incorporação consciente ao grupo é necessário não viver a vida da personalidade, o que produzirá a subordinação do pequeno eu ao trabalho do todo.  Estas palavras são escritas e lidas muito facilmente; no entanto, eles contêm a tarefa que todos os discípulos devem realizar hoje. Onde esse incentivo e compreensão não existem, o discípulo ainda está longe do objetivo. Poder-se-ia dizer também que a construção da ponte pela qual a consciência pode facilmente agir tanto no mundo superior como no mundo inferior é realizada principalmente por uma tendência de vida dirigida e definida que constantemente impele o homem na direção do mundo das realidades espirituais e de certos movimentos dinâmicos de orientação e foco planejados e cuidadosamente regulados e dirigidos. O processo acima mencionado, o que foi adquirido durante os últimos meses ou anos é cuidadosamente avaliado, e o efeito dessa aquisição na vida diária e nos mecanismos corpóreos também é cuidadosamente estudado; então a vontade de viver como um ser espiritual e introduz na consciência com tal definição e determinação que produz progresso imediato. Os discípulos, que pertencem aos grupos de alguns (não todos) mestres, são encorajados a cada sete anos a fazer isso e a se submeter ao que é esotericamente chamado de crise de polarização." Este processo é uma espécie de recapitulação, como a que é conscientemente imposta durante a noite, só que se estende por um período de anos em vez de horas, o que merece ser considerado. No caso dos aspirantes consagrados, a construção da antakarana continua. Quando o trabalho é realizado de forma inteligente e com plena consciência do propósito desejado, e quando o aspirante não só reconhece o processo como está alerta e ativo para cumpri-lo, o trabalho continua rapidamente e a ponte é construída. Acrescentarei outra coisa em relação à construção do antakarana, que é o facto significativo de que quanto mais pessoas conseguirem ligar os aspetos superiores e inferiores da natureza humana, mais depressa será cumprida a tarefa de salvar o mundo. Quanto mais consciente e persistentemente este trabalho for realizado, mais cedo a Hierarquia do planeta retomará a sua antiga tarefa e ocupará o seu devido lugar no mundo, e os Mistérios e Mistérios também serão restaurados, portanto, o mundo funcionará mais conscientemente de acordo com o Plano. Cada entidade da família humana que triunfou no Caminho do Discipulado pode, por si só, ser relativamente pouco importante, mas o conjunto de entidades tem um enorme poder. Para vos animar e regozijar, direi que o número de discípulos no mundo aumentou muito. O sofrimento e as dificuldades, a aversão e os processos pelos quais ocorre o desapego e a ausência de paixão estão a fazer o trabalho necessário. Espalhados pelo mundo, em todas as nações e praticamente todas as semanas, homens e mulheres deixam o Caminho da Provação e entram no Caminho do Discipulado. Nisto reside a esperança do mundo de hoje. No acima pode ser visto o grande aumento da atividade dos Mestres. Tal evento ou transição nunca ocorre antes que o primeiro fio sutil de energia (análogo ao primeiro-cabo de aço de uma ponte no plano físico) tenha se enraizado na margem oposta; nesta forma, um sutil e (a princípio) Todos os meses, por altura da lua cheia, os Mestres intensificam os seus esforços e preparam homens e mulheres para o processo iniciático o mais rapidamente possível e dentro dos limites da segurança. Lembre-se de que o entendimento 40 deve sempre ir em paralelo com a compreensão intelectual de um determinado assunto, e isso impede que alguns discípulos deem esse grande passo à frente. O trabalho é realizado cumprindo o seguinte dever que estabelece a tendência consagrada da vida para a realidade, dissipando a ilusão e servindo com amor e compreensão. Este esforço está fora do nosso alcance? Ou as suas implicações estão para além da nossa compreensão? Não me parece. c. MÉTODOS DE APROPRIAÇÃO DOS SETE RAIOS Como já vimos, esse processo de apropriação é uma dupla questão, ou melhor, implica uma dupla atividade – a de receber e dar, acumular e renunciar, possuir o que se deseja e desligar-se do que foi retido. Os vários tipos de seres humanos pertencentes a um dos sete raios, cada um deles tem a sua maneira específica de o fazer, que irei indicar, e devem, ao mesmo tempo, lembrar-se de que o verdadeiro significado do que está a ser descrito e o significado do que está a acontecer só podem ser compreendidos por aqueles que realizam o processo de desapego. O estágio de apropriação ocorre cega e inconscientemente. O homem não sabe o que está fazendo. Só no final da sua longa peregrinação e do processo de apropriação é que descobre como está cansado de se agarrar ao não essencial e ao material, e como está disposto a desligar-se de tudo. Na vida de cada ser humano que viveu plenamente no plano físico e completou o ciclo de anos da sua vida, Este duplo processo é observado simbolicamente. Na juventude, os impensados (todos os jovens são impensados, pois é assim que a natureza age) agarram-se à vida e não pensam no momento em que devem separar-se da existência física. A juventude esquece, e com razão, a inevitabilidade desse último desprendimento simbólico a que chamamos Morte. Mas quando a vida desempenhou o seu papel e os anos cobraram o seu preço em interesse e força, o homem cansado e exausto não teme o processo de desapego nem tenta agarrar-se ao que antes desejava. Acolhe a morte e abandona de bom grado o que outrora lhe chamou a atenção. Ao considerar os processos de apropriação, devem ser estudadas as seguintes frases, pois lançam luz sobre as diferentes etapas e sob diferentes ângulos: 1. A etapa de concretização e materialização. A alma toma posse do que precisa e deseja para a construção da forma. 2. O estágio da encarnação, no qual se entra cegamente. 3. O período durante o qual o objetivo principal é a satisfação dos desejos, que vão desde o desejo físico e sua realização até o desejo geral e indefinido de libertação. 4. O processo pormenorizado de apropriação de a. um corpo ou corpos, b. um invólucro ou invólucros, c. um veículo ou veículos, d. uma forma ou formas. 5. Imersão na escuridão, resultado do desejo. Escolheu-se a escuridão da ignorância, e o homem começou, por desejo, a fazer o seu caminho das trevas para a luz, da ignorância para o conhecimento, do irreal para o real. Esta é a grande obra simbólica da Maçonaria. Constitui a definição do Caminho do Desapego. 6. O Caminho da saída para adquirir posses. 7. O egoísmo é a principal característica do eu em relação ao não-eu e sua identificação com ele. 8. O amor aos bens, a prostituição do amor espiritual. 9. A ânsia de adquirir, a ilusão da necessidade material. 10. O período chamado na Bíblia de "vida licenciosa" do Filho Pródigo. 11. A aplicação e uso da energia para fins pessoais e egoístas. 12. A vida da personalidade e tudo o que ela implica — ambição, propósito egoísta, etc. 13. Apego ao que é visto e conhecido e às formas conhecidas, familiares, externas e objetivas. 14. O estágio em que as formas-pensamento são construídas, primeiro sem perceber, depois com egoísmo deliberado. 15, O período em que se está absorvido nas coisas terrenas. 16. O mundo, a carne e o diabo. No que diz respeito à expressão da alma, regida pelo apego, as seguintes frases e parágrafos darão uma ideia do progresso da intenção: 1. A etapa da espiritualização e da desmaterialização. A alma age com o propósito de libertação e não de ganhar experiência no plano físico. 2. O descolamento da forma. 3. O período em que a saciedade é atingida; os desejos dominaram e foram tão satisfeitos com tanta frequência que deixaram de ter apelo. 4. O processo detalhado de libertar-se de: a. um corpo ou corpos, 42 b. um invólucro ou invólucros, c. um veículo ou veículos, d. uma forma ou formas. 5. A emergência na luz, forma simbólica de expressar o contrário: a imersão na escuridão. 6. O caminho do retorno, cujo motivo é não desejar nada para o eu separado. Início da consciência e trabalho em grupo. 7. Altruísmo, a principal característica da Alma ou do Eu. 8. Libertação do desejo de possuir e da ânsia de adquirir, que é, portanto, um estado desprovido de desejos. 9. O estabelecimento do sentido da realidade como princípio regente da vida. 10. O regresso do Fio Pródigo à casa do Pai. 11. A aplicação e emprego de energia para fins de grupo, em colaboração com o Plano para o todo. 12. A vida da alma com tudo o que esta frase implica. 13. O amor de Deus em contradição com o amor próprio. 14. Apego ao invisível, verdadeiro, subjetivo e real, só possível quando se desprendeu do visível, falso, objetivo ou irreal, 15. Libertação total do controle da mente inferior. 16. O período cujo centro de interesse é o reino de Deus e da alma. 17. Realidade. O amorfo. Deus.

Deve-se lembrar que, ao considerar os métodos de apropriação dos sete raios e os estágios opostos, lidamos com energias. Os alunos ocultos devem pensar e trabalhar incrementalmente em termos de energia. Diz-se esotericamente que essas energias "têm efeitos de condução, atrações magnéticas e atividades focadas". As correntes ou emanações de energia existem, como se sabe, em sete aspetos ou qualidades principais. Eles trazem os filhos dos homens para a encarnação e os tiram da encarnação. Eles têm suas próprias qualidades e características específicas, que determinam a natureza das formas construídas, a qualidade de vida que expressa em qualquer época ou encarnação, a extensão do ciclo de vida e o aparecimento ou desaparecimento de qualquer um dos três aspetos da forma. Breves parágrafos serão suficientes para definir cada uma das etapas de dotação. Parágrafos detalhando os métodos de desapego foram dados anteriormente no Tratado de Magia Branca. 43 Primeiro raio. A Energia da Vontade ou do Poder. O aspeto destrutivo. Das almas pertencentes a este raio diz-se secretamente "que chegam à encarnação pela violência". Apropriam-se dinamicamente do que precisam. Não têm dificuldade em satisfazer os seus desejos. Estão sozinhos em orgulhoso isolamento, vangloriando-se da sua força e da sua impiedade. Essas qualidades devem ser transmutadas pelo emprego inteligente do poder que as torna fatores poderosos para o Plano e centros magnéticos de forças, reunindo em torno deles trabalhadores e forças. Um exemplo disso pode ser visto no trabalho realizado pelo Mestre Morya, que é o centro magnético que atrai todos os grupos esotéricos, conferindo-lhes, pelo Seu poder, a capacidade de destruir o indesejável na vida dos discípulos. Lembre-se que o trabalho de estimular o que é necessário é uma das tarefas mais importantes de um Mestre, e o poder do discípulo de destruir o que o limita é extremamente necessário. As almas pertencentes a este raio, quando chegam à encarnação através do desejo, são gananciosas, demonstrando a natureza da força que empregam. Há uma medida de violência em sua técnica. Eles oportunamente "tomam o reino dos céus pela força". Segundo Raio. A Energia do Amor-Sabedoria. As almas pertencentes a este raio empregam o método de reunir ou reunir. A alma emite uma vibração (embora pouco possamos entender o verdadeiro significado desta palavra), e essa vibração afeta seu ambiente e atrai para o ponto central de energia os átomos de substância dos três planos. O método é relativamente moderado em comparação com o do primeiro raio, e o processo é um pouco mais longo, enquanto o período de exercer sua influência (realizado antes de penetrar nos três mundos, com o propósito de vir a existir) é muito mais extenso. Isto refere-se à influência exercida sobre a substância usada para construir a forma e não sobre a forma acabada, por exemplo, a criança no ventre da mãe. No primeiro caso, pode-se dizer que as almas do primeiro raio, rápida e repentinamente, desejam encarnar e empregar métodos rápidos. As almas de segundo raio demoram mais para alcançar essa atividade impulsiva (no sentido de ser levado a agir, ou não o fazer a tempo), o que leva a elaborar secretamente uma aparência para se manifestar. Quando as almas pertencentes a este raio chegam à encarnação através do desejo, elas se atraem. São mais magnéticos do que dinâmicos; eles são construtivos e trabalham nessa linha que, dentro do nosso universo, constitui para todas as vidas e forma a linha de menor resistência. Terceiro Raio. A Energia da Inteligência Ativa. Assim como ganância e atração são os termos aplicáveis aos métodos empregados nos dois primeiros raios, o processo de "manipulação seletiva" é a característica deste terceiro raio. Este método é totalmente diferente em sua técnica dos dois mencionados acima. Pode-se dizer que a tônica gerada pela atividade iniciada pelas almas desse raio é de tal natureza que os átomos dos diferentes planos se movem como se conscientemente respondessem a um processo seletivo. A atividade vibratória da alma faz-se sentir, E os átomos vêm de pontos muito diferentes em resposta a uma certa qualidade de vibração. É muito mais seletivo do que no caso do segundo raio.  Assim como no primeiro caso as almas aparentemente possuem indiscriminadamente o que precisam, e forçam a substância assim apropriada a tomar a forma ou aparência requeridas, vestindo-a com a qualidade necessária, dinâmica e poderosamente, analogamente como as almas de segundo raio iniciam um movimento que recolhe material do ambiente circundante imediato e lhe impõe a qualidade desejada por meio da atração magnética, Assim também nas almas do terceiro raio o material necessário é selecionado de diferentes pontos, mas o escolhido já tem as qualidades necessárias (note essa diferença) e nada lhe impõe. Portanto, é evidente que a própria substância existe em três categorias principais, que são a analogia da substância das três Pessoas da Trindade, ou os três corpos do homem encarnado. Constituem também a analogia entre o terceiro aspeto da divindade (a vida da terceira Pessoa da Trindade) e a qualidade dos três veículos periódicos, por meio dos quais ocorre a manifestação. Uma parte ou tipo desta substância é eletrificada dinamicamente, e os egos de primeiro raio escolhem o material de que precisam nos três mundos. Outro tipo de substância é eletrificada magneticamente, e os egos de segundo raio selecionam o que precisam dela, no tempo e no espaço, para se manifestar. O terceiro tipo de substância é difusamente eletrificado (não conheço palavra melhor para expressar a ideia), e os egos do terceiro raio extraem dela a quantidade necessária de substância com a qual constroem as formas para se manifestar. No que diz respeito aos métodos, técnicas e tipos de substância empregados pelas almas dos quatro raios menores restantes, eles são necessariamente qualificados pelas características do terceiro raio maior que, ao longo do tempo, os sintetiza. A classificação dada abaixo tenta definir o que é quase impossível de expressar em palavras inteligíveis. Do ponto de vista do ocultista esclarecido não faz sentido, mas menos ainda faz sentido para o estudante comum, pois até agora o mistério da eletricidade e a verdadeira natureza dos fenômenos elétricos (não há mais nada) é um segredo não revelado mesmo para os mais notáveis cientistas modernos. Ray Técnico de Qualidade de Energia Original. Poder ou vontade de propósito dinamicamente dinâmicas formas eletrificadas. 2. Amor-Sabedoria Atração Amor Formas magneticamente eletrificadas. 3ª. Seleção de Atividade Intelecto Formas eletrificadas difusamente inteligentes. 4ª. Beleza ou União da Arte Unificação Formas harmonizadoras eletrificadas. 5ª. Diferença Científica. Discriminação Formas de cristalização eletrificadas. 6. Idealismo Resposta Sensibilidade Formas fluidas eletrificadas. 7ª. Organização Coordenação Aparência Formas físicas eletrificadas. 45 Há algo chamado eletricidade, que provavelmente explica tudo o que pode ser visto, sentido e conhecido E todo o universo é uma manifestação de energia elétrica – tudo isso pode ser enunciado e está sendo reconhecido hoje. Mas, mesmo que isso tenha sido dito, o mistério permanece e não será revelado, mesmo parcialmente, até meados do próximo século. Então será possível revelá-lo, pois haverá mais iniciados no mundo e haverá visão e o ouvido interno será reconhecido de forma mais geral. Quando o homem chega a uma melhor compreensão do corpo etérico e seus sete centros de força (que se relacionam com os sete raios e expressam as sete características e técnicas classificadas dos raios), mais inteligível pode ser derramado sobre a natureza dos sete tipos de fenômenos elétricos chamados sete raios. No Caminho do Retorno e em relação ao processo de desapego, que marca o progresso da alma rumo à libertação e ao fim do período de apropriação, alguns parágrafos extraídos da página 210 do Tratado de Magia Branca, explicam claramente a técnica correspondente e são: Primeiro Raio: "Que as Forças se reúnam. Que eles subam ao Lugar Alto e, desse cume, que a alma contemple um mundo destruído. Então que surjam as palavras: 'Eu persisto!'" Segundo Raio: "Que toda a vida seja atraída para o Centro, penetrando assim no coração do Amor Divino. Então, a partir desse ponto da Vida Sensível, que a alma reconheça a consciência de Deus. Que surjam as palavras, reverberando através do silêncio: "Nada existe além de mim!" Terceiro Raio: "Que as Hóstias do Senhor, sensíveis à palavra, cessem suas atividades. Que o conhecimento termine em sabedoria. Que o ponto de vibração se torne o ponto de descanso e que todas as linhas se unam em Um. Que a alma reconheça o Um em Muitos, e que as palavras surjam com perfeita compreensão: 'Eu sou o Trabalhador e a Obra, aquele que É'". Quarto Raio: "Que a glória exterior desapareça e a beleza da Luz interior revele o Uno. Que a dissonância se torne harmonia e, do centro da Luz oculta, fale a alma: "Ressoe a palavra: a beleza e a glória não me veem. Continuo revelado. Eu estou.'" Quinto Raio: "Que as três formas de energia elétrica ascendam ao Lugar do Poder. Que se misturem as forças da cabeça, do coração e de todos os aspetos inferiores. Que a alma, então, contemple um mundo interior de luz divina. Que surja a palavra triunfante: "Eu dominei a energia porque eu sou a própria energia. Quem domina e domina é um'". Sexto Raio: "Cesse todo o desejo. Que acabe a aspiração. A busca terminou. Que a alma compreenda que atingiu o seu objetivo, e daquele portal que conduz à Vida eterna e ao Par cósmico, ressoe a Palavra: "Eu sou o buscador e o procurado. Eu descanso!'" Sétimo Raio: "Deixem os construtores cessar o seu trabalho. O templo está terminado. Que a Alma tome posse de sua herança do Santo Lugar, ordene a cessação de toda obra. Cante então, em silêncio, a Palavra: «A obra criativa terminou. Eu sou o Criador. Nada resta além de Mim.'" 


II. As Sete Leis da Vida da Alma ou Vida em Grupo 

Chegamos agora àquela parte do estudo da alma e da sua vida, de grande importância para todos aqueles que vivem (ou começam a viver) e agem como almas conscientes através de um alinhamento e unificação definidos. No entanto, esta parte será um pouco abstrusa para aqueles cujas vidas são centradas na personalidade. Ao longo dos tempos, aqueles que tentaram elucidar as Escrituras do mundo preocuparam-se em fazer 46 humanidade compreender a natureza daquelas qualidades que devem caracterizar todos os verdadeiros crentes e aspirantes e discípulos sinceros, cristãos ou não. Este ensinamento tem sido baseado na boa conduta e na ação correta e, portanto, nos efeitos produzidos por causas internas que nem sempre foram especificadas. Fundamentalmente, todas essas virtudes, boas intenções e qualidades saudáveis, Eles representam o surgimento de certas energias e tendências e sua expressão no plano físico, que são inerentes à própria alma, e são, por sua vez, regidos por energias e leis de natureza diferente daquelas que regem a personalidade. É importante insistir nisso e ter em mente que os poderes da alma, tal como são apresentados no mundo de hoje, Constituem (no seu desenvolvimento) um conjunto de fenómenos que, há vários séculos, teriam sido considerados mágicos, impossíveis e sobre-humanos. As descobertas da ciência, a adaptação das leis que regem a matéria e a energia material direcionadas para servir a humanidade e atender às suas necessidades crescentes, e o mecanismo sutil e delicado do corpo humano e sua sensibilidade cada vez maior, criaram uma consciência mundial e uma civilização que -apesar Dos seus defeitos óbvios, baseados nas atitudes separatistas e egoístas da personalidade, através das quais a alma ainda tem de trabalhar, são uma garantia da divindade inata no homem, com tudo o que lhe pode ser inerente e o que se infere dessa frase. O que ainda não foi compreendido é que as qualidades deiformes emergentes, características benéficas e virtudes da humanidade, que Aparecem lentamente, apenas indicam potencialidades ocultas que não foram estudadas cientificamente. As boas qualidades são assim chamadas porque constituem, em essência, as energias que controlam as relações grupais; Os chamados poderes sobre-humanos expressam fundamentalmente a atividade do grupo; As virtudes são apenas efeitos devidamente geridos da vida em grupo, que tentam expressar-se no plano físico. A crescente ciência das relações sociais, O constante desenvolvimento do sentido do internacionalismo, da unidade religiosa e da interdependência económica indicam as energias da vida da alma que atuam no plano físico e na família humana. Daí o conflito de ideais no mundo de hoje, o dualismo maciço que produz tanta confusão e, portanto, os compromissos e a incoerência. Temos aqui a causa de todas as divergências no mundo dos ideais civilizados, e os motivos antagônicos de grandes diferenças que impelem pessoas de boas intenções e propósitos nobres e de altos princípios a se envolverem em atividades antagônicas. Dois conjuntos de princípios controlam a vida humana – egoísmo e altruísmo, bem individual e bem de grupo, objetivo objetivo e objetivo subjetivo, incentivo material e impulso espiritual, patriotismo nacional e o ideal mundial, crença religiosa separatista, federação de religiões e o conjunto de dualidades que simplesmente indicam o realismo de quem são personalidades (integradas e separatistas) ou almas (alinhadas e conscientes do grupo). Essa é a principal divergência que existe no mundo de hoje; O peso do poder é a favor da separabilidade e das diferenciações críticas, uma vez que são a linha de menor resistência. Gradualmente, ambos serão equilibrados pelo peso do idealismo mundial que gradualmente entrará no reino da unificação da alma, até oportunamente (mas não antes de um certo tempo) a ênfase do pensamento mundial estará definitiva e permanentemente "do lado dos anjos". Observe a verdade oculta contida nesta conhecida frase. Consequentemente, podemos esperar que as novas leis que regem a vida da alma, o que significa vida em grupo, comecem a agir e a fazer sentir a sua presença. Num primeiro momento, isto trará dificuldades globais acrescidas, daí a necessidade de clarificar o significado destas leis, simplificar os seus objetivos e tornar compreensível o seu potencial.

1. A Lei do Sacrifício O tema que vamos agora estudar é difícil e controverso. O fio que nos conduzirá para fora do intrincado labirinto do pensamento e no qual devemos necessariamente entrar é o fio de ouro do amor, da compreensão, dos relacionamentos e do comportamento em grupo. Nome Exotérico Nome Esotérico Símbolo Energia Relâmpago 1. A Lei do Sacrifício Para Lei da Cruz Rosa O quarto raio que, por afinidade, escolhe morrer pássaro unificador da energia dourada, A lei do sacrifício é a primeira das leis que devem ser apreendidas pela inteligência humana e é a mais facilmente compreendida pelo homem (porque ele é governado e tem consciência disso) e teve sua primeira e principal expressão na era que lentamente desaparece,  a atual era pisciana; Esta lei sempre esteve ativa e em vigor no mundo, pois é uma das primeiras leis subjetivas internas que se expressam conscientemente como um ideal ativo na vida humana. Todas as religiões do mundo tiveram como tema o sacrifício divino, a imolação da Deidade cósmica através do processo de criação universal e dos Salvadores do mundo, através de Sua morte e sacrifício como meio de salvação e eventual libertação. A cegueira e a influência poluente do homem separatista inferior são tais que esta lei divina do sacrifício é usada com a intenção egoísta de salvação pessoal e individual. Mas a verdade disfarçada permanece a verdade imaculada no seu próprio plano, e esta lei dominante O mundo governa o aparecimento e o desaparecimento dos universos, dos sistemas solares, das raças e nações, dos líderes e governantes mundiais, dos seres humanos encarnados e daqueles que se revelam como Filhos de Deus. Vejamos agora se podemos interpretar ou definir o verdadeiro significado desta lei, que é realmente a expressão de um impulso divino, que conduz a uma atividade definida, com os seus consequentes e subsequentes resultados e efeitos. Este aspeto do sacrifício levou à criação dos mundos e à manifestação do Criador divino. Para uma melhor compreensão da Lei do Sacrifício será útil expressá-la através de palavras e termos sinónimos. a. O SIGNIFICADO DA LEI DO SACRIFÍCIO Significa o impulso de dar. O segredo da doutrina do perdão dos pecados" e da "expiação" está escondido nesta simples frase. É a base da doutrina cristã do amor e do sacrifício. Daí a ênfase colocada na era pisciana e a influência exercida pelo cristianismo sobre ambos – perdão e expiação. Certamente o homem, como de costume, desfigurou e interpretou mal o ensinamento e a verdade, e eles foram absorvidos, como é comumente o caso hoje, pela miragem e ilusão do plano astral, mais a influência pisciana. O pensamento do homem dominou e distorceu o ideal e produziu uma doutrina tão condenável quanto a dos eleitos de Deus, a do favorito do Senhor 48, daqueles que poderiam beneficiar do sacrifício e da morte do grande fio de Deus, que devido aos méritos dessa morte vicária, passam para um estado de bem-aventurança no céu, simplesmente por sua escolha emocional ignorada pelos milhões de seres que não fizeram ou tiveram a oportunidade de fazer tal escolha. A atividade simbólica do grande Mestre de Nazaré só será bem compreendida e o seu significado devidamente apreciado, quando as suas implicações grupais forem estudadas com mais cuidado, quando o significado do sacrifício e da morte ocuparem o seu devido lugar na consciência humana e quando a lei da dádiva, com tudo o que implica, for corretamente compreendida e aplicada. Aqueles que são assim sacrificados são: A Divindade solar que deu a Sua vida ao universo, ao sistema solar, ao planeta e aos mundos manifestados que consequentemente apareceram. A Deidade cósmica agiu da mesma maneira, mas o que isso significa para nós? Nada, exceto um símbolo. Eram Seu impulso, Sua vontade, Seu desejo, Seu incentivo, Sua ideia e propósito de aparecer. Então ocorreu o ato criativo, começando com o processo de manifestação, sua existência evolutiva cíclica. O Cristo cósmico foi crucificado na cruz da matéria e, por causa desse grande sacrifício, a oportunidade foi oferecida à evolução da vida de todos os reinos da natureza e dos mundos criados. E assim conseguiram progredir. Iniciou-se o trabalho no tempo e no espaço e iniciou-se a admirável marcha dos seres vivos em direção ao objetivo até então desconhecido. Não é possível dar a razão pela qual a Divindade decidiu agir desta forma. Não sabemos o propósito ou plano final, e somente em mentes iluminadas é que aspetos de Sua técnica e método começam a aparecer. Aqueles que sabem mais do que nós, devido ao seu longo ciclo de vida e maiores experiências, eles sugeriram que um vislumbre da intenção cósmica eterna está começando a emergir na consciência daqueles que receberam algumas das iniciações superiores. A sua natureza permanece necessariamente incompreensível para a humanidade. Tudo o que o ser humano inteligente pode compreender, olhando para a história do planeta (até onde a história moderna pode fornecer) é que: 1. A faculdade humana de ser consciente progrediu. 2. Tem havido um refinamento crescente e paralelo das formas de vida nos vários reinos da natureza. 3. A atividade consciente intensificou-se, numa escala acelerada e progressiva da vida que, como se sabe, levou constantemente à transcendência do tempo tal como o conhecemos. Houve um progresso extenso de uma dimensão para outra, e hoje falamos em termos de um estado quadridimensional de consciência e compreendemos o fato de que cinco ou seis dimensões são maravilhosamente possíveis. 4. O controlo científico dos elementos em que vivemos e das forças da natureza aumentou. Atualmente falamos sobre o domínio do ar, tal como há quinhentos anos (quando se considerava impossível) falávamos do domínio dos mares. Contrariamos a força gravitacional da Terra para podermos "voar para fora da face do Sol". 5. Progrediu-se a partir da vida instintiva da consciência sensorial na forma material, até a vida intelectual dos seres humanos auto-conscientes, incluindo a compreensão intuitiva daqueles que começam a agir como 49 entidades sobre-humanas. Tudo isto foi o resultado da atividade determinante e condicionada da Grande Vida, que preferiu sacrificar-se e ser crucificada na Cruz Cardinalícia do Céu, para passar uma iniciação cósmica, que, segundo o nosso ponto de vista medíocre e relativamente ignorante, Ela é crucificada na Cruz fixa do Céu e, por meio da Cruz mutável, produz mudanças durante o ciclo evolutivo, para alcançar o desenvolvimento da consciência, o constante refinamento da forma e a intensificação da vida que caracteriza a Sua criação. O estudo dos objetivos acima mencionados: a. O desenvolvimento da consciência, b. O refinamento das formas, c. A intensificação da realização da vida transmitirá aos alunos ansiosos uma má compreensão dos aspetos inferiores do propósito divino. A imaginação humana vacila diante da maravilha que essa ideia contém. Se a enunciação desses fatos e ideais é apenas a mera expressão dos mais profundos e belos propósitos cósmicos, não poderia ser que o objetivo está além de todo o cálculo humano, se apenas sua expressão inferior abraça os conceitos intuitivos e abstratos mais avançados, dos quais a mais alta consciência humana é capaz? Recomendo que reflitam profundamente sobre este pensamento. Portanto, ficará evidente por que a energia do quarto raio está relacionada à Lei do Sacrifício e por que neste quarto sistema planetário e em nosso quarto globo. - a Terra - tanta ênfase é colocada na Lei do Sacrifício, "a Lei dos que escolhem morrer". O quarto raio de conflito (conflito que eventualmente termina em harmonia) não é atualmente um dos raios que estão em manifestação, no entanto, à luz do ciclo maior, este raio é um dos principais fatores que controlam a evolução na Terra e no nosso sistema solar, que é da quarta categoria. Isso, devidamente compreendido, nos dará uma ideia de porque o nosso pequeno planeta Terra é aparentemente tão importante no sistema solar. Não é simplesmente porque queremos acreditar e, assim, alimentar o nosso orgulho, mas por causa do quarto raio de conflito E esta primeira lei é, no tempo e no espaço, um fator predominante no quarto reino da natureza, o reino humano. O nosso planeta, o quarto da série de expressão divina, com a que estamos associados, tem uma relação particular com a posição do nosso sistema solar na série de sistemas solares que constituem o corpo de expressão d'Aquele de quem nada pode ser dito. Nunca devemos esquecer que o quarto raio de conflito é aquele cujas energias, corretamente aplicadas e compreendidas, trazem harmonia e unificação. Esta atividade harmonizadora produz a beleza, a beleza obtida através da luta. Traz experiência através da morte, harmonia através da luta e unidade através da diversidade e adversidade. O sacrifício dos anjos solares trouxe à existência o quarto reino da natureza. Os "nirvanas de retorno" (como são chamados na literatura esotérica), deliberadamente e com total compreensão, eles tomaram corpos humanos para aproximar essas formas inferiores de vida do objetivo, e nós éramos e somos esses 50 Nirvanas. Os "Senhores do Conhecimento e da Compaixão e os da Devoção perseverante e incessante" – nós – escolheram morrer para que as vidas inferiores pudessem viver e esse sacrifício permitiu que a consciência que habita interiormente na Deidade evoluísse. Ao percorrer os reinos humanos da natureza, esta consciência precisava da atividade dos anjos solares para continuar a progredir. Aqui reside: a. O nosso serviço a Deus, através do sacrifício e da morte. b. O nosso serviço a outras almas, através do propósito deliberado do autossacrifício. c. Nosso serviço a outras formas de vida em outros reinos. Tudo isto implica a morte e o sacrifício de um filho de Deus, um anjo solar, pois, do ponto de vista da Deidade, a descida à matéria, a manifestação por meio da forma, a apropriação de um corpo e a expansão da consciência através do processo de encarnação, é, ocultamente, considerada como morte. Mas os anjos "escolheram morrer e, ao morrerem, viveram". Por causa do seu sacrifício, a matéria é ascendida aos céus. Este tema predomina nas páginas de A Doutrina Secreta e é apresentado com mais detalhes no Tratado sobre o Fogo Cósmico. O sacrifício dos anjos, a morte dos Filhos de Deus, a imolação do Cristo místico, A crucificação no tempo e no espaço de todas as entidades vivas chamadas almas é o tema destes livros. É o mistério insinuado nas Escrituras do mundo e o segredo dos tempos, só descoberto pelas almas dos homens à medida que cada um individualmente se relaciona conscientemente com a sua própria alma e descobre o que alegremente realizou no passado, compreendendo assim o sacrifício supremo feito premeditadamente no alvorecer dos tempos, e repete-o consciente e simbolicamente em algum momento de seu curso na Terra como alma, para o benefício de outras almas, a fim de acelerar seu progresso em direção aos seus respetivos objetivos. Então, em uma determinada vida, ele representa ou se desenvolve em si mesmo e também diante do mundo expectante, o grande drama simbólico chamado: O Sacrifício de um Salvador do Mundo. Este é o tema do romance histórico de todos aqueles Filhos de Deus que, ao longo dos tempos, compreenderam o significado do propósito divino de Deus, do Verbo encarnado através de um planeta, dos anjos solares que, por sua vez, são o Verbo encarnado na forma humana. Embora represente este drama, como Cristo fez, apresentar ao homem o simbolismo da morte e do sacrifício, ou, como fez o Buda, demonstrar ao homem o sacrifício e a morte do desejo pessoal (mencionando apenas dois dos Filhos de Deus manifestados), O tema permanece o mesmo – a morte do inferior para libertar o superior – ou – em maior escala – a morte do superior na ordem e escala do ser, para libertar o inferior. Mas a lição que deve ser aprendida (e o homem está a aprendê-la), é que, a morte, as dores e tristezas, as perdas e infortúnios, as alegrias e as aflições, tal como entendidas pela consciência humana, existem porque o homem ainda se identifica com a vida na forma e não com a vida e a consciência da alma, o anjo solar, cuja perceção é potencialmente a da Deidade planetária, cuja maior perceção é, por sua vez, potencialmente a da Deidade solar. No momento em que o homem se identifica com a sua alma e não com a sua forma, compreende o significado da Lei do Sacrifício; 51 Ele é espontaneamente governado por ela, tornando-se aquele que deliberadamente escolherá morrer. Mas não há dor ou tristeza nem morte verdadeira. Tal é o mistério da ilusão e da miragem. Todos os Salvadores do Mundo estão livres desses dois fatores escravizantes. Não se enganam. Seria bom notar, à margem, que na Nova Era o conceito que temos sobre o termo Salvador Mundial será expandido. Atualmente, é predominantemente aplicado às almas pertencentes ao raio do ensino, o segundo ou raio crístico, que representam o drama da salvação. Mas isso é um erro, e se deve à poderosa miragem emocional da era pisciana, uma influência astral que tem suas raízes na civilização atlante anterior à nossa. Naquela época, o corpo astral era objeto de atenção. Muito do que acontece hoje e pode acontecer está enraizado nesse aspeto da energia. As sementes então semearam, florescem agora. Isso é muito bom e necessário, mesmo que cause angústia ao experimentá-lo. Mas é preciso reconhecer que os Salvadores do Mundo vêm para servir a raça, sacrificando-se de várias maneiras e de muitas maneiras. Podem aparecer como grandes governantes, ditadores, políticos, estadistas, cientistas e artistas. Seu trabalho é salvar, restaurar ou renovar e revelar, e eles o cumprem sacrificando-se. Por isso, devem ser reconhecidos pelo que são, sendo hoje incompreendidos, Incompreendidos e mal julgados pelos seus erros, mais do que pelos seus objetivos, mas são almas consagradas. Resgatam, elevam, integram e iluminam, e o resultado líquido do seu trabalho, do ponto de vista histórico, é bom. A Lei do Sacrifício e o impulso de dar também podem ser observados em todos os reinos da natureza. Temos o seu exemplo nos sacrifícios básicos que ocorrem entre os reinos. As qualidades essenciais dos elementos minerais e químicos da Terra poderiam servir de exemplo. Eles são necessários para outras formas de vida e foram concedidos ao homem através do reino vegetal e da água que ele bebe, assim no primeiro e no mais denso reino da natureza (cuja consciência está tão distante da nossa) é válido o processo de doação. No entanto, não é possível delinear esta Lei do Sacrifício nos domínios sub-humanos, e aqui devemos confinar nossa atenção ao mundo da consciência e da vida humanas. b. A Lei do Sacrifício também significa salvar e subjaz a todo o processo evolutivo, e surge com claro significado na família humana. O instinto de aperfeiçoamento, o desejo de progredir (física, emocional e intelectualmente), o esforço para aliviar a situação ruim, a tendência à filantropia, isto está a espalhar-se tão rapidamente pelo mundo, e o sentido de responsabilidade, que permite ao homem compreender que é o