Matza di Lourde & Johnny Clegg and Savuka
não ondulem a nossa paciência e deixem-na quieta em descanso,
como se em vinha d'alhos pudesse atingir o ponto do não-descambamento
que isto de andarem a inventar novas formas à democracia, a simulação
é coisa velha que cheira a mofo;
e os donos do mundo escravizam crianças e aos grisalhos, metem-nos amordaçados
nos asilos, como peste que só importa em dia de eleições;
as trafulhices e bancos, banqueiros, gestores, diplomatas e empresários distintos -
porque usam gravata e estão isentos e nos grandes assaltos em negócios legais
que vão além do nosso conhecimento, de uma opacidade que nos provoca e nos magoa
os interesses políticos e económicos a par com as injustiças e
disparidades que nos matam devagar,
e nós que treinamos por anos e anos o pacifismo e a intervenção de sofá.
Mansos, que vivem entre futebol e putas, entre negociatas
e fundações desumanas;
A caridade continua a ser mediática, disfarçada de solidariedade,
um tapete de fariseus na entrada da nossa sala mais liberal
Neste treino de autocontrolo, perante a ineficácia, nos
revemos só impulsos e ímpetos
de esganar toda a solene hipocrisia. já vos disse,
não lhe mexam, não lhe bulam,
não lhe toquem, na era dos tansos e tachos,
há que provar do mesmo que nós
que andamos há décadas a ensinar-lhe mezinhas
e pozinhos de perlimpimpim
e demos tapetes vermelhos
e temos vergonha porque eles já não têm;
nem sentido de Estado e nem carácter.
a democracia doente come na suja pocilga,
alimenta e subsidia a sua própria família, amigos
e outros que tais, protegidos do sistema
desmancha-se a esperança entre novas e velhas crenças,
cunhas, compadrios e berbicachos
Nunca o homem social foi tão porco e soberbo como hoje,
tão próximo do seu abismo pessoal.
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