HELENA BLAVATSKY: RELÍQUIAS PERDIDAS PARA SEMPRE

 

Hoje existe um bom conhecimento do guano peruano ( huano ) acumulado nas ilhas do Pacífico e na costa sul-americana. É o precioso fertilizante composto por excrementos de aves marinhas, misturados com seus corpos em decomposição, ovos, restos de focas, etc. Humboldt foi o primeiro a descobri-lo em 1804, chamando a atenção do mundo para o assunto. Ao descrever os depósitos que cobrem as rochas graníticas de Chincas e outras ilhas, atingindo profundidades de dezenas de metros, afirma que a acumulação dos 300 anos anteriores, desde a conquista, tinha-se formado apenas com alguns centímetros de espessura. Portanto, quantos milhares de anos foram necessários para constituir este depósito de vários metros é uma simples questão de cálculos. A este respeito, citaremos algo de uma descoberta discutida em “Antiguidades Peruanas”. [1] “Nas Ilhas Chinca, a uma profundidade de cerca de vinte metros abaixo do solo, foram descobertos ídolos e embarcações de pedra; enquanto a uma dúzia de metros de distância foram encontrados ídolos de madeira. Abaixo do guano, nas Ilhas Guanapi, ao sul de Truxillo e Macabi ao norte, foram encontradas múmias, pássaros, ovos de pássaros e enfeites de ouro e prata. Em Maccabi, os agricultores encontraram algumas grandes e valiosas vasilhas de ouro que partiram, distribuindo entre si os fragmentos, apesar de lhes ter sido oferecido o peso correspondente, em moedas de ouro. Assim, estas relíquias de grande interesse para a ciência foram perdidas para sempre. Quem conseguir determinar os séculos necessários para que vinte metros de guano sejam depositados nestas ilhas, tendo em conta que desde a conquista, há 300 anos, não se notou nenhum aumento apreciável na espessura, pode dar-nos uma ideia da antiguidade. dessas relíquias.”

 

Se nos atermos a um cálculo estritamente matemático, atribuindo 12 linhas a cada polegada [2,54 centímetros] e 12 polegadas a um pé, e atribuindo uma linha a cada século, seremos forçados a aceitar que os fabricantes destes preciosos vasos viveram há 864 mil anos, anos! Mesmo deixando uma ampla margem de erro e atribuindo duas linhas para cada século, chegamos a uma civilização que existiu há 72 mil anos, que é comparável e em alguns aspetos superior à nossa, se considerarmos as suas obras públicas, a durabilidade dos edifícios. e a grandiosidade dos edifícios.

 

(Helena P. Blavatsky)

 

OBSERVAÇÃO:

 

[1] Texto publicado pelo Sr. ER Heath, na “Review of Science and Industry”, de Kansas City, em novembro de 1878. (Nota de HPB)

 

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Fragmento do artigo “Uma Terra de Mistério - Eu”, que pode ser lido na íntegra aqui: https://www.filosofiaesoterica.com/una-tierra-misterio-i/ .

 

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