guardião do seu irmão, são todas expressões deste instinto de sacrifício. Este fator, reconhecido pela psicologia moderna, tem um significado muito mais amplo do que tinha até agora. Tal tendência instintiva rege a Lei do Renascimento. É a expressão de um fator ainda maior do processo criativo; O principal impulso determinante que impeliu a própria Alma de Deus a entrar na vida em forma, e impele a vida, no arco evolutivo, a descer à matéria, produzindo assim a imanência de Deus. É também o que obriga a humanidade a lutar incansavelmente pelo bem-estar material. É também o que impele o homem, com o tempo, a virar as costas «ao mundo da carne e do diabo». de acordo com o Novo Testamento 52, e orientar-se para as coisas que têm importância espiritual. O filho pródigo sacrificou a casa do Pai quando decidiu mudar-se para países distantes. Ele desperdiçou e sacrificou sua substância por ter abusado da experiência da vida na terra, até esgotar todos os seus recursos e ter que sacrificar o que tanto queria, mas descobriu que isso não o satisfazia. Por coisas de menor valor, sacrificou valores mais elevados e teve de regressar ao seu ponto de origem. Esta é a história da vida de todos os Filhos de Deus que chegaram à encarnação, simbolicamente declarada na Bíblia, um tema que está em todas as Bíblias do mundo. O desejo de se sacrificar, de abandonar isso por aquilo, de escolher uma forma ou linha de conduta sacrificando outra, de perder para eventualmente vencer, é a história que subsiste na evolução, que deve ser compreendida psicologicamente. É o princípio que rege a própria vida e corre como um cânone dourado de beleza através dos elementos obscuros com os quais a história humana é forjada. Quando este impulso de sacrifício para conquistar, adquirir ou salvar, o que é considerado desejável, for compreendido, a chave para o desenvolvimento do homem será revelada. Esta tendência ou anseio é algo diferente do desejo, tal como é entendido e estudado academicamente hoje, mas o que realmente significa é a emergência do mais divino no homem. É um aspeto do desejo; é a parte ativa e dinâmica, não a parte sentimental-sensual; é a característica predominante da Deidade. No entanto, é interessante que aqueles que estudam o esoterismo observem que esse desejo de salvar e sacrificar, é para redimir, Ele trabalha de diferentes maneiras nos diferentes esquemas planetários. Cada Senhor dos Raios de um esquema, que se manifesta através de um planeta, expressa esse impulso de uma maneira diferente e cada manifestação é tão diferente das outras, que a única coisa que o ser humano pode fazer é apresentar o método que existe em nosso próprio planeta. Os iniciados sabem que as características psicológicas variáveis da Vida do Relâmpago condicionam muito especialmente o método de expressar o sacrifício no decorrer da manifestação. A grande corrente de energia viva que se manifesta no esquema evolutivo da nossa Terra é condicionada pelo temperamento, atitude e orientação de um "Rebelde Divino". Somente a rebelião produz dor e tristeza, mas tal rebelião é inerente e inata à Divindade de nosso planeta, "Aquele em Quem vivemos, nos movemos e temos o nosso ser". Por conseguinte, constitui uma tendência maior do que a da entidade individual. Esta verdade surpreendente sobre a Vida planetária só pode ser expressa de forma velada através da simbologia e em termos do pensamento humano. Mesmo nisso, há sempre um risco, pois os homens interpretam o que leem, ouvem e experimentam, relacionando-o consigo mesmos. O Antigo Comentário diz: "Ele entrou na vida e sabia que era a morte". Tomou uma forma e ficou triste porque estava escuro. "Ele se forçou a sair do lugar secreto e procurou o lugar da luz, e a luz lhe revelou o que ele menos procurava." Ele esperava obter permissão para voltar. "Ele procurou o Trono no alto e Aquele que se sentou sobre ele. Chorou: "Eu não estava procurando por isso. Procurava paz, luz, liberdade para servir, para mostrar o meu amor e revelar o meu poder. Aqui não há luz. Aqui não há paz. Deixe-me voltar'. "Mas aquele que se sentou no Trono não virou a cabeça. Ele parecia ouvir e ouvir. "Então, da esfera inferior das trevas e da tristeza, surgiu uma voz exclamando: 'Aqui sofremos. Buscamos a luz. Precisamos da glória de um Deus que chega. [Só encontrei estas duas últimas palavras para poder expressar o antigo símbolo que estou traduzindo.] "Elevai-nos ao Céu. Vinde, Senhor, ao sepulcro. Trazei-nos à luz e fazei o sacrifício. "Derrube os muros da prisão e penetre a dor." "O Senhor da Vida voltou. Ele não gostou, daí a dor." e o Impulso Magnético preparou-o para este equilíbrio. Esta é a lei da União Polar e seu símbolo o criador do signo do zodíaco da constelação de Libra - equilíbrio e serviço. Estas são duas expressões da Divindade que, atualmente, representam para o homem o próximo grande objetivo. O serviço é geralmente interpretado como algo muito desejável, mas raramente se compreende como é difícil servir. Implica sacrificar o tempo, tudo o que nos interessa e às nossas próprias ideias; requer um trabalho extremamente árduo, porque requer esforço deliberado, sabedoria consciente e a capacidade de trabalhar sem apego. Estas qualidades não são facilmente alcançadas pelo aspirante comum; no entanto, a tendência para servir é uma atitude possuída hoje por uma grande maioria das pessoas no mundo. Tal é o sucesso obtido pelo processo evolutivo. Muitas vezes considera-se que servir é fazer com que as pessoas adotem o ponto de vista de quem serve, porque para o pseudo-servo é bom, verdadeiro e útil e, logicamente, ele acreditará que será bom, verdadeiro e útil para todos. Muitos acreditam que servir é dar algo aos pobres, aos aflitos, aos doentes e aos miseráveis, porque consideram que devem ajudá-los, não compreendendo que essa ajuda é oferecida principalmente porque estão desconfortáveis diante das condições aflitas e, portanto, devem se esforçar para melhorar tais condições para se sentirem confortáveis novamente. Esta forma de prestar ajuda, alivia o próprio desconforto, embora não consiga libertar ou aliviar quem sofre. O serviço frequentemente demonstra um temperamento preocupado ou hiperativo, ou então uma disposição de autossatisfação que leva o seu possuidor a fazer enormes esforços para mudar as condições e torná-las o que ele acredita que devem ser, forçando assim as pessoas a concordar com o que o servo acredita que deve ser feito. O serviço pode também nascer do desejo fanático de seguir os passos de Cristo, o grande Filho de Deus que «fez o bem» e nos deu o exemplo para seguirmos os seus passos, 66, portanto, essas pessoas servem pelo sentido de obediência e não pelo sentimento espontâneo de se exteriorizar para com os necessitados. Não há uma qualidade de serviço tão essencial lá, e tudo se resume a tentativas. O serviço também pode ser realizado por um desejo profundo e profundo de alcançar a perfeição espiritual, considerada uma das faculdades necessárias para o discipulado. E aquele que quer tornar-se discípulo deve servir. Esta teoria está correta, mas carece da substância viva do serviço. O ideal é certo, verdadeiro e meritório, mas o motivo subjacente é completamente errado. O serviço pode ser prestado porque está na moda e tornou-se um hábito estar ocupado a fazê-lo de alguma forma. A maré sobe. Todos estão ativos nas sociedades caritativas, nas empresas filantrópicas, na Cruz Vermelha, nas instituições de elevação cultural e na tarefa de aliviar as más condições do mundo. Servir está em voga. Servir dá a sensação de poder, ganha amigos e é uma forma de atividade em grupo e muitas vezes beneficia o servidor (no sentido mundano) muito mais do que o servido. No entanto, apesar dos motivos errados e das falsas aspirações, presta-se um serviço constante e espontâneo. A humanidade está caminhando para uma compreensão correta do que significa servir; Ele responde cada vez mais a esta nova lei e está aprendendo a reagir à vontade dessa grande Vida que constantemente se impõe e anima a constelação de Aquário, análoga a como o Logos solar faz com o nosso sistema solar, e o Logos planetário com o nosso planeta Terra. Atualmente, o serviço é a ideia principal que deve ser apreendida, porque (ao agarrá-lo) abrimo-nos amplamente às novas influências que chegam. A Lei do Serviço é a expressão da energia de uma grande Vida que, em colaboração com «Aquele em Quem vivemos, movemos e existimos», é submeter a família humana a certas influências e correntes de energia que oportunamente produzirão três coisas: 1. Despertarão o centro coronário de todos os aspirantes e discípulos. 2. Eles permitirão que a humanidade emocionalmente polarizada se concentre na mente de forma inteligente. 3. Eles vão transferir energia do plexo solar para o coração. Este desenvolvimento, que podemos chamar de "consciência do coração", ou o desenvolvimento do sentimento verdadeiro, é o primeiro passo para a perceção do grupo. Esta perceção e identificação com o aspeto sensorial de todos os grupos, é a qualidade que conduz ao serviço, que deve ser prestado como fazem os Mestres, e Cristo demonstrou-nos isso na Galileia. a. ALGUMAS QUESTÕES RELATIVAS AO SERVIÇO O serviço prestado hoje é o que é, porque constitui a resposta dos homens a essas novas influências aquarianas que atualmente estão registadas no corpo astral, através do plexo solar. Isso explica por que grande parte do serviço prestado atualmente no mundo é de natureza emocional e responsável pelo ódio gerado por aqueles que reagem com sensibilidade ao sofrimento e, devido à sua identificação emocional com o sofrimento, culpam uma pessoa ou grupo pelas condições dolorosas enfrentadas. É também responsável pela inadequação de muito do que está agora a ser feito para aliviar as condições insuficientes do ponto de vista elevado da alma. 67 No entanto, quando o serviço constitui a resposta mental às necessidades humanas, todo o problema se afasta do véu da ilusão e do vale da miragem mundial. Em seguida, o impulso de servir é registado no centro cardíaco e não no plexo solar E quando isso se generalizar, teremos uma demonstração mais feliz e bem-sucedida do serviço. Neste tratado procuro exprimir-me de uma forma muito prática, pois a nova ciência do serviço deve ter uma base sólida e uma compreensão sensata. Talvez a maneira mais simples de lidar com um tema tão novo e ainda banal, É fazendo certas perguntas e respondendo da forma mais completa e concisa possível. 1. Como é definida a palavra "serviço"? 2. Qual é o campo desta ciência e por que lhe chamamos ciência? 3. Quais são as características do servidor real? 4. Que efeito tem o serviço sobre: a. a mente? b. emoções? C. O corpo esotérico? 5. Esta ciência prova que os sete tipos de relâmpagos usam métodos diferentes para servir? Estas perguntas permitir-me-ão fazer três coisas: 1. Demonstrar nas minhas respostas que o serviço não é um sentimento ou um ideal, mas um efeito e, ao mesmo tempo, um procedimento científico. 2. Assinalar a necessidade atual de compreender corretamente a técnica que, quando aplicada pelo Novo Grupo de Servidores do Mundo, conduzirá a humanidade ao mundo do verdadeiro significado e dos valores reais. Vou tentar demonstrar como funcionará o Novo Grupo de Servidores do Mundo. 3. Para dar uma ideia da forma como certos grupos de Mestres da Sabedoria prestam serviço no nosso planeta hoje. Vou responder a estas perguntas uma a uma Como é definida a palavra "Serviço"? Definir esta palavra não é fácil. Já foi tentado inúmeras vezes defini-lo de acordo com o conhecimento que a personalidade possui. Em suma, o serviço pode ser definido como o efeito espontâneo do contato com a alma, que é tão definido e estável que a vida da alma pode fluir para o mecanismo que a alma deve obrigatoriamente empregar 68 no plano físico. Assim, a natureza dessa alma pode ser expressa no mundo dos assuntos humanos. O serviço não é uma qualidade ou uma ação, nem uma atividade que as pessoas devem realizar com esforço, nem um método para salvar o mundo. Esta diferença deve ser claramente compreendida, caso contrário a nossa atitude perante esta importante demonstração do sucesso da humanidade no processo evolutivo estará errada. Servir é uma manifestação da vida. É um anseio da alma e é tanto um impulso evolutivo da alma quanto o instinto de autopreservação, ou a reprodução da espécie é a demonstração da alma animal. Trata-se de uma afirmação de grande importância. É um instinto da alma, se podemos empregar uma expressão tão inadequada e, portanto, inata e peculiar ao desenvolvimento da alma. Constitui a característica marcante da alma, assim como o desejo é a característica marcante da natureza inferior. É um desejo de grupo, assim como na natureza inferior há desejo pessoal. É o impulso para o bem do grupo. Portanto, não pode ser ensinada ou imposta a qualquer pessoa como prova desejável de aspiração, que age de fora e se baseia na teoria do serviço. É simplesmente o primeiro efeito verdadeiro que é evidente no plano físico, que a alma começa a expressar-se externamente. Nem a teoria nem a aspiração farão ou podem fazer de um homem um verdadeiro servo. Por que tanta atividade é mostrada para servir no mundo? Simplesmente porque a vida, as palavras e os atos do primeiro grande Servo do Mundo, aquele que veio demonstrar com toda a clareza o que é essencialmente serviço produziu efeitos lógicos, e os homens de hoje tentam ansiosamente imitar o Seu exemplo, não compreendendo que por imitação não obterão resultados verdadeiros, mas apenas virão a ver as possibilidades existentes. Estas leis da alma (e a Lei do Serviço não é exceção), manifestam-se inevitavelmente de duas maneiras. Em primeiro lugar, têm efeitos no indivíduo. Isso acontece quando o contato definitivo foi feito com a alma e seu mecanismo começa a responder. Isso já é evidente entre os estudantes esotéricos espalhados pelo mundo, pois eles chegaram ao ponto em que o verdadeiro servo pode deixar suas fileiras e demonstrar que estabeleceu contato com a alma. Em segundo lugar, as leis da alma começam a produzir um efeito de grupo sobre a humanidade e a influenciar a raça dos homens como um todo. Este efeito tem uma semelhança com o reflexo da consciência superior na natureza inferior, razão pela qual, atualmente, tanto se procura onde servir e tantos esforços filantrópicos são feitos. No entanto, tudo isso é profundamente colorido pela personalidade e muitas vezes causa muitos danos, porque as pessoas tentam impor suas ideias sobre como servir e também suas técnicas pessoais a outros aspirantes. Eles podem ser sensíveis à impressão, mas interpretam mal a verdade e são influenciados por objetivos de personalidade. Devem aprender a enfatizar o contato com a alma e familiarizar-se com a vida egóica e não com o aspeto de forma do serviço. Gostaria de perguntar àqueles que respondem a estas ideias e são sensíveis à impressão da alma. (que muitas vezes interpretam mal a verdade e são influenciados por objetivos de personalidade) que enfatizam o contato com a alma e não o aspeto físico do serviço. A atividade do aspeto físico realiza a ambição pessoal, e envolve-os na miragem do serviço. Prestando muita atenção ao essencial do serviço – o contato com a alma – ele se expressará espontaneamente, segundo linhas corretas, e dará muitos frutos. O serviço altruísta e o profundo influxo de vida espiritual ultimamente demonstrado no trabalho mundial é um sinal de esperança. 69 Qual é o campo dessa ciência e por que a chamamos de ciência? O próximo ponto a ser considerado é o campo onde o serviço é prestado e sua natureza como ciência. O campo de serviço manifesta-se sobretudo como a vida do espírito, que age na órbita da própria natureza do homem. A primeira coisa que a alma deve fazer quando estabeleceu contato e o homem o reconhece em sua consciência cerebral, devido à impressão ativa da mente, é torná-lo consciente de que ele constitui um princípio vivo da divindade e, em seguida, preparar sua natureza tríplice inferior para submetê-lo automaticamente à Lei do Sacrifício. Então não impedirá a vida que deve fluir e fluirá através dela. Esta é a primeira e mais difícil tarefa atualmente realizada pelos aspirantes do mundo. Isso não significa o grau de evolução alcançado pela maioria? Quando o ritmo desta lei foi imposto, o impulso natural do homem encarnado é tornar-se uma expressão da alma, e quando este ritmo pode ser estabelecido como uma expressão natural diária, o homem começa a «permanecer no ser espiritual» e a vida que flui através dele exercerá suave e naturalmente um efeito sobre o seu ambiente e os seus semelhantes. Foi dada demasiada ênfase ao processo pelo qual a natureza inferior deve ser subjugada à Lei do Serviço Superior, e a ideia de sacrifício desenvolveu-se, nas suas piores implicações. Esta ideia destaca o confronto necessário e inevitável que existe entre a natureza inferior agindo sob suas próprias leis e os aspetos superiores agindo sob as leis espirituais. A palavra sacrifício é muito apropriada quando o sacrifício do inferior ao superior toma grandes proporções. Há sacrifício, há sofrimento, há um doloroso processo de desapego, e há também o esforço prolongado para permitir que a vida flua, enquanto a personalidade interpõe constantemente uma barreira e uma obstrução após a outra. Esta etapa e atitude podem ser observadas com simpatia e compreensão, pois muitas pessoas possuem tanta teoria sobre o serviço e sua expressão que não prestam nenhum serviço ou compreendem com simpatia o período de dor que sempre precede um serviço mais amplo. As teorias obstruem o caminho para a expressão verdadeira e fecham a porta para a verdadeira compreensão. O elemento mente é muito ativo. Quando o eu pessoal inferior está subordinado aos ritmos superiores e obedece à nova Lei de Serviço, então a vida da alma começa a fluir através do homem e alcança os outros; O efeito que tem na sua família e no seu grupo mais próximo é demonstrado na compreensão real e na prestação de ajuda real. À medida que esta corrente de vida é aplicada, ela fluirá mais fortemente e se espalhará do pequeno grupo familiar circundante para aqueles nas proximidades. Uma ampla gama de contatos torna-se então possível até que, A seu tempo (se viveram várias vidas influenciadas pela Lei de Serviço), o efeito da vida afluente pode tornar-se nacional e global. Mas isso não deve ser planeado e também não vamos lutar para o impor como um fim em si mesmo. Será uma expressão natural da vida da alma, adquirindo forma e orientação de acordo com o raio a que pertence o homem e a expressão da sua vida passada, e será colorida e ordenada pelas condições ambientais - de tempo, período, raça, idade. Será uma corrente viva e doação espontânea, e a vida, o poder e o amor demonstrados, vindos dos níveis da alma, terão uma força poderosa e atraente sobre as unidades do grupo com as quais o discípulo pode entrar em contato nos três mundos de expressão da alma. Não há outros mundos, atualmente, onde a alma possa se expressar. Nada pode impedir ou deter o poder desta vida de serviço natural e amoroso, exceto em 70 casos em que a personalidade se intromete. O serviço, tal como entendido pelos Mestres do aspeto interior da vida, é distorcido e alterado e depois torna-se intrusão; transforma-se em ambição; Esforços são feitos para fazer com que os outros sirvam da maneira que acreditamos que devem ser servidos, e isso é trocado por amor ao poder, o que impede o verdadeiro serviço, em vez de transformá-lo em amor ao próximo. Há uma fase perigosa em toda a vida em que a teoria do serviço é apreendida e a lei superior é reconhecida; então, a qualidade imitativa da personalidade, sua natureza macaca e o anseio proporcionado pela aspiração de grau superior podem facilmente confundir teoria com realidade, e as ações exteriores da vida de serviço com o influxo natural e espontâneo da vida da alma através de seu mecanismo de expressão. É necessário possuir uma sutileza constante e crescente para poder discernir, e todos os alunos consagrados são exortados hoje a fazer um balanço de si mesmos. Enfrentam um novo ciclo de serviço e devem beneficiar de um novo dia de oportunidades. Há uma grande necessidade de permanecer no ser espiritual; onde esse equilíbrio permanente existir, não haverá necessidade de outros para incitá-lo a servir. Deixe as "Forças da Luz" fluírem, e as fileiras dos servidores do mundo aumentarão rapidamente. Permita que o "Espírito de Paz" use a natureza inferior como instrumento e a paz e a harmonia reinarão no campo do serviço pessoal. Permita que o "Espírito de Boa Vontade" domine nossas mentes e não haverá espaço para críticas e discussões destrutivas não se espalharão. Por esta razão, e a fim de desenvolver um grupo de servidores que possam trabalhar para fins verdadeiros e espirituais, a necessidade de ser inofensivo deve ser muito enfatizada. A inocuidade prepara o caminho para a vida fluir; ela remove as obstruções que impedem o livre fluxo do amor, e é a chave que liberta a natureza inferior das garras da ilusão do mundo e do poder da existência fenomenal. Expressamos a crença de que uma das principais ciências da era vindoura será construída em torno da prestação de serviço ativo. Usamos a palavra "ciência", pois o serviço, como uma qualidade espiritual, será rapidamente reconhecido como uma expressão fenomenal de uma realidade interior, e quando se entender corretamente o que significa servir, muitas coisas serão reveladas sobre a natureza da alma. Servir é um método que produz resultados fenomenais externos e tangíveis no plano físico; chamo a atenção para isso porque mostra a sua qualidade criativa. Em virtude desta qualidade criativa, o serviço acabará por ser considerado uma ciência mundial. É um anseio, um impulso e uma energia criativa importante. Esta qualidade criativa já foi vagamente reconhecida no mundo dos assuntos humanos sob vários nomes, como a ciência da formação profissional. O impulso advindo da correta compreensão e estudo das relações sociais já é reconhecido. Muitas pesquisas estão sendo feitas nessa mesma linha em conexão com a criminologia e a gestão adequada da juventude das nações, ou grupos nacionais. O serviço é, por excelência, a técnica das relações de grupo corretas, seja a orientação correta de uma criança antissocial numa família, a assimilação inteligente do agitador de um grupo, a gestão dos grupos antissociais das nossas grandes cidades, a técnica correta a ser empregada na conduta das crianças em nossos centros educacionais, ou a relação entre religiões, entre partidos políticos ou entre nações. Tudo isso faz parte da nova e crescente Ciência do Serviço. A imposição desta lei da alma oportunamente trará luz a um mundo conturbado e libertará as energias humanas na direção certa. Só é possível dar breves indicações a este respeito. O assunto é demasiado vasto para incluir o despertar da consciência espiritual, com as suas correspondentes 71 responsabilidades, e a fusão do indivíduo num grupo espiritualmente desperto; implica também a imposição de um novo e mais elevado ritmo aos assuntos mundiais. Trata-se, portanto, de um esforço científico definitivo e que merece a atenção das melhores mentalidades. Com o tempo, exigirá também o esforço consagrado dos discípulos do mundo. Quais são as características do servidor real? Estas características podem ser descritas de forma fácil e sucinta. Não são exatamente aquilo em que fomos levados a acreditar. Não me refiro aqui às qualidades necessárias para trilhar o Caminho do Discipulado ou o Caminho da Provação. Eles são bem conhecidos e constituem verdades banais da vida espiritual e do campo de batalha ou "kurukshetra" para a maioria dos aspirantes. Aqui trataremos daquelas qualidades que surgirão quando o homem agir impelido pela Lei de Serviço, E aparecerão quando se tornar um verdadeiro canal para a vida da alma. Três serão as suas principais características: 1. Como seria de esperar, caracterizar-se-á pela sua inocuidade e abstenção de atos e palavras que possam ser mal interpretados. Não prejudicará o grupo através de palavras ou sugestões, insinuações e insinuações que expressem verbalmente discordância. Observe que eu não digo "isso vai prejudicar o indivíduo". É desnecessário lembrar a alguém que trabalha de acordo com a Lei de Serviço, que ele não deve prejudicar nenhum indivíduo, mas quando ele age sob estímulo espiritual excessivo e aspiração intensa, muitas vezes deve ser lembrado que ele deve demonstrar inocuidade de grupo. 2. A segunda característica será deixar que os outros sirvam como bem entenderem, pois ele sabe que a vida que flui através do servidor individual deve ter uma saída e encontrar seus próprios canais; dirigir essas correntes seria perigoso e poderia impedir o desempenho do serviço designado. O servidor direcionará seu esforço em duas direções: a. Ao ajudar os outros a "permanecer no eu espiritual", assim como ele está aprendendo. b. Ao ajudar o indivíduo a servir no campo escolhido e como ele deseja fazê-lo e não como ele acha que deve ser feito por aqueles que o ajudam e observam. Há aqui um ponto que deve ser esclarecido. A tarefa daqueles que agem de acordo com a Lei de Serviço não é realizada principalmente com aquele grupo que trabalha no mundo de hoje sob o efeito da resposta geral a que já me referi. Tais efeitos podem ser facilmente classificados como atividades que, em conjunto, constituem instituições filantrópicas, experiências educativas ou movimentos sociais na vida da comunidade. Os que respondem a isto são uma legião, e a vontade de servir desta forma específica não requer encorajamento, o que ficou definitivamente patente na admirável resposta às várias campanhas caritativas recentes. O novo tipo de servo terá que trabalhar com aqueles que estão estabelecendo contato com a alma e, portanto, pode trabalhar regido pela nova Lei de Aquário que está chegando, centrada na capacidade de permanecer não apenas no ser espiritual, mas unida aos outros 72 que trabalham subjetiva, telepaticamente e sinteticamente. Esta diferença merece uma atenção cuidada, porque facilmente fará um esforço inútil se for introduzida em campos já bem organizados, do ponto de vista do que foi alcançado pelas entidades nesse domínio. 3. A terceira característica do novo servidor é a alegria, que substitui a crítica (criador da dissidência), e silêncio eloquente. Seria oportuno refletir sobre estas últimas palavras, uma vez que o seu verdadeiro significado não pode ser descrito em palavras, mas apenas através de uma vida dedicada a novos ritmos e ao serviço do todo. Então, essa "alegria eloquente" e essa "alegria eloquente" podem fazer sentir o seu verdadeiro significado. Que efeito o serviço tem na mente, nas emoções e no corpo etérico? Deve-se lembrar que, por seus efeitos, o cientista do futuro começará a deduzir a existência real de uma causa e realidade interior, ou de um eu ou alma. Vimos que servir não é simplesmente a atividade desenvolvida por uma pessoa ou grupo quando faz algo com boa intenção para outra pessoa ou grupo. Servir é o resultado definitivo de um grande evento interior e, quando esse resultado ocorrer, terá produzido inúmeras causas criativas secundárias que são principalmente uma mudança na consciência inferior, uma tendência a afastar-se das coisas do eu pessoal e voltar-se para os assuntos essenciais do grupo, uma reorientação real que expressa o poder de mudar as condições (através da atividade criativa), demonstrando algo dinamicamente novo. Quando tal evento interno se torna uma condição interna estabilizada e equilibrada, as mudanças acima mencionadas serão efetuadas com mais regularidade e serão menos esporádicas, sendo os efeitos das novas forças fluindo para a personalidade observados nos três corpos, e então usados de forma criativa. Assim, o verdadeiro servo toma posse de seus instrumentos para servir e, a partir desse momento, o trabalho criativo, de acordo com o Plano, pode avançar nos três planos. Assim, Deus, em Sua sabedoria, decidiu limitar-se a Si mesmo e, assim, a obra da evolução continua, somente através de Seus construtores escolhidos e dirigidos. -neste planeta- por aqueles homens cujas vidas estão sendo transformadas através do contato com a alma e do serviço criativo. Constituem a Hierarquia planetária. Quando o alinhamento foi feito, quando a unificação foi obtida com mais regularidade e quando a Antakarana (Ponte que liga de cima para baixo) está definitivamente em processo de construção, a verdadeira natureza do serviço, tal como praticado por qualquer indivíduo, começa a tornar-se evidente. O primeiro efeito da força influente da alma, o principal fator que conduz ao serviço, é integrar a personalidade e unir os três aspetos inferiores do homem em uma única unidade de serviço. Esta etapa é elementar e difícil, no que diz respeito ao aluno que está na Sala de Aula da Sabedoria. O homem toma consciência do seu poder e da sua capacidade, depois de se comprometer a servir, fá-lo impetuosamente; cria um canal atrás do outro para expressar a força que o impele e derruba e destrói tão rapidamente quanto cria. Momentaneamente torna-se um problema sério para os demais servidores aos quais está associado, pois só percebe a sua própria visão; depois a atmosfera de crítica que a rodeia e o forte impulso da força motriz contida nela, constituem o obstáculo encontrado pelos «pequeninos», que obriga os discípulos mais velhos e experientes a repararem-se constantemente, em vez de os fazerem ele próprio, vítima momentânea 73 da sua própria ânsia de servir e da força que flui através dele. Em alguns casos, nessa fase, a chama da ambição latente será deflagrada. Em última análise, esta ambição é apenas o desejo da personalidade de melhorar, constituindo no seu devido lugar e tempo um ter divino que deve ser extirpado quando a personalidade se torna um instrumento da alma. Em outros casos, a visão do servidor será mais ampla e amorosa e, se despreocupará A partir de suas próprias realizações, ele trabalhará em uníssono e silenciosamente com os grupos de verdadeiros servos e mergulhará suas tendências pessoais, suas ideias e ambições no bem do todo, e o eu se perderá de vista. Talvez a sugestão mais valiosa que possa ser feita ao homem ou à mulher que tenta agir como verdadeiros servos seja pedir-lhes que se pronunciem diariamente, deixando para trás as palavras o coração e a mente, a dedicatória do Catecismo Esotérico encontrada no final do livro Iniciação Humana e Solar. Gostaria de recordar a estes servos que, se se rebelarem ou desanimarem com as ideias contidas nas palavras, isso pode indicar como é necessário que este propósito de vida seja incorporado nas suas consciências. A promessa é: "Faço a minha parte com firme determinação e determinada aspiração; eu olho para cima, ajudo para baixo; sem dormir ou descansar; trabalho; servir; oração; eu sou a Cruz; eu sou o Caminho; esqueço o meu trabalho feito; eu me elevo acima do meu eu vencido; eu mato o desejo; eu me esforço, esquecendo toda recompensa; renuncio à paz; recuso o descanso e, na tensão da dor, perco-me, encontrar-me e, assim, penetrar na paz. Comprometo-me solenemente a fazer tudo isto, invocando o meu Eu Superior." À medida que o trabalho de aprender a servir continua e o contato interior é afirmado, o aprofundamento da vida de meditação seguirá, e a luz da alma iluminará a mente com mais frequência. Foi assim que o Plano foi revelado. Isto não significa que se iluminem os planos do servo, no que diz respeito à sua própria vida ou ao campo escolhido para servir, que devem ser bem compreendidos. Se isso acontecesse, indicaria a capacidade mental do servidor de buscar meios que justificassem sua própria ambição. Isto porque a sua mente reconhece o Plano de Deus que corresponde ao mundo naquele momento particular em que o servo vive, e o papel que ele pode desempenhar no desenvolvimento dos objetivos daqueles que são responsáveis pela realização desse Plano. Então, voluntariamente, ele se torna uma ínfima parte desse grande Todo, uma atitude que não muda mesmo que o discípulo se torne um Mestre da Sabedoria. Ele entra em contato com um conceito muito mais amplo do Plano, e sua humildade e senso de proporção permanecem inalterados. Uma personalidade integrada e inteligente é adequada para executar a parte que corresponde ao servidor no trabalho do mundo ativo, desde que sua visão não seja obscurecida pela ambição pessoal nem sua atividade degenere em ações precipitadas e uma exibição de atividade febril. Cabe à alma transmitir as ideias que revelarão à mente equilibrada e pacífica o próximo passo que deve dar na tarefa da evolução do mundo. Tal é o Plano para a humanidade. À medida que a força flui através da personalidade e dá ao servidor a visão necessária e o senso de poder necessário que lhe permitirá colaborar, ela entra no corpo emocional ou astral. Também aqui o efeito será dual, devido à condição do corpo astral do servidor e à sua orientação interior. Pode ampliar a miragem e aprofundar a ilusão, levando o servidor a sofrer os ilusórios efeitos psíquicos que ali existem. Quando isso acontece, ele retorna ao plano físico animado pela ideia, por exemplo, dos incríveis contatos pessoais que fez, nem que seja apenas o contato com uma forma mental de grupo dos Grandes Seres. Terá a ilusão de ter sido 74 escolhido como agente transmissor ou porta-voz da Hierarquia, quando o que realmente está a acontecer é que foi enganado pelas inúmeras vozes, porque a Voz do Silêncio se extinguiu pelo clamor do plano astral; Então ele será enganado pela ideia de que não há outro caminho senão o seu. Esses delírios e ilusões são comuns entre professores e trabalhadores em todos os lugares, pois há inúmeras pessoas que estabelecem contato definitivo com suas almas e depois se sentem impelidas a servir; no entanto, eles ainda não se libertaram da ambição e sua orientação ainda é basicamente voltada para expressar personalidade e não se fundir com o Grupo de Servidores do Mundo. Mas se eles puderem evitar a miragem e discernir entre o Real e o Irreal, então a corrente de força que flui inundará suas vidas com amor altruísta efetivo e eles se dedicarão ao Plano, àqueles a quem o Plano serve e àqueles que servem ao Plano. Olhe para a sequência dessas atitudes e seja governado de acordo. Então não haverá mais espaço para autoimposição ou interesse próprio, nem para ambição egoísta. Tudo o que será levado em conta é a necessidade e a urgência urgente de dar o passo imediato para atender àquela necessidade que se manifesta diante dos olhos do servidor. Quando o coração e a mente agem juntos (seja pela união egoísta para parecer uma personalidade ativa, ou pela consagração altruísta e pela busca da orientação da alma), a força que flui através do servidor energizará o corpo etérico para se tornar ativo. Então o corpo físico responderá automaticamente. Consequentemente, é muito necessário que o servidor faça uma pausa no plano astral e espere lá, em silêncio santificado e controlado, antes de permitir que a força flua para os centros do corpo etérico. Este período de silêncio é um dos mistérios do desenvolvimento espiritual. Uma vez que a força ou energia da alma – preservada em sua pureza, ou manchada e desviada quando está a caminho de se manifestar fisicamente – tenha chegado ao corpo etérico, nada mais pode ser feito pelo discípulo comum. Quando chega a esse ponto, o resultado é inevitável e eficaz. O pensamento interior e a vida do desejo determinam a atividade que será expressa fisicamente. Quando a força flui em toda a sua pureza, ela ativa os centros localizados acima do diafragma; quando a força flui manchada por tendências de personalidade, ela usa principalmente o plexo solar e, em seguida, Provoca a manifestação de todas as ilusões astrais, grandes delírios e miragens produzidas por fenómenos egoístas, usando a palavra egoísta no seu sentido mundano e psicológico. Isto pode ser facilmente observado hoje nos líderes dos vários grupos. b. MÉTODOS CARACTERÍSTICOS DE SERVIR COMO RAIAS Esta ciência prova que os sete tipos de raios empregam métodos característicos para servir? Com o passar do tempo isso será definitivamente verificado e cada trabalhador e servidor relâmpago prestará serviço de acordo com as suas linhas peculiares e específicas, o que indicará as linhas de menor resistência e, consequentemente, as mais eficazes. Estes métodos e técnicas constituirão a estrutura interna da futura ciência do Serviço, e serão descobertos quando a hipótese do relâmpago for aceite e os métodos utilizados por estes tipos e grupos isolados de raios forem analisados. Todas estas várias formas de servir são realizadas de acordo com o Plano e, em conjunto, constituem um todo sintético. O raio ou raios manifestantes, em qualquer momento, determinarão a tendência geral do serviço mundial, e aqueles servos cujo raio egóico está na encarnação e que se esforçam para se envolver em atividade correta descobrirão que seu trabalho 75 será facilitado se entenderem que a tendência dos assuntos mundiais concorda com eles e que eles seguem a linha de menor resistência daquele período. Eles trabalharão mais facilmente do que discípulos e aspirantes cujo raio egóico não está na manifestação. Tal reconhecimento levará a um estudo minucioso das estações e estações, de modo a não desperdiçar esforços e realmente aproveitar as qualidades e aptidões dos servidores disponíveis. Tudo será de acordo com o Plano. A consideração dos raios dentro ou fora da manifestação e o reconhecimento dos discípulos e servidores que estão disponíveis no plano físico, a qualquer momento, faz parte do trabalho a ser feito pelos Mestres da Hierarquia. O aparecimento do Novo Grupo de Servidores do Mundo indica que existem tipos suficientes de raios egóicos na manifestação física e que inúmeras personalidades respondem ao contato com a alma, para que possa ser formado um grupo que ficará definitivamente impressionado como um grupo. Isso foi possível pela primeira vez. Antes do presente século, apenas indivíduos de diferentes partes do mundo e em tempos e períodos muito distantes podiam ficar impressionados. Hoje um grupo pode responder e seu