Atos falhos & A chave do acerto
O tempo sempre foi uma invenção útil da matrix. Serve "Deus e o Diabo". Não existe. Ou, por outro lado, existe, servindo a todas as ilusões e servindo a todos os mestres das ilusões. Que somos nós.
Quando olhamos o mundo à nossa volta, é impossível acreditar que falhamos até aqui. No crucial. E no acessório. O que foi sendo construído em cima desse velho dogma do relógio que escraviza, segmentando as nossas vidas, atravessando-se na imposição de limites e arbitrando as prioridades, de uns e de outros. Estamos a viver nesse regime. O Cronos tornou-nos domesticados pelo seu lado negativo. O da imposição de dogmas. Somos dóceis em acatar as ideias e regimes dos outros. Damos valor a festas e datas santas móveis calendarizadas que compõem tal regime, como se a nossa vida dependesse disso. Marcamos férias, adiantamos e atrasamos relógios. Só ainda não podemos alterar as estações do ano ou já o teríamos feito (tenham calma, muitos já inventaram máquinas para produzir neve e chuva, sol e fogo e quem sabe, até ouro, sem nunca aventarem a maior probabilidade de destruição massiva de todos). A era nuclear já iniciou há muito. Nunca se esqueçam dos inventos criados e usados pelo avesso da nossa soberania. Essa parte negativa em nós é uma corda que vem do princípio dos tempos impor-se na vida, assim que ela começa, o start, para nos catalogar o sexo, a respiração e os ais suprimidos das nossas expetativas e limitações. Desde sempre que o homem tenta manipular essa corda do tempo para aquietar massas humanas, para se substituir a Gaia, numa tentativa vã de endeusamento. Todos nós somos Deuses e tudo o que colhemos faz parte do coletivo, as nossas ações estão imbuídas umas nas outras, como se fossemos peças de puzzle que haveremos de encaixar no grande jogo da vida humana. Se, por um lado, somos capazes de construir alicerces, para as gerações vindouras encontrarem forma de se desenvolverem, no caminho evolutivo, ótimo, se, por outro lado, estamos a criar o monstro para dizimar os que aí vêm, organizem as ideias. Tudo o que semeamos, colheremos mais tarde, se não nós, os nossos descendentes. O coletivo é uma massa perigosa porque moldável, influenciável e destitui-se voluntariamente em troca de muito pouco. Umas férias no pacífico, um emprego melhor, uma promoção, uma griffe, uma casa nas montanhas, um cruzeiro pelo mundo, tudo gira em torno do consumível e da aparência fácil de um destino apoteótico. Ter. A apoteose é mediática, é daltónica e enviesada. Não se esqueçam, porém, outros valores mais altos se erguem em prole do todo. O Todo Poderoso dos outros aproveita-se da nossa desorientação e inconsciência, organizado e governado por interesses, sobretudo económicos e políticos, usa a sua influência master para defender, difundir e incluir dinâmicas onde salvaguardam a sua pele. São lobbies desinteressados no Todo, e particularizam os seus sucessos no seu umbigo e nos umbigos dos próximos a quem podem chamar de seus (seus familiares, amigos, empregados, escravos, alvos e claro, os seus queridos offshore), e se alguém acreditar no pai natal e no coelhinho da Páscoa, ótimo para eles. Assim revendem os seus ovos de oiro de uma galinha cada dia mais decrépita. Dá jeito a esses "donos do poder" que acreditem em tudo isso, que acreditem que vós não tendes poder. Vós sois o alvo escolhido, o elo mais fraco, eles ganham força nessas crenças velhas e tão úteis para produzirem a matéria-prima dos seus dias de glória, das nossas desgraças. Desmontem as crenças, peguem em sabedoria popular e sigam-na até a converterem em elementos individuais, pensem, usem o cérebro que vos foi dado e façam as vossas escolhas mediante as vossas ideias. Não se vendam. Não se tornem clones da apatia e da frivolidade. Em terra de cegos, quem tem olho é rei, parafraseando uma partícula da imensa sabedoria popular. José Saramago já dizia o mesmo no seu ensaio sobre a cegueira. E Platão, na alegoria da Caverna. Sirvam os senhores do capital, sejam obedientes, frios, calculistas, egocêntricos e descartáveis. E cegos, claro. Sobretudo cegos. Todos os que se destituem do uso do seu poder, cedendo-o a outro, não importa se é um partido político, se um sindicato, se uma instituição, se uma religião ou seita, se um aglomerado comunista, fascista ou socialista estão a contribuir para a continuação destas políticas desumanas. A democracia não existe, embora tenha vindo a servir a maioria, contra os extremos da direita e da esquerda, contra a intolerância e a xenofobia, contra a imigração e pobreza generalizada.
São várias as verdades extraídas nas sociedades que conhecemos por intermédio da História e várias estórias que se cruzam até a concebermos como uma forma de aprender lições para extirpar erros humanos. E continuamos a repetir ciclos, como se nunca tivéssemos passado por ali. Fazendo o mesmo, