Johnny Johnny
Bom dia,
Hoje o sol está encoberto. O sol não quer sair, mas acredito que em várias partes do país, ele já esteja a queimar, a reinar no seu esplendor. Noutros países, a provocar muitos danos e mortes, a matar florestas e animais e pessoas deslocadas das suas casas. Este astro, no seu lado excessivo mata, tanto como as armas.
Ontem, o meu dia foi tão mau que tive um colapso nervoso, no final do dia. Tão mal me sentia que nem o meu filho mais velho aguardei. Tive que tomar pastilha para adormecer e não pensar mais nesta vida que teima em ser madrasta. Hoje já o vi e já estive com ele. É o único acordado e a ver tv.
Hoje seria um dia para celebrar pois completo cinquenta e cinco anos. E pergunto-me que tenho eu para celebrar. Ter saúde e ter dois filhos e um irmão saudáveis é isso que vou festejar hoje, porque quanto ao resto, não há mais nada a celebrar. E pedi a Deus, ontem, roguei, implorei e zanguei-me com ele. Nada me prende aqui, nem os filhos que estão crescidos, que estão na vida deles. E a minha própria vida é triste e inútil. Inútil. A dor é inútil. Tento listar o que me prende. Nada me prende mais aqui, neste plano. Não sou de cá. Não sou. E essa certeza não me traz alívio, ao contrário. Que Deus sabe e não me leva. Ah, pudesse um enfarte fulminante me levar como um pássaro ao voo final.
Hoje é um dia em que terei que reunir forças para sorrir e para me arrastar ao que os meus esperam de mim. Já nada espero. Nada! Só o doce alívio.
A vida é para ser vivida com alegria. E eu já não tenho mais alegria. Sumiu-se. Enquanto aqui estiver, sou só um problema e eu quero ser uma solução para os meus. O suicídio não é solução, mas antes a partida por merecimento e eu creio que já o mereço. Assim, nem sempre os que cá estão são felizes. E o dia está de acordo comigo, até os meus animais estão apáticos! Digo-vos que viver todos os dias cansa! Os que me querem mal já muitas vezes me desejaram a partida. Vocês ganharam. Quem deseja ir embora sou eu! Felicidade, nenhuma.
Gozem o dia em homenagem à pessoa que quereis tanto mal. Reúno-me a vós hoje, nesse pedido a Deus! Que venha a dita e me fulmine deste plano. Eu também não pretendo estar por cá muito mais tempo! A vida me dirá se mereço ou não ir. Acreditem, caros inimigos, hoje sou minha inimiga também. Que a minha partida possa acrescentar anos à vossa vida, que possam aprender a ser gente. Porque, para mim, vocês ainda não aprenderam nada! E que falta faz o chicote na vossa língua, nas vossas ações! Que falta faz Deus nas vossas vidas.
Peçam ao supremo, façam mais bruxarias, mas das mortais! Peçam com fervor, tal como eu peço neste momento o fim. Quem sabe, Deus finalmente me concede o meu desejo! Estes blogs servem para as minhas catarses! Tal como um diário.
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