número é comparativamente tão grande que um grupo de pessoas de atividade tão radiante poderia ser formado no planeta que suas auras poderiam se encontrar e estabelecer contato umas com as outras. Assim, apenas um grupo (subjetivo e objetivo) pode agir. Existem hoje muitos centros de luz espalhados pelo mundo e tantos discípulos e aspirantes, que os pequenos feixes ou fios de luz (simbolicamente falando) que cada um deles irradia, se encontram e se entrelaçam formando uma rede de luz no mundo, que constitui a aura magnética do Novo Grupo de Servidores do Mundo. Cada indivíduo do grupo é sensível ao Plano, seja pelo conhecimento pessoal obtido em contato com sua alma, seja porque intui o que o grupo - que o atrai - Ele aceita como sua tarefa imediata e é para ele a verdadeira e correta, podendo colaborar e dar um silo maior e melhor. Cada indivíduo desse grupo trabalhará em seu próprio ambiente particular, de acordo com seu raio e tipo de raio. Também será colorido por sua raça e nação, mas o trabalho é mais eficaz quando as unidades do grupo atendem às necessidades de seu próprio ambiente, na forma que para eles é o mais simples e melhor, pois pertencem por hábito ou treinamento àquele ambiente específico. Isto não deve ser esquecido. Cada um dos sete tipos de relâmpagos agirá da seguinte forma. Vou descrevê-los sucintamente, pois senão limitaria a expressão daqueles que não têm o conhecimento necessário para discriminar sobre suas características, o que poderia, indevidamente, qualificar e colorir a experiência daqueles servidores que reconhecem, como alguns já reconhecem, seus raios. Eles poderiam, com todas as boas intenções, forçar as qualidades de raio de suas almas a prevalecer antes que o raio da personalidade fosse devidamente conhecido e controlado. Outros servos frequentemente confundem os dois raios e acreditam que o raio de sua alma é de um tipo particular, mas nada mais é do que o raio de personalidade ao qual eles predominantemente obedecem e os governam preeminentemente. Isso não demonstra o cuidado com que os Mestres dessas verdades e os guardiões da revelação futura devem proceder? Eles devem proteger os aspirantes contra o conhecimento prematuro que eles podem apreender através da teoria, mas ainda não estão prontos para aplicá-lo na prática. Primeiro Raio. Poder-se-ia dizer que os servos que pertencem a este raio, se forem discípulos treinados, 76 trabalham impondo a Vontade de Deus sobre as mentes dos homens. Fazem-no pelo poderoso impacto das ideias nas mentes dos homens e acentuando os princípios governantes que a humanidade deve assimilar. Quando o aspirante apreende essas ideias, obtém dois resultados. Em primeiro lugar, inicia-se um período de destruição e desintegração do velho e obsoleto, ao qual se segue o brilho brilhante e claro de novas ideias e a consequente apreensão pelas mentes da humanidade inteligente. Estas ideias contêm grandes princípios e constituem as ideias da nova era. Portanto, esses servos agem como anjos destrutivos enviados por Deus, destruindo as formas antigas, apesar da existência por trás deles do impulso do amor. No entanto, o aspirante comum que pertence ao primeiro raio, não age de forma tão inteligente. Agarra a ideia de que a raça precisa, tentando impô-la como se fosse sua, algo que viu e compreendeu e que impacientemente quer impor, como acredita, para o bem dos seus semelhantes. Destrói-se inevitavelmente tão depressa quanto se constrói e, eventualmente, destrói-se a si próprio. Muitos aspirantes e discípulos valorizados que treinam para servir hoje agem de forma tão lamentável. Alguns dos Mestres da Sabedoria e Seus grupos de discípulos estão, atualmente, ativamente engajados no esforço de impor certas ideias fundamentais e necessárias à raça humana, e grande parte de Sua obra é preparada por um grupo de Discípulos Destruidores. e também por um grupo de Discípulos Enunciadores, porque ambos os tipos de trabalhadores desempenham a sua tarefa como uma unidade. A ideia que prevalecerá no futuro é enunciada por escrito ou verbalmente, por um único grupo. O grupo de Destruidores pega e começa a destruir os velhos conceitos de verdade para abrir espaço e abrir caminho para a nova ideia emergente. Segundo Raio. Os servos deste raio pensam, meditam e assimilam as novas ideias associadas ao Plano e, pelo poder do seu amor atraente, reúnem aqueles que se encontram naquele estágio de evolução que lhes permite responder à medida e ao ritmo do Plano. Portanto, eles selecionarão e treinarão aqueles que podem introduzir mais profundamente a ideia na massa humana. Não podemos esquecer que o trabalho da Hierarquia hoje e a tarefa do Novo Grupo de Servidores do Mundo estão primariamente associados a ideias. Os discípulos e servos que pertencem ao segundo Raio "constroem ativamente as moradas para aquelas entidades dinâmicas cuja função sempre foi carregar dinamicamente os pensamentos dos homens, a fim de inaugurar aquela era melhor e nova que alimentará as almas dos homens". Isso é explicado pelo The Old Commentary, embora eu tenha modernizado sua antiga terminologia. Através da compreensão magnética, atraente e simpática, e da aplicação inteligente e lenta da ação, baseada no amor, os servos deste raio agem. Hoje o seu poder está a predominar. Terceiro Raio. Os servos deste raio têm hoje a função especial de estimular o intelecto da humanidade, afiá-lo e inspirá-lo. Atuam na manipulação de ideias, de modo que são hoje mais facilmente apreendidas pela massa de homens e mulheres inteligentes do mundo, cuja intuição ainda não despertou. Deve-se notar que os verdadeiros servos trabalham principalmente com novas ideias e não lidam com organização e censura, já que ambos andam juntos. O aspirante do terceiro raio toma as ideias como elas surgem da consciência elevada daqueles para quem o primeiro raio funciona; O trabalhador do segundo raio apresenta-os num sentido esotérico de forma eloquente, adaptando-os à necessidade imediata, e a força do intelecto dos tipos de 77 terceiro raio tradu-los em palavras. Nisso há uma sugestão para muitas pessoas que pertencem ao terceiro raio e estão trabalhando hoje em diferentes campos de serviço. Quarto Raio. Este raio não está atualmente em encarnação e, portanto, poucos egos do quarto raio estão disponíveis para se dedicar a servir em todo o mundo. No entanto, existem inúmeras personalidades de quarto raio, e muito pode ser aprendido estudando o trabalho que está sendo feito pelo Novo Grupo de Servidores do Mundo. A principal tarefa do aspirante que pertence ao quarto raio é harmonizar as novas ideias com as antigas, para que não haja interrupção ou rachadura perigosa. Há quem "contemporize de forma equilibrada" e adapte o novo e o velho para que o verdadeiro cânone seja preservado. Dedicam-se a construir a ponte, pois são os verdadeiros intuitivos e possuem a arte da síntese, de modo que o seu trabalho pode definitivamente ajudar a realizar a apresentação genuína da ideia divina. Quinto Raio. Os servidores deste raio estão predominando rapidamente. São eles que investigam a forma a fim de encontrar a ideia oculta, o seu poder motivador e, para isso, trabalham com as ideias, verificando se são verdadeiras ou falsas. Eles incluem em suas fileiras as personalidades que pertencem a este raio e treiná-los na arte da pesquisa científica. A partir das ideias espirituais apresentadas, que estão por trás do aspeto de forma da manifestação, das inúmeras descobertas sobre a ação de Deus no homem e na natureza, de invenções (ideias materializadas) e testemunhos sobre o Plano que a Lei representa, preparam esse novo mundo no qual os homens trabalharão e viverão uma vida espiritual mais profundamente consciente. Os discípulos que trabalham hoje em todos os países neste sentido são mais ativos do que em qualquer outro momento da história humana. Conscientemente ou não, conduzem os homens ao mundo dos significados; as suas descobertas porão termo, a seu tempo, à atual era de desemprego; As suas invenções e melhoramentos, anexados à ideia crescente de interdependência grupal (a principal mensagem do Novo Grupo de Servidores do Mundo), as condições humanas melhorarão com o tempo para que uma era de paz e tranquilidade possa chegar. Repararão que eu não digo "virá", pois nem o próprio Cristo pode prever exatamente o limite de tempo em que essas mudanças podem ocorrer, nem como a humanidade reagirá a qualquer ponto de revelação. Sexto Raio. O efeito que a atividade deste raio teve durante os últimos dois mil anos foi treinar a humanidade na arte de reconhecer ideais, os planos de ideias. A principal obra dos discípulos deste raio é aproveitar a tendência que a humanidade desenvolveu para reconhecer ideias e - evitando as rochas do fanatismo e as perigosas armadilhas do desejo superficial - treinar apaixonadamente os pensadores do mundo no desejo do bem, o verdadeiro e o belo, de modo que a ideia que deve materializar-se de alguma forma na terra, pode ser deslocada do plano mental e revestida de uma forma na terra. Tais discípulos e servos trabalham conscientemente com o elemento desejo do homem e cientificamente para evocá-lo corretamente. A sua técnica é científica porque se baseia numa correta compreensão do material humano com o qual têm de trabalhar. Algumas pessoas devem ser energizadas por uma ideia para torná-las ativas. Para eles, o discípulo do primeiro raio pode ser muito eficaz. Outros podem ser alcançados mais facilmente por meio de um ideal, e então subordinarão suas vidas pessoais e desejos a esse ideal. Com estes, o discípulo do sexto raio trabalha com facilidade; Deve tentar fazê-lo ensinando-os a reconhecer a verdade, apresentando-lhes constantemente o ideal e evitando que 78 demonstrem um interesse demasiado enérgico e fanático, face à necessidade de uma tarefa árdua e prolongada. Deve-se lembrar que o sexto raio, quando é o raio da personalidade de um homem ou grupo, pode ser muito mais destrutivo do que o primeiro raio, pois não contém tanta sabedoria e, como age por meio de um tipo de desejo, segue a linha de menor resistência às massas e, portanto, pode mais facilmente produzir efeitos no plano físico. As pessoas de sexto raio devem ser tratadas com cautela, porque são muito centralizadas, pois os desejos pessoais as dominam quase completamente; As pessoas que pertencem a este raio vêm evoluindo há muito tempo. No entanto, o método do sexto raio é indispensável para evocar o desejo de materializar um ideal e, felizmente, temos muitos aspirantes e discípulos deste raio, disponíveis hoje. Sétimo Raio. Este raio hoje fornece um grupo necessário e ativo de discípulos que estão ansiosos para ajudar o Plano. O seu trabalho é logicamente realizado no plano físico. Podem organizar o ideal evocado que encarnará a ideia de Deus na medida capaz de evidenciar a época e a humanidade e moldá-la na terra. Seu trabalho é poderoso e indispensável e exige grande habilidade na ação. Este raio está a chegar ao poder. Nenhum dos que pertencem a este raio e participam na atual cruzada hierárquica pode trabalhar sozinho; Nenhum grupo pode fazê-lo sozinho. A diferença entre os métodos da velha e da nova era é que, na primeira, permanece a ideia de ser guiado por uma pessoa e na outra por um grupo. A diferença existe entre impor aos seus semelhantes a resposta de um indivíduo a uma ideia., e a reação de um grupo a uma ideia, que traz o idealismo de grupo e se concentra nele de forma definida, o que dá origem à ideia sem que nenhum indivíduo predomine. Esta é a tarefa atual mais importante do discípulo do sétimo raio, e ele deve dedicar toda a energia para este fim. Ele deve proferir aquelas Palavras de Poder que constituem um grupo de palavras, E encerram a aspiração do grupo num movimento organizado, que, como se verá, é muito diferente de uma organização. Um exemplo notável do uso da Palavra de Poder enunciada por um grupo foi dado ultimamente na Grande Invocação, que tem sido empregue com efeito marcante. Deve continuar a ser usado, porque é o mantram que vai inaugurar a entrada do sétimo raio. Pela primeira vez, um mantram desta natureza foi disponibilizado à humanidade. Todos esses raios estão atualmente atuando para realizar a ideia de grupo específico de sete Mestres, que, através de Seus servos selecionados, participam ativamente do trabalho iniciático do sétimo raio, que também está ligado à influência aquariana que chega. Os Mestres e Seu numeroso grupo de discípulos, agindo nos cinco planos do desenvolvimento humano, eles estudaram minuciosamente seus discípulos aceitos, os discípulos sob Sua supervisão — que ainda não foram aceitos — e os aspirantes do mundo. Eles os selecionaram e fundiram em um grupo no plano físico externo, baseando esta escolha é: a. Sensibilidade à influência aquariana. b. A vontade de trabalhar em grupo como parte integrante do mesmo, sem ter ambição pessoal ou vontade de ser líder. O discípulo que deseja tornar-se um líder é automaticamente (embora apenas temporariamente) desqualificado desta empreitada em particular. Pode fazer um bom trabalho, mas será secundário e mais relacionado com a era anterior do que com o trabalho do Novo Grupo de Servidores do Mundo. 79 c. A dedicação altruísta que nada retém do que corresponde a dar corretamente. d. A inocuidade que, embora imperfeita, existe como ideal, pela qual o aspirante se esforça constantemente. Muitas pessoas podem participar neste trabalho. A Lei de Serviço Foi descrito como tal em um esforço para esclarecer em nossas mentes uma das influências mais esotéricas do Sistema Solar. Exorto-vos a servir, mas alerto-vos que o serviço aqui apresentado só será possível quando tivermos uma visão mais clara do objeto da meditação e aprendamos a manter durante o dia a atitude de orientação espiritual interior. À medida que aprendemos a eliminar-nos e a apagar-nos da nossa consciência como figura central no drama da vida, só então podemos viver à altura da nossa verdadeira potencialidade como servos do Plano. 4. A Lei da Repulsão Devemos considerar aqui uma lei muito interessante. É uma das principais leis divinas que rege o peregrino em seu exaustivo e longo caminho de volta ao centro. É a quarta lei que rege ou controla a vida da alma. Nome N 0 Símbolo Exotérico Esotérico Energia Relâmpago 4. A lei da lei do An- O Anjo com a energia que a Repulsão. Géis destrutivos- Espada Flamejante- repelir, o da rês. Gera. Primeiro Raio. Em primeiro lugar, seria conveniente entender que esta lei tem certas características e produz efeitos básicos que podem ser brevemente listados: 1. A energia utilizada tem efeitos dissipadores. Esta lei atua como um agente dissipador. 2. Quando ativamente expressa, provoca dispersão ou rejeita aspetos da vida na forma. 3. Produz um contato discriminador que leva ao que esotericamente é chamado de "Caminho da Negação Divina 4. No entanto, é um aspeto da Lei do Amor, o Vishnu ou o aspeto de Cristo, e diz respeito àquela atitude da alma, cuja natureza essencial é o amor. 5. Esta lei exprime-se através da mente e, consequentemente, só pode fazer sentir a sua presença e influência no Caminho do Discipulado. 6. É o principal requisito para o verdadeiro autoconhecimento. Revela e, ao mesmo tempo, divide ou dispersa. 80 7. Ela age através do amor e para o bem da unidade – forma e existência, que em última análise rejeitam a forma. 8. É um aspeto de uma das maiores leis cósmicas, a Lei da Alma, que é a Lei cósmica da Atração, pelo que é atraído, acaba por ser automaticamente e eventualmente rejeitado pelo que o atraiu em primeiro lugar. Esta lei incorpora primariamente o propósito divino na consciência do aspirante e alimenta-o com os impulsos superiores e decisões espirituais que marcam o seu progresso no Caminho. Demonstra a qualidade do primeiro raio (a influência do sublinhado do segundo raio), Pois é preciso lembrar que rejeitar uma forma, uma situação ou uma condição pode evidenciar o amor espiritual do agente repelente. Isso é muito bem descrito pelo antigo símbolo do anjo com a espada flamejante, que fica diante do portal do paraíso para afastar aqueles que buscam segurança imaginária daquele refúgio e condição. Este anjo age com amor, e fê-lo ao longo dos tempos, pois o estado de realização a que chamamos paraíso é essencialmente perigoso para todos, exceto para aqueles que adquiriram o direito de o alcançar. O anjo não protege esse estado, mas o aspirante que não está preparado e o protege dos riscos e perigos da iniciação que ele deve receber antes de poder passar pelas cinco divisões do paraíso, até chegar ao lugar onde a luz habita e os Mestres da Sabedoria vivem e trabalham. Esta ideia está subjacente ao procedimento maçónico onde Tyler está à porta da Loja com uma espada desenhada, a fim de proteger os segredos do artesanato maçónico daqueles que não estão preparados,) Gostaria também de vos recordar que, sendo esta lei um aspeto da lei fundamental do Amor, diz respeito à psique ou à alma, pelo que a sua função é desenvolver os interesses espirituais do verdadeiro homem e demonstrar o poder do segundo aspeto, a consciência erística e o poder da divindade.  Isto foi extraído do Antigo Comentário. Vou dividir o que tenho a dizer, a respeito do funcionamento e efeito da Lei da Repulsão, em três partes: a. A Lei da Repulsão e a função e qualidade do desejo. b. A Lei da Repulsa expressa nos Caminhos do Discipulado e da Iniciação. c. A Lei da Repulsão, como ela "impele em sete direções e obriga tudo com o qual entra em contato a retornar ao seio dos sete Padres espirituais". Esta lei age através da alma em todas as formas. Literalmente não afeta a matéria, exceto na medida em que a forma pode ser afetada, quando a alma se retira ou secretamente "repudia". Portanto, será evidente que a compreensão de sua atividade dependerá em grande parte da medida da força da alma, dos quais podemos individualmente estar conscientes da extensão do contato com a alma. O grau alcançado na escala de evolução regerá a manipulação desta lei (se tal termo puder ser usado) que determinará a capacidade de ser sensível ao seu impacto. Se somos incapazes 81 de responder à sua influência em alguma medida, basta indicar o nosso desenvolvimento. A menos que a mente esteja ativa e comecemos a empregá-la de forma inteligente, não há meios ou canais pelos quais essa influência possa fluir ou agir. Nunca se deve esquecer que a influência ou a lei do nosso ser espiritual revela a vontade, o plano ou o propósito da vida divina, tal como expressa no indivíduo ou na humanidade como um todo. Não esqueçamos também que, se não houver um fio de luz que funcione como canal, o que esta lei transmite será desconhecido, incompreendido e inútil. Estas leis regem predominantemente a Tríade espiritual, essa triplicidade divina que se expressa através da alma, assim como os três aspetos da alma se refletem por sua vez através da personalidade. Portanto, tudo o que pode ser comunicado em relação a esta lei só pode ser apreendido pelo homem que começou a despertar espiritualmente. As três leis que consideramos dizem respeito às influências espirituais específicas que emanam das três fileiras de pétalas que compõem o lótus egóico. (Ver Diagrama IX no Tratado sobre o Fogo Cósmico. p. 655.) 1. A Lei do Sacrifício As Pétalas do Sacrifício. A vontade de sacrifício da Alma. 2. A Lei do Impulso Magnético: As Pétalas do Amor. 3. A Lei do Serviço As Pétalas do Conhecimento. Esta quarta Lei de Repulsão age através da primeira Lei do Sacrifício e dá ao aspirante a qualidade, influência e tendência da Tríade espiritual, a tripla expressão da Mónada. A sua força só pode ser plenamente sentida na terceira iniciação, quando, pela primeira vez, o poder do espírito é conscientemente sentido. Até então, o que havia sido especialmente registado era o crescente controle exercido pela alma. Temos, portanto: 1. A Lei da Repulsão de Atma. Vontade Espiritual. Esta influência vem através das pétalas egóicas do sacrifício e da Lei subsidiária do Sacrifício. Quarta Lei 2. A Lei do Progresso do Grupo Budhi. Amor espiritual. Ela vem através das pétalas de amor do lótus egóico e da lei subsidiária do Impulso Magnético. Quinta Lei 3. A Lei da Resposta Ampla. Manas. A mente espiritual superior vem através das pétalas do conhecimento e da Lei subsidiária do Serviço. Essas leis espirituais superiores são refletidas nas três leis espirituais inferiores, e elas atingem a consciência inferior através do lótus egóico e do antakarana. Tal afirmação constitui o segundo postulado básico em conexão com o estudo da Lei da Repulsão. O primeiro postulado que foi enunciado acima expressa que, se não houver um fio de luz que atue como canal, o que esta lei transmite será desconhecido e incompreendido. Essas seis leis nos dão a chave para todo o problema psicológico de cada ser humano e não há nenhuma condição que não seja produzida pela reação consciente ou inconsciente do homem a essas influências básicas – as leis naturais e espirituais. Se os psicólogos aceitassem as três leis básicas do universo e as sete leis pelas quais exercem sua influência, eles passariam a entender o ser humano muito mais rapidamente do que até agora. As três principais leis, como dito algures, são: 1. A Lei da Economia rege principalmente a natureza instintiva do homem. 2. A Lei da Atração, rege o aspeto da alma no homem e em todas as formas de vida, desde um átomo até um sistema solar. 3. A Lei da Síntese regerá o homem quando este tiver atingido o Caminho da Iniciação, mas pouco significa no estado atual do desenvolvimento do homem. Existem também sete Leis menores que produzem o desenvolvimento evolutivo do homem como pessoa e do homem como alma. Essas leis são: 1. A Lei da Vibração, a lei atômica do sistema solar. 2. A Lei da Coesão, um aspeto da Lei da Atração. 3. A lei da desintegração. 4. A Lei do Controlo Magnético, que começam a agir sobre o homem e produzem um desenvolvimento espiritual mais rápido depois de ele ter sido submetido à disciplina do Caminho da Provação ou Caminho da Purificação. Então você está pronto para trilhar os estágios finais do Caminho. Estas sete leis formam a base da verdadeira compreensão psicológica; Quando a sua influência for mais bem compreendida, o homem chegará ao verdadeiro autoconhecimento. Então você estará preparado para a quarta iniciação que o libertará da necessidade de renascer. Esta é a verdade que subjaz ao ensino maçónico transmitido no simbolismo dos primeiros dezoito graus. Eles podem ser divididos em quatro grupos de graus: Aprendiz Aceito, Bolsista ou Artesão (que é seguido pelo grau "Mark"). Mestre Maçom (seguido pelo S. A. R. ou H. R. A.) e os graus agrupados de quatro a dezassete no Rito Escocês. Estes dezassete graus preparam o homem para o quarto ou fundamental grau, aprovado pelo Mestre Maçom. Ela só pode ser recebida quando o Mestre possui a Palavra Perdida. Ele ressuscitou dos mortos; foi admitido, aprovado e promovido, e agora pode ser aperfeiçoado, o que guarda um grande mistério 83. Os dezassete graus que levaram ao primeiro grande passo (que foi dado pelo Mestre ressuscitado) estão subjetivamente relacionados com as dezassete leis mencionadas. Há um paralelo digno de nota entre:  As dezoito leis: a. As três principais leis do universo. b. As sete leis menores do sistema solar. c. As sete leis fundamentais da alma, além do que podemos chamar de grande lei da própria Deidade, a lei do propósito sintético de Deus. 2. Os dezoito SUB planos através dos quais o homem abre o seu caminho: a. Os sete SUB planos físicos. b. Os sete SUB planos astrais ou os do desejo emocional. c. Os quatro subplanos mentais inferiores. 3. Os dezoito graus da Maçonaria, desde o de Aprendiz Aceito até o de perfeito iniciado do capítulo Rosa-Cruz. 4. Os dezoito centros de força com os quais o homem espiritual tem de trabalhar: a. Os sete centros no corpo etérico. b. Os sete centros no corpo astral. c. As três fileiras de pétalas do lótus egóico. d. A "Joia do Lótus", no coração da "flor da alma", que é o décimo oitavo centro. Compreender essas relações simbólicas fará muito para esclarecer como a alma age em um corpo, e formará a base do verdadeiro estudo da psicologia esotérica. a. A LEI DA REPULSÃO E A LEI DO DESEJO Nesta parte, trataremos especialmente do principal problema que a humanidade enfrenta. No entanto, abordaremos o assunto muito brevemente e trataremos em particular daquele aspeto do problema que é transferido do aspirante para o discípulo. Em todo o problema psicológico da humanidade reside essa tendência marcante de existir, caracterizada como Desejo. Todas as complexidades menores são fundadas, subordinadas ou emergem desse anseio básico. Freud chama esse anseio de "sexo", que é apenas mais um nome para o impulso atraente do não-eu. Outros psicólogos chamam essa atividade predominante, "vida de desejo" da humanidade, E com ela explicam todas as tendências e características 84 relacionadas, todas as reações emocionais e as tendências da vida mental em termos de desejos latentes, anseios e aspirações aquisitivas, como "mecanismos de defesa" ou "rotas de fuga" da inevitabilidade das condições circundantes. Os homens dedicam suas vidas a satisfazer esses anseios e desejos e realizam a tarefa consequente para alcançá-los; Isto é feito para satisfazer a necessidade sentida, para enfrentar o desafio da existência, exigindo que a felicidade, o céu e a eventual realização do estado ideal desejado. Tudo é regido por um certo imperativo para alcançar a satisfação, e isso caracteriza a busca do homem em todas as fases do seu desenvolvimento. - se é o impulso instintivo de autopreservação, que pode ser observado no selvagem, em sua busca por alimento ou nos problemas econômicos do homem civilizado moderno; a procriação e a satisfação do apetite demonstradas hoje na complexa vida sexual da raça; o desejo de ser popular, amado e estimado; o anseio pela satisfação intelectual e a apropriação mental da verdade; o profundo desejo de céu e descanso que caracteriza o cristão; a aspiração de obter a iluminação exigida pelo místico, ou o desejo de se identificar com a realidade que é o desejo do ocultista. Tudo é desejo de uma forma ou de outra, e a humanidade é governada e controlada por esses desejos; Eu diria muito definitivamente controlado, porque é simplesmente uma declaração do caso. A compreensão desta inclinação fundamental ou fator controlador do homem, está por trás dos ensinamentos dados pelo Buda e personificados na filosofia budista das Quatro Nobres Verdades: a. A existência no universo fenomenológico é inseparável do sofrimento e da aflição. b. A causa do sofrimento deve-se ao desejo de vir a existir no universo fenomenológico. c. A cessação do sofrimento consegue-se eliminando o desejo de existir fenomenalmente. d. O caminho que leva à cessação do sofrimento é o Nobre Caminho Óctuplo. A realização da necessidade imperiosa do homem de se libertar da sua natureza de desejos levou o Cristo a enfatizar a necessidade de procurar o bem do próximo, em vez do próprio bem, e aconselhou a levar uma vida de serviço, abnegação, esquecimento e amor por todos os seres. Só assim a mente e "o olho do coração" do homem pode afastar-se das suas próprias necessidades e satisfazer as exigências mais profundas da raça. Enquanto o homem não percorrer o Caminho da Perfeição, não será capaz de compreender verdadeiramente a exigência imperiosa da sua própria alma para se libertar da busca externa da satisfação material e tangível e também do desejo. Tal exigência indica a necessidade da alma de encarnar e agir por um certo período sob a Lei do Renascimento. Como o trabalho de purificação é realizado no Caminho da Purificação, a demanda de libertação está ficando cada vez mais clara e quando o homem entra no Caminho do Discipulado, a Lei da Repulsão pode, pela primeira vez, começar a controlar suas reações. No início, isso ocorre inconscientemente, mas é mais poderoso e 85 mais conscientemente apreciado à medida que o discípulo recebe uma iniciação após a outra, aguçando cada vez mais sua compreensão. Neste tratado, não procuro considerar o desenvolvimento do homem involuído e subdesenvolvido, no que diz respeito às Leis da Alma. Eu apenas tento abrir ou andar para ou homem muito inteligente, os aspirantes do mundo e os discípulos do mundo. O progresso do homem subdesenvolvido e do homem comum é detalhado nas seguintes declarações dadas sucessivamente abaixo, que descrevem as etapas de seu progresso movido pelo desejo: 1. O desejo de experimentar, existir e satisfazer a natureza instintiva. 2. A existência, experiência, recrutamento, seguido da exigência de cumprir de forma mais satisfatória o desígnio ou destino. 3. A exigência de satisfação, ciclo após ciclo; o período de satisfação momentânea, depois, maiores exigências. Tal é a história da raça. 4. Experiência, aquisição que é constantemente procurada e perseguida nos três planos da evolução humana. 5. A mesma experiência, mas desta vez como personalidade integrada. 6. A exigência satisfeita até atingir a saciedade, pois com o tempo todos os homens alcançam o que almejaram. 7. A exigência de cumprir as exigências espirituais interiores, a felicidade e a felicidade. O desejo de chegar ao céu torna-se poderoso. 8. O entendimento vago de que duas coisas são necessárias: purificação e a faculdade de escolher corretamente, o que significa discernimento correto. 9. A visão de pares de opostos. 10. Conhecimento do caminho estreito que se estende entre estes pares de opostos. 11. Discipulado e repulsa, ou repúdio (por um longo período) do não-eu. Tal é, breve e inadequadamente expressa, a história do homem em busca da felicidade, da alegria e da felicidade ou (expressa em termos de realização), à medida que progride da vida do instinto para a vida do intelecto, e dessa apreensão intelectual, para o estágio de iluminação e identificação final com a realidade, a partir daí, liberta-se da Grande Ilusão. Duas coisas determinam a rapidez com que ele pode — no Caminho do Discipulado — colocar a Lei da Repulsão em atividade. Um deles é a qualidade do seu telemóvel. Somente o desejo de ser 'ir' é apropriado para alcançar a reorientação e a submissão necessárias para a nova técnica da vida, e o outro, a disposição de obedecer a todo o custo a demanda pela luz que está nele e ao seu redor. O serviço e a obediência são os grandes métodos de libertação e as causas subjacentes que fazem agir a Lei da Repulsão, ajudando assim o aspirante 86 a alcançar a libertação desejada. O serviço liberta o homem da sua vida de pensamentos e determinações próprias. A obediência à sua própria alma in completa-o no todo maior, onde os seus próprios desejos e anseios são negados para o bem de toda a vida da humanidade e do próprio Deus. Deus é o Grande Servo e expressa a sua vida divina pelo Amor que o seu coração sente pela humanidade. No entanto, quando estas verdades simples são enunciadas e nos pedem para servir o nosso irmão e obedecer à nossa alma, é tão familiar e tão desinteressante que suscita pouca resposta. Se nos dissessem que, seguindo uma forma prescrita de meditação, praticando uma fórmula de respiração definida e concentrando-nos regularmente em um centro específico, nos libertaríamos da roda da vida e nos identificaríamos com o eu espiritual e o mundo do ser, seguiríamos as instruções com alegria, vontade e alegria. Mas quando nos dizem – para usar termos da ciência oculta – que devemos servir e obedecer, não estamos interessados. No entanto, servir é o método por excelência, porque despertar o centro do coração e obedecer são igualmente poderosos ao evocar dos dois centros da cabeça a resposta ao impacto da força da alma e unificá-los em um único campo de reconhecimento da alma. Como os homens compreendem o poder dos seus desejos! Se o desejo de satisfazer o desejo é fundamental para a vida da forma do homem, o desejo de servir é igualmente fundamental para a alma do homem. Esta declaração é uma das mais importantes desta parte do Tratado. Até agora, raramente se mostrou satisfeito. No entanto, está sempre presente mesmo nos tipos mais indesejáveis de seres humanos, e surge nos momentos mais cruciais do destino ou necessidade imperativa, ou dificuldade suprema. O coração do homem é saudável, mas geralmente está adormecido. Sirva e obedeça! Esta é a palavra de ordem da vida do discípulo; Palavras distorcidas pela propaganda fanática que deu origem a fórmulas de filosofia e teologia religiosas, fórmulas que velaram ao mesmo tempo a verdade. Eles também foram apresentados para o homem considerar como devoção à personalidade e obediência aos Mestres e líderes, em vez de servir e obedecer à alma que existe no todo. No entanto, a verdade emerge constantemente e deve inevitavelmente triunfar. Uma vez que o aspirante no Caminho da Provação tenha tido um vislumbre disso (por mais insignificante que seja), a lei do desejo, que o regeu por séculos, dará lenta e seguramente origem à Lei da Repulsão, que o libertará no devido tempo da escravidão do não-eu. Isto levá-lo-á a praticar a discriminação e a des paixão, características do homem que está no caminho da libertação. Lembremo-nos, portanto, que a discriminação baseada na determinação de ser livre e na despaixão que indica um coração duro, aprisionará o aspirante numa concha cristalizada, muito mais difícil de quebrar do que a prisão normal da vida do homem egoísta comum. Este desejo espiritual egoísta é geralmente o maior pecado dos pseudo-esotéricos, e deve ser evitado com muito cuidado. Portanto, aquele que é inteligente se dedicará a servir e obedecer. b. A LEI DA REPULSA NOS CAMINHOS DO DISCIPULADO E DA INICIAÇÃO Quando o sentido discriminador (a analogia espiritual do olfato, o último dos cinco sentidos que aparecem no ser humano) é devidamente desenvolvida no aspirante e conheceu os pares de opostos e obteve a visão do que não é nenhum dos opostos, então ele pode entrar no Caminho do Discipulado e empreender a árdua tarefa de colaborar com as leis espirituais, especialmente com a Lei 87 da Repulsão. A princípio, ele dificilmente reconhece a influência dessa Lei. É tão difícil para ele compreender suas implicações e medir seus possíveis efeitos, quanto seria para o trabalhador comum, que possui cultura média e uma total ignorância do esoterismo, compreender o significado da verdade oculta expressa nas palavras: "A construção da antakarana entre manas superiores e manas inferiores, realizado pelo divino Agnishvatta, o anjo solar, que age através do lótus egóico na tarefa a ser realizada durante a fase contemplativa da meditação." Esta afirmação pode ser entendida intelectualmente com facilidade pelo estudioso comum do ocultismo, mas é absolutamente sem sentido para o homem mundano. Da mesma forma, a Lei da Repulsão é difícil de compreender para o discípulo que entra no Caminho. Primeiro, você deve aprender a conhecer a influência dessa lei e, em seguida, fazer três coisas através de: 1. O serviço; aprender a descentralizar constantemente e começar secretamente a repelir a personalidade; Cuide para que o seu motivo seja o amor por todos os seres e não deseje a sua própria libertação. 2. Compreender pares de opostos e esotericamente começar a isolar o "nobre caminho do meio", ao qual o Buda se referiu. 3. Compreendendo as palavras de Cristo, que exorta os homens a deixarem resplandecer «a sua luz», o discípulo começa a construir o caminho de luz que conduz ao centro da vida que o conduz das trevas à luz, do irreal ao real e da morte à imortalidade. Este é o verdadeiro caminho do antakarana que ele tece internamente e exterioriza. (simbolicamente falando), análogo à forma como a aranha tece o seu fio. O serviço, a compreensão do Caminho e a construção da verdadeira linha de fuga constituem a tarefa a ser realizada no Caminho do Discipulado. Tal é o objetivo diante dos estudantes das ciências esotéricas de hoje – desde que o desejem o suficiente e se treinem para trabalhar altruisticamente para o bem de seus semelhantes. À medida que conseguem percebê-lo e aproximar-se do que não constitui os pares de opostos (para chegar ao "Caminho Central"), a Lei da Repulsão começa a agir constantemente. Passada a terceira iniciação, esta lei começa a reger predominantemente a vida. A palavra repulsa tem um significado infeliz para muitas mentes, e a aversão que existe em relação a esta palavra indica a predisposição espiritual inata do homem. Repulsa é o desejo de repudiar, e atitude, palavras e ações evocam em nossa mente a repulsa de tudo o que achamos desagradável contemplar. No entanto, considerada espiritualmente e vista cientificamente, a palavra repulsa simplesmente indica "uma atitude em relação ao indesejável". Tal atitude, por sua vez (ao tentar determinar o que é desejável), põe em ação as qualidades de discriminação, despaixão e disciplina na vida do discípulo, bem como o poder de descentralizar. Estas palavras indicam o desejo de desvalorizar o irreal e o indesejável e de disciplinar a natureza inferior até que sejam feitas rápida e facilmente essas escolhas que levem ao descarte do que aprisiona e dificulta a alma. Os principais conceitos constituem o caminho ou procedimento definido e cuidadosamente escolhido que libertará a alma do mundo das formas e das formas irá identificá-la, em primeiro lugar, consigo mesma (libertando-a assim da ilusão do mundo) e, depois, com o mundo das almas, que é a consciência da super Alma. 88 — Não é necessário deter-me aqui na técnica pela qual esta escolha é feita. A maneira de discriminar o método de despaixão e disciplina da vida foi simplificada e esclarecida pelos ensinamentos dos últimos dois mil anos e pelos livros dedicados a enfatizar o ensinamento do Cristo e do Buda, que se compreendido corretamente, pode levar a fazer uma escolha certa e repelir o que não é desejado nem desejado. Muitos alunos sensatos (como aqueles que lerão este folheto) acharão útil escrever o que entenderam a partir das quatro palavras a seguir: 1. Discriminação. 2. Des paixão. 3. Disciplina. 