O CARÁTER DOS MAHATMAS TEOSÓFICOS
Nunca se deveria acreditar que os Mahatmas são criadores; eles são apenas inspiradores e educadores. Com seu olho espiritual perfeito, eles são capazes de distinguir o menor lampejo de espiritualidade que brilha no coração humano e não perdem a menor oportunidade de atiçar a chama da vida e da atividade. Os suicidas espirituais, ou os indiferentes culpados, que se satisfazem com virtudes negativas, são os únicos que escapam completamente à influência benéfica dessas grandes almas.
O caráter dos Mahatmas tem, sem dúvida, a sua parte humana, mas esta está tão intimamente unida à sua natureza espiritual superior que ninguém que tente separar as duas partes do seu ser será capaz de compreender bem qualquer uma delas. As plausibilidades vulgares que tanto desempenham um papel na nossa vida quotidiana não existem na atmosfera serena em que habitam. As convenções comuns, tantas vezes confundidas com a própria vida, não têm lugar na vida verdadeira. Querer abordar os Mahatmas deste lado é uma perda de tempo. Eles não consideram o homem exterior, seja ele alto ou baixo, rico ou pobre, culto ou rude; O olho espiritual penetra a máscara externa da existência e percebe as fontes internas do nosso ser. Mas, embora tenham sob sua vigilância o plano da alma de cada indivíduo, são incapazes de ajudar alguém além dos limites de seus próprios méritos cármicos. Os Mahatmas são os colaboradores da Natureza e não os seus subversores.
(Mohini Chatterji e Laura Holloway)
000
Fragmento do livro “Homem: fragmentos de uma história esquecida”, de Mohini Chatterji e Laura Holloway, Editorial Teosofica Esperia, Argentina, 2016, pp. 135-136. Livro original completo: https://www.carloscardosoaveline.com/el-hombre-fragmentos-una-historia-olvidada/
000
Comentários