4. Descentralização. Uma única página seria suficiente para definir cada uma dessas palavras, e isso realmente encerraria nosso pensamento mais elevado. Os alunos compreenderão que, ao praticarem essas quatro virtudes, as principais características de um discípulo, eles automaticamente colocam em ação a Lei da Repulsão que, no Caminho da Iniciação, fornece revelação e compreensão. Expressar esta lei no Caminho da Iniciação está muito longe daqueles que ainda não são versados nas discriminações fundamentais e em des paixão. Portanto, você acha que é necessário explicar como essa lei atua na vida do iniciado? Não me parece. O discípulo tentará encontrar, sem paixão, dor ou sofrimento, a diferença entre: 1. Certo e errado. 2. Bom e mau. 3. Luz e trevas, entendidas espiritualmente. 4. Prisão e liberdade. 5. Amor e ódio. 6. Introversão e extroversão. Seria útil refletir sobre esta dualidade. 7. Verdade e falsidade. 8. Conhecimento místico e oculto. 9. Eu e não eu. 10. Alma e corpo. Inúmeras dualidades poderiam ser listadas. Tendo descoberto a existência destes pares de opostos, a tarefa do discípulo é descobrir aquilo que não é nem um nem outro. Constitui o caminho central e intermediário revelado ao iniciado pela ação da Lei da Repulsão que secretamente lhe permite "com uma das mãos, retirar do seu caminho o que impede e encobre o caminho central da luz. A segurança do homem que procura o caminho iluminado não é nem à direita nem à esquerda." Será que esta frase realmente significa alguma coisa para a maioria de nós? Procuremos exprimir em palavras as qualificações e o nome desta terceira ou central via, que não é, por exemplo, nem luz nem escuridão, nem amor nem ódio. Não conseguimos ver claramente o que pode ser, nem o veremos até que o estímulo acrescido libertado em nós no Caminho da Iniciação faça o seu trabalho designado. Uma ideia do que isso significa aparecerá, ainda que confusa, para nossa opinião quando lidarmos com a terceira parte. e. A LEI DA REPULSÃO E O PEREGRINO NO CAMINHO DA VIDA 89 Basearei os meus conceitos nas palavras acima citadas: "A Lei da Repulsão impele em sete direções e obriga tudo com o qual entra em contato a voltar ao seio dos sete Padres espirituais." Vou definitivamente considerar o Caminho da Repulsão, regido por esta lei, que é o caminho ou técnica para todo tipo de raio. Embora se possa observar que a mesma lei atua em todos os sete casos e nas sete direções, no entanto, os resultados serão diferentes, porque a qualidade e a aparência fenomenal sobre a qual a lei da vontade divina faz seu impacto, e a consequente impressão, diferem amplamente. Portanto, a complexidade do problema é grande. Estas sete leis da alma estão por trás de todas as várias apresentações da verdade, tais como foram dadas pelos Mestres do mundo ao longo dos tempos. No entanto, é necessária muita perspicácia espiritual para ajudar o discípulo comum a compreender a analogia ou tendência de ideias que, por exemplo, ligam: 1. As bem-aventuranças (enunciadas por Cristo) e as sete leis. 2. As etapas do Nobre Caminho Óctuplo e os poderes da alma. 3. Os oito Meios de Yoga ou união com a alma, e o septenário de influências. 4. Os dez Mandamentos da religião semítica e as sete leis espirituais. Os alunos acharão interessante testar a sua compreensão das relações esotéricas que existem neste conjunto de ensinamentos, e ver se conseguem, por si sós, desvendar os significados básicos. A título de ilustração, traçarei e indicarei a relação entre as sete leis e os oito meios de yoga, pois esclarecerá a diferença entre os métodos de yoga, tal como entendidos pelo iogue comum e esotérico, e como entendidos pelo discípulo treinado e pelo iniciado. 1. Os Cinco Comandos - A Força do Segundo A Lei do Impulso do Raio Magnético A Inclusão do Dever Universal. Atração 2. As Regras. A Força da Quarta A Lei do Sacrifício Para a autoconfiança "Morro diariamente". 3. Posição A força do sexto raio A Lei do Serviço Atitude equilibrada Ideais certos ou em relação ao mundo. Relações 4. Pranayama A força da sétima A Lei do Progresso A lei do raio de grupo vivo. A Lei do Derítmico. Desenvolvimento Espiritual 5. Abstração: A força da primeira A Lei da Repulsão, Pratyahara. Abs- ray O repúdio do desejo de desejar. 6. Atenção A Força do Terceiro Raio A Lei da Direita Ampla Guias-Resposta. 90 7. Meditação A Força da Quinta A Lei dos Quatro Raios Inferiores de Uso Certo: "A alma é da mente, em meditação profunda." 8. Resultado: Contemplação total, desprendimento espiritual. Um estudo aprofundado dessas relações será sugestivo para o discípulo e esclarecedor para o iniciado. No entanto, a iluminação não deve ser confundida com uma ideia nova ou brilhante. É algo muito diferente. A diferença é comparável à que existe entre a luz de uma estrela e a luz de um sol, que está constantemente a aumentar. Um revela a realidade da noite, o outro o mundo da luz do dia e do Ser consciente. d. Deve-se lembrar que a Lei da Repulsão, a Lei dos Anjos Destruidores, age em sete direções, produz efeitos sobre sete tipos diferentes de seres e homens e, por sua atividade, traz o Filho Pródigo de volta à casa do Pai, o que o faz "levantar-se e andar". Deve-se lembrar que quando o Cristo narrou esta história Ele deixou claro que o peregrino não sentia vontade de voltar até que ele veio a seus sentidos e veio a seus sentidos como resultado de ter satisfeito os desejos de uma vida licenciosa. Depois veio a saciedade e o descontentamento que se seguiram, e um período de intenso sofrimento e ele perdeu a vontade de vagar e desejar. Um estudo desta história será revelador. Em nenhuma Escritura é explicada a sequência destes acontecimentos (falando da existência do peregrino, da sua vida num país distante e do seu regresso), de forma concisa e bela, narrada como Ele a expressou. Estude esta parábola na Bíblia e também na viagem do peregrino. O efeito da Lei da Repulsão, ao agir no mundo do discipulado e destruir o que atrapalha, faz com que o peregrino retorne apressada e conscientemente por um dos sete raios que levam ao centro, o que não pode ser detalhado aqui. Nossa tarefa atual é trilhar o Caminho da Provação ou Discipulado, e aprender disciplina, des paixão e as outras duas necessidades do Caminho, discriminação e descentralização. No entanto, é possível indicar o objetivo e apontar a potência das forças às quais seremos cada vez mais submetidos quando entrarmos – como alguns de nós podemos – no Caminho do Discipulado aceito. Vou transmitir isso em sete estrofes, que darão ao aspirante uma indicação da técnica a que será submetido. Se você percorreu parte do Caminho, eles lhe darão uma ordem que, como discípulo, com visão espiritual interior, você obedecerá porque terá despertado; se ele for um iniciado, exclamará "Eu sei disso". A Orientação do Primeiro Raio "O jardim é descoberto. Na beleza ordenada vivem suas flores e árvores. O zumbido do vôo alado de abelhas e insetos é ouvido em todos os lugares. O ar está saturado de perfume. As cores são reveladas pelo azul do céu. O vento de Deus, o seu sopro divino, sopra pelo jardim... Wie as flores. Curvar árvores devastadas pelo vento. À destruição da beleza segue-se a chuva. Preto é o céu. Tudo é ruína. Então, a morte... 91 "Então outro jardim! que parece estar longe no tempo. Um jardineiro é invocado. O jardineiro, a alma, responde. A chuva, o vento e o sol escaldante são invocados. Invoque o jardineiro. Então deixe o trabalho continuar. A destruição precede sempre o reino da beleza. A ruína precede o real. O jardim e o jardineiro devem acordar. O trabalho continua." A Orientação do Segundo Raio "O estudioso conhece a verdade. Tudo lhe é revelado. Rodeado pelos seus livros e protegido pelo mundo do pensamento trespassado como uma toupeira e abre o seu caminho para as trevas; Ele obtém conhecimento do mundo das coisas naturais. O olho está fechado. Seus olhos estão bem abertos. Ele habita em seu mundo com profunda satisfação. "Detalhe após detalhe penetra no conteúdo do seu mundo mental. Coleta as pepitas do conhecimento do mundo, assim como um esquilo armazena suas nozes. O tanque está cheio... De repente, uma enxada desce, porque o pensador cuida do jardim de seus pensamentos, e assim eles destroem as passagens da mente. O desastre vem, destruindo rapidamente o reservatório da mente, e a segurança, a escuridão e o calor da investigação satisfeita. Tudo foi eliminado. A luz do verão penetra e os cantos escuros da mente veem a luz... Nada resta além de luz, e ela não pode ser usada. Os olhos estão cegos e o único olho ainda não vê... "Lentamente, o olho da sabedoria deve ser aberto. Aos poucos, o amor do verdadeiro, do belo e do bom deve penetrar nas passagens obscuras do pensamento mundano. Gradualmente, a tocha da luz e o fogo da justiça devem consumir os tesouros acumulados durante o passado, embora eles ainda provem sua utilidade fundamental. "Os sete caminhos da luz devem chamar a atenção do estudioso para longe de tudo o que ele descobriu, acumulou e usou. Ele rejeita e encontra seu caminho para o Hall da Sabedoria, construído em uma colina não nas profundezas da terra. Só o olho aberto pode encontrar este caminho." A Orientação do Terceiro Raio: "Rodeado por uma infinidade de fios e fechado no infinito das dobras do pano, está o Tecelão. Nenhuma Luz chega onde Ele está. À luz de uma pequena vela, localizada no topo de sua cabeça, ele vê confuso. Ele pega punhado após punhado de fios e tenta tecer o tapete de seus pensamentos e sonhos, desejos e objetivos; seus pés estão em constante movimento; suas mãos trabalham rapidamente; a sua voz entoa incessantemente as palavras: "Teco o desenho que procuro e quero. A urdidura e a trama são planejadas pelo meu desejo. Eu pego um fio aqui e uma cor ali. Eu levo outro lá. Eu misturo as cores e mesclo os fios. Ainda não consigo ver o design, mas certamente corresponderá ao meu desejo." "Vozes agudas são ouvidas e o movimento é percebido fora da câmara escura onde o tecelão está, aumentando em volume e potência. Uma janela está quebrada e, embora o tecelão grite cego pela luz forte, o sol brilha em seu tapete tecido. Assim se revela a sua feiura... 92 «Uma voz exclama: 'Olha para o tecelão da tua janela e observa o cânone nos céus, o padrão do plano, a cor e a beleza do todo. Destrua o tapete em que trabalhou durante muito tempo. Não satisfaz a sua necessidade... Em seguida, tecer, novamente, tecelão. Tricotar à luz do dia. Teje, como você vê o plano.'" A Orientação do Quarto Raio "Eu tomo, misturo e fundo. Reúno o que desejo. Eu harmonizo o todo." Foi assim que o Mixer falou, quando permaneceu na camera obscura. "Eu entendo a beleza invisível do mundo. Eu sei cor e som. Ouço a música das esferas, e nota sobre nota, acorde sobre acorde, eles me comunicam seus pensamentos. As vozes que ouço intrigam-me e atraem-me e tento trabalhar com as veias de onde surgem esses sons. Tento pintar e misturar os pigmentos necessários. Tenho de criar a música que me atraia aqueles que amam as obras pictóricas que apresento, as cores que misturo, a música que evoco. Portanto, sou a mim que eles vão amar e adorar..." "Mas seguiu-se uma nota musical estridente, um acorde que silenciou o doce Mixer. Suas notas pareciam dentro do Som e apenas o grande acorde de Deus era ouvido. "Entrou um feixe de luz. Suas cores desbotaram. Havia apenas trevas ao seu redor, mas ao longe a luz de Deus brilhou. Ele permaneceu entre a escuridão densa e a luz ofuscante. Seu mundo arruinado estava ao seu redor. Seus amigos haviam desaparecido. Em vez de harmonia, houve dissonância. Em vez de beleza, a escuridão do túmulo... "Então a voz entoou estas palavras: 'Cria de novo meu filho, constrói, pinta e mistura os tons de beleza, mas desta vez para o mundo não para ti. Depois, o Mixer recomeçou o seu trabalho e voltou a trabalhar." A Orientação do Quinto Raio "Na profundidade de uma pirâmide, cujos contornos eram de pedra, e na escuridão impenetrável daquele lugar maravilhoso, uma mente e um cérebro – personificados pelo homem – trabalhavam. Fora da pirâmide foi estabelecido o mundo de Deus. O céu era azul; os ventos sopravam livremente; Árvores e flores se abriram ao sol. Mas na pirâmide, no laboratório escuro, um trabalhador fazia o seu trabalho. Ele habilmente usou tubos de ensaio e instrumentos frágeis. Fila após fila, as réplicas queimavam com seus fogos flamejantes para fundir e misturar, cristalizar e dividir. O calor era muito intenso, a tarefa árdua... "Passagens escuras, em constante ascensão, conduziam ao topo Uma ampla janela, aberta para o azul do céu e através dela descia um claro raio de luz para o trabalhador que estava nas profundezas ... Trabalhou e trabalhou. Ele estava lutando para alcançar seu sonho, a descoberta final. Às vezes ele encontrava o que procurava, às vezes falhava, mas nunca encontrava o que poderia lhe dar a chave de tudo o que você doma... Em profundo desespero de 93, perguntou ao Deus que havia esquecido: "Dá-me a chave. Nada de bom eu possa fazer sozinho. Dá-me a chave'. Então reinou o silêncio. "Pela abertura, no topo da pirâmide, do azul do céu caiu uma chave aos pés do trabalhador desanimado. A chave era ouro puro; o bar era leve; Na chave, uma placa e, escrito em azul, dizia: "Destrua o que construiu e construa novamente. Mas construa somente quando tiver subido o caminho ascendente, atravessado a galeria da tribulação e penetrado a luz dentro da câmara do rei. Construir de cima e, assim, demonstrar o valor das profundezas". "Então, o Operário destruiu os objetos de seu trabalho árduo anterior, reservando três tesouros que ele sabia serem bons e sobre os quais a luz poderia brilhar. Ele lutou para chegar à câmara do rei. E ele ainda está lutando." A Orientação do Sexto Raio "'Eu amo, vivo e amo novamente', exclamou o Seguidor enervante cego pelo desejo de alcançar o mestre e alcançar a verdade, mas ele viu apenas o que estava diante de seus olhos.  Apenas o longo e estreito túnel era sua casa e o lugar onde ele fazia seu grande esforço. Ele não conseguia ver, exceto o espaço diante de seus olhos. Não tinha alcance visual, altura, profundidade ou extensão. Ele só podia ir em uma direção, e nessa direção ele foi sozinho, arrastando com ele aqueles que lhe perguntaram qual era o caminho. Ele tinha uma visão, que mudou e assumiu várias formas; Cada visão era para ele o símbolo dos seus sonhos mais elevados, o culminar dos seus desejos. "Ele correu ao longo do túnel, procurando o que estava à frente. Ele não viu muito, apenas uma coisa de cada vez -uma pessoa, uma verdade, uma Bíblia ou uma imagem do seu Deus, um apetite, um sonho, mas apenas um! Às vezes, pegava nos braços a visão que tinha e descobria que não era nada. Outros estenderam a mão para a pessoa que amavam e descobriram que, em vez da beleza visualizada, era uma pessoa como ele. E assim ele continuou tentando. Cansou-se na busca; bateu-se a si mesmo, para fazer um novo esforço. "A abertura escureceu a luz. Um cego parecia fechar-se. A visão que ele tinha já não brilhava. O Seguidor tropeçou na escuridão. A vida acabou e o mundo do pensamento perdeu-se.... Parecia estar suspenso. Ele estava pendurado sem nada em baixo, na frente, atrás ou acima dele. Para ele nada existia. "Das profundezas do templo do seu coração, ouviu uma Palavra, que falava com clareza e poder: "Olhe profundamente para dentro, ao redor e em todos os lugares. A luz está em toda a parte, dentro do seu coração, em Mim, em tudo o que respira, em tudo o que é. Destrua seu túnel, que você construiu por longas eras. Permanecei livres, guardando o mundo inteiro'. O Seguidor respondeu: "Como posso destruir o túnel?" Como vou encontrar uma maneira de fazer isso?’ A resposta não veio... 94 «Outro peregrino subiu das trevas e apalpou o Seguidor. ' Guiai-me a mim e aos outros para a luz", exclamou. O Seguidor não encontrou palavras, nenhuma orientação adequada, nenhuma fórmula de verdade, nenhuma forma ou cerimônia. Ele se encontrou como um guia e atraiu outros para a luz — a luz que brilhava em todos os lugares. Continuou a trabalhar e a lutar. Sua mão segurava os outros e, por causa deles, escondia sua vergonha, medo, desesperança e desespero. Ele proferiu as palavras de segurança e fé na vida, na luz e em Deus, no amor e na compreensão. "O túnel dele desapareceu. Não sentiu a perda. Na areia do mundo permaneceu com vários dos seus companheiros abertos à luz do dia. Ao longe havia uma montanha azul, e do seu topo vinha uma voz: "Ele avança em direção ao cume da montanha e no seu cume aprende a involução de um Salvador." A esta grande tarefa o Seguidor dedicou as suas energias, tornando-se agora um guia. Ainda está a caminho." A Orientação do Sétimo Raio "Sob um arco, entre duas salas, estava o sétimo Mago. Uma sala estava cheia de luz, vida e poder, de quietude que era propósito, e de beleza que era espaço. A outra sala era toda de movimento, som produzido por grande atividade, caos amorfo e trabalho que não tinha propósito real. Os olhos do Mago estavam fixos no caos. Ele não gostou. Virou as costas para uma sala de intensa quietude. Eu não sabia disso. O arco oscilava acima de sua cabeça... "Desesperado, murmurou: 'Durante séculos, sofri e tentei resolver o problema desta sala, reorganizar o caos para que a beleza e o propósito do meu desejo pudessem brilhar. Tentei tecer essas cores num belo sonho e harmonizar os vários sons. Falta a consumação. Você só pode ver o meu fracasso. E, no entanto, sei que há uma diferença entre o que tenho diante dos meus olhos e o que começo a sentir atrás de mim. O que devo fazer?' "Então, acima da cabeça do mago, e exatamente atrás dele, embora dentro da sala de beleza ordenada, um imenso ímã começou a oscilar... Isso causou a rebelião do homem dentro do arco, que estava cambaleando antes de sua futura queda. O imã girou o homem até que ele enfrentou a cena e o quarto que ele não tinha visto antes. . . "Então, através do centro de seu coração, o ímã projetou sua força de atração e repulsão. Ele reduziu o caos até não perceber suas formas. Estes são alguns dos pensamentos traduzidos de um arranjo antigo e medido, que pode lançar alguma luz sobre a dualidade da personalidade e o trabalho a ser feito pelos seres pertencentes ao septenário dos raios. Sabemos onde estamos? Sabemos o que temos de fazer? Quando nos esforçamos para alcançar a luz, preço nenhum será demasiado elevado para pagar por essa revelação. Estudamos a interessante sequência das Leis. Na primeira Lei, surgem três ideias principais: 95 Primeiro, o Eterno Peregrino, por sua própria conformidade e vontade, secretamente preferiu a morte e adotou um corpo ou uma série de corpos, a fim de ressuscitar ou elevar a vida da natureza na forma que personificou. Durante o processo de realização disso ele morreu, no sentido de que, para uma alma livre, morrer e tomar uma forma e a consequente imersão da vida na forma são termos sinônimos. Em segundo lugar, ao fazê-lo, a alma recapitula em menor escala o que o Logos solar e o Logos planetário também perceberam e estão fazendo. Estas grandes Vidas aparecem regidas pelas leis da alma durante os períodos de manifestação, embora não sejam governadas ou controladas pelas leis do mundo natural como o chamamos. Suas consciências não se identificam com o mundo fenomenológico, enquanto a nossa consciência se identifica com ele, até o momento em que somos governados por leis superiores. Pela Morte oculta destas grandes Vidas, todas as vidas menores vivem e podem viver, sendo-lhes assim oferecida uma oportunidade. Em terceiro lugar, através da morte ocorre um grande processo unificador. Na "queda de uma folha" e sua consequente identificação com o solo, temos um pequeno exemplo desse grande e eterno processo de unificação, através do processo de devir e morrer, como resultado do devir. Na segunda Lei, a entidade abnegada - por escolha e vontade - está sob a influência do método pelo qual essa morte ocorre. Pelo impacto dos pares de opostos e por estar ciente dos dois, Ele conhece a escuridão externa que Cristo finalmente conheceu na Crucificação, onde Ele se pendurou, simbolicamente, entre o céu e a terra, e o poder de Sua vibração interior e magnetismo atraiu e sempre atrairá os homens para Si mesmo. Esta é a primeira grande ideia que surge, e a segunda diz respeito ao equilíbrio de forças que foram dominadas. O símbolo das escamas cabe aqui, e as três cruzes no Monte Gólgota também são símbolos desta verdade. Libra rege essa lei, e certas forças vindas dessa constelação podem ser percebidas quando a consciência da alma está sob a influência da lei. Estas forças permanecem passivas no que diz respeito à personalidade; O seu efeito não é registado, embora esteja presente. Na terceira Lei, o Deus sacrificial e o Deus das dualidades estão sob certas influências que produzem efeitos facilmente reconhecíveis. Através da morte e do triunfo de pares de opostos, o discípulo torna-se tão magnético e vibrante que serve a raça, tornando-se o que sabe ser. Fisicamente submerso, do ponto de vista da personalidade, nas águas da existência terrena, ele percebe conscientemente ao mesmo tempo outras condições de seu propósito essencial de morrer por outras vidas e também o método que deve empregar para realizar o equilíbrio libertador. Quando essas ideias predominarem na mente, ele será capaz de servir aos seus semelhantes.  Quando a quarta Lei da Repulsão começa a produzir seus efeitos, o discípulo toma consciência do Anjo da Espada Flamejante que está diante do portal da iniciação. Por esta maravilha sabe que pode entrar, mas, desta vez, não como um aspirante pobre e cego, mas como um iniciado nos mistérios do mundo. Esta verdade foi resumida num antigo cântico que era costume cantar na antecâmara dos Templos. Algumas das palavras podem ser expressas mais ou menos assim: 96 "Aquele que conheceu os muros da prisão entra livre. Entre na luz com os olhos abertos que por eras tateou pelo corredor escuro. Ele segue seu caminho que permaneceu por séculos diante de uma porta hermeticamente fechada. "Pronuncie com força a Palavra que escancara o Portal da Vida. Ele está diante do Anjo e arranca a espada dele, libertando assim o Anjo para uma tarefa superior. Agora ele guarda o portal! Lugar sagrado. "Ele morreu. Ele entrou na luta. Aprendeu a servir. Agora fique à porta." 5. A Lei do Progresso do Grupo Nome Símbolo Energia Relâmpago Exotérico Esotérico Número 5 A Lei da Lei da Montanha e A Energia Progressiva- Elevação do Progresso. Sétimo Raio. Grupo. O fator da Evolução. Esta lei começa a agir e a ser apreendida na consciência pessoal quando o aspirante realiza certas realizações definidas e reconhece que certos ideais são realidades em sua experiência. Isso poderia ser listado de forma muito simples e significaria para o aluno superficial as realizações mais simples no Caminho da Prova. Poder-se-ia, no entanto, compreender muito claramente que esta simples descrição das exigências e suas realizações na consciência do aspirante se manifesta como reações veladas e externas de sua mente a algumas verdades cósmicas profundamente esotéricas. Esta afirmação contém a verdadeira essência do conhecimento esotérico. As formulações muito comuns da vida ativa e do autossacrifício instintivo diário são ofuscadas porque são vitalmente familiares e, no entanto - se apenas compreendidas - mal tocam as bordas das verdades mais profundas do mundo. Constituem o ABC do esoterismo, e só através deles chegaremos às palavras e frases que, por sua vez, são a chave essencial para o conhecimento superior. Um breve exemplo servirá para ilustrar isso, e alguns fatos simples podem ser considerados que indicam que o aspirante começa a agir como uma alma e está preparado para viver conscientemente no reino de Deus. O discípulo que é treinado para alcançar essas realizações superiores é exortado a praticar a discriminação. A mesma exortação vos foi feita. A interpretação inicial, normal e resultado imediato da prática é ensinar o discípulo a diferenciar pares de opostos. Assim como o discípulo no início de sua formação descobre que o processo discriminatório nada tem a ver com a capacidade de diferenciar o mau. Mas refere-se antes aos pares mais subtis de opostos, ao bom ou mau uso do silêncio, da palavra certa ou errada, da compreensão certa e da indiferença certa e dos seus opostos, assim também o homem que reage a estas leis superiores descobre que a discriminação a demonstrar deve ser ainda mais subtil, E para a maioria dos aspirantes ainda hoje é um objetivo sem 97 sentidos. Este tipo de discriminação nem sequer está a ser evocado. Isto é o que deve ser demonstrado em conexão com os seguintes contatos sutis: 1. A vibração da alma. 2. A vibração do grupo interno ao qual você está afiliado, mesmo que inconscientemente. 3. A vibração do Mestre como ponto focal do grupo. 4. A vibração do seu raio, como você a sente através de sua alma e do Mestre. 5. A vibração resultante da interação entre sua alma e sua personalidade. 6. As três vibrações distintas do seu corpo e mente vital e emocional. 7. A vibração dos grupos ou do grupo, com a qual você deve trabalhar no plano externo. 8. A vibração da alma de outras pessoas com quem entra em contato. 9. A vibração de um grupo, como o Novo Grupo de Servidores do Mundo. Seguem-se alguns exemplos do tipo de discriminação exigida. Isso será aprendido a diferenciar instintivamente quando a evolução tiver sido alcançada. Gostaria de recordar que, quando se trata de discriminação estritamente mental, o problema parece ser insuperável. Quando a regência e o reconhecimento da alma estiverem firmemente estabelecidos, os vários reconhecimentos tornar-se-ão reações instintivas. Resposta. instintiva (é o nome dado à vida instintiva da alma - analogia superior da vida instintiva do corpo humano. Os parágrafos anteriores contêm um resumo simples de alguns dos significados mais profundos do comando conciso: "Aprenda a discriminar". Será que compreendemos realmente este mandato? Intelectualmente a mente dirá que sim. Em termos práticos, as palavras muitas vezes não significam nada. Significam o poder da alma de dividir as vibrações em diferentes categorias? No entanto, dizem-nos que a alma não conhece divisões! Tais são alguns dos paradoxos do esoterismo que se apresentam aos não iniciados. A Lei do Progresso em Grupo só pode começar a ter um efeito consciente na vida do discípulo consagrado e aceito. Quando tiver estabelecido certos ritmos, quando ele está trabalhando efetivamente em certas linhas de grupo bem conhecidas e quando, com compreensão definida e consciente, ele se prepara para alcançar as expansões que a iniciação concede, então essa lei começa a impulsioná-lo e ele aprende a obedecê-la instintivamente, intuitivamente e intelectualmente. Em obediência a esta lei, o discípulo institui esta preparação para a iniciação. A frase anterior tem a seguinte redação: Porque é muito importante que cada um compreenda por si mesmo a necessidade de receber a iniciação. Entendeu a importância disso? Alguns dos efeitos mencionados no início, quando esta quinta lei foi inicialmente considerada, serão listados. Não esqueçamos o seu significado esotérico e invisível: 1. O discípulo aprenderá efetivamente a descentralizar. Isto significa que: 98 a. Nada será exigido do eu separado. Pode-se facilmente ver por que os aspirantes são ensinados a serem leais ao seu Eu superior e a rejeitar todas as exigências do Eu separado. Você também pode ver por que muitos reagem contra ele. É porque ainda não estão prontos e, portanto, tal consagração atua como um grande agente discriminador. Para aqueles que são muito altos o cânone do altruísmo, eles não entendem ou desejam isso. Por isso, quem não está preparado critica-o.  Mais tarde você voltará e aceitará com simpatia esta obrigação à luz. b. Ele fixa o olhar na luz e não no desejo de entrar em contato com o Mestre. Consequentemente, elimina-se o egoísmo espiritual expresso pelo desejo inato e profundo de ser reconhecido por um dos Grandes Seres. Quando esta libertação das coisas pessoais tiver sido alcançada, então o Mestre pode ousar entrar em contato e estabelecer um relacionamento com o discípulo. Seria apropriado meditar sobre isso. 2. Então terás aprendido a servir instintivamente. Você terá a necessidade, e geralmente tem, de aprender a discriminar quando servir; Mas a atitude que ele adota em relação à vida e aos homens é um impulso divino para ajudar, elevar, amar e socorrer. 3. Você terá aprendido a usar a mente em duas direções, incrementalmente, à vontade e instantaneamente: a. Ele pode dirigir o farol de sua mente para o mundo da alma e conhecer e reconhecer aquelas verdades que, para ele, devem tornar-se conhecimento experimentado. b. Também pode direcioná-lo para o mundo da ilusão e dissipar miragens pessoais. Quando consegue, começa a dissipar as miragens do mundo, pois aproxima-se da iniciação. a. A LIGAÇÃO DOS GRUPOS MUNDIAIS Poderíamos enumerar os vários desenvolvimentos que indicam à Hierarquia observadora quando um discípulo ou um grupo de discípulos está pronto para receber "mais luz". No entanto, a principal pista é fornecida por sua reação à Lei do Progresso do Grupo. Esta é a nova lei que virá e será apresentada pelos discípulos do mundo, sendo a sua eficácia cada vez mais poderosa, embora demore muito tempo até que a humanidade a compreenda. Operacionalizará o trabalho de grupos globais. No passado, grupos foram formados para alcançar benefício mútuo, interesse, estudo e fortalecimento. Isto foi uma bênção e também uma maldição, pois por maiores e bons que tenham sido os seus motivos, estes grupos eram basicamente e principalmente egoístas, uma espécie de egoísmo espiritual muito difícil de ultrapassar, que exige a aplicação da verdadeira discriminação a que me referi anteriormente. Estes grupos sempre foram o campo de batalha onde os menos aptos e menos integrados eram absorvidos, padronizados ou arregimentados; os mais poderosos dominaram oportunamente, e os indefinidos foram eliminados e totalmente acalmados. O grupo que triunfou foi 99 composto por almas afins que pensam da mesma maneira, porque nenhuma pensa intuitivamente, mas são regidas por alguma escola de pensamento, ou porque algum personagem central do grupo domina todas as outras, hipnotiza-as e leva a uma condição instintiva, passiva e estática. Isto pode ser para a glória do mestre e do grupo, mas certamente não para a glória de Deus. Os novos grupos de hoje vêm lenta e gradualmente à existência e são governados por essas leis da alma. Portanto, eles emitirão uma nota diferente e formarão grupos fundidos por uma aspiração e um objetivo unidos. Eles serão constituídos por almas livres, individuais e evoluídas, que não reconhecem nenhuma autoridade, mas a sua própria alma, imergindo seu interesse no propósito egóico de todo o grupo. Assim como a realização do indivíduo no decorrer dos tempos serviu para elevar a raça, também uma realização paralela, em forma de grupo, tenderá a elevar a humanidade mais rapidamente.   Aqueles que entraram no Caminho da Provação tentaram elevar a humanidade, mas falharam. Aqueles que passaram para o Caminho do Discipulado também tentaram e fracassaram. Aqueles que dominaram a experiência e a ilusão da morte e, assim, ressuscitaram para a vida, podem hoje tentar realizar esta tarefa em unidade. E terão sucesso. Já foi feita a exigência de que se desenvolva essa atividade unida e exortando-os a envidar todos os esforços para ressuscitar o cadáver da humanidade. La Lógia de Maestros. Uma grande e possível realização começará em breve, e todos os aspirantes e discípulos serão capazes de reconhecer sinteticamente o poder e a oportunidade. O ensino sobre o Novo Grupo de Servidores do Mundo tem sido amplamente divulgado para este fim. É a primeira tentativa de formar um grupo que funciona como um grupo e tenta realizar uma tarefa mundial. Será capaz de atuar como um grupo intermediário entre o mundo dos homens e a Hierarquia. Ele está localizado entre o que é chamado ocultamente de "Mestre morto" e os "Mestres vivos". Os maçons vão entender o que está aqui. O verdadeiro esotérico também compreenderá a mesma verdade de outro ponto de vista. Gostaria de vos dar algumas ideias sobre os novos grupos que se tornarão ativos ao abrigo da Lei de Progresso dos Grupos. Deve-se lembrar constantemente, quando consideramos a vinda desses novos grupos, que eles constituem principalmente uma experiência em Atividade de Grupo, e não foram formados com o propósito de aperfeiçoar um membro individual de qualquer grupo. Esta é uma afirmação fundamental e essencial se você quiser entender os objetivos corretamente. Nesses grupos, os membros complementam-se e fortalecem-se mutuamente e, no conjunto de qualidades e capacidades, devem, ao longo do tempo, proporcionar grupos suficientemente capazes de expressar a espiritualidade de maneiras úteis e através da qual a energia espiritual pode fluir ininterruptamente para ajudar a humanidade. O trabalho que precisa ser feito será realizado principalmente nos níveis mentais. O campo de serviço diário dos componentes dos novos grupos continuará a ser o que o seu destino e impulso interior lhes indicam no plano físico, Mas - aos vários campos do esforço individual - acrescentar-se-á (e isso é o importante) uma atividade de grupo que será um serviço unido e conjunto. Cada membro destes grupos deve aprender a trabalhar em estreita colaboração mental e espiritual com os outros E isso leva tempo devido ao atual grau de desenvolvimento evolutivo dos aspirantes do mundo. A cada 100 é preciso colocar amor em todas as coisas, o que não é fácil. Cada um deve aprender a subordinar as ideias que tem sobre a sua personalidade e o seu progresso pessoal às exigências do grupo, pois atualmente alguns terão de acelerar o seu progresso em determinadas direções e outros reduzi-lo, como um serviço prestado a outros. Este processo ocorrerá automaticamente à medida que a identificação e a integração do grupo se tornarem o pensamento predominante na consciência de grupo, e o desejo de progresso pessoal e realização espiritual for relegado a segundo plano. Esta unidade grupal projetada terá suas raízes na meditação em grupo, ou na vida contemplativa (na qual a alma se reconhece como uma com todas as outras). Por sua vez, isso resultará em alguma atividade de grupo, uma contribuição que caracterizará qualquer grupo e elevará esotericamente a raça humana. Na vida em grupo, aqueles que tentam treinar, ensinar e fundir o grupo em um instrumento de serviço não estarão preocupados com o indivíduo em particular. Cada um será considerado como um transmissor de um tipo de energia, a energia predominante de qualquer tipo de raio - sejam os raios do ego ou da personalidade. Cada um pode, no devido tempo, aprender a transmitir ao grupo a qualidade do raio de sua alma, estimulando seus irmãos a infundi-los com mais coragem, visão clara, pureza de motivos e amor profundo, evitando, no entanto, o perigo de vitalizar as características de sua personalidade. Esta é a maior dificuldade. Para o fazermos de forma eficaz e correta, temos de aprender a pensar que cada um é uma alma e não apenas um ser humano. Como postulados preliminares temos os seguintes objetivos no trabalho de grupo da nova era, agora que estão nos processos iniciais. Mais tarde e mais esotéricos objetivos surgirão à medida que os primeiros forem alcançados: 1. Unidade do Grupo. Deve realizar-se aplicando o amor, que faz parte da prática da Presença de Deus, através da subordinação da vida da personalidade à vida de grupo e à vida de serviço constante, amoroso e vital. 2. Meditação em Grupo. Estes grupos acabarão por conhecer o reino das almas, e o trabalho que realizam será animado e levado adiante dos mais altos níveis da mente através da expressão da vida contemplativa. Isto envolve a dupla atividade da vida do discípulo, na qual ele age conscientemente como personalidade e alma. A vida da personalidade deve ser de atividade inteligente; A vida da alma é contemplação amorosa. 3. Atividade em grupo. Cada grupo terá uma característica distinta, que será dedicada a alguma forma específica de servir. Quando os grupos estão devidamente estabelecidos (isso é iminente) e depois de terem trabalhado juntos subjetivamente para um certo e O período de tempo necessário (que será determinado pela qualidade de vida dos indivíduos que a compõem, pelo seu altruísmo e pelo seu serviço), então eles começarão a agir externamente e seu aspeto de vida começará a fazer sentir sua presença. As várias linhas de atividade surgirão quando a vibração do grupo for forte o suficiente para causar um impacto definitivo na consciência da raça. Portanto, é evidente que o primeiro e principal requisito é a integridade e a coesão do grupo. Nada pode ser feito sem eles. O vínculo subjetivo que existe entre os membros do grupo e a emergência de uma consciência de grupo constituirá o objetivo vital das próximas décadas. Assim, será estabelecido um grupo de transmissão e circulação 101 de energia que será de grande valor para salvar o mundo. No que diz respeito ao indivíduo, deve-se lembrar que a pureza do corpo, o controle das emoções e a estabilidade mental são requisitos fundamentais e devem ser o objetivo da prática diária. Voltarei repetidamente ao assunto no que diz respeito às principais exigências de caráter, por mais cansativa que seja a sua repetição por isso, exorto-vos a cultivar estas qualidades. Através destes grupos será possível restabelecer certos mistérios antigos, e alguns dos grupos mencionados no livro Cartas sobre Meditação Oculta estarão entre os grupos emergentes da Nova Era. b. AS CARACTERÍSTICAS DOS NOVOS GRUPOS Este breve resumo descreverá alguns dos requisitos básicos e, através de uma ampla generalização, indicará as principais razões pelas quais esses grupos estão a ser formados. Talvez pudéssemos agora expandir um pouco mais a nossa visão e, ao mesmo tempo, considerar os grupos mais detalhadamente. Uma das características que distinguirá grupos de servidores e conhecedores do mundo é que a organização externa que os manterá integrados será tão nebulosa e sutil que dificilmente poderá ser observada externamente. O grupo será mantido unido por uma estrutura interna de pensamento e uma estreita inter-relação telepática. Os Grandes Seres, a quem todos procuramos servir, unem-se desta forma e podem, com a menor exigência e o menor desgaste de força, entrar em contacto uns com os outros. Eles estão sintonizados com uma vibração particular, e esses grupos terão que sintonizar assim. Desta forma, serão agrupadas pessoas de naturezas muito variadas pertencentes aos diferentes raios e nacionalidades, produto dos vários patrimónios e do ambiente. Além desses fatores que imediatamente chamam a atenção, haverá também uma diversidade semelhante na experiência de vida, adquirida pelas almas envolvidas. A complexidade do problema enfrentado pelos membros do grupo aumenta sua magnitude se lembrarmos o longo caminho que cada um percorreu e os inúmeros fatores e características que emergem do passado distante e sombrio, contribuindo para tornar cada pessoa o que é. Se pararmos para pensar nas dificuldades e possíveis barreiras que podem ser colocadas antes do sucesso, logicamente surgem as perguntas: O que possibilita o estabelecimento dessa inter-relação grupal? O que proporciona o nível comum de igualdade? É da maior importância responder a estas questões e exige que sejam tratadas com franqueza. Na Bíblia é dito: "Nele vivemos, movemo-nos e temos o nosso ser". Tal afirmação é uma lei fundamental da natureza e a base declarada da relação que existe entre a alma individual que age num corpo humano e Deus. Isso determina, tanto quanto se pode entender, a relação entre alma e alma. Vivemos num mar de energias. Constituímos um conglomerado de energias e todas elas estão intimamente inter-relacionadas e formam o corpo sintético de energia do nosso planeta. Deve-se lembrar que o corpo etérico de toda forma de natureza é parte integrante da forma substancial do próprio Deus. Não a forma física densa, mas o que os esotéricos consideram como a substância que constrói a forma. Usamos a palavra "Deus" para significar aquela expressão da Vida Única que anima todas as formas do plano objetivo externo. Portanto, o corpo etérico ou energético, De todo ser humano, ele é parte integrante do corpo etérico do próprio planeta e, consequentemente, do sistema solar. Por este meio, todo ser humano está basicamente relacionado a todas as expressões da Vida divina, 102 sejam elas minúsculas ou gigantescas. A função do corpo etérico é receber impulsos de energia e ser posto em atividade por aqueles impulsos ou correntes de força, que emanam de alguma fonte de origem. Na realidade, o corpo etérico nada mais é do que energia, composta por fios de força minados ou correntes minúsculas de energia, relacionadas, pelo seu efeito coordenador, com os corpos emocional e mental e com a alma constituindo correntes de energia que, por sua vez, têm seu efeito sobre o corpo físico, colocando-o em atividade de acordo com a natureza e o poder do tipo de energia que pode predominar no corpo etérico em determinado momento. Através do corpo etérico circula energia emanada de alguma mente. As massas humanas respondem inconscientemente aos comandos da Mente Universal; isto é complicado na nossa época pela resposta crescente às ideias de massa em rápida evolução das mentalidades humanas, por vezes referidas como opinião pública. Dentro da família humana há também aqueles que respondem àquele grupo interno de Pensadores que, ao trabalhar com a matéria mental, controlam desde o aspeto subjetivo da vida o surgimento do grande Plano e a manifestação do propósito divino. Este grupo de Pensadores engloba sete grandes divisões e é presidido por três grandes Vidas ou entidades superconscientes. São eles o Manu, o Cristo e o Mahachohan. Eles empregam principalmente o método de influenciar as mentes de adeptos e iniciados. Estes, por sua vez, influenciam os discípulos do mundo, cada um no seu lugar e sob a sua responsabilidade, desenvolvem o seu conceito do Plano e tentam expressá-lo na medida do possível. Até agora, esses discípulos têm trabalhado muito sozinhos, exceto quando, por relação cármica, eles se conhecem e a intercomunicação telepática tem sido fundamentalmente limitada à Hierarquia de adeptos e iniciados dentro ou fora da encarnação, e ao Seu trabalho individual com Seus discípulos. Portanto, os grupos que até agora trabalharam de forma totalmente subjetiva podem ser e serão duplicados externamente, e os novos grupos que surgirão serão principalmente externalizações - ainda experimentais - dos grupos que atuaram nos bastidores impulsionado pelo grupo central, a Hierarquia dos Mestres. Esta experiência foi realizada principalmente para conseguir a integração do grupo e também para encontrar o método pelo qual ela pode ser realizada. A razão pela qual aqueles no aspeto interno estão experimentando essa ideia de grupo é porque é definitivamente uma tendência de nova era. Tentam utilizar a tendência humana prevalecente para a coerência e a integração. No entanto, deve ser constantemente lembrado que, se não houver coerência subjetiva, todas as formas externas devem oportunamente se desintegrar, o do contrário nunca irá fundir-se. Apenas os vínculos subjetivos e o trabalho determinam o sucesso, que (particularmente no novo trabalho em grupo) deve basear-se em relações egóicas e não em vínculos e predileções pessoais, que são úteis quando há um reconhecimento da relação egóica. Onde isso existe, então algo tão imortal e duradouro quanto a própria alma pode ser formado. Gostaria de esclarecer um ponto prático. Durante algum tempo, tais grupos constituirão o que se pode chamar de "grupos canônicos", e devem ser formados lenta e com muito cuidado. Cada pessoa que faz parte dos novos grupos será examinada, testada e sujeita a uma grande pressão, necessária para que os grupos perdurem durante o atual período de transição. É difícil para os discípulos formarem esses grupos. Os métodos e técnicas serão muito diferentes dos do passado. As pessoas podem demonstrar um desejo real de participar da vida em grupo e fazer parte da atividade em grupo, mas a dificuldade real 103 será adaptar sua vibração pessoal e vida à vida e ritmo do grupo. O caminho estreito que todos os discípulos devem percorrer (e nos estágios iniciais esses grupos serão compostos principalmente por aqueles no Caminho da Provação ou no Caminho do Discipulado) exige obediência a certas instruções que foram transmitidas desde os tempos antigos. Devem ser seguidos voluntariamente e de olhos abertos, mas o cumprimento da lei não é exigido nem esperado à risca. É sempre necessária alguma flexibilidade dentro de limites autoimpostos, mas essa flexibilidade não deve ser uma consequência da inércia pessoal ou da dúvida mental. Esta grande experiência de treinamento em grupo, que agora está sendo iniciada na Terra por meio de uma nova atividade da Hierarquia, demonstrará aos Guias observadores da raça até que ponto os discípulos e aspirantes ao mundo estão preparados para subordinar seus interesses pessoais ao bem do grupo, e até que ponto eles são sensíveis,  em grupo, à instrução e orientação, e quão livres são os canais de comunicação entre os grupos do plano exterior e do grupo interior, e entre eles e as massas que esperam eventualmente alcançar. O grupo de discípulos de um Mestre, no mundo interior da vida, Forma um organismo integrado, caracterizado pela vida mútua, interação e amor. As relações deste grupo são totalmente mentais e astrais, daí as limitações da força do corpo etérico, do cérebro físico e do corpo físico denso não serem percebidas. Isso facilita muito a compreensão interior e interação recíproca. Seria conveniente lembrar que o poder astral é sentido aqui mais fortemente do que nos níveis físicos, por isso, em todos os tratados sobre discipulado e no treinamento para alcançá-lo, insiste-se que o desejo emocional deve ser controlado. Está atualmente a ser feito um esforço para ver se a atividade e a interação em grupo podem ser estabelecidas no plano físico, que, consequentemente, incluirá o mecanismo do corpo físico e do cérebro. Portanto, as dificuldades são muito grandes. Que técnica deve ser empregue para lidar com esta situação difícil, que só é possível porque o trabalho realizado pelos grupos de Mestres tem sido tão eficaz? Muito vai depender de como reagimos a essa interação e o que ela significará em nossas vidas. Isto implica um método de trabalho oculto muito prático. As reações físico-astrais do cérebro devem ser consideradas inexistentes e relegadas abaixo do limiar da consciência de grupo, para que morram de fome. As relações mentais e egóicas devem ser constantemente destacadas. c. A NATUREZA EXPERIMENTAL DOS GRUPOS Afirmei que estes grupos constituem uma experiência. Esta experiência é de natureza quádrupla e uma declaração concisa sobre ela poderia esclarecer qualquer adivinhação. I. As experiências devem estabelecer e iniciar pontos focais na família humana, através do qual certas energias podem fluir para toda a raça humana, e estas são dez. II. As experiências destinam-se a inaugurar algumas novas técnicas de trabalho e de estabelecimento dos meios de comunicação. Note-se que as três últimas palavras resumem toda a questão. Estes grupos destinam-se a facilitar a interação ou comunicação, da seguinte forma: 104 1. Eles tentarão facilitar a comunicação entre os indivíduos, a fim de conhecer as regras e os métodos pelos quais a palavra pode ser transcendida e o novo sistema de troca iniciado. Em tempo hábil, as comunicações serão feitas: a. Entre alma e alma, nos níveis mais elevados do plano mental. Isto implica um alinhamento total para que alma-mente-cérebro sejam completamente unificados. b. Entre a mente, nos níveis inferiores do plano mental, o que implica a integração total da personalidade ou do eu inferior, de modo que a mente e o cérebro estão unificados. Os alunos devem lembrar-se destes dois contactos característicos e também ter em mente que não é necessário que o contacto principal inclua o menor. É perfeitamente possível realizar a comunicação telepática entre os diferentes aspetos do ser humano, nos diferentes graus de evolução. 2. Estes grupos trabalharão para estabelecer a comunicação entre o plano da iluminação e da razão pura (o plano budista) e o plano da ilusão (o plano astral). Deve recordar-se que a nossa grande tarefa é dissipar a ilusão do mundo através da iluminação ou do influxo de luz. Quando grupos suficientes tiverem sido formados para ter esse objetivo, então haverá no plano físico canais de comunicação que atuarão como mediadores entre o mundo da luz e o mundo da ilusão. Estes serão os transmissores desse tipo de energia que destruirá o maya ou ilusão existente e dissipará as velhas formas de pensamento, e libertará luz e paz iluminará o plano astral, dissipando assim a natureza ilusória de sua vida. 3. Através de outros grupos deve fluir outro tipo de energia que produzirá um tipo diferente de inter-relação e comunicação. Esses grupos devem curar adequadamente as personalidades individuais, em todos os aspetos da sua natureza. O trabalho proposto consiste em transmitir inteligentemente energia às diversas partes da natureza – mental, astral e física – do ser humano, pela correta circulação e organização da força. A cura oportuna deve ser realizada por grupos que atuam como intermediários entre o plano de energia espiritual (a energia da alma, a intuitiva ou a vontade) e o paciente, ou o grupo de pacientes, e isso deve ser levado em conta e também apresentar a ideia de grupo, porque estabelecerá a diferença entre os métodos da nova era e os do passado, e o trabalho será em grupo e para o grupo. Seus membros trabalharão como almas e não como indivíduos. Eles aprenderão a transmitir aos pacientes energia de cura extraída do reservatório de forças vivas. 4. Outros grupos de comunicadores atuarão como transmissores de dois aspetos da energia divina – conhecimento e sabedoria, considerados em termos de energia. Sua tarefa será educar as massas, como intermediários diretos entre a mente superior e a mente inferior, e eles lidarão com a construção da antakarana, pois sua tarefa é ligar os três pontos de valor no plano mental - a mente superior, a alma e a mente inferior. A fim de estabelecer o grupo antakarana entre o reino das almas e o mundo dos homens. 105 5. Alguns grupos concentrar-se-ão mais no trabalho político do que em qualquer outra atividade. Eles transmitirão essa autoridade de "qualidade impositiva", que outras ramificações dessa atividade grupal divina carecem. O trabalho é principalmente de primeiro raio. Inclui o método pelo qual a Vontade divina atua na consciência das raças e das nações. Os membros deste grupo serão governados em grande parte pelo primeiro raio. Seu trabalho é atuar como canais de comunicação entre o departamento de Manu e a raça humana. É honroso tornarmo-nos canais da Vontade de Deus. 6. Outros grupos serão, excecionalmente, canais entre a atividade do segundo raio, a do Mestre do Mundo (posição que o Cristo ocupa atualmente) e o mundo dos homens. A energia do segundo raio deve fluir através dos grupos de estudantes, crentes e grupos relacionados de pensadores e trabalhadores, dos quais muitos foram formados. Este facto deve ser tido em conta. Mais uma vez, haverá muitos desses grupos que erguerão a estrutura da nova religião mundial. 7. Alguns grupos desempenharão um papel interessante, no entanto, levará muito tempo até que se concretize, ou pelo menos até que o trabalho das forças construtoras do Universo seja mais bem compreendido. Isto coincidirá com o desenvolvimento da visão etérica. Estes grupos atuarão como canais de comunicação ou intermediários, entre as energias que constituem as forças construtoras da forma, aquelas que fazem a veste exterior de Deus e os espíritos humanos. Portanto, notar-se-á que existe a possibilidade de que o principal trabalho inicial se relacione com o problema da reencarnação. Tal problema tem a ver com a apropriação de uma peça ou forma externa, de acordo com a Lei do Renascimento. Portanto, quando esses grupos são organizados, em um primeiro momento seus membros trabalharão sobre esse tema. Eles empreenderão um estudo mais profundo e distinto da Lei do Renascimento do que até agora. 8. Alguns grupos de comunicadores e transmissores de energia trarão luz a grupos de pensadores. Eles serão os iluminadores dos pensamentos do grupo. Eles transmitirão a energia de um centro de pensamento para outro, especialmente a energia das ideias. Qual é a sua principal função. É preciso lembrar que o mundo das ideias constitui um mundo de centros de força dinâmica. Isto não deve ser esquecido. Estas ideias devem ser contactadas e tidas em conta. Sua energia deve ser assimilada e transmitida, e essa é a função desses centros de força que serão expressos nessas linhas de atividade. 9. A tarefa específica dos grupos que trabalham em outra categoria será estimular a mente dos homens para que o alinhamento ocorra. Agora eles atuam principalmente como canais de comunicação entre a alma de um homem e a alma de uma forma, que serão grandes psicometristas, porque sua alma é sensível à alma de outras formas de vida – humana ou não –, evocam, principalmente, a alma do passado, ligando-a ao presente e descobrindo pistas do futuro. 10. Membros de outros grupos serão os comunicadores entre o terceiro aspeto da Deidade, que se expressa através do processo criativo, e o mundo do pensamento humano 106. Eles irão criativamente unir ou fundir vida e forma. Sem perceber ou compreender, já conseguem concretizar a energia do desejo que, por sua vez, produz a concretização do dinheiro, que consequentemente requer a materialização das coisas. A sua tarefa é muito difícil, e é por isso que a ciência financeira mundial surgiu nos últimos cento e cinquenta anos. Eles tratarão do aspeto divino do dinheiro, considerando-o como um meio pelo qual o propósito divino pode ser realizado. Eles lidarão com o dinheiro como agentes através dos quais as forças construtivas do universo podem fazer o trabalho necessário; estas forças construtoras (e aqui reside a chave) estarão cada vez mais preocupadas em construir o Templo subjetivo do Senhor e em materializar o que satisfaz os desejos do homem. Esta diferença merece ser considerada. III. Grupos são a externalização de uma condição interna existente. É preciso entender que esses grupos não são uma causa, mas um efeito. Podem certamente ter um efeito inicial à medida que trabalham sobre o físico, mas em si mesmos são o produto de uma atividade interna e subjetiva de força que deve necessariamente tornar-se objetiva. O trabalho dos membros do grupo é manter-se, como grupo, em estreita relação com os grupos internos, que, no entanto, formam um grande grupo ativo. Esta força do grupo central irá então fluir através dos grupos enquanto os seus membros, como um grupo: a. Eles estão em harmonia com as fontes internas de poder. b. Não perdem de vista o objetivo do grupo, seja ele qual for. c. Cultivam a dupla capacidade de aplicar as leis da alma à vida individual e as leis do grupo à vida em grupo. d. Empregar todas as forças que podem fluir para o grupo como serviço, e aprender, por lo tanto, a Registe essa força e use-a corretamente. Será que a seguinte sequência de afirmações nos transmitirá alguma coisa sobre isso? São declarações de fato e não contêm nada de simbólico em sua terminologia, exceto na medida em que as palavras constituem símbolos inadequados para expressar verdades internas: 1. Cada grupo tem o seu homólogo interno. 2. A contraparte interna constitui um todo. Os resultados externos são apenas parciais. 3. Estes grupos internos formam um grupo, e cada um é a expressão de, ou governado por certas leis que constituem os fatores de controle do trabalho em grupo. Uma lei é apenas uma expressão ou manifestação de força, que um pensador ou grupo de pensadores aplica pelo poder do pensamento. 4. Estes grupos internos, que contêm diferentes tipos de força e trabalham sinteticamente para expressar certas leis, constituem um esforço para estabelecer novas e diversas condições e, consequentemente, produzir uma nova civilização. Esta é a Nova Era que atingirá o seu ponto culminante na Era de Aquário. 107 5. Os grupos exteriores constituem uma tentativa experimental e um esforço para ver até que ponto a humanidade está preparada para fazer tal esforço. IV. Estes grupos constituem uma experiência, e o seu objetivo é manifestar certos tipos de energia que estabelecerão coesão ou unificação na Terra. A atual condição de perplexidade que prevalece no mundo. O "impasse" internacional, o descontentamento religioso, a confusão social e económica das últimas décadas, são o r de energias tão poderosas - devido ao seu enorme ímpeto - que só podem ser postas em atividade rítmica pela imposição de energias mais poderosas e mais definitivamente dirigidas. Quando os grupos agem corretamente e alcançaram não apenas a unidade interna do grupo, mas também a harmonia entre os grupos, então um trabalho peculiar e esotérico pode ser feito. Estes são alguns dos planos que a Hierarquia tenta levar adiante, e verdadeiros discípulos e aspirantes podem desempenhar sua parte. Somos atraídos por estes planos, a fim de evocar a nossa colaboração contínua. d. A Lei do Progresso do Grupo contém uma das energias que foram gradualmente liberadas ao longo dos últimos dois séculos. Uma onda mais cheia entrou em atividade durante a Lua Cheia de Touro, em maio de 1936, e agora podemos esperar o progresso iminente da ideia de grupo, em seus aspetos bons e ruins. Em várias ocasiões a atenção dos estudantes foi chamada para esta lei que está relacionada a um certo impulso originado na mente dos homens, que é, por sua vez, o efeito dos vários tipos de energia que atuam na Terra. "Lei do Progresso do Grupo" é o nome aplicado pelos seres humanos a um tipo particular de energia que produz coerência nas entidades de um grupo, estruturando-as assim em um organismo vivo. As afinidades do grupo, o objetivo e o objetivo acabarão por ser reconhecidas. Em última análise, é a emergência na consciência subjetiva, do mesmo tipo de energia que produz aquele aspeto de ação coesa que se demonstra como união tribal, nacional ou racial. No entanto, neste caso, o fator determinante não é uma designação física, nem estes grupos têm uma base no plano físico. Eles são fundamentados no idealismo de grupo que pode ser conscientemente apreendido quando as unidades de grupo começam a funcionar no plano mental e desenvolver a capacidade de "pensar as coisas" – isto é, registar no cérebro o que a alma comunicou à mente. Temos aqui uma definição do processo de meditação como ele deve ser praticado por aqueles que conseguiram, por alinhamento em alguma medida, o contato com a alma. Esses grupos atuam inteiramente através de uma relação subjetiva que produz integração e atividade subjetivas. Quando chegarmos ao estudo das implicações astrológicas, descobriremos, em relação a essas leis, que as energias dos signos zodiacais têm um efeito específico sobre a energia de um Ser, cujo propósito se manifesta por meio dessas leis, consideradas por nós como grandes e inevitáveis leis naturais e também espirituais. Este efeito produz uma mistura de energias que ao mesmo tempo equilibra e impulsiona. Em dezembro de 1935 as energias de Capricórnio aumentaram devido ao influxo de forças de uma constelação ainda maior, que representa para o nosso zodíaco, o que o zodíaco representa para a Terra. Outro aumento ocorrerá em 1942.  Através deste aumento - durante o próximo ciclo zodiacal de Aquário - os grupos que existem na Terra serão capazes de ter uma onda de influências capricornianas que fluirão para o nosso raio de captação a cada sete anos. O que acabou de acontecer deu um grande impulso ao trabalho do Novo Grupo de Servidores do Mundo e foi a causa de o mundo reagir muito bem a esse impulso particular. Foi demonstrado em todas as nações e grupos como uma tendência marcante para a boa vontade. Em 1942 teremos outro influxo planetário do qual somos convidados a eliminá-lo e somos exortados a fazer a devida preparação. A "semana do impacto em grupo", que se realiza de sete em sete anos, decorrerá de 21 a 28 de dezembro e, se isso coincidir com a Lua cheia, a oportunidade será muito significativa. Temos de estar atentos a esta possibilidade. Essa semana deve ser considerada como a "semana do Festival" do Novo Grupo de Servidores do Mundo e, depois de 1942, deve ser feita uma preparação especial para este período. Este facto exige a atenção de todos nós. Novos grupos aparecem em todos os lugares. Os grupos no plano externo, com sua diversidade de nomes e visões estabelecidas, não estão ligados a esse grupo interno que fomenta ou "projeta" os novos grupos, desde que tenham uma conexão definida, embora ambígua. Isto é sempre possível quando há três membros do Novo Grupo de Servidores do Mundo em qualquer grupo exotérico; é então ligado "por um fio triplo de luz dourada" ao Novo Grupo de Servidores do Mundo que pode ser usado até certo ponto. Este grande e espiritual agrupamento de servidores está superficialmente ligado no plano físico; No plano astral o vínculo é mais forte e baseado no amor à humanidade, e no plano mental estabelece-se um vínculo maior do ponto de vista dos três mundos, como um todo. É, portanto, evidente que certos desenvolvimentos devem ocorrer no indivíduo antes que ele possa tornar-se conscientemente membro ativo do Novo Grupo de Servidores do Mundo, o principal grupo que atualmente trabalha definitivamente sob a Lei do Progresso do Grupo. 1. O indivíduo deve ter despertado o centro do coração e exteriorizado o seu comportamento de tal forma que o coração esteja rapidamente ligado aos centros cardíacos de pelo menos oito pessoas. Então, o centro do coração do Logos planetário será capaz de absorver secretamente os grupos formados por nove aspirantes conscientes. Através do centro do coração, sua vida fluirá e os membros do grupo contribuirão com sua parcela de energia para as influências da vida que circulam através de Seu corpo. As informações acima são de interesse apenas para aqueles que despertaram espiritualmente, e significarão pouco ou nada para aqueles que ainda estão dormindo. 2. O centro coronário também deve estar em processo de despertar, e a capacidade de "manter a mente firme na luz" deve ser um pouco desenvolvida. 3. Devem também empreender alguma atividade criativa, e o servidor deve ser ativo em alguns dos movimentos humanitários, artísticos, literários, filosóficos ou científicos. Tudo isto implica a integração e alinhamento da personalidade e daquela simpatia atraente e magnética que, de uma forma ou de outra, caracteriza os discípulos. Assim, do ponto de vista 109 esotérico, existem no indivíduo certos grandes triângulos de energia e, consequentemente, em maior grau na humanidade. Também as "forças da vida criativa" circularão a partir do "ponto dentro da cabeça". (o centro coronário) ao longo da "linha que vai para o coração" e depois, com o centro laríngeo, formarão um "triângulo de luz ígnea". Tal é o caminho do progresso grupal e, quando se consuma, a Lei do Progresso do Grupo começa então definitivamente a agir e a controlar. Seria interessante enumerar os efeitos conhecidos das cinco leis que temos estado a considerar.: EFEITO DA LEI EFEITO QUALIDADE DA REAÇÃO 1. Sacrifício. Salvadores do Mundo. Morte Deliberada Amor do Salvador Altruísmo O Cristo "Morro Todos os Dias" Desejo de Segui-Lo Unidade no Plano Físico As Massas 2. Impulso. Igrejas de Religião Mundial Amor de Ideias Devoção Magnética. Em todo o mundo. Organizações Filosofia Idealismo Escolas de pensamento. Unidade Etérica ou Vital. Os Aspirantes 3. Serviço. Atividade Humanitária. A Cruz Vermelha Amor da Humanidade Simpatia e atividades relacionadas. Compaixão, unidade astral. Os Estagiários 4. Repulsa. A luta contra o mal. Cruzadas de todos os tipos Amor do Bem Discriminação Unidade Mental Os Discípulos 5. Novos grupos de progresso. Novo grupo de amor para síntese grupo inclusividade mundo servidores unidade alma inicia. 6. A Lei para Ampliar a Resposta. Podemos agora dedicar-nos brevemente à sexta e sétima leis e tratá-las-emos em conjunto. As outras cinco leis atuaram definitivamente no plano físico. Os efeitos ou consequências dos impulsos por trás deles produzem o desenvolvimento do propósito do Altíssimo e podem ser reconhecidos no plano fenoménico. Tudo pode ser, mas a perceção consciente da humanidade atualmente é tal que apenas em 110 cinco casos o efeito dessas leis foi observado, e somente pelos aspirantes do mundo mais avançados, porque somente discípulos e iniciados podem começar a perceber vagamente os efeitos da sexta e sétima leis.  Mas ninguém mais hoje. Estas duas leis não são suscetíveis de serem interpretadas como as anteriores, porque só aqueles que são iniciados ou estão se preparando para a iniciação podem começar a compreendê-las. A iluminação, resultado da iniciação, é necessária antes que possamos chegar à ideia por trás dessas manifestações de propósito. Portanto, não perderemos tempo em lidar com A Lei para Expandir a Resposta ou A Lei dos Quatro Inferiores, E transcrevo apenas duas estrofes antigas que terão grande significado para o iniciado, mas para o leitor e estudante comum serão apenas palavras ressonantes e frases simbólicas sem sentido. "O sol, em toda a sua glória, levantou-se e lançou os seus raios nos céus do Oriente. A união dos pares de opostos produz, nos ciclos do tempo e do espaço, nuvens e névoas. Escondem uma grandiosa conflagração. “A inundação ocorre. A arca flutua livremente... As chamas devoram. Os três são gratuitos; então, novamente, as névoas envolvem. "Sobre as nuvens da terra brilha um sinal... Só o olho da visão pode vê-lo. Só o coração em paz pode ouvir o trovão da Voz que se eleva das profundezas escuras da nuvem. Somente a compreensão da Lei que eleva e exalta pode ensinar o "homem de fogo e filho da água" a penetrar na névoa. De lá, ele sobe até o topo da montanha e novamente se liberta. "A tripla liberdade obtida não tem nada a ver com terra, água ou fogo. É a libertação da tríplice natureza, que acolhe o homem que passa livremente da esfera da terra para o oceano da esfera aquática e daí para o solo ardente do sacrifício. O sol aumenta o fogo, dissipa a névoa e seca a terra, e assim o trabalho é feito." 7. A Lei dos Quatro Inferiores.  "Quatro filhos de Deus partiram. Mas apenas um voltou. Quatro Salvadores se fundiram em dois, então ambos se tornaram o Uno." Essas duas escrituras antigas — uma mística e outra oculta — não significam nada para muitas mentes, e isso pode ser facilmente verificado. Por conseguinte, não faz sentido analisá-los mais aprofundadamente. Ainda não chegou a hora. Eles foram dados porque contêm um poder magnético que ajudará a estimular a compreensão. Estamos hoje em vésperas de grandes acontecimentos. A humanidade continua o seu caminho com um impulso renovado. Já não está na encruzilhada, mas tomou decisões irrevogáveis e a corrida está a enveredar por um caminho que a vai conduzir oportunamente à luz e à paz. Ela encontrará o seu caminho para "a paz que transcende todo o entendimento", porque será uma paz independente das condições externas, e não se baseará no que a humanidade atual define como paz. A corrida terá a paz da serenidade e da alegria – a serenidade baseada na compreensão espiritual e a alegria que não será afetada pelas circunstâncias.  111 A alegria e a serenidade não são uma condição astral, mas uma reação da alma. Estas qualidades não são o resultado da disciplina da natureza emocional, mas a reação natural e automática da alma e a recompensa por ter alcançado um alinhamento definido. Estas duas qualidades da alma, serenidade e alegria, Eles indicam que a alma, o ego, o Um, que está sozinho, controla ou domina a personalidade, as circunstâncias e todas as condições ambientais da vida nos três mundos. III. Os Cinco Grupos de Almas Iniciaremos agora o estudo dos cinco grupos de almas. Para classificar e comparar, dividiremos a humanidade terrestre nos seguintes grupos:  1. Os egos lemurianos são a nossa verdadeira humanidade terrena. 2. Egos que apareceram na Atlântida. 3. Egos da cadeia lunar da Lua. 4. Egos de outros planetas. 5. Egos estranhos e avançados que esperam encarnar. Vamos considerar brevemente um tópico que para o psicólogo comum e estudante, que não estão familiarizados com ensinamentos e termos ocultos, pode parecer-lhes ilusório e ininteligível. A razão para isso é porque estamos lidando com a origem das almas que se expressam através dos seres humanos, os eus que agem através da forma e são intangíveis e – cientificamente falando – não podem ser verificados. Eles só podem ser inferidos por aqueles que aceitam os palpites, deduções e conclusões que não podem ser verificadas com o tipo de equipe humana empregada agora. A psicologia moderna, generalizando, considera a alma de várias maneiras: 1. Que ela não existe, e a única coisa óbvia e verificável é o mecanismo inteligente. 2. Que constitui a soma total das reações conscientes das células do corpo, ou seja, a sensibilidade do organismo. 3. Que é um eu que evolui gradualmente, transmite vida e com o passar do tempo transmite perceção; Considera que o corpo o condiciona e que é um produto da evolução desse corpo ao longo dos tempos. No entanto, afirma que não existe em seres humanos de um tipo inferior; que é possivelmente imortal, mas isso não pode ser provado e não é considerado um fato. 4. Que é um eu definido, uma entidade, que anima um corpo, age em diferentes níveis da consciência humana e possui continuidade, imortalidade e potencialidade. O ensino oculto aceita estas hipóteses como corretas, mas relativas no tempo e no espaço e referem-se às diferentes formas de vida divina e aos vários aspetos dessas formas. Hoje nos concentramos no ensino oculto, certo ou errado, e nossas premissas e conclusões podem ser estabelecidas nas seguintes proposições: 1. 112 2. Todas essas almas, eu ou seres humanos, estão, como vimos, em uma das sete emanações de energia espiritual que surge de Deus no início de uma era de atividade criativa e retorna à fonte da qual emanaram quando esse ciclo particular terminou. 3. No intervalo de emanação e absorção, essas almas passam por várias experiências, até o momento em que podem "brilhar em toda a sua verdade exata". 4. São chamados, como se diz, no Tratado sobre o Fogo Cósmico (p. 680). 1. Revelar lótus. 2. Lótus perfumados. 3. Lótus radiantes. 4. Lótus cuja flor está prestes a abrir. 5. Lótus fechados e selados. 6. Lótus incolores. 7. Lótus de casulo. 5. Estas almas, que ciclicamente adotam diferentes formas de vida no longo processo evolutivo, acabam por chegar a uma existência plena e autoconsciente, o que significa que são autodeterminadas, autocondicionadas e autoconscientes. Eles também estão cientes e respondem ao seu ambiente. 6. Uma vez obtida esta perceção consciente, o progresso é mais rápido. Deve-se notar que muitos seres humanos não possuem tal perceção. Os agrupamentos que surgem dessa perceção (mantendo nossas ideias dentro do raio da família humana) são: a. As almas que vivem, mas a sua consciência está adormecida. Esses seres humanos letárgicos têm um grau muito menor de inteligência e a perceção de si mesmos e da vida é tão tênue e nebulosa que apenas as formas mais baixas da existência humana se enquadram nessa categoria. Na forma racial, nacional e tribal, eles não existem como tipos puros, mas ocasionalmente nascem no submundo das grandes cidades. São como uma inversão e nunca nascem entre selvagens, nativos ou camponeses. b. Almas que estão simplesmente conscientes do plano físico e das sensações. Estas pessoas são lentas, inertes e inarticuladas; O ambiente traz-lhes confusão, mas os acontecimentos não os perturbam tanto como os tipos mais avançados e emocionais. Eles não têm noção de tempo ou propósito; raramente podem estar mentalmente preparados e raramente demonstram qualquer capacidade. Se indicados, podem fazer trabalhos de pick, shovel e haul; comem, dormem e procriam, seguindo os instintos naturais do corpo animal. No entanto, ainda não despertaram emocionalmente, muito menos mentalmente. São indivíduos raros e há milhares deles no nosso planeta 113. Eles podem ser reconhecidos por sua total incapacidade de responder ao treinamento emocional e mental e à cultura. c. Almas que começam a integrar-se e são emocional e psiquicamente despertas. Neles, logicamente, a natureza animal é despertada e a natureza do desejo começa a predominar. Pouquíssimas dessas pessoas são encontradas nas raças, algumas estão entre os negros, raça que tem um grande número de pessoas que ainda estão na fase infantil. Estas almas infantis possuem equipamento mental, e alguns podem ser treinados para usá-lo; enfatizam a vida predominantemente na atividade física; São animados pelo desejo de satisfação e por uma vida superficial ou natureza de desejo, orientada, quase inteiramente, para a vida física. Tais almas são a analogia moderna da antiga cultura lemuriana.  d. Almas que são primariamente emocionais, cuja mente não é muito ágil e raramente se torna ativa, e cujo corpo físico está constantemente deslizando para o reino do inconsciente. Em todas as raças e nações há milhões de almas nestas condições. Eles podem ser considerados como atlantes modernos. e. Almas que podem ser classificadas como seres humanos inteligentes, aptas a aplicar a mente se treinadas e mostradas que podem pensar quando a necessidade surge. No entanto, continuam a ser predominantemente emocionais. Eles constituem a maioria da humanidade moderna hoje. São os cidadãos médios do nosso mundo moderno, bons, bem-intencionados, capazes de intensa atividade emocional, com uma natureza sensorial quase superdesenvolvida, flutuando entre a vida dois sentidos e a mente. Oscilam entre os polos da experiência. As suas vidas passam numa agitação astral contínua, mas têm momentos, cada vez mais frequentes, em que a mente pode momentaneamente fazer-se sentir e, em casos necessários, tomar decisões importantes. Estas pessoas simpáticas e boas são maioritariamente controladas pela consciência das massas, porque não pensam. Eles podem ser facilmente arregimentados e padronizados por uma religião ortodoxa e governo e são as ovelhas da família humana. f. As almas que pensam e são mentais. Eles estão constantemente aumentando e ganhando poder à medida que os processos educacionais e as descobertas científicas obtêm alguns resultados e conseguem expandir a perceção humana. Eles constituem a elite da família humana e são os que têm sucesso em algum setor da vida. Inclui escritores, artistas, pensadores em vários campos do conhecimento e líderes religiosos, cientistas, técnicos e artesãos de aspirações humanas, políticos e todos aqueles que, embora na primeira fila, tomam ideias e proposições e as desenvolvem para o benefício último da família humana. São os aspirantes ao mundo e aqueles que começam a introduzir na sua consciência o ideal de serviço. 114 gr. Almas cujo sentido de perceção se desenvolveu a tal ponto no plano físico que podem passar para o Caminho da Provação. São os místicos, conscientes da dualidade, assediados por pares de opostos, mas que não podem descansar enquanto não se polarizarem na alma. São pessoas sensíveis que lutam e não querem falhar nem viver no mundo de hoje. Sua mente é ágil e ativa, mas eles não podem controlá-la adequadamente, e a iluminação superior ainda é uma esperança alegre e uma última possibilidade. h. Almas cuja inteligência e amor foram desenvolvidos e integrados de tal forma que podem começar a trilhar o Caminho do Discipulado. São os místicos práticos ou ocultistas dos tempos modernos, eu. Almas que foram iniciadas nos mistérios do reino de Deus. Eles não estão apenas conscientes de seus veículos de expressão, da personalidade integrada, mas também de si mesmos como almas, que sabem, além de qualquer controvérsia, que não existe "minha alma ou sua alma", mas simplesmente "a alma". Eles não só a conhecem como um princípio mental e uma realidade sentida, mas também como um fato em sua própria consciência. j. Almas que conseguiram libertar-se de todas as limitações da natureza formam-se e habitam eternamente na consciência da Alma Única; Não se identificam com nenhuma aspiração de vida de forma, por mais desenvolvida que seja. Podem e empregam, para o bem de todos, a forma à vontade. São os Mestres da Vida, os adeptos perfeitos. Não preciso me alongar mais sobre isso, vou apenas fazer inferências. Nenhuma análise detalhada pode ser feita dada a limitação da mente humana. O acima exposto é uma generalização ampla, e os diferentes agrupamentos são confusamente mistos. Existem milhares de tipos intermediários diferentes, mas esta análise servirá como uma estrutura sobre a qual construir.  7. Devido ao atual desenvolvimento da raça, podemos agora estudar os tipos, as qualidades destas almas, o mecanismo de resposta que devem empregar e a natureza do mecanismo de contacto que construíram, a fim de lhes permitir agir no mundo tal como o conhecemos hoje. A ciência e a religião estão desenvolvendo a última das ciências chamada psicologia. O momento é propício para isso. 8. Todas as almas que vêm à existência surgiram de alguma Fonte num determinado momento da sua expressão cíclica. Isso pode parecer ao pensador moderno mera conjetura e ele provavelmente as considera de pouco valor ou interesse, mas presumivelmente imaginárias. Posso dizer que o ocultista considera as afirmações acima como constituindo uma ciência exata comprovada, mas apresentada de forma simbólica para a consideração das mentes dos homens. Os esotéricos e teosofistas farão bem em recordá-lo e compreender que as suas divisões e agrupamentos, as suas declarações e declarações, a respeito do ensino oculto, e os seus pronunciamentos sobre o tempo e o lugar, são, na sua maioria, simbólicos e devem ser considerados como tal. 115 9. O processo pelo qual a natureza da alma e a da forma se encontram e se misturam é chamado de individualização: a. A individualização é a entrada da alma no caminho da exteriorização por meio de uma forma. Desta forma, através do uso da forma, é possível que ele se expresse nos três mundos. b. A iniciação é o processo pelo qual uma alma, tendo esgotado os recursos da vida da forma e alcançado o domínio e a expressão, retorna à sua fonte de origem. A alma realiza isso em cinco estágios, passos ou iniciações, que constituem a analogia da vida interior da alma e os cinco estágios pelos quais a expressão se desenvolve nas raças estritamente humanas, começando com o estágio Lemuriano, passando pelo atlante e o ariano, e assim por diante até as duas raças finais do nosso planeta neste ciclo mundial. No que diz respeito à individualização, devem ser lembrados os seguintes pontos: 1. Na cadeia lunar a individualização ocorreu na quinta corrida da terceira rodada. 2. Nos dias lemurianos deu-se a individualização, porque era a terceira corrida raiz e a quarta ronda. 3. Na época atlante, o portal da iniciação abriu-se ao mais seleto da família humana, tornando a iniciação um objetivo obrigatório. Todos aqueles que podem ou podem começar desta forma são "luzes que sempre irradiam". Nos dias lemurianos surgiram as "luzes que sempre queimam". 4. Na nossa corrida temos as "luzes que brilham sempre". É a individualização dos tipos da sexta corrida que vieram no segundo turno. Seria bom lembrar que a alma que veio à encarnação na antiga Atlântida foi individualizada na cadeia chamada lunar. Este período de desenvolvimento foi anterior ao da nossa terra, e não sabemos nada sobre ele. Consequentemente, esses egos não se individualizaram em nossa terra, mas apareceram em nosso ciclo evolutivo como seres humanos – de ordem tão inferior quanto a mais baixa de nossa humanidade atual, mas algo mais superior aos egos que eram individualizados na antiga Lemúria. Seria interessante notar aqui que o Cristo foi o primeiro de nossa humanidade terrena a alcançar o objetivo, enquanto o Buda foi o último a realizá-lo na humanidade da cadeia lunar. Em relação ao desenvolvimento desses dois filhos de Deus, o do Cristo foi muito rápido, porque na era atlante ele estava no Caminho da Provação como o Buda. Este último, quando chegou à encarnação da cadeia lunar (que até aquele momento estava em estado de "pralaya", como lhe chama o ensinamento oculto), entrou no Caminho da Provação pouco antes de seu irmão, o Cristo. Do ponto de vista evolutivo, o rápido desenvolvimento da evolução do Cristo tem sido incomparável. Nunca foi igualado, embora atualmente haja pessoas no nosso planeta que já começaram a desenvolver-se tão rapidamente (mas não antes, de modo que têm um fundo de um desenvolvimento individual 116 lento que só agora está a ser acelerado). No entanto, tal rapidez é algo bem diferente, pois muitos dos discípulos atuais chegaram à evolução terrena a partir da cadeia lunar, onde já haviam alcançado algum desenvolvimento. Eles não atingiram seu estágio desde os tempos lemurianos como o Cristo fez, por isso é um exemplo único. Seria muito interessante saber como e por que egos de ciclos anteriores e outros sistemas planetários chegaram à evolução do nosso planeta, mas isso não tem significado real para aqueles que estudam este tratado. Portanto, não a consideraremos, pois é hipotética e impossível de corroborar ou fundamentar. Não há cânone para comparações, nem o que é importante pode ser estabelecido por conjeturas. Tudo o que pode ser dito é que os três principais tipos monádicos surgiram da cadeia lunar, ou durante o estágio Lemuriano de individualização, e todos os três determinam em grande parte o que acontece hoje. Aqui apenas algumas informações podem ser dadas que lançam luz sobre o assunto e matizam a generalidade dos pensamentos; mas é impossível prová-lo ou aceitá-lo como inferível ou possível. O aluno será capaz de determiná-lo quando seus conhecimentos e poderes são maiores do que o presente e adequados para esse fim. Aqui apenas algumas informações podem ser dadas que lançam luz sobre o assunto e matizam a generalidade dos pensamentos; mas é impossível prová-lo ou aceitá-lo como inferível ou possível. O aluno será capaz de determiná-lo quando seus conhecimentos e poderes são maiores do que o presente e adequados para esse fim. Na era lemuriana, os egos amor-sabedoria predominavam e, por sua vez, constituíam 75%, e os 25% restantes eram egos de inteligência ativa. Muito poucos, na verdade, um número praticamente insignificante, foram individualizados na linha de poder ou vontade daquele período. 3. Houve um grande influxo de egos que foram individualizados nos primeiros dias atlantes e pertenciam praticamente ao tipo poder-vontade. Pode-se dizer que 80% dos que entraram na evolução humana naquela época eram egos que expressavam o aspeto da vontade da divindade, e os 20% restantes pertenciam à linha amor-sabedoria. Todos estes, juntamente com os egos que foram individualizados na cadeia lunar e que estavam continuamente chegando aos estágios finais do período atlante, como as condições planetárias os condicionavam, constituem a maior parte da humanidade moderna. Além disso, alguns egos estranhos que deslizam em nossa evolução planetária por uma razão ou outra e nunca se adaptam ou se encaixam adequadamente em nossa vida planetária. Estes permanecem persistentemente anormais. Dois eventos de grande importância ocorrerão em pouco tempo. A porta será aberta para admitir almas raras e peculiares que trarão à nossa civilização, novos aspetos e estranhas e novas qualidades da Deidade, embora não se abra para a individualização comum. Estes tipos raros e inesperados causarão grande confusão aos nossos psicólogos. Note-se aqui que a individualização é uma crise e não um desenvolvimento. Isto é muito importante e deve ser tido em conta ao considerar esta difícil questão. É o resultado do desenvolvimento, um desenvolvimento que não deve necessariamente conduzir a esta crise específica. A causa desta crise na vida das almas ainda está escondida na consciência 117 do Logos planetário e só será revelada na iniciação. Há características e qualidades do Logos planetário que permanecem incompreensíveis para nós. Quando o reino animal, considerando-o do ponto de vista do todo e não do ponto de vista da espécie, atingiu um determinado estágio de desenvolvimento, então simultaneamente houve uma precipitação de energia dos sete raios na vida planetária. Isso acontece muito raramente, E o enorme estímulo que as formas sencientes de vida sofriam então (os animais naquela época eram muito sensíveis), produziu o surgimento de uma nova forma, a humanidade infantil. Era a reação daquele reino, expressa através da vida que habita, o Ser animal (que é a vida animadora desse reino da natureza), aquela que produziu a individualização nos homens-animais mais avançados da época. A afirmação em livros ocultos de que cães e outros animais responderam ao impulso divino através da atividade da vontade ou do amor pode ser de natureza simbólica, mas literalmente não é correta, embora muitos estudantes ocultos fervorosos acreditem que sim. Tais formas específicas de vida não existiam em tempos tão antigos, principalmente na cadeia lunar. A consideração de espécies e tipos não é desejável e seria inútil e uma perda de tempo. O que realmente aconteceu foi uma reação de todo o reino animal ao influxo dos três principais tipos de energia, que se expressavam através dos sete tipos comuns e, assim, evocavam a resposta daquelas formas de vida que eram energizadas através dos três principais centros - cardíaco, coronário e laríngeo do Eu, que é a vida animadora. Em resposta, surgiu um enorme impulso ascendente, que tornou possível o estabelecimento de um novo reino. Um ato criativo é sempre o resultado da inspiração captada, reconhecida pelo que é desenvolvida pelo aspeto formado, compreendido e fomentado pelo cérebro e coração do homem. É assim que se produzem coisas novas. Aqui não me refiro ao ato criativo instintivo do corpo físico. Desta forma e tendo respondido à inspiração, o reino animal passou a existir. Primeiro houve o influxo de energia estimulante e inspiradora; depois veio o reconhecimento, por parte do formulário, que resultou no início da atividade; depois veio o que não existia até então. Assim surgiu um novo reino da natureza. O mesmo está a acontecer no mundo de hoje. Há um influxo de energia espiritual que vitaliza, transforma e criativa a humanidade. Portanto, é possível realizar a obra iniciática para que um reino superior e novo apareça na terra. Mas isso se deverá, como antes, ao fato de que a energia tripla flui de sete maneiras.  O poder dessas forças está por trás das perturbações dos tempos atuais, mas um novo reino da natureza será criado. O valor disso, psicologicamente falando, não está por trás de fatos históricos estabelecidos, mas nos tipos de egos superiores que realmente apareceram na Terra e existem entre os homens em todos os lugares. As almas que correspondem ao aspeto da vontade são relativamente e naturalmente poucas; As almas pertencentes ao aspeto amoroso aparecem com mais frequência; As almas inteligentes estão mais dispersas. Estabelece-se agora um equilíbrio entre as almas pertencentes ao aspeto do amor e ao aspeto da inteligência, e unidas elas devem inaugurar e inaugurarão a nova civilização que constituirá o campo para a futura cultura do reino de Deus na terra. A vinda deste reino será tanto a precipitação de uma realidade interna, quanto um fator invisível, semelhante a 118 um germe agindo dentro do corpo humano. A precipitação e o cultivo do reino dos germes estão acontecendo lentamente. IV. Regras para Ganhar Controle pela Alma Ao considerar as regras para ganhar o controle pela alma, não vou recapitular as inúmeras regras que o aspirante deve seguir enquanto se esforça.  Perseverar para percorrer o caminho até sua fonte de origem – um caminho que leva ao que os budistas chamam de Nirvana. Na realidade, este Caminho é apenas o início do Caminho superior que leva a uma vida incompreensível, mesmo para os Seres mais evoluídos da Hierarquia planetária. Também não é essencial insistirmos nos detalhes da vida que devem ser controlados pelo homem, que muitas vezes e adequadamente tenta agir como a alma dirigente da personalidade. Estes foram delineados e reduzidos a palavras pelos discípulos ao longo dos tempos. No meu livro anterior, intitulado Tratado de Magia Branca e em outros, tratei disso.  Nosso problema imediato é aplicar essas regras ao discipulado, para que sua técnica prática possa progredir constantemente. Meu propósito presente é muito mais difícil, pois este tratado foi escrito para os estudantes do futuro, não para os do presente. Tento indicar as regras básicas que determinam o governo hierárquico e condicionam os assuntos mundiais.  Trataremos, portanto, das atividades sutis das energias que, no aspeto interno, animam as atividades externas e provocam aqueles acontecimentos no mundo dos homens que mais tarde se tornarão parte da história. O problema perante a Hierarquia é duplo e pode ser expresso com duas perguntas: 1. De que maneira a consciência da humanidade pode expandir-se para que se desenvolva a partir do germe da autoconsciência (como foi na individualização), para ser levada à plena consciência de grupo e identificação, como ocorre ao receber a última iniciação? 2. De que maneira a energia ascendente do quarto reino da natureza pode estar tão intimamente relacionada com a energia descendente do espírito, de modo que outra grande expressão da Deidade – a expressão de grupo – pode surgir em manifestação através do homem? Por conseguinte, há que ter em conta duas coisas: Em primeiro lugar, a atenção dos membros da Hierarquia, que atualmente trabalham com a humanidade, não está focada no aspirante individual, de modo que pode ser interpretado como de interesse pessoal. O interesse nele depositado depende da sua preocupação com as questões relativas ao bem do grupo. O segundo ponto é bem conhecido e tem sido muito acentuado ultimamente. Neste momento atravessamos um período de oportunidade e crise sem precedentes e, consequentemente, a atenção da Hierarquia está centrada nos homens de uma forma excessivamente centralizada, a fim de usar a oportunidade para o bem do homem. É aqui que reside a responsabilidade e a base da esperança. Portanto, as regras que vamos considerar não são as leis da alma, ou as leis que controlam os estágios do desdobramento humano no Caminho. Eles têm um escopo muito mais amplo e pertencem ao extenso ciclo evolutivo, no que diz respeito a toda a família humana, especialmente a contribuição que dá a todo o esquema evolutivo. No entanto 119 - dada a falta de um entendimento desenvolvido - teremos de nos limitar a considerar estas regras apenas quando elas regem o desenvolvimento humano. Tentaremos revelar, se possível, alguns dos fatores que regem o esforço que a Hierarquia controladora e os Guardiões do Plano fazem ao trabalhar com os fatores que estão presentes no homem e com as energias que já estão objetivamente empregadas neste planeta. O que vou apresentar não é simples, pois ainda é difícil para os discípulos avançados perceberem o propósito de alguns desses fatores. O que aqui se afirma sobre estas questões pode ser apreciado quando certos eventos subsequentes ocorrem durante o próximo século, pois certas linhas de desenvolvimento científico e espiritual devem ocorrer antes que as implicações ocultas possam ser devidamente compreendidas. Se isto lhe parece simples e claro, seria sensato desconfiar de interpretações óbvias. O assunto é muito abstruso. É aconselhável refletir sobre o conceito apresentado, mas não pense que o compreenderá rapidamente. Há muitas maneiras de expressar o trabalho da Hierarquia, e a interpretação será de acordo com o tipo de mente.  1. Finalidade do presente Regimento Pode dizer-se que, para o nosso propósito, os objetivos prosseguidos por este Regimento são quatro, mas cada um é exequível de ser expresso de muitas maneiras. Eles simplesmente indicam as quatro metas principais que os Trabalhadores do Plano estabeleceram para si mesmos. Vou afirmá-las de forma concisa e, em seguida, vou detalhá-las um pouco mais. 1. O primeiro e principal objetivo reside em estabelecer, através da humanidade, um posto avançado da Consciência de Deus no sistema solar. Esta é uma analogia, macrocosmicamente entendida, da relação que existe entre um Mestre e Seu grupo de discípulos. Se refletirmos sobre isso, podemos obter a chave para o significado do nosso trabalho planetário. 2. Estabelecer na Terra (como já indicado) uma casa de força de tal poder e um ponto focal de tal energia que toda a humanidade possa ser um fator no sistema solar, provocando mudanças e eventos de natureza excecional na vida planetária e na vida (e consequentemente no sistema) e induzindo a atividade interestelar.  3. Fundar uma estação de luz, através do quarto reino da natureza, que sirva não só o nosso planeta e o nosso sistema solar em particular, mas também os sete sistemas, dos quais o nosso é um só. Este problema da luz, ligado como está às cores dos sete raios, é por enquanto uma ciência embrionária e seria inútil debruçarmo-nos sobre ela.  4. Estabelecer um centro magnético no universo, no qual o reino humano e o reino das almas, unidos e unificados, constituirão o ponto mais intenso de poder, que servirá as vidas evoluídas dentro do raio de irradiação daquele de quem nada pode ser dito. Nestas quatro afirmações, procurámos expressar as amplas possibilidades e oportunidades, tal como a Hierarquia as vê hoje. Seus planos e propósitos são destinados e orientados para uma realização maior, até então não visualizada pelo homem normal 120. Se assim não fosse, o principal objetivo a ser alcançado no planeta seria o desenvolvimento da alma no homem, mas não foi. Poderia sê-lo do ponto de vista do homem, considerando-o como uma entidade essencialmente separável e identificável no grande esquema cósmico, mas não é assim para o todo maior do qual a humanidade é apenas uma parte. Os grandes Filhos de Deus, que ultrapassaram o estágio de desenvolvimento dos Mestres que trabalham exclusivamente com o reino humano, têm projetos de alcance muito mais vasto e amplo e seus objetivos incluem a humanidade, apenas como um detalhe do Plano da grande Vida "em Quem vivemos, Movemo-nos e temos o nosso ser." Você pode se perguntar, e com razão, até que ponto essa informação pode nos servir neste mundo atormentado e confuso. Por razões óbvias, uma visão nebulosa do Plano, como necessariamente será, confere um sentido de proporção e também de estabilidade. Leva a um tão necessário reajustamento de valores, indicando, tal como o faz, que existe um propósito e um objetivo por detrás de todos os acontecimentos da vida quotidiana. Ela amplia, amplia e expande a consciência quando se estuda o grande livro da vida planetária que abraça, como realmente abrange, os detalhes e a estrutura acabada, o fator homem e toda a vida do planeta em sua relação com o Todo maior. Isto é muito mais importante do que os minúsculos detalhes da capacidade individual do ser humano de compreender o seu lugar imediato no quadro geral. É fácil e lógico para o homem enfatizar os aspetos do trabalho hierárquico que lhe dizem respeito. Os Mestres da Sabedoria, que são avançados o suficiente para trabalhar em áreas mais amplas do plano espiritual, se divertem ao saber a importância que os discípulos e aspirantes do mundo atribuem a eles e como eles são superestimados. Quando compreenderemos que há membros da Hierarquia cuja compreensão da verdade e conhecimento do Plano divino, é muito mais avançado do que o dos Mestres que conhecemos, assim como eles são mais evoluídos do que o homem selvagem e in-evoluído? Há que refletir sobre esta questão. No entanto, não é uma tarefa inútil para discípulos e aspirantes compreender o delineamento nebuloso dessa estrutura, propósito e destino, que será o resultado da culminação e fruição do Plano na Terra. Não é necessário evocar o sentimento de futilidade, de luta sem fim e de luta quase contínua. Dado o facto de o homem e a sua vida serem finitos, dada a enorme periferia do cosmos e a natureza minúscula do nosso planeta e dada a vastidão do universo e a perceção de que é apenas um dos inúmeros (literalmente incontáveis) universos, maiores e menores,  No entanto, existe no homem e no nosso planeta um fator e uma qualidade que tornam possível que todos estes factos sejam percebidos e compreendidos como partes de um todo, permitindo ao homem (escapar, como pode, da sua autoconsciência) expandir o seu sentido de perceção e identificação, de modo Que o aspeto da forma da vida não coloque barreiras ao seu espírito abrangente. É valioso escrever estas palavras e lidar com estas ideias, pois alguns dos que chegam agora à encarnação podem compreendê-las, e compreendê-las-ão quando os leitores atuais tiverem morrido e desaparecido. Você e eu passaremos para outro trabalho, mas haverá na terra aqueles que serão capazes de visualizar o Plano claramente e cuja visão será muito mais inclusiva e abrangente do que a nossa. A visão é divina por natureza. A expansão é um poder vital e uma prerrogativa da Deidade. Portanto, esforcemo-nos por compreender o que é possível no nosso estágio particular de desenvolvimento e deixemos que a eternidade revele os seus segredos ocultos. Os fatores determinantes deste peculiar processo de trabalho hierárquico constituem, portanto, sete regras principais da vida evolutiva de Deus na família humana121. Estes determinam a atividade hierárquica - se é que podemos dizer assim - deixando amplo espaço para o esforço individual, mas fornecendo as tendências vitais e ativas para além das quais o trabalhador do Plano não se atreve a ir. Devemos entender que existem forças e energias que são mantidas em suspense como resultado da interposição conscientemente realizada da Hierarquia. É possível compreender o fato de que existem vidas e tipos de atividade que não foram capazes de se manifestar (felizmente para o planeta) desde que a Hierarquia foi fundada na Terra. Nem sempre houve uma Hierarquia de almas perfeitas, e este conceito abre perspetivas nos domínios da expressão imatura (do ângulo da visão humana), tão difíceis de compreender como aquelas que se abrirão diante de nós quando passarmos imaginativamente, de forma ténue e nebulosa, com consciência incipiente, para além daquele sector da Hierarquia que trata dos assuntos humanos, e vislumbrarmos ténues outros sectores que lidam com assuntos mais amplos e inclusivos. 2. As Sete Regras As sete regras ou fatores para "Ganhar Controle pela Alma" são: 1. A tendência inata e inalienável de misturar e sintetizar. Constitui a própria lei ou regra de vida: a. Esta tendência resulta no aspeto da forma, destruição e ruína, com o seu corolário de dor e sofrimento. No aspeto da vida, resulta em libertação e consequente expansão.  b. É a causa básica de toda iluminação – individual, racial, planetária e do sistema. c. É o resultado de um ato da vontade, causado pelo impulso sensorial e propósito inato de Deus. No entanto – e isso muitas vezes é esquecido – tal tendência começa quando o Logos planetário reconhece que Seu plano, por sua vez, também está condicionado e faz parte de um plano ainda maior – o da Deidade solar. Deus, o Logos solar, é igualmente condicionado por um propósito superior de vida. 2. A qualidade da visão oculta: a. Esta qualidade, no aspeto da forma, produz visão física, ilusão astral e conhecimento concreto. No aspeto da vida, produz iluminação, incluindo a extensa iluminação refletida pelo nosso planeta no céu, semelhante àquela que faz do indivíduo um portador de luz, o que acabará por permitir que toda a humanidade constitua uma estação na Terra. b.  b. É a causa fundamental de toda perceção sensorial e do anseio instintivo de alcançar a consciência, em suas muitas fases. A Hierarquia tem de trabalhar com esta qualidade, intensificando-a e dotando-a de potência magnética. 122 quater. É o resultado superior do desejo que está intrinsecamente fundamentado na vontade de formar um Plano e um propósito. 3. O instinto de formular um plano. Este instinto rege toda a atividade que, no processo evolutivo, se divide em atividade instintiva, inteligente, intuitiva ou propositada e atividade iluminada, no que diz respeito à humanidade. Isso inclui aquele setor da Hierarquia que trabalha com a humanidade. Os aspetos mais elevados da atividade planejada são muitos e diversos e todos são sintetizados pela atividade do terceiro raio, focada hoje no sétimo raio:  a. Observada sob o aspeto da forma, essa capacidade de fazer planos leva a uma atividade separatista e egoísta. Observada sob o aspeto da vida, conduz a uma colaboração fundida que ativa cada unidade de energia em todas as formas e aspetos subjetivos e unificados, a fim de empreender a tarefa de unificação. Isso está acontecendo poderosamente no mundo de hoje. A tendência para a unificação conduz, em primeiro lugar, o ser humano desenvolver uma personalidade integrada e, em seguida, subordinar essa personalidade em prol do todo maior. b. Constitui a causa básica da própria evolução – individual, planetária e do sistema. c. Este instinto é o resultado do desenvolvimento da mente ou manas, e do surgimento da inteligência. É a qualidade particular ou natureza instintiva, pela qual a humanidade expressa o primeiro raio de intenção volitiva, fomentada pelo desejo e transmutada em atividade inteligente. 4. O desejo de viver uma vida criativa, através da faculdade divina da imaginação. Este anseio, como facilmente se vê, está intimamente relacionado com o quarto Raio de Harmonia, que produz unidade e beleza, adquiridas através do conflito: Para. No aspeto da forma, conduz à guerra, à luta e à construção de formas que depois devem ser destruídas. No aspeto da vida, leva à qualidade, à irradiação vibratória e à revelação, na terra, do mundo dos significados. b. Portanto, é a causa básica da essência sutil ou revelação, que tenta expressar-se através de todas as formas de cada reino da natureza. Não há termo melhor para expressar a maravilha oculta que deve ser revelada: a revelação do sentido. Hoje já começa a acontecer. c. É o resultado da capacidade - às vezes adequada e às vezes inadequada - que a consciência interior possui de revelar até que ponto controla através do Plano e como responde à intenção superior. Hoje os membros da Hierarquia dependem desta resposta 123, tentando trazer à tona na consciência humana o significado oculto. 5.  O fator de análise. Este fator surpreenderá aqueles que sofrem a consequência do abuso do poder de discriminar, analisar e criticar. No entanto, é uma qualidade fundamental e divina que produz uma participação inteligente no Plano e uma habilidade na ação: a. No aspeto da forma, manifesta-se como a tendência para separar, dividir e criar posições contraditórias.  No aspeto da vida, leva àquela compreensão que tende à identificação, através de uma escolha e compreensão mais amplas. b. É o impulso e a causa básica que levarão ao eventual aparecimento daquele reino da natureza, superior ao humano, que pertencerá estritamente à alma e manifestará na terra o quinto reino da natureza, o reino dos deuses. Esta frase deve ser observada. c. É o resultado do trabalho ativo dos filhos de Deus, os filhos da mente, e também a sua contribuição para a contribuição planetária total, como parte do grande Plano do sistema. A própria Hierarquia é a manifestação externa e interna do sacrifício dos Manasaputras divinos (como são chamados em A Doutrina Secreta). e os seus membros respondem à sua visão do Plano para o todo. A Hierarquia é essencialmente o germe, ou núcleo, do quinto reino da natureza. 6. A qualidade inata que o homem possui para idealizar. Baseia-se no sucesso do próprio Plano. Originalmente, este Plano procurava despertar no homem as seguintes respostas: desejo certo, visão correta e atividade criativa correta, baseada na interpretação correta dos ideais. Estas três finalidades merecem uma análise cuidadosa: a. No aspeto da forma, desenvolveu-se como desejo material, eventualmente levando à crueldade e, muitas vezes, à expressão sádica extrema. No aspeto da vida, levou ao sacrifício, ao propósito focado, ao progresso no caminho e à devoção. b. É a causa raiz de toda a organização e colaboração. O ideal perante a Hierarquia é a realização do Plano. O Plano é transmitido à humanidade sob a forma de ideias que, com o tempo, se tornam ideais – ideais a serem desejados e combatidos. Para realizar estes ideais, surge a tendência para a organização. c. É o resultado, curiosamente, do trabalho de um grupo peculiar de trabalhadores mundiais conhecidos pela humanidade como Salvadores do Mundo. Eles são os fundadores daquelas formas pelas quais as ideias divinas se tornam ideais das massas, em todas as esferas do pensamento humano. Todo grande maestro mundial é necessariamente um "Salvador sofredor". 124 7. A interação das grandes dualidades é a sétima regra ou força controladora, com o qual a Hierarquia trabalha. Devido à atividade engendrada por essa interação e aos resultados obtidos (que sempre produzem um terceiro fator> o mundo manifestado é impelido a seguir a linha do Propósito divino. Isso não é evidente para o homem que está imerso nos detalhes da vida, mas se pudéssemos ver a vida planetária como os Mestres podem vê-la, veríamos o projeto aparecer em toda a sua beleza e estrutura da ideia de Deus sobre o universo Pareceria hoje mais claramente delineado e possuiria maior síntese e beleza de detalhes do que no passado: a. No aspeto da forma, dá a impressão de estar aprisionado pelo fator tempo, vítima da velocidade e das forças implacáveis de todas as atividades da vida, quando atuam sobre o ser humano aprisionado. No aspeto da vida, proporciona vida rítmica e adaptação consciente da energia ao propósito e objetivo imediatos. b. É necessariamente a causa fundamental do aparecimento e desaparecimento das formas humanas e daquelas que foram construídas pelos seres humanos. c. É o resultado da unificação realizada no plano físico que produz as unificações inferiores, assim como aquelas efetuadas até agora na consciência humana produziram a unificação com a alma. As mais altas unificações até então feitas no plano da mente devem ser expressas oportunamente no plano da vida física. No esboço anterior da introdução consideramos muito brevemente as regras que podem produzir na Terra esse controle exercido pela alma, o objetivo imediato do processo evolutivo. Como se verá, não consideramos exercícios ou disciplinas simples, nem tratamos do desenvolvimento das características exigidas que antecedem a etapa de Iniciação Técnica. Na realidade, lidamos com essas tendências fundamentais e inclinações inatas, contidas na expressão divina que acabará por produzir a manifestação da super Alma em nosso planeta. Vimos também que essas tendências dominantes já começam a ser expressas e compreendidas, e que o quarto reino da natureza, ou humano, ocupa uma posição única neste desenvolvimento. No influxo descendente e ascendente da vida divina, expresso através dos impulsos involutivos e evolutivos, a humanidade constitui um dos "centros de força originais" fundamentais que podem e formarão um posto avançado da Consciência divina, uma expressão da Psique divina que acabará por manifestar estas três características psicológicas marcantes da divindade: Luz, Energia e Magnetismo. No ser humano, reflexo microcósmico do Macrocosmo, essas qualidades são expressas pelas palavras: Iluminação ou Sabedoria, Atividade Inteligente e Atração ou Amor. Seria bom meditar sobre esta tentativa de simplificar as potências divinas em palavras e indicar como elas podem ser expressas em e através de um veículo humano. Poderíamos agora desenvolver um pouco as declarações anteriores para que tenham uma ideia mais clara sobre estas duas questões:  1. A relação entre as duas qualidades divinas tal como são apreendidas e desenvolvidas pelo homem. 125 2. A responsabilidade futura de uma humanidade iluminada à medida que entramos na Nova Era. Isto lançará as bases para o ensinamento que forneceremos mais adiante neste tratado. Um dos pontos que tentei expor em tudo o que publiquei acima é que as Leis do Universo, As Leis da Natureza e os fatores básicos de controlo que determinam toda a vida e circunstância, e que são para nós fixos e inalteráveis, constituem a expressão, tanto quanto o homem a pode compreender, da vontade de Deus. As regras ou fatores de vida que estamos considerando e que (quando compreendidos e obedecidos) Induzirão a alma a controlar o indivíduo e o universo, constituem a expressão da Qualidade ou Natureza de Deus, que acabará por conduzir à plena expressão do Sequish divino. Eles mostrarão a natureza instintiva e emocional da Deidade, se essas palavras humanas puderem vir a expressar qualquer coisa dos poderes qualitativos divinos. As Leis do Universo expressam a Vontade divina e levam à manifestação do Propósito divino. Isto é sabedoria. Eles ordenam e alimentam o Plano. As Regras que induzem a alma a controlar expressam a qualidade divina e levam à revelação da natureza de Deus, que é o amor. As Leis da Natureza, ou as chamadas leis físicas, expressam o estágio de manifestação, ou o ponto alcançado na expressão divina. Referem-se à multiplicidade ou ao aspeto da qualidade.  Eles governam ou expressam o que o Espírito divino (a vontade agindo com amor) foi capaz de realizar em conjunto com a matéria, a fim de produzir forma. Esta revelação emergente permitirá o reconhecimento da beleza. A primeira série de leis, as Leis do Universo, são abordadas no Tratado sobre o Fogo Cósmico e ocasionalmente mencionadas em outros escritos. A ciência moderna tem feito muito para alcançar uma compreensão das Leis da Natureza e confiamos que continuará a fazê-lo, pois a alma direciona todas as coisas para o conhecimento. No que aqui apresento, procuro lançar as bases para a nova ciência da psicologia, que deve assentar numa compreensão ampla e geral do Siquis divino como procura expressar-se através do Todo manifestado, do sistema solar e, para nosso propósito, do planeta e de tudo o que nele reside. Quando o poder da psicologia divina e suas principais tendências e características são reconhecidos, e quando a psicologia moderna desvia sua atenção do estudo cuidadoso da psique do indivíduo (comumente a de um indivíduo anormal) e a concentra nos atributos psicológicos do Todo maior, do qual somos apenas uma parte, obteremos uma nova compreensão da Divindade e da relação entre o microcosmo e o macrocosmo. No passado, isso foi excessivamente confiado à filosofia, e agora deve absorver a atenção dos psicólogos. Tal acontecimento desejado terá lugar quando o verdadeiro sentido da história for apreendido, quando se compreende a extensão do desenvolvimento humano durante as várias épocas e quando se prova que a alma age através de todas as partes que compõem todas as formas. Hoje diz-se que 126 só o homem possui uma alma e a alma de todas as coisas é esquecida. No entanto, o homem nada mais é do que o macrocosmo dos outros reinos da natureza. Portanto, as sete regras que estamos estudando são de suprema importância, porque contêm as ideias-chave que revelarão a Divindade que age como a Alma de todas as coisas e também a natureza e o método de atividade do Cristo Cósmico, e indicarão as tendências qualitativas que governam e determinam a vida psíquica de todas as formas - de um universo a um átomo no corpo de quaisquer ditas revelações materiais da vida. Tenha esses pensamentos em mente enquanto lemos e estudamos. Estas regras são expressas com igual potência nos sete raios e produzem a manifestação da consciência sobre a terra, em toda e qualquer forma. Em primeiro lugar, trataremos do todo maior, sem acentuar a diferenciação dos raios. Os sete raios, como muitas vezes foi dito, colorem ou qualificam os instintos e poderes divinos, mas isso não é tudo, pois eles mesmos são determinados e controlados por esses poderes. Não se deve esquecer que os raios são as sete principais expressões da qualidade divina quando ela limita (e realmente limita) os propósitos da Trindade. O próprio Deus está em conformidade com um cânone que foi estabelecido para Ele por uma visão remota. Este propósito ou vontade definida é condicionado pela sua qualidade instintiva ou psíquica, assim como o propósito da vida de um ser humano é limitado e condicionado pelo equipamento psicológico com o qual ele chega à manifestação. Já disse anteriormente que lidamos com coisas abstrusas e difíceis e que muito do que foi dito acima não estará dentro da nossa compreensão concreta imediata. No entanto, a afirmação acima é relativamente simples se interpretada em termos do propósito e da qualidade de nossa própria vida. Aqui devemos abordar um ponto antes de continuarmos nosso estudo das sete tendências psicológicas da Deidade. Falamos de Deus em termos de Pessoa e usamos os pronomes Ele e possessivo. Devemos ser inferiores a isso que nos referimos a uma Personalidade prodigiosa chamada Deus e, portanto, pertencer àquela escola de pensamento chamada antropomórfica? O ensino budista não reconhece um Deus ou uma Pessoa. Portanto, do nosso ponto de vista e abordagem, está errado ou correto? Tecnicamente, quando o homem é entendido como expressão divina, no tempo e no espaço, este mistério pode ser revelado. Ambas as escolas de pensamento estão corretas e não se contradizem de forma alguma. Na sua síntese e fusão, a verdade, tal como realmente é, pode começar – ainda que de forma ténue – a aparecer. Há um Deus Transcendente que "tendo penetrado em todo o universo com um fragmento de Si mesmo" ainda pode dizer: "Eu permaneço". Há um Deus Imanente cuja vida é a fonte de toda atividade, inteligência, crescimento e atração de todas as formas em todos os reinos da natureza. Da mesma forma, existe em cada ser humano uma alma transcendente que, depois de ter começado e terminado o seu ciclo de vida na terra e decorrido o período de manifestação, torna-se novamente o não manifesto e o amorfo, e também pode dizer: "Eu permaneço". Quando manifestada e formada, a única maneira pela qual a mente e o cérebro humanos podem expressar seu reconhecimento da vida divinamente condicionante é falar em termos de Pessoa e Individualidade. É por isso que falamos de Deus como Pessoa, da Sua vontade, da Sua natureza e da Sua forma.

No entanto, por trás do universo manifestado permanece o Ser sem forma, Aquele que não é um indivíduo nem limitado pela existência individualizada. Portanto, o budista tem razão quando enfatiza a natureza não individualizada da Divindade e se recusa a personalizar a Divindade. O Pai, o Filho e o Espírito Santo da teologia cristã, personificando, como personificam, as triplicidades de todas as teologias, eles também se tornam aquele quando o período de manifestação termina. Permanecem como um, com qualidade e vida intactas e indiferenciadas, tal como estão em manifestação. Temos a analogia disso quando um homem morre. Seus três aspetos – mente ou vontade, emoção ou amor e aparência física – desaparecem. Portanto, uma pessoa não existe. No entanto, se o fato da imortalidade é aceito, o ser consciente permanece; Sua qualidade, propósito e vida estão unidos à sua alma imortal. A forma externa, com suas diferenciações em uma trindade manifestada, desapareceu – ela nunca voltará exatamente na mesma forma ou expressão, no tempo e no espaço. A interação da alma e da mente produz o universo manifestado, com tudo o que ele contém. Quando essa interação persiste, seja em Deus ou no homem, empregamos termos de origem humana (de que outra forma se poderia falar claramente?) que, portanto, limitam, porque tal é o nosso estágio atual de iluminação – ou deveríamos dizer estágio de escuridão? É assim que se desenvolve a ideia de individualidade, personalidade e forma. Quando a interação cessa e a manifestação termina, tais termos deixam de ser apropriados ou significativos. No entanto, o ser imperecível persiste, seja Deus ou o Homem. É por isso que a mente humana sustenta o conceito defendido pelo grande Mestre do Oriente, o Buda, o da Deidade transcendente, separado da triplicidade, dualidade e multiplicidade de manifestação. Há apenas vida amorfa, sem individualidade e desconhecida.  No ensinamento ocidental que o Cristo formulou e preservou, o conceito de Deus imanente – Deus em nós e em todas as formas – persiste. Na síntese dos ensinamentos do Oriente e do Ocidente e na fusão destas duas grandes escolas de pensamento, sente-se algo deste Todo superlativo, meramente pressentido, mas não conhecido. Para. O primeiro dos fatores que revela a natureza divina e o primeiro dos grandes aspetos psicológicos de Deus é a tendência à síntese. Esta tendência existe em todas as naturezas, em todas as consciências, e é a própria vida. O impulso motivador e o desejo extraordinário de Deus é alcançar a união e a unificação. Esta era a tendência ou qualidade que o Cristo procurava revelar e dramatizar para a humanidade. No que diz respeito ao quarto reino da natureza, Seus grandes pronunciamentos, expressos no capítulo XVII de São João, são um chamado à síntese e nos exortam a alcançar nosso objetivo. "Já não estou no mundo; mas eles estão no mundo e eu vou a Ti, Santo Padre, que me cuidei deles em Teu nome, para que sejam Um, como nós somos... Dei-lhes a vossa palavra e o mundo odiou-os, porque eles não são do mundo, tal como eu não sou do mundo. 128 Não vos peço que os tires do mundo, mas que os protejais do mal. Eles não são do mundo, assim como eu não sou do mundo. Mas rezo não só por eles, mas também por aqueles que acreditarão em mim, pela sua palavra. Para que todos sejam um, assim como tu, ó Pai, estás em mim, e eu em ti, para que também eles estejam em nós; para que o mundo creia que me enviaste. A glória que me destes eu dei-lhes para serem um como nós somos um. Pai, aquilo que me deste, desejo que onde eu estou, eles estejam comigo; para que vejam a glória que me deste; porque me amastes desde antes da fundação do mundo." Isto indica a síntese de alma e espírito, e também sublinha a síntese de alma e matéria, completando assim a fusão e a desejada unificação. Mas a síntese da Deidade, sua tendência a misturar-se e fundir-se, é muito mais inclusiva e universal do que qualquer expressão possível do reino humano que, afinal, é apenas uma pequena parte do todo maior. O homem não é tudo o que pode tornar-se, nem constitui a consumação do pensamento de Deus. A realização deste instinto de síntese sustenta todos os universos, constelações, sistemas solares, planetas e reinos da natureza, bem como o aspeto da atividade e realização do homem, o indivíduo. Este instinto é o princípio que rege a própria consciência, e a consciência é a psique ou alma que produz vida psíquica; É perceção sub-humana, humana e divina. Em relação ao homem, foram postuladas as seguintes expressões psicológicas:  1. Instinto. Situa-se abaixo do nível de consciência, mas protege e rege os hábitos e a vida do organismo. Grande parte da vida emocional é governada desta forma. O instinto controla através do plexo solar e dos centros inferiores. 2. Intelecto. É a autoconsciência inteligente que orienta e dirige a atividade da personalidade integrada, através da mente e do cérebro, atuando através dos centros laríngeos e ajna. 3. Intuição. Refere-se predominantemente à consciência de grupo e, no devido tempo, controlará nossas relações mútuas, quando funcionarmos como unidades de grupo. Ela age através do coração e do centro do coração, e é esse instinto elevado que permite ao homem reconhecer e submeter-se à sua alma e também ao seu controle e impressão da vida. 4. Iluminação. Na verdade, esta palavra deve ser usada para designar a consciência sobre-humana. Este instinto divino permite ao homem reconhecer o todo do qual faz parte. Ela age através da alma do homem, usando o centro coronário e, eventualmente, inunda todos os centros com luz ou energia, ligando conscientemente o homem com as partes correspondentes do Todo divino. 129 A tendência para sintetizar é o instinto inerente a todo o universo, e só agora, O homem está percebendo sua proximidade e potência. Este atributo divino do homem faz do seu corpo físico parte integrante do mundo físico; Fá-lo psiquicamente gregário e está disposto a viver em grupos (por escolha ou obrigação). Este princípio, agindo ou funcionando através da consciência humana, levou à formação de nossas cidades enormes e modernas - símbolos de uma futura civilização superior, chamada Reino de Deus, onde as relações entre os homens serão excessiva e psiquicamente próximas. O instinto de unificação está subjacente ao misticismo e a todas as religiões, pois o homem procura sempre uma relação mais próxima com Deus e nada pode impedir essa unificação (em consciência) com a Deidade. O instinto é a base do seu sentido de imortalidade e garante a união com o polo oposto da personalidade, a alma. Sendo um atributo da Deidade e um instinto divino e, portanto, parte da vida subconsciente do próprio Deus, é evidente que, dada a premissa original de que existe um Deus transcendente e imanente, não precisamos temer ou ter sentimentos ruins. Os instintos de Deus são mais fortes, vitais e puros do que os da humanidade, e com o tempo triunfarão, Expressar-se-ão e florescerão em toda a sua plenitude. Os instintos inferiores, contra os quais o homem luta, são apenas distorções - no tempo e no espaço - da realidade; daí o valor do ensino oculto quando diz que, refletindo sobre o bem, o belo e o verdadeiro, transmutamos nossos instintos inferiores em qualidades divinas superiores. O poder atraente da natureza instintiva de Deus, com sua capacidade de sintetizar, atrair e misturar, coopera com os poderes incompreendidos da natureza do homem e torna a unificação oportuna com Deus, na vida e no propósito, um evento inevitável e irresistível. Os alunos podem ligar as leis do universo e da natureza a este instinto ou tendência para a síntese e unificação, que está intimamente relacionado com a Lei da Atração e o Princípio da Coerência. No futuro, serão realizados estudos importantes sobre estas relações. Esta série de livros didáticos sobre ocultismo e forças ocultas que escrevi pretende servir como marcos e faróis no caminho do conhecimento. Eles contêm dicas e sugestões, mas cada aluno deve interpretá-las de acordo com a luz que possui, analisar o que está acontecendo ao seu redor à luz do Plano e do conhecimento aqui contido, e tentar descobrir por si mesmo o surgimento da natureza psíquica instintiva da Deidade nos assuntos do mundo e em sua própria vida, porque isso acontece constantemente. Deve também lembrar-se de que possui uma natureza psíquica que faz parte de um todo maior e, portanto, está sujeita a receber impressões de fontes divinas. Deve cultivar a tendência para a síntese e fazer um dos pensamentos-chave da sua vida quotidiana, as palavras: "que a minha consciência não seja separatista". Deve-se observar aqui que o instinto de síntese (porque diz respeito à natureza psíquica da Deidade) nada tem a ver com a expressão física do sexo, pois é regido por outras leis e controlado pela natureza física. Não esqueçamos que H.P.B. disse (e com razão) que o corpo físico não é um princípio. As sete tendências básicas que estamos analisando são estritamente psíquicas ou psicológicas. Compreender a natureza destes atributos psíquicos impulsionadores de Deus deveria permitir ao homem colocar todo o peso da sua aspiração psíquica do lado destas qualidades emergentes. Por exemplo, na vida diária, ele teria que trabalhar para alcançar 130 a unificação com todos os seres, tentando penetrar no coração de seu irmão; esforçar-se para se tornar um com a vida em todos os sentidos; rejeitar qualquer tendência para reações separatistas, porque sabe que elas dizem respeito à psique inata herdada dos átomos, da matéria e da substância, que constituem a forma da natureza, que foram trazidas, reorganizadas e reconstruídas nas formas que pertencem à presente manifestação de Deus. Contêm em si as sementes da vida material e psíquica, adquiridas num universo anterior. Não há outro mal. Muito se tem ensinado sobre a grande heresia da separação, que é contrariada quando o homem permite a «tendência para a síntese». "Flui através dele como um poder divino e condicionai a sua conduta. Estas tendências divinas constituíram os impulsos básicos e subconscientes desde os primórdios da evolução. A humanidade de hoje pode adaptar-se conscientemente a eles e, assim, apressar o tempo em que a verdade, a beleza e a bondade reinarão. Os discípulos do mundo e o Novo Grupo de Servidores do Mundo, bem como todos os aspirantes inteligentes e ativos, têm hoje a responsabilidade de reconhecer essas tendências e, particularmente, a tendência à unificação. O trabalho da Hierarquia está atualmente peculiarmente ligado a isso, e Ela e todos nós devemos fomentar e nutrir essa tendência, onde quer que a observemos. A padronização e a arregimentação das nações são apenas um aspeto desse movimento para alcançar a síntese, mas ele está sendo mal aplicado e prematuramente posto em prática. Todos os movimentos que tendem para sínteses nacionais e mundiais são bons e corretos; mas devem ser empreendidas consciente e voluntariamente por homens e mulheres inteligentes; Os métodos utilizados para realizar esta fusão não devem violar a lei do amor. O impulso atual para a unidade religiosa também faz parte da beleza que emerge e, embora as formas devam desaparecer (porque são a origem da separatividade), a síntese espiritual interior deve ser desenvolvida. Estes dois exemplos notáveis desta tendência divina são aqui mencionados, quando emergem na consciência humana, porque devem ser reconhecidos. Todas as almas que estão em processo de despertar têm que trabalhar para tais fins. A partir do momento em que há um conhecimento e um vislumbre de compreensão, começa a responsabilidade do homem. Portanto, vamos estudar as tendências globais de hoje, que indicam a presença ativa dessa tendência, e incentivá-la sempre que pudermos. Descobriremos que é uma tarefa prática e árdua. A imposição de um atributo psíquico divino sentido na vida da forma (com seus próprios hábitos psíquicos) testará os poderes de qualquer discípulo. Somos exortados a fazê-lo para o bem do todo maior.  b. A próxima tendência que está a surgir é muito difícil de descrever. Não é fácil encontrar as palavras exatas para definir o seu significado. É a qualidade do. Visão interior. É impossível expressá-lo em palavras que o homem possa entender, porque não estamos nos referindo à visão que o homem tem de Deus, mas à visão que Deus tem do Seu propósito. Ao longo dos tempos, os homens sentiram a visão, viram-na e mergulharam nela depois de muitas lutas e esforços; depois, saíram da vida humana e calaram-se. do desconhecido. O místico e o ocultista testemunharam esta visão, e toda a beleza e policromia no mundo da natureza e do pensamento são também testemunhas silenciosas dela, em última análise, aquilo a que Deus dedica todo o seu esforço. No entanto, a qualidade e a natureza da visão, que são a própria visão, sonho e pensamento de Deus, permaneceram. Eles firmaram Seu propósito através das eras e motivaram os Seus processos criativos. Os Grandes Filhos de Deus apareceram e desapareceram e desafiaram-nos a seguir a luz, a procurar a visão da realidade, abrir os olhos e ver a verdade como ela é. Durante os tempos, os homens tentaram fazê-lo, e o método empregado em sua busca recebeu uma infinidade de nomes – experiência de vida, pesquisa científica, busca filosófica, história, aventura, religião, misticismo, ocultismo e muitos outros termos aplicado às incursões aventureiras da mente humana em busca do conhecimento, da realidade e de Deus. Alguns completaram sua busca, penetrando em um labirinto de fenômenos astrais, e devem continuar mais tarde. levantar-se, castigado das profundezas da Grande Ilusão. Outros reentraram na caverna escura do materialismo e fenomenismo pronunciados e devem igualmente voltar e reorientar, ou melhor, fechar o círculo, pois quem pode dizer que Deus está aqui ou ali, ou de que lugar Sua visão pode ser vista? Alguns perdem-se em processos mentais e fantasias autoinduzidas; Mas a visão está escondida por trás de uma infinidade de palavras faladas e escritas. Outros estão perdidos nas brumas de sua própria devoção e autopercepção e nas especulações confusas de suas mentes e desejos; Eles estão parados, perdidos na névoa de seus próprios sonhos, em relação ao que deveria ser a visão, e assim ela os escapa. Outros – teólogos de qualquer escola de pensamento – Eles tentaram definir a visão e se esforçaram para reduzir a intenção e o objetivo ocultos de Deus a formas e rituais, e dizem enfaticamente: "Nós sabemos". No entanto, nunca tiveram contacto com a realidade e, até agora, a verdade é-lhes desconhecida. A possibilidade da Visão que está além ou por trás da visão do místico, encontra-se esquecida nas formas erigidas no tempo, e os símbolos dos ensinamentos daqueles Filhos de Deus que viram a realidade perdem-se de vista em rituais e cerimónias que (embora tenham o seu lugar e valor educativo) devem ser utilizados para revelar e não para obscurecer. A visão está sempre diante de nós; escapa à nossa compreensão; assombra os nossos sonhos e os nossos elevados momentos de aspiração. Só quando o homem puder agir como alma e dirigir o seu olhar interior desenvolvido externamente para o mundo dos fenómenos e internamente para o mundo da realidade, começará a sentir o verdadeiro objetivo e propósito de Deus, para ter um breve vislumbre do próprio cânone e Plano de Deus, segundo o qual Ele voluntariamente condiciona a Sua própria Vida, para o qual o Sacrifício Eterno do Cristo cósmico é essencial. A Hierarquia hoje lida principalmente com essas duas tendências divinas (a tendência à síntese e à visão). O seu lema é unificação e visão. Estes desenvolvimentos produzirão na humanidade a integração da alma com a personalidade e o despertar dessa visão interior, que permitirá que um vislumbre da Realidade penetre na consciência do homem. Este não é um vislumbre de sua própria divindade, ou sentir Deus como Criador, mas um vislumbre da divindade inerente ao Todo, à medida que ele desenvolve um esquema mais amplo do processo evolutivo, do que até agora foi apreendido ou predito, pelas mentes mais perspicazes da Terra. Diz respeito à visão dada ao homem que alcança o Nirvana e entra na primeira etapa desse Caminho sem fim que leva a 132 beleza, à compreensão e ao desenvolvimento, ainda não alcançados pela mais elevada visão interior humana. Seria conveniente salientar que, além do estágio de iluminação, como o homem pode alcançá-lo, há o que pode ser chamado de desenvolvimento da Visão divina interior. Por conseguinte, apresentam-se seguidamente os desenvolvimentos e desenvolvimentos possíveis, constituindo cada um deles uma expansão da consciência e aproximar o homem mais íntima e definitivamente do coração e da mente de Deus: Instinto Intelecto Intuição Todos levam à Visão interior. Iluminação Estas palavras, correlativamente apresentadas, talvez esclareçam um pouco mais a realidade da própria visão de Deus. Nada mais pode ser dito sobre isso até que cada uma dessas palavras signifique algo prático em nossa própria experiência interior. Esta qualidade da visão interior com que a Hierarquia tenta agir, e desenvolvê-la na alma dos homens (seria conveniente meditar sobre esta última frase, pois apresenta um aspeto do esforço hierárquico ainda não considerado nos livros de ocultismo), é uma expressão do Princípio da Continuidade, cujo reflexo foi distorcido na palavra tantas vezes usada pelos discípulos: Duração. Este Princípio de Continuidade constitui a capacidade de Deus de persistir e "permanecer". É um atributo do Raio Cósmico do Amor, assim como todos os princípios que agora consideramos em relação a essas regras ou fatores da alma – as tendências da divindade e as inclinações da vida divina. Não esqueçamos que os sete raios são sub-raios do Raio cósmico do Amor. Portanto, veremos por que esses princípios determinam as atividades da alma e só podem entrar em ação quando o reino de Deus ou as almas começarem a se materializar na Terra. O princípio da continuidade baseia-se numa visão mais clara da Deidade e na consequente continuidade do plano e propósito de Deus, que surgem quando o objetivo é claramente percebido por Ele e desenvolvido através de um esboço simples e formulado. É a analogia macro cósmica da continuação e continuidade encontrada no homem quando -Depois de uma noite de sono e inconsciência, ele realiza sua atividade diária e retoma conscientemente as atividades planejadas. Das indicações acima indicadas, ver-se-á de que modo o trabalho da Hierarquia, em conexão com a raça humana, se divide em duas partes: o trabalho que realiza com os seres humanos individuais, a fim de despertar neles a consciência da alma, mais o que realiza com eles como almas, de modo que (agindo nos níveis da alma e como entidades conscientes no Reino de Deus) pode começar a visualizar o objetivo do próprio Deus. A segunda parte do seu esforço só agora é possível em grande escala, à medida que os homens começam a responder à tendência para sintetizar e reagir ao princípio divino da coerência (estimulados pelas suas relações de grupo) podem, de forma unida, sentir a visão e reagir ao Princípio da Continuidade. Aqui está uma dica do verdadeiro e futuro propósito da meditação em grupo. Não é possível dizer mais nada sobre este assunto. c. O DESEJO DE FORMULAR UM PLANO 133 O terceiro instinto divino ou tendência interior oculta é o desejo de formular um plano. Será evidente que esse anseio surge ou depende das duas tendências anteriormente consideradas. Tem o seu reflexo microcósmico nos inúmeros planos e projetos do homem finito, quando vive a sua vida insignificante ou vagueia pelo planeta, preocupado com os seus pequenos assuntos pessoais. Esta capacidade universal de trabalhar e projetar garante a existência, no homem, da capacidade de responder oportunamente e em grupo ao desígnio de Deus, com base na visão de Deus. Estes instintos fundamentais, progressistas e divinos, expressões da consciência e perceção de Deus, têm os seus reflexos embrionários na nossa humanidade moderna. Não me proponho indicar até que ponto entendo o Plano de Deus, que é naturalmente limitado pela minha capacidade. Eu só posso percebê-lo de forma tênue e ocasional, e em minha mente o esboço do objetivo prodigioso de Deus surge em confusão. Este Plano só pode ser sentido, visualizado e conhecido com certeza pela Hierarquia, e somente pelo grupo, e por aqueles Mestres que podem agir em plena consciência monádica. São os únicos que começam a entender o que é. Os restantes componentes da Hierarquia - iniciados e discípulos em diferentes categorias e diferentes escalões - devem contentar-se em colaborar nesse aspeto imediato do Plano que possam apreender e que lhes chega através das mentes inspiradas dos seus Mentores, em determinados momentos e em certos anos específicos. O ano de 1933 foi um deles. Outro ano semelhante será o ano de 1942. Nesses momentos, quando a Hierarquia se reúne em conclave silencioso, é revelada a Ele. para o próximo ciclo de nove anos, uma parte da visão de Deus e do que Ele formulou sobre ela para o presente imediato. Então, com perfeita liberdade e plena colaboração, eles projetam como realizar os objetivos desejados dos Guias da Hierarquia, que colaboram por sua vez com Forças e Conhecedores ainda mais elevados. É provável que as informações acima suscitem grande interesse entre os estudantes que ainda não se afinaram com os valores mais elevados. Se aqueles que leram isto estivessem cientes disso, entenderiam que é a parte menos importante do capítulo e que contém pouca utilidade para eles. Você vai notar que ele não tem aplicação prática para nós. Por conseguinte, alguns perguntar-se-ão, e com razão: por que razão dão esta informação? Resposta. Este tratado é escrito para futuros discípulos e iniciados, e tudo o que está aqui exposto é apenas parte do que foi revelado da verdade que se deseja transmitir. Atualmente chega através de muitos canais e de múltiplas fontes - tal é o maravilhoso poder que está por trás dos atuais realinhamentos globais! O instinto da Divindade está intimamente relacionado com a Lei da Economia e é uma expressão do Princípio da Materialização. O homem deve estudá-lo, apreendê-lo e forjá-lo pelo uso correto do corpo mental, agindo sob a influência do Espírito ou da Alma. O Princípio da Continuidade deve ser transformado em conhecimento consciente pelo uso correto da natureza astral ou do desejo, agindo sob a influência de Budhi. Finalmente, a Tendência à Síntese deve ser realizada na consciência cerebral no plano físico, sob a influência da Mónada, Mas a sua verdadeira expressão, e a verdadeira resposta do homem a este anseio, só é possível depois de passada a terceira iniciação. Desta forma, facilmente se verá que este Tratado foi efetivamente escrito para o futuro. Temos aqui muito para ponderar, pensar e meditar. Busquemos o fio de ouro que nos levará, em consciência vigilante, à casa do tesouro de nossas próprias almas e aprendamos lá a nos unificar com tudo o que respira, a apresentar a visão destinada à totalidade 134, na medida do possível, e a trabalhar em uníssono com o plano de Deus, na medida em que nos foi revelado por Aqueles que conhecem Estas regras antigas ou fatores determinantes – as leis condicionantes essenciais na vida da Alma – são, na natureza, basicamente psicológicos. É por isso que merecem ser estudadas. No seu próprio plano, a alma não conhece separação, E o fator síntese rege todas as relações da alma. A alma está preocupada não apenas com a forma que a visão de seu objetivo pode assumir, mas com a qualidade e o significado que essa visão oculta ou oculta. A alma conhece o Plano, sua forma, sua delimitação, seus métodos e seu objetivo. Pelo uso da imaginação criativa, a alma cria, constrói formas mentais no plano mental e objetiva o desejo no plano astral. Ele então exterioriza seu pensamento e desejos no plano físico pela força aplicada e criativamente ativada pela imaginação do veículo etérico ou vital. Porque, porém, a alma é inteligência, animada pelo amor, ela pode (dentro da síntese alcançada que rege suas atividades) analisar, discriminar e dividir. Do mesmo modo, a alma aspira a alcançar aquilo que é ainda maior do que ela mesma, e a penetrar no mundo das ideias divinas, ocupando uma posição intermediária entre o mundo da ideação e o mundo das formas. Tal é a sua dificuldade e a sua oportunidade. A vida da alma afirma-se de acordo com os seus condicionantes. O valor disso é que, no Caminho do Discipulado, tais fatores devem começar a desempenhar seu papel na vida da personalidade e começar a condicionar o homem inferior para que sua vida, seus hábitos, desejos e pensamentos estejam em sintonia com os impulsos superiores iniciados pela alma. Esta é apenas mais uma maneira de definir as expressões da vida espiritual que todo iniciado deve demonstrar. Cada aspirante, com o passar do tempo, deve desenvolver o poder de ver o todo e não apenas a parte, e observar a sua vida e esfera de influência em termos de relações coletivas e não do eu separatista. Ele não só tem que perceber a visão (pois isso já foi feito pelo místico), mas ele deve penetrar atrás dela, e chegar às qualidades essenciais que dão sentido à visão. O instinto de formular planos, que é inerente a todos os seres e por isso predomina nos mais evoluídos, deve dar lugar à tendência de fazer projetos de acordo com o plano de Deus, expresso através da Hierarquia planetária. Com o tempo, isso produzirá o desejo de criar essas formas que transmitem sentido, que transmutarão o mal em bem e transfigurarão a vida. Mas, para realizá-la de acordo com o Plano e, ao mesmo tempo, reconhecer a síntese fundamental em que vivemos e nos movemos, o discípulo deve aprender a analisar, discriminar e discernir esses aspetos, qualidades e forças, que devem ser utilizadas de forma criativa na materialização do Plano intuído, a partir da visão apresentada. Seria bom meditar sobre a relação entre o homem e a Hierarquia, através da alma do homem. A Hierarquia existe para tornar possível na forma a realização da Visão e Plano divinos apresentados. Para realizar esta verdade, o homem deve também estar a meio caminho quando consegue as grandes dualidades da vida para produzir o novo mundo. À medida que as regras para alcançar o controle da alma são estudadas, não será necessário repetir constantemente as três relações fundamentais da alma:1. A relação com outras almas dentro da vida circundante da super Alma. Somente compreendendo essa relação chegaremos ao conhecimento prático de que todas as almas são uma só Alma. 135 2. A relação com a Hierarquia das almas dirigentes. Embora esta Hierarquia contenha os sete elementos que constituem a diferenciação primária para a qual a Vida -como consciência, ela é submetida, deve-se ter em mente que esta Hierarquia é essencialmente a personificação do aspeto da vontade do Logos – a vontade de bem, a vontade de amar, a vontade de conhecer, a vontade de criar. Esta Vontade está sendo servida pela Mente Universal da Divindade, mas é a expressão de uma consciência ainda mais elevada da qual essa Divindade participa. Este conceito está necessariamente além da nossa compreensão; Mas devemos lembrar que esta parte do livro deve ser aplicada no futuro e não apenas para a compreensão atual. 3. A relação com o Plano de Deus tal como ele se desenrola hoje. Os conceitos acima referidos servirão para preparar o caminho para o que será agora mais claramente elucidado. Às vezes é útil trazer a consciência de volta ao centro quando a órbita que atravessa a mente é muito extensa. A síntese do conceito divino, a Visão do delineamento estrutural e o plano para a sua materialização – fatores que regem as almas no seu plano – condicionam a SUA atividade e, dentro do limite em que trabalham, constituem fatores que, no tempo e no espaço, condicionam e limitam a Divindade, pois tal é a Sua Vontade divina. Considerando todo o assunto sob outro ponto de vista, essas regras de contato com a alma estabelecem O ritmo e determinam a pulsação da vida de Deus, pois impactam constantemente os ritmos inferiores, que Ele acabará eliminando. Isto acontece no caso de seres humanos individuais; Um dia isso acontecerá em toda a humanidade e, em última análise, determinará a vida, o propósito e a atividade em todas as formas em nosso planeta. 4. O ANSEIO POR UMA VIDA CRIATIVA A compreensão disso nos levará a considerar mais detalhadamente o quarto ponto: o desejo de alcançar uma vida criativa através do uso divino da imaginação. Como vimos, é necessário que a humanidade reconheça que existe um mundo de significados por trás do mundo das aparências, o da forma, chamado de "mundo aparente". A raça tem diante de si a revelação imediata deste mundo interior de significados. Até agora, como raça, nos preocupamos com o símbolo e não com o que ele representa, a aparência externa. Mas já esgotamos totalmente nosso interesse pelo símbolo tangível e buscamos – novamente como raça – o que o mundo externo da aparência pretende expressar. Muito se fala hoje da Nova Era, da revelação futura, do salto imanente em direção ao reconhecimento intuitivo do que até agora foi confundido pelo místico, pelo vidente, pelo poeta inspirado, pelo cientista intuitivo e pelo investigador oculto que não está interessado nos aspetos técnicos e nas atividades acadêmicas da mente inferior. Mas, muitas vezes, diante de uma grande expectativa, ele esquece algo. Não é necessário fazer muito esforço ou intensa pesquisa externa, empregando termos que podem ser capturados por um ponto de vista limitado e comum. Tudo o que deve ser revelado está dentro de nós e ao nosso redor. É a significação de tudo o que está incorporado na forma, o significado por trás da aparência, a realidade velada pelo símbolo, a verdade expressa na substância. 136 Só duas coisas permitirão ao homem penetrar neste domínio interior das causas e das causas de revelação, e são: Primeiro, o esforço constante, baseado num impulso subjetivo para criar aquelas formas que expressarão alguma verdade presente; Através e através deste esforço, a ênfase muda constantemente do mundo externo aparente para o aspeto interior fenomenal. Através deste canal há um foco na consciência que oportunamente se afirma e Afasta-se da sua intensa externalização atual. Um iniciado é essencialmente um indivíduo cujo sentido de perceção lida com contatos e impactos subjetivos e não está predominantemente preocupado com o mundo das perceções sensoriais externas. Este interesse, cultivado no mundo interior dos significados, não terá apenas um efeito pronunciado sobre o buscador espiritual, mas com o tempo dará importância, já reconhecida na consciência cerebral da raça, ao mundo dos significados como o único mundo real para a humanidade. Esta compreensão levará, por sua vez, a dois efeitos: 1. A estreita adaptação da forma aos fatores significativos que a trouxeram à existência no plano externo. 2. A criação da verdadeira beleza no mundo e, consequentemente, uma aproximação mais próxima do mundo das formas criadas, da verdade interior emergente. Pode-se dizer que a divindade está velada e escondida na multiplicidade de formas com seus infinitos detalhes, e na simplicidade das formas, que oportunamente serão vistas, chegaremos a uma nova beleza, a um maior sentido da verdade e à revelação do significado e propósito de Deus em tudo o que Ele realizou época após era. Em segundo lugar, o esforço contínuo para nos tornarmos sensíveis ao mundo das realidades significativas e, assim, criarmos no plano externo as formas que serão a cópia fiel dos impulsos ocultos. Isso será feito cultivando a imaginação criativa. Até agora, a humanidade pouco sabe sobre esta faculdade que está latente em todos os homens. Um clarão de luz invade a mente aspirante; um sentimento de esplendor desvendado penetra por um instante através do tenso aspirante que aguarda a revelação; as súbitas compreensões da cor, da beleza, da sabedoria e da glória indescritível, abrem-se perante a consciência sintonizada do artista, num momento acrescido de atenção dedicada e, por um segundo, a vida é vista como ela é, essencialmente. Mas a visão desaparece, o fervor desaparece e a beleza dissipa-se. O homem ficou com um sentimento de tristeza, de perda, mas possui a certeza de um conhecimento e de um desejo de expressar, como nunca experimentou antes, com o que entrou em contacto. Ele deve recuperar o que viu e revelou àqueles que não viveram aquele momento secreto de revelação; De alguma forma, deve expressá-lo e revelar aos outros o significado por trás da aparência fenomenal. Como fazê-lo? Como recuperar o que um dia foi seu e parece ter desaparecido retirando-se do campo da sua consciência? Ele deve entender que o que ele viu e fez contato ainda está lá e contém a realidade; que foi ele que partiu e não a visão. A dor que é sofrida em momentos intensos deve ser passada, vivida uma e outra vez, até que o mecanismo de contato se acostume com a alta vibração e possa não apenas sentir e fazer contato, mas reter e fazer contato à vontade com aquele mundo oculto de beleza. O cultivo desse poder de penetrar, reter e transmitir depende de três coisas: 137 1. A vontade de suportar a dor da revelação. 2. O poder de manter um ponto elevado de consciência no qual a revelação vem. 3. A centralização da faculdade imaginativa sobre a revelação ou sobre tudo o que a consciência cerebral pode trazer para a zona iluminada do conhecimento externo.  Isto constitui a imaginação ou a faculdade de criar imagens, que liga a mente ao cérebro e produz a exteriorização do esplendor velado. Se o artista criativo meditar sobre estes três requisitos - duração, meditação e imaginação - ele desenvolverá em si mesmo o poder de responder a esta quarta regra para alcançar o controle pela alma e saberá com o tempo que a alma é o segredo da persistência, o revelador das recompensas da contemplação e o criador de todas as formas no plano físico. O uso da imaginação criativa e os frutos do esforço atuarão nos vários campos da arte humana de acordo com o raio do artista criativo. Lembre-se que o artista pertence a todos os raios; Não há nenhum raio em particular que produza mais artistas do que outros. Evidentemente, a forma assumirá uma expressão espontânea quando a vida interna do artista for regulada, produzindo a organização externa de suas formas de vida. A verdadeira arte criativa é uma função da alma; portanto, a principal tarefa do artista é alinhar, meditar e focar sua atenção no mundo dos significados. Segue-se a tentativa de expressar as ideias divinas sob formas apropriadas, de acordo com a capacidade inata e A disciplina que isso implica é grande e aqui muitos artistas falham. O seu fracasso baseia-se em muitas coisas – no medo de empregar a mente porque isso pode estragar os seus esforços e na crença de que a arte criativa espontânea é, e deve ser, principalmente emocional e intuitiva não impedido ou impedido por uma atenção demasiado intensa ao treino mental. Isso se baseia na inércia, que tem sua linha de menor resistência no trabalho criativo e não tenta entender como a inspiração chega, nem como a exteriorização da visão é possível. ou não conhece a técnica das atividades internas, mas simplesmente obedece a um impulso. Indica também um desenvolvimento irregular e desequilibrado, resultante do facto de, através de especialização ou interesse intenso focado num período da vida, Você obtém a capacidade de fazer contato com a alma em uma única linha de esforço, mas não de estar em contato permanente com a alma. Isso é viável porque o artista por muitas vidas esteve sob a influência de um certo raio de personalidade. Daí o paradoxo oculto, mencionado acima, que merece a atenção dos artistas. Outro fator em que o fracasso se baseia frequentemente é a vaidade e a ambição externa de muitos artistas. Eles têm a capacidade de se sobressair em algum campo e particularmente em um, evidenciando uma capacidade maior do que o homem comum, mas não têm a capacidade de viver como alma e sua alma A capacidade de gozar só vai numa direção. Muitas vezes eles não levam uma vida de disciplina e 138 autocontrole, mas ao mesmo tempo eles têm grandes criações e realizações maravilhosas na linha escolhida; vivem em contradição com a divindade expressa através da realização artística. Compreender o significado e a técnica do génio é uma das tarefas da nova psicologia. O génio é sempre a expressão da alma em alguma atividade criadora que revela o mundo dos significados, da divindade e da beleza oculta, que, geralmente velada pelo mundo dos fenómenos, um dia o provará na verdade. A quinta qualidade ou atividade condicionante da alma é o fator analítico. Constitui uma lei que rege a humanidade, o que deve ser sempre lembrado. A análise, o discernimento, a diferenciação e o poder de distinguir são atributos divinos. Quando produzem um sentimento de separação e diferença, são reações estimulantes da personalidade e, consequentemente, são mal aplicadas e usadas pessoalmente. No entanto, quando mantidas dentro do sentido de síntese e empregadas para aplicar o Plano ao todo, são qualidades e leis da alma, essenciais para o desenvolvimento adequado do propósito divino. O Plano de Deus surge colocando a ênfase no caminho certo, e quando insistimos em um aspeto ou qualidade, momentaneamente excluímos ou relegamos brevemente à passividade outro aspeto ou aspetos. Esta é uma das principais partes da execução da lei dos ciclos com a qual os mestres trabalham. Implica, por sua vez, o uso constante da faculdade de análise e do poder de discriminar. O fato de que, no tempo e no espaço, pares de opostos prevalecem e são usados pelos Mestres para tecer o tecido da vida, indica a principal diferenciação do Um em dois, dos dois em três, dos três nos sete básicos e estes nos muitos.  Da unidade à diversidade, o trabalho continua e emerge segundo a lei da alma, a lei da análise dentro do campo da síntese. As "sementes das diferenças", como são chamadas, são os principais fatores empregados na produção do mundo fenomênico. A Hierarquia trabalha com as sementes, como um jardineiro trabalha com as sementes das flores, e destas sementes surgem as formas diferenciadas necessárias, produzindo assim mais diferenciações. A sementeira desta semente, o seu cultivo e manutenção, faz parte da tarefa fenomenal da Hierarquia, particularmente como acontece hoje na inauguração da Nova Era. Os Mestres devem compreender, antes de tudo, qual é o significado que a vontade de Deus tenta expressar em qualquer ciclo mundial. Eles também devem entender o significado dos impulsos emanados de fontes mais elevadas do que os de seus próprios campos de expressão e dharma (dever) e assegurar que as sementes das novas formas são adequadas ao fim pretendido. Eles também devem valorizar a natureza da realidade que cada época tem a revelar no desdobramento progressivo do propósito divino, e eles têm a responsabilidade de trabalhar de tal forma que a realidade externa se assemelhe (em aparência e qualidade) à verdade interior. Tudo isso é possível através da compreensão da regra ou fator analítico, considerando-a como uma lei que rege ou produz controle pela alma, tanto no nível da alma quanto no das aparências. Esta é uma das principais tarefas da Hierarquia, e implica que ela deve possuir um tipo muito agudo de controle da mente, compreensão intuitiva e desejo de analisar. Seria bom refletir sobre estes termos. 139 Deve-se lembrar que a análise rege o aparecimento do quinto reino da natureza, o reino de Deus no plano fenomênico. Esta aparição pressupõe uma diferença entre o quinto e os outros quatro reinos, que está em apenas uma direção, a da consciência. Aqui está o seu principal interesse e, a este respeito, o quinto reino difere dos outros reinos. Os outros quatro têm tipos fenomenais separados e grupos de formas distintas.  Os fenômenos do reino vegetal, por exemplo, e os do reino animal, são marcadamente diferentes. No entanto, no quinto reino haverá uma nova condição ou estado de coisas. A aparência fenomenal externa será a mesma, no que diz respeito à forma, embora seu refinamento e qualidade sejam intensificados. O reino de Deus está encarnado na e através da humanidade. Mas no reino da consciência encontrar-se-á um estado de coisas muito diferente. Um Mestre da Sabedoria tem fenomenalmente a aparência de um ser humano. Possui os atributos físicos, funções, costumes e mecanismos do quarto reino da natureza, mas a consciência é completamente diferente na forma. Portanto, a análise mencionada nestas páginas refere-se à distinção da consciência, mas não da forma. O símbolo permanece inalterado, embora aperfeiçoado no plano externo, mas sua qualidade e estado de perceção são tão distintos quanto o de um ser humano e um vegetal. De certa forma, é um conceito novo e suas implicações são grandes. Constitui o segredo da atual viragem para o mundo dos significados e implica uma nova perceção e uma nova apreciação, por parte da humanidade, de um mundo maior de valores. Mas – e aqui está algo interessante – é uma perceção transportada para um novo reino da natureza, continuando a fazer parte do antigo. É aqui que se realiza a nova síntese e a nova fusão. O constante aparecimento cíclico de formas novas e imprevisíveis, para que continuem indefinidamente, não faz parte do Plano de Deus. A humanidade continuará a aperfeiçoar o mecanismo humano para acompanhar o crescimento da consciência divina no homem, Mas como nela as três linhas da divindade se encontram e se fundem, não é necessário que diferenciações notáveis continuem a aparecer no mundo externo dos fenômenos à medida que outros estados de consciência são obtidos. No passado, cada grande desenvolvimento da consciência precipitou novas formas, o que não voltará a acontecer. A consciência de Deus agindo em, e sobre a substância do reino mineral, produziu formas totalmente diferentes daquelas que a mesma consciência, trabalhando com substância superior, empregava nos reinos animal e humano. Sob o plano divino, que existe para este sistema solar, tal diferenciação de formas tem suas limitações e não pode ir além de um certo ponto, que foi alcançado no reino humano para este ciclo mundial. No futuro, o aspeto da consciência da Deidade continuará a aperfeiçoar as formas do quarto reino da natureza através daqueles cuja consciência pertence ao quinto reino. Esta é a tarefa da Hierarquia dos Mestres. Esta tarefa foi delegada ao Novo Grupo de Servidores do Mundo que, no plano físico, pode tornar-se o instrumento de Sua vontade. No meio deste grupo, as qualidades divinas interiores de boa vontade, paz e amor, ativas sob as formas do quarto reino, podem ser aumentadas e expressas através dos seres humanos. Estes pontos interessantes foram elucidados porque é essencial que se consiga uma compreensão do fator analítico no campo da síntese. A análise é muitas vezes confundida com a separação. O problema é complexo e difícil, mas a compreensão das implicações subjacentes surgirá à medida que a raça ganhar maior sabedoria e mais conhecimento. Aqui nos referimos ao conceito de Plano tal como os iniciados o apreenderam. 140 F. A QUALIDADE DE IDEALIZAÇÃO DO HOMEM É interessante notar como automática e naturalmente os fatores que induzem a alma a controlar, conforme delineado, nos levaram à sexta lei ou regra, o poder – inato, inerente e espiritualmente instintivo – de idealizar. Instinto, intelecto, intuição, ideação e iluminação são apenas diferenciações e aspetos característicos de uma grande capacidade inerente ao homem e encontram-se em todas as formas de todos os reinos e em graus variados, seja o poder da pequena semente, profundamente escondida na terra, para romper as barreiras circundantes e emergir na luz, ou o poder de um ser humano de ressuscitar da morte na matéria para a vida de Deus e penetrar no mundo do Real a partir do reino do irreal,  tudo isso é um fator fundamental do idealismo. A antropologia e a história relacionam a evolução do homem individual e das nações e suas atividades no plano das aparências. Mas há uma história que está sendo contada lentamente, a história da semente da consciência na natureza e o crescimento do poder de reconhecer ideias e avançar em direção à sua realização. Esta é a nova história que, como seria de esperar, não conduz firmemente ao mundo dos significados e revela-nos gradualmente a natureza dos impulsos e tendências que conduziram a corrida progressivamente, do ponto mais denso da vida concreta e primitiva, para o mundo da perceção sensorial. Neste campo, os Mestres trabalham e pedem aos seus discípulos que nele sejam ativos. O poder das ideias só recentemente começa a ser compreendido. A potência da ideação, as formas que as ideias devem assumir e a promoção do culto das ideias certas é uma das principais questões que devem ser abordadas na Nova Era. g. A INTERAÇÃO DAS GRANDES DUALIDADES A sétima regra – a interação das grandes dualidades – é uma das regras fundamentais para fazer a alma controlar e não é fácil para o aluno compreendê-la. Constitui a lei fundamental da vida da alma. A razão pela qual é tão difícil compreender o paradoxo da unidade da alma através da dualidade é que, ao falar de pares de opostos, a ênfase foi colocada durante os tempos nas dualidades astrais e na necessidade de a humanidade escolher percorrer o caminho estreito que passa entre essas dualidades, Pois ele está no campo de batalha das dualidades e deve encontrar o caminho do fio da navalha que se estende diante dele e o leva ao portal da iniciação. No entanto, esses pares de opostos são apenas essencialmente um reflexo de uma analogia superior e divina. A lei aqui considerada rege as relações entre a vida e a forma, entre o espírito e a matéria. Não posso desenvolver mais sobre isso, pois somente os iniciados que, em suas próprias vidas, transcenderam o reflexo inferior das dualidades dificilmente podem começar a compreender o verdadeiro significado espiritual desta regra, a fim de trazê-la ao controle da alma, em seu significado mais amplo e essencial, razão pela qual não é necessário tratar de um assunto tão abstruso neste tratado. Pelo contrário, a nossa tarefa é adquirir a compreensão sábia da Visão na medida em que a capacidade de cada um o permita. Assim, não só acabaremos por chegar à libertação, mas também à força necessária para viver neste mundo e servir os nossos semelhantes. 141 CAPÍTULO II O RAIO DA PERSONALIDADE INTRODUÇÃO Ao iniciarmos este novo capítulo de nosso estudo, consideraremos o homem como ele está, na maioria dos casos, no plano físico.  Fazendo uma generalização ampla, pode-se dizer que os seres humanos estão agrupados em quatro classes: 1. Os poucos que estão sob a influência de suas almas, ou aqueles que estão rapidamente se tornando suscetíveis a tal influência. 2. Personalidades, que hoje são muitas. 3. As inúmeras pessoas que estão despertando a consciência mental. 4. A grande massa humana, constituída por aqueles seres humanos que ainda não despertaram e constituem a maioria dos habitantes do mundo. Em todas as fases da história humana, a única coisa que pode ser condicionada pela Grande Loja Branca é a qualidade da civilização. Os membros da Loja só podem trabalhar nos aspetos qualitativos que emergem da natureza divina. Isso, por sua vez, condiciona lentamente a vida da forma, e assim o aspeto da forma é constantemente alterado e adaptado à medida que se move em direção à perfeição crescente. Este processo de condicionamento desenvolve-se através das almas reencarnantes; porque, como acordaram, ou estão em processo de despertar, é possível que a Hierarquia prevaleça sobre eles ou os influencie, de modo que considerem que o fator tempo é de suma importância quando se trata do assunto da encarnação. A generalidade das almas humanas encarnadas em obediência ao anseio ou desejo de ganhar experiência, sendo a atração magnética do plano físico o fator determinante definitivo. Como almas, orientam-se para a vida terrena. Despertando almas ou aqueles que (secretamente falando) "vêm a seus sentidos", chegam à experiência da vida física mal cientes de outra atração superior. Consequentemente, eles não têm uma orientação definida no plano físico, como a maioria de seus pares. Estas almas, em processo de despertar, podem, por vezes, ser influenciadas a atrasar ou atrasar a sua entrada na vida física, a fim de condicionar o processo de civilização, ou a apressar a sua entrada na vida terrena, e assim estar disponíveis, como agentes, para tal processo condicionante. Este processo não se realiza através de uma atividade determinada e inteligentemente valorizada. mas naturalmente pelo simples efeito de viver no mundo e alcançar os seus objetivos de vida. Desta forma, condicionam o seu ambiente através da beleza, do poder ou da influência das suas vidas e, muitas vezes, desconhecem eles próprios o efeito que produzem. Portanto, é evidente que as mudanças necessárias em nossa civilização podem ser rápidas ou lentas, dependendo do número daqueles que vivem como almas em treinamento. No início do século XVIII, após a reunião da Hierarquia na grande Assembleia do Centenário de 1725, determinou-se fazer um esforço que exercesse uma influência mais definitiva sobre o grupo de almas que esperava encarnar, induzindo-as a 142 apressar a sua entrada na vida do plano físico. Isso foi feito, e a civilização moderna surgiu com bons e maus resultados. A época da cultura, característica marcante da era vitoriana, os grandes movimentos que despertaram a consciência humana para o reconhecimento da liberdade essencial, a reação contra o dogmatismo da Igreja, os grandes e maravilhosos desenvolvimentos científicos do passado imediato e as atuais revoluções sexuais e proletárias são o resultado dos impulsos impostos às almas para apressar a sua encarnação Um momento que realmente não tinha chegado, mas cuja influência condicionante era necessária para resolver certas dificuldades (presente desde 1525). Os efeitos negativos mencionados indicam as dificuldades inerentes ao desenvolvimento prematuro e o desenvolvimento indesejável do que se pode chamar o mal - no entanto, é um nome errado. Essas almas que chegavam, graças à sua compreensão altamente desenvolvida e "força de vontade", muitas vezes produziam convulsões de várias maneiras. No entanto, se pudéssemos observar, como fazem aqueles que estão no aspeto interior, e comparar a luz que a humanidade possui hoje com a que possuía há duzentos ou trezentos anos atrás, apreciaríamos o enorme progresso feito. Isso é evidenciado no estabelecimento de um grupo de "almas condicionantes" que atua sob o nome de Novo Grupo de Servidores do Mundo, iniciado em 1925, os quais agora podem encarnar graças ao trabalho realizado por aquele grupo de almas que acelerou sua encarnação devido ao impulso da Hierarquia. As palavras condição e condicionamento são usadas aqui com muita frequência, porque são apropriadas para indicar a ação. Estas almas devido ao seu grau de evolução, ao seu estágio de desenvolvimento e à sua impressionabilidade à ideia de grupo e ao Plano, podem chegar à encarnação e começar mais ou menos a desenvolver o Plano e a evocar uma resposta a ele, na consciência humana. Por isso, podem «preparar o caminho para o advento do Senhor». Esta última frase é simbólica e indica um certo nível de cultura espiritual na humanidade. Tais almas estão por vezes vagamente conscientes da sua estupenda tarefa e, na maioria dos casos, desconhecem o seu destino qualificador. De acordo com o Comentário Antigo, eles são guiados como almas da Hierarquia e antes de encarnar estão conscientes do impulso de "ajudar o planeta enlutado e, assim, libertar os prisioneiros que foram cativados pelo desejo inferior"; mas, uma vez encarnada, essa consciência também desaparece e seu cérebro físico não estará ciente do que suas almas se propuseram a fazer. Resta apenas o desejo de realizar determinadas atividades específicas. No entanto, o trabalho continua. Poucas almas encarnam por vontade e decisão próprias, trabalham com conhecimento claro e empreendem a tarefa imediata. Eles são as pessoas-chave de qualquer época e os fatores psicologicamente determinantes em qualquer período histórico. São eles que ditam o ritmo e fazem o trabalho pioneiro; atraem para si o ódio e o amor do mundo; trabalham como Construtores ou Destruidores e, com o tempo, regressam ao seu local de origem carregando consigo os despojos da vitória, como símbolo da sua própria liberdade obtida ou a dos outros. Psicologicamente falando, conservam as cicatrizes infligidas pelos adversários, mas têm a certeza de que cumpriram com sucesso a tarefa que lhes foi atribuída. O número de pessoas no primeiro grupo, agora em encarnação, aumentou acentuadamente ao longo do último século, razão pela qual podemos esperar o rápido desenvolvimento das características da Era de Aquário que se aproxima. 143 Os do segundo grupo, designados como personalidades, também estão adquirindo muito poder. Eles são misturados com o primeiro e terceiro grupos. Existem personalidades dos seguintes tipos no mundo de hoje: 1. Personalidades que rapidamente passam para a categoria de "almas condicionantes". 2. Personalidades, homens e mulheres integrados e coordenados, que ainda não estão sob a influência da alma. Sua "própria vontade e amor próprio" são fatores tão poderosos em suas vidas que exercem uma influência decisiva no seu ambiente. É bom observar a diferença esotérica que existe no significado das palavras condicionante e determinante. O primeiro significa agir livremente, seja um homem, uma raça ou uma civilização. Ele simplesmente influencia e fornece as condições pelas quais o melhor da raça pode florescer e alcançar um estado de perfeição. A segunda não permite agir livremente, mas determina por meio do poder, aplicado egoisticamente e usado para fins pessoais, o caminho que uma pessoa, uma raça ou uma civilização devem seguir. 3. Personalidades que estão em processo de despertar, que se fundem com a terceira classificação e constituem a nata ou a melhor expressão do terceiro grupo. Passo agora a analisar estes três grupos de personalidades nesta parte do Tratado. A palavra personalidade é usada muito superficialmente, portanto, será útil dar as diferentes definições da palavra personalidade, tanto em seu uso comum quanto em seu verdadeiro significado espiritual. Você não acha que é de valor para os alunos conhecer as muitas maneiras pelas quais essa palavra é usada corretamente ou incorretamente? Vou listá-los abaixo. Uma personalidade é um ser humano separado. O mesmo se pode dizer de um ser humano separatista. Mas é a definição mais pobre e superficialmente empregada, e é comumente empregue para considerar cada ser humano como uma pessoa. Por conseguinte, tal definição não é a verdadeira. A maioria são animais simples, com impulsos superiores indefinidos, que permanecem simples impulsos. Há aqueles que não são nem mais nem menos do que médiuns; Termo usado para designar aquele tipo de pessoa que segue cega e impotente o seu caminho, impelido pela sua densa natureza inferior de desejos, dos quais o corpo físico é apenas a expressão ou meio. São influenciados pela consciência, ideias e reações das massas; portanto, são incapazes de fazer qualquer coisa por iniciativa própria, mas são padronizados pelos complexos de massa, sendo, portanto, médiuns possuidores de ideias de massa; são arrastados pelos impulsos que lhes são impostos por professores e demagogos, e respondem sem pensar ou raciocinar a qualquer escola de pensamento — espiritual, oculista, política, religiosa ou filosófica. Permitam-me que repita que essas pessoas são meros médiuns e recebem ideias que não são suas nem que conceberam. Uma personalidade é aquela que age em coordenação devido aos seus dons, à relativa estabilidade da sua natureza emocional e a um sistema glandular completo e saudável. Isto é favorecido pelo seu desejo de adquirir poder e as condições ambientais adequadas. Tal condição pode ser encontrada em qualquer campo do empreendimento humano, tornando o homem um 144 bom capataz de fábrica ou um ditador, dependendo das circunstâncias, seu carma e seu tempo. Não me refiro aqui de forma alguma à desejável coordenação da alma e do corpo, que é o desenvolvimento posterior, mas simplesmente a um bom mecanismo físico, controle emocional sensato e desenvolvimento mental. Um desenvolvimento interior superlativo pode ter sido alcançado, e ainda assim ter um instrumento tão pobre no plano físico que é impossível conseguir coordenação. Nestes casos, o sujeito raramente afeta o seu ambiente, num sentido permanente ou poderoso. Não pode manifestar ou irradiar o seu poder interior porque é impedido de todas as formas pelo seu mecanismo físico. Um homem de muito menos desenvolvimento interno, mas com um corpo físico responsivo e glândulas que funcionam melhor, muitas vezes provará ser um agente eficaz e influente no ambiente. Uma personalidade é um homem que tem um sentido de destino. Tal homem possui força de vontade suficiente para submeter sua natureza inferior a tal disciplina que ele pode cumprir o destino que inconscientemente percebe. Essas pessoas constituem dois grupos e são: a. Aqueles que não estabeleceram contato com a alma e são levados a cumprir seu destino por um senso de poder, amor próprio, ambição exaltada, um complexo de superioridade e pela determinação de alcançar o cume. b. Aqueles que alcançaram em pequena medida o contato com a alma, cujos métodos e motivos são, portanto, uma mistura de egoísmo e visão espiritual. Seu problema é difícil, porque a medida do contato estabelecido com a alma traz à tona a força que estimula a natureza inferior, embora aumente o controle da alma. No entanto, tal controle não é forte o suficiente para subordinar totalmente forte a ponto de subordinar totalmente a natureza inferior. Uma personalidade é um ser humano plenamente integrado. Neste caso, temos um homem cuja naturezas físicas, emocionais e mentais podem fundir-se e, consequentemente, funcionar como um só, e assim produzir um mecanismo subordinado à vontade da personalidade. Isso pode ocorrer com ou sem o estabelecimento de contato definitivo com a alma. Nesta fase, você está predisposto a seguir o caminho da direita ou do da esquerda. A coordenação é realizada da seguinte forma: a. A coordenação da natureza emocional ou astral com o corpo físico. Em um sentido racial, isso ocorreu durante a era atlante; continua a ocorrer hoje entre os grupos inferiores da família humana. Deve ser o objetivo do desenvolvimento das crianças dos sete aos catorze anos de idade. b. A coordenação das naturezas física, astral e mental em um todo fundido. Em um sentido racial, tal coordenação está ocorrendo na raça ariana, e o processo terminará (para a humanidade) quando o Sol entrar no signo do zodíaco de Sagitário, assim como está entrando agora no signo de Aquário. Esta coordenação está a desenvolver-se rapidamente entre os membros avançados da família humana e deve ser o objetivo da formação de todos os adolescentes entre os catorze e os vinte e um anos. 145 c. A coordenação começa entre a alma e a personalidade; A alma concentra sua atenção na natureza astral ou do desejo. É a tarefa imediata dos aspirantes do mundo de hoje, e será o objetivo da corrida que sucede o ariano. d. A coordenação entre alma, mente e cérebro, excluindo o corpo da ilusão, o astral. Este é o objetivo peculiar dos discípulos do mundo. e. La coordinación que debe establecerse entre el alma, la personalidad purificada y la Jerarquía. Es la meta de los Iniciados del mundo en la actualidad, y la de todos los que se preparan para la primera, segunda y tercera iniciaciones. Esta culminación se alcanza finalmente en la Iniciación denominada Transfiguración. f. A coordenação entre a alma, a personalidade e o espírito. Ocorre através da Hierarquia das Almas - uma frase que só os Iniciados podem interpretar e entender corretamente. Este processo ocorre após a terceira iniciação. Um homem pode ser considerado realmente uma personalidade, quando a forma, o aspeto e a natureza da alma foram unificados. Quando a alma exerce influência sobre a personalidade e permeia todas as manifestações inferiores, só então a personalidade fará jus ao seu verdadeiro significado e constituirá a máscara da alma, a aparência exterior das forças espirituais interiores. Estas forças são expressões da alma, e a alma é a entidade central ou foco fundamental no plano mental da própria Vida de Deus. Essência, consciência e aparência são os três aspetos da divindade e do homem; quando a personalidade está plenamente desenvolvida, é a "aparição de Deus na terra". Vida, qualidade e forma, é outra forma de expressar a mesma triplicidade. Estas definições são muito simples e breves. Definições complicadas não garantem sua precisão e contornos claros de uma verdade muitas vezes se perdem em um labirinto de palavras. 1. Apropriação de Órgãos. Esta última definição leva-nos a considerar a questão dos relâmpagos. A personalidade é a fusão de três grandes forças e sua subordinação (depois de fundida) aos impactos da energia da alma. O impacto ocorre em três estágios distintos, ou "três movimentos impulsivos", como são chamados no ocultismo usando a palavra impulsivo no seu sentido verdadeiro e comum e não num sentido emocional e fanático. Esses movimentos impulsivos são: a. O impacto produzido pela alma no estágio da evolução humana que chamamos de individualização. Nesse momento a forma toma consciência daquele toque da alma, pela primeira vez. A terminologia esotérica chama-lhe "Toque de Apropriação". A alma, então, se apropria do veículo. A esta fase segue-se um extenso período de reajustamento, desenvolvimento e desenvolvimento graduais. Isto acontece no caminho da experiência, onde a alma se agarra ao seu instrumento, natureza ou forma inferior. Artigo 146.º ter. O impacto produzido pela alma devido aos problemas e pressões que surgem nas fases posteriores da experiência.  Durante esta fase, a necessidade premente e os problemas causados pelas forças opostas levam o homem a submeter-se a uma influência superior. Depois. Desesperado, invoca a alma e a fonte espiritual inerentes à sua natureza divina, até então inutilizada. Esse impacto é chamado de "Toque de Aceitação", e significa que a alma acessa a demanda da personalidade por ajuda e luz. Desta forma, a alma concorda em guiar a personalidade. Note-se que aqui me refiro à atitude da alma em relação à personalidade e não à da personalidade em relação à alma, como é comumente o caso. Este tratado trata especialmente das reações e atividades da alma, por meio da energia de seu raio, e de sua resposta à demanda das forças. -focado, combinado e integrado- da personalidade. c. O impacto da alma durante as diferentes e sucessivas iniciações, às quais o discípulo oportunamente se submete ao passar do quarto para o quinto reino da natureza. Esta etapa é chamada de "Toque de Iluminação", onde, ao reunir as forças da personalidade purificada e as da alma "que se aproxima", ela "gera uma luz que não se desvanece". Nestes três impactos: 1. o Toque de Apropriação no plano físico, 2. o Toque de Aceitação no plano astral, 3. o Toque de Iluminação no plano mental, a atitude adotada pela alma em relação ao seu instrumento que é preparado de forma acelerada é resumida de forma clara e concisa. O grande Toque de Apropriação reside racialmente no passado; o Toque de Aceitação ocorre no campo de batalha da natureza emocional, e o Toque de Iluminação é efetuado através da mente. As três primeiras iniciações são expressões desses três estágios ou impactos. Pode-se dizer também que as raças lemuriana, atlante e ariana também são expressões das reações do homem a essas três abordagens da alma. Na terceira iniciação, a alma e a personalidade fundem-se perfeitamente, de modo que a luz brilha e as grandes aproximações entre alma e forma se estabelecem. Neste ciclo particular e na atual raça ariana, a Hierarquia, como expressão do Reino das Almas, recapitula estes três passos inevitáveis, fazendo certas aproximações da raça humana. Portanto, a humanidade pode ser dividida em três grupos e relacionada às três principais abordagens: a. A Abordagem da Apropriação expressará o efeito que o estímulo atual produzirá sobre as massas não evoluídas. Milhares de homens e mulheres estão em processo de despertar e durante os próximos anos passarão a ter consciência 147 da alma, que está intensificando em cada indivíduo a apropriação iniciada na crise lemuriana de individualização; Esta antiga atividade repete-se novamente, como um esforço necessário de recapitulação. Tudo isso está hoje, quase inteiramente, na esfera da consciência. A grande apropriação ocorreu há milhões de anos. Um grande despertar ocorrerá hoje na consciência sobre o significado do que era então principalmente um grande evento físico, e as massas estarão conscientes em sua consciência cerebral dessa apropriação primitiva. Isso ocorre em virtude de uma nova abordagem da alma e seu avanço em direção ao seu reflexo, a personalidade; que produz, ao longo do tempo, o consequente reconhecimento pelo homem. b. A Abordagem da Aceitação será igualmente reconhecida pelos filhos de homens inteligentes e altamente evoluídos, que perceberão a relação entre suas personalidades e a alma e entre as forças da natureza inferior e a energia da alma. Esta tarefa em particular é ocupada principalmente pelo Novo Grupo de Servidores do Mundo, se suas atividades forem consideradas do ponto de vista da Hierarquia. O trabalho deste grupo é facilitar a entrada da energia da alma, que se expressa como amor e boa vontade; Isso, por sua vez, resultará em paz individual, racial e planetária, e desenvolverá o grande aspeto grupal da aproximação que está ocorrendo atualmente. c. A Abordagem Iluminista leva o discípulo através do Portal da Iniciação; É o efeito da mesma energia que age sobre as personalidades dos discípulos do mundo e transforma o seu espírito de aspiração na luz da iniciação. Os Mistérios do mundo, da carne e do diabo (para usar a terminologia simbólica do cristianismo) devem ser rapidamente transmutados nos Mistérios do Reino de Deus, na energia da alma e na revelação da divindade. O segredo oculto do lótus invertido (o mundo) deve ser revelado pelo lótus aberto do reino da alma. O segredo da carne, que é a prisão da alma, é revelado pelo perfume que o lótus exala da alma quando se abre. Ver-se-á oportunamente que o mistério do diabo é a luz do semblante de Deus que revela o indesejável e deve ser modificado e rejeitado, transformando assim a vida pela luz que brota da natureza de Deus.  Será útil estudar estas três abordagens da alma - individual e hierárquica - para refletir sobre elas e passar por treinamento, para que possamos obter os reconhecimentos necessários. Reflitamos também sobre as seguintes triplicidades: 1. Consciência de massa Autoconsciência Consciência de grupo, que a seu tempo, levam à 2. Apropriação Aceitação Iluminismo através das etapas raciais do 3. Experiência Lemuriana, Experiência atlante, Experiência ariana e os estágios individuais da 4.Experiência Iniciação ao discipulado. Estes conduzem, por sua vez, a 5 etapas. Discipulado Racial Probacionista Iniciação Racial e Iniciação Individual 6. O Estagiário O Discípulo O Iniciado 148 levando ao longo do tempo a 7. O Novo Grupo de Servidores do Mundo A Hierarquia O Reino de Deus. Um estudo comparativo desses estágios e fases revelará o modo como a revelação surge entre o ego e a personalidade, e é o traço característico entre os dois, e no que diz respeito ao aspirante é o foco ou concentração do aspeto da vida. Na personalidade, o foco da consciência está na Forma. Na individualidade, o foco é transferido para a Alma. Tudo depende de onde está o centro das atenções. "As abordagens" que se originam entre a alma e a personalidade são os processos de relacionamento durante os períodos de transição. No que diz respeito à raça, elas são chamadas de grandes Abordagens da Hierarquia e representam a alma da humanidade dentro da forma racial.  O Novo Grupo de Servidores do Mundo é o grupo de homens e mulheres que responderam tanto a uma dessas abordagens maiores. Uma vez feito isso, eles se tornaram um grupo de ligação ou ligação entre a Hierarquia e a raça, facilitando assim a tarefa da Hierarquia planetária. Hoje é possível revelar essas Abordagens enquanto elas estão sendo realizadas. Na primeira Grande Abordagem que ocorreu no tempo da Lemúria, quando a raça dos homens era individualizada, apenas os membros da Hierarquia estavam conscientes do propósito. Aqueles a quem ela se aproximou vagamente registaram um profundo anseio por coisas melhores. Assim nasceu a aspiração, a aspiração consciente, se tal palavra pode ser usada, em conexão com o vago anseio do homem animal. Hoje o progresso alcançado como efeito da evolução é tal que muitas pessoas podem e fazem conscientemente registar a influência da alma e a abordagem da Hierarquia. Essa capacidade de registar a Abordagem, ou Toque de Iluminação, deve-se em grande parte à obra bem-sucedida do Cristo quando Ele desceu à Terra há dois mil anos. Ele nos familiarizou com a ideia de divindade – um conceito então inteiramente novo no que diz respeito ao homem. Ele preparou o caminho para uma próxima aproximação em larga escala do reino das Almas, através da Hierarquia e seu agente hierárquico, o Novo Grupo de Servidores do Mundo. Talvez isso transmita alguma compreensão de um aspeto da obra de Cristo que muitas vezes é esquecido.  À medida que o sétimo raio se manifestar, a aproximação entre dois reinos superiores, o dos homens e o das almas, será facilitada, porque o desejado trabalho mágico de produzir e estabelecer relações começa a se desenrolar. A tarefa do Raio da Ordem Mágica será desenvolver sensibilidade para uma dessas Abordagens maiores que está sendo tentada atualmente. Só à medida que a história se desenrola e quando, mais tarde, aprendermos a natureza surpreendente da época pela qual a raça está a passar, é que a humanidade poderá apreciar o significado da tarefa da atual Hierarquia e a magnitude do sucesso alcançado desde 1925, como resultado do impulso iniciado e instituído em 1875.  É desnecessário dizer mais nada sobre este ponto, a não ser indicar que os primeiros resultados do trabalho realizado durante o Festival Wesak de 1936 e a resposta da humanidade, justificariam a esperança depositada no sucesso. Continuemos confiantes e preparados, sem medo nem incertezas, preservando o que foi obtido pelo esforço feito no passado (juntamente com todos os servidores do mundo), que nos proporcionará um ponto focal positivo para transmitir energia espiritual. 149 Antes de prosseguir com o estudo do Raio da Personalidade, seria sensato acrescentar algo mais às informações dadas sobre as três Abordagens da alma, ou os três Toques, que são os agentes transformadores e iniciadores da vida da personalidade. Os alunos farão bem em lembrar que uma atividade análoga, refletindo as atividades do Eu superior, deve ser sempre realizada na vida do Eu inferior. Assim como a alma faz três abordagens ao seu instrumento ou reflexo, o ser humano, da mesma forma a personalidade integrada, aproxima-se de estabelecer a união com a alma por meio de três toques semelhantes ou relacionados. Será útil desenvolver um pouco mais sobre este assunto. A atividade correspondente da personalidade na Abordagem da Apropriação é o resultado da reorientação e reajustamento que ocorre na vida da personalidade quando esta se encontra no caminho da provação. Então o aspirante individual, depois de muita luta e grande esforço, de repente e por um instante "toca" o nível da alma e assim conhece o significado da expressão "contato com a alma". Tal contato não é mais um desejo, uma visão, uma crença teórica ou uma esperança, mas uma experiência e um fato. Os termos "contato com a alma" e "sentir a qualidade vibratória da alma" são frases que são frequentemente usadas. Seria valioso para os alunos aprenderem a apreciar que "em meditação profunda" eles de repente reconhecem e estabelecem uma certa relação; A personalidade respondeu – pela primeira vez – de tal forma que a "apropriação" do instrumento efetuado pela alma (chamada individualização), é repetida pela personalidade, apropriando-se da alma inspiradora e influente. Esta experiência marca um momento significativo na vida da alma e da personalidade; O homem não será mais o mesmo, pois participou de uma atividade da alma. Este grande evento, visto deste ângulo, deve lançar uma nova luz e infundir um novo espírito empreendedor quando o aspirante pratica meditação. Assim como a alma por uma atividade planejada é individualizada em uma forma humana, também o aspirante probacionista, como resultado de uma atividade planejada, dá os primeiros passos para individualizar-se em uma forma espiritual. A mudança da consciência de uma natureza corpórea para um corpo "não feito com as mãos e eterno no céu" ocorre. O eu inferior repete a atividade do eu superior. Um evento no caminho ascendente explica o significado do que ocorreu no caminho descendente. Diz-se que decorre muito tempo entre a primeira iniciação e a segunda (onde a Crise de Apropriação culmina no caminho ascendente). Há aqui também uma analogia de eventos primitivos, há muito tempo decorrido desde que a individualização tecnicamente compreendida que foi a primeira grande aproximação da alma ocorreu nos dias da Lemúria ou em crises anteriores no planeta morto, a Lua. Assim como a forma do homem animal teve que atingir um certo grau de desenvolvimento, também a forma humana hoje tem que atingir o nível de integração da personalidade antes de poder repetir conscientemente a Abordagem da Apropriação. Depois, ocorre na vida do aspirante um período em que ele passa do caminho da provação para o do discipulado, fruto da atividade que, na vida da personalidade individual, é o reflexo da Abordagem da Aceitação, que ocorre no campo de batalha do plano astral. Lá, o discípulo aceita conscientemente o inevitável processo de transmutação que deve ocorrer antes que a personalidade possa se tornar um instrumento adequado para a alma. Fique entre pares de opostos, aprendendo o segredo da dualidade e fixo no ponto médio, como Arjuna, Procura a saída e, eventualmente, aceita a tarefa que tem pela frente. Esta é a etapa da submissão, à qual todo discípulo se submete. 150 Através da aceitação, o aspeto astral da personalidade é alinhado com o propósito divino da alma interior, que não é uma submissão fraca e negativa ou uma aceitação dolorosa e afável da chamada Vontade de Deus, mas a posição ou atitude positiva e dinâmica, no campo de batalha da vida. Esta atitude reconhece, corretamente, como fez Arjuna, as exigências dos dois exércitos (a do Senhor e a da Personalidade) e, embora aceitando a realidade do caso, o discípulo permanece firme e esforça-se o melhor que pode para obter o privilégio da compreensão e da atitude correta. Assim como a alma em dias distantes concordou e deu o "toque de aceitação" à obrigação assumida, quando se deu a aproximação da apropriação, E as exigências da personalidade à alma tornaram-se cada vez mais definidas, agora a personalidade inverte o processo e reconhece as exigências da alma. Isso marca, como se vê, uma etapa bem definida na vida do aspirante, produzida pelo infeliz sentimento de dualidade, causa de desconforto e sofrimento na vida de cada discípulo. Este ponto do Caminho é onde muitos discípulos bem-intencionados falham. Em vez de permanecerem firmes em seu ser espiritual e tomarem uma posição resoluta no caminho do meio entre pares de opostos, intensificando o toque de apropriação e tentando realizar a abordagem da aceitação, caem na ilusão de autopiedade, que impede o processo de apropriação. Então, um terrível conflito ocorre ao tentar mudar o assunto de sua vida; os discípulos esquecem-se de que este tema é a personificação do Verbo da alma numa determinada encarnação e que nenhum tema - que traz à existência certas condições - proporcionará as circunstâncias certas e necessárias para o desenvolvimento pleno e total. Os discípulos ficam tão absorvidos pelo assunto que esquecem o autor. O ensaio dramático, por parte da personalidade, de alcançar a Aproximação ou Toque de Iluminação (realizado pela alma) ocorre no Caminho da Iniciação. Ele foi representado pelo Buda quando recebeu iluminação e se tornou o Iluminado. Há um ponto peculiarmente interessante, que talvez possa ser esclarecido. Deus ou qualquer palavra que Ele use para designar o Criador de tudo o que existe, reproduz constantemente para Seu povo essas abordagens dramáticas. Ao fazê-lo e à medida que a história se desenrola, dois grandes tipos de Avatares devem surgir e inevitavelmente surgiram. Há, antes de tudo, aqueles que encarnam em si mesmos as grandes aproximações da alma. Haverá (peço que observem a mudança no tempo do verbo) aqueles que personificarão abordagens ou atividades humanas análogas às realizadas pela personalidade nas abordagens da alma. Estes são denominados em termos esotéricos, "os Avatares de descendência logoica no Caminho radiante de..." e "os Avatares de descendência divina no Caminho da Vindicação". Não consigo traduzir estes termos com mais clareza, nem encontrar palavras adequadas que qualifiquem o caminho radiante. No Caminho das Abordagens Descendentes, o Buda, de e no plano mental, personificou em Si mesmo a iluminação resplandecente, resultado de um evento raro - o Toque Cósmico. Desafiei os povos a trilhar o Caminho da Luz, do qual o conhecimento e a sabedoria são dois dos seus aspetos. Quando ambos estão relacionados, produzem luz. Portanto, de uma forma curiosa e esotérica, o Buda personificou em Si mesmo a força e a atividade do terceiro raio, terceiro aspeto da divindade - o divino princípio cósmico da Inteligência que, fundindo-se com o raio do nosso sistema solar (o raio do Amor), o Buda expressou perfeitamente o significado da luz na matéria,  o princípio da inteligência, tal como encontrado na forma, e era o Avatar que continha em Si mesmo. 151 Mesmo as sementes maduras do sistema solar anterior. Não se deve esquecer que o nosso atual sistema solar, tal como descrito no Tratado sobre o Fogo Cósmico, é o segundo de uma série de três. Então veio o próximo grande Avatar, o Cristo, que abraçou em Si toda a sabedoria e luz – que o Buda (e no sentido oculto e espiritual havia alcançado a plena iluminação) no Caminho da Abordagem Descendente Ele também personificou a paz inclusiva que vem do Toque da Aceitação Divina. O Cristo encarnou a força da submissão e trouxe a aproximação divina para o plano astral, o plano do sentimento. Deste modo, estes dois grandes Filhos de Deus estabeleceram duas estações principais de energia e duas estações centrais de luz, e facilitaram grandemente a descida da vida divina à manifestação.  O Caminho está agora aberto, para que seja possível a ascensão dos filhos dos homens. Em torno das duas ideias de descendência divina e correspondente ascensão humana, a nova religião deve ser erguida. Centros de força foram estabelecidos por causa do trabalho realizado pelos vários Salvadores do Mundo.  Com o passar do tempo, a humanidade deve entrar em contato com esses centros de força, repetindo individualmente (em pequena escala) as aproximações cósmicas ou toques da divindade, dramaticamente dirigidos pelos Avatares cósmicos, o Buda e o Cristo. O Cristo, porque Ele é o Primeiro Iniciador, Ele se aproximou da humanidade porque concentrou a energia divina no plano astral, através de Sua aceitação divina. Estes dois centros de força, de um certo ponto de vista, constituem os Templos da Iniciação, pelos quais todos os discípulos devem passar. Este evento será o tema da nova religião que está por vir. Durante a época lemuriana, a raça humana penetrou nestes Templos na grande Abordagem Cósmica da Apropriação. Na era atlante, alguns dos filhos dos homens mais avançados penetraram, e muitos mais penetrarão no futuro imediato, enquanto um certo número será elevado à imortalidade; Mas, para uma grande maioria, do ponto de vista da raça, a iniciação futura consistirá em penetrar em vez de ser elevada.  Não me refiro aqui às chamadas cinco grandes iniciações, mas a certos eventos de grupo que são predominantemente de caráter cósmico.  As grandes iniciações, objetivo do esforço humano, são de natureza individual e constituem, por assim dizer, um período preparatório para expansões da consciência. Houve, se me é permitido dizer assim, sete passos ou abordagens na vida de Deus, nos domínios sub-humanos anteriores à Abordagem da Apropriação, quando a humanidade se individualizou. Há, como bem sabemos, cinco iniciações para discípulos do mundo, que são passos para a Aproximação da Aceitação, que será possível dar no nosso planeta em pouco tempo. Depois de ter dado os sete e cinco passos, mais três passos devem ser dados, antes que seja possível, num futuro muito distante, obter a Abordagem cósmica da Iluminação. Deste modo, a humanidade penetra no Tribunal exterior do amor de Deus, passa para o Santo Lugar e eleva-se ao Lugar Secreto do Altíssimo. Mais tarde aparecerá o Avatar que encarnará em Si toda a iluminação do Buda e todo o amor disciplinado do Cristo. Ele também personificará a energia que produziu a Abordagem da Apropriação, e quando Ele aparecer, a grande apropriação, pela humanidade, de Sua divindade reconhecida ocorrerá e uma central de luz e poder será estabelecida na Terra 152 que permitirá exteriorizar os Mistérios da Iniciação. Esta abordagem é a causa dos distúrbios atuais, pois o Avatar já está a caminho. Muito do que foi dito acima significará muito pouco para aqueles que ainda não estão no caminho do discipulado aceito. Aqui tratamos de alguns dos principais mistérios, mas um mistério só permanece como tal, quando a ignorância e a incredulidade prevalecem. Não há mistério onde haja conhecimento e fé. O advento do Avatar, que fundirá em Si mesmo os três princípios da divindade, é um evento futuro inevitável e, quando aparecer, "a luz que sempre existiu será vista, o amor que nunca cessa será compreendido e o esplendor profundamente oculto passará a existir". Então teremos um mundo novo, um mundo que expressará a luz, o amor e o conhecimento de Deus. Estes três Templos dos Mistérios (dos quais dois já existem e o terceiro aparecerá mais tarde), estão relacionados com cada um dos três aspetos divinos, fluindo através deles a energia dos três raios principais. Nas abordagens correspondentes da humanidade ao caminho ascendente, a energia dos quatro raios menores de Atributo confere o poder para a abordagem necessária. Através do trabalho ativo e da orientação dos "guardiões presidentes" desses templos, o quinto reino da natureza passará a existir. No Templo do plano mental o Buda preside, e aí Sua tarefa inacabada será consumada. No Templo do plano da emoção sensorial e da aspiração amorosa, Cristo preside, porque é o Templo dos processos iniciáticos mais difíceis. A razão desta dificuldade e da importância deste Templo é porque o nosso sistema solar é um sistema de Amor, de resposta sensorial ao amor de Deus, e onde essa resposta se desenvolve através da faculdade inata do sentimento ou da sensibilidade. Isto exige a colaboração de um Filho de Deus que incorpore dois princípios divinos. Mais tarde virá um Avatar, que não alcançará a plena iluminação do Buda, nem a plena expressão do amor divino do Cristo Mas ele possuirá uma grande medida de sabedoria e amor, além do "poder de materializar", que lhe permitirá estabelecer no plano físico um centro de poder divino. Sua tarefa será, em muitos aspetos, mais difícil do que a dos dois Avatares precedentes, porque Ele carrega dentro de Si não apenas as energias dos dois princípios divinos já "devidamente enraizados" em nosso planeta por Seus dois grandes Irmãos, mas Ele também possuirá em Si muito do terceiro princípio divino, até então não utilizado em nosso planeta. Ela manifestará a Vontade de Deus, e sobre isso nada saberemos ainda. Sua tarefa será tão difícil que o Novo Grupo de Servidores do Mundo está sendo treinado para ajudá-lo. Assim, Ele introduzirá na terra um aspeto do princípio do primeiro raio. Tudo o que o aluno pode compreender é que o Plano será o impulso dinâmico desta terceira e vital energia que penetrará no pátio exterior do Templo e constituirá um Templo de Iniciação no plano físico, exteriorizando em certo aspeto as atividades da Hierarquia. Então a primeira iniciação na terra terá lugar e deixará de ser um segredo velado. Esta é a iniciação do pátio exterior, onde se dará a aproximação da alma no Caminho Descendente à manifestação e a consequente apropriação, pela personalidade, da energia divina conferida no Caminho Ascendente. No Lugar Sagrado é onde ocorre a segunda iniciação, que será conferida algum dia no plano astral, quando a ilusão que ali prevalece se dissipa parcialmente. Cristo preside a esta segunda Iniciação e, como já foi dito, é para nós a mais difícil 153 e a mais transformadora das iniciações. A aceitação da alma às exigências da personalidade para alcançar a vida espiritual e a submissão da personalidade à alma, chegam aí à sua consumação. Finalmente, virá a iniciação da Transfiguração, na qual a luz entrará e o Toque da Iluminação será conferido, e a alma e a personalidade serão reveladas como uma só. Este processo também requer a ajuda do Buda e a inspiração do Cristo, e é "secretamente guardado" pelo Avatar do plano físico. O precedente contém uma dica sobre o que acontecerá quando houver nas personalidades humanas um constante despertar e ação ativa. A vinda acelerada do Avatar que estabelecerá a luz central e o poder no plano físico depende do rápido desdobramento e surgimento de personalidades integradas que amam, pensam e servem. Uma nova dica foi dada aqui sobre um dos aspetos mais esotéricos do trabalho do Novo Grupo de Servidores do Mundo e também sobre por que este tratado sobre os Sete Raios foi escrito. A compreensão dos raios e das forças motrizes dentro e através da personalidade e com as quais a personalidade tem de trabalhar foi essencial para que este terceiro Avatar, proveniente de fontes cósmicas, realizasse o seu trabalho. Procurámos, assim, expor algo sobre os problemas de personalidade do ponto de vista de coisas mais importantes.  Como manda a lei oculta, começamos com a relação que existe entre forma e alma, com a descida da vida e a ascensão dos filhos de Deus, e agindo sob a mesma lei trouxemos o pensamento para a realidade da Hierarquia, e sua relação com o Novo Grupo de Servidores do Mundo. As informações dadas até agora sobre a iniciação consistiram principalmente nas relações entre o homem individual, a alma e a Hierarquia. Algumas implicações de grupo são descritas aqui. O Novo Grupo de Servidores do Mundo relaciona-se com a Hierarquia como corpo a alma; Por sua vez, como um grupo de almas, eles estão igualmente relacionados com a família humana. Portanto, temos: 1. A alma o corpo. 2. O Quinto Reino O Quarto Reino. 3. A Hierarquia O Novo Grupo de Servidores do Mundo. 4. O Novo Grupo de Servidores Mundiais da Humanidade. 5. Uma alma, uma personalidade. Uma entidade desce para uma entidade ascendente, à qual está relacionada (falando em termos de abordagem em duas direções). Isto é devido ao impulso divino e aspiração humana, e ambos agem de forma semelhante a: 1. A Lei do Carma. 2. A Lei da Necessidade. 3. A Lei dos Ciclos. 4. A Lei da Atração.



(continua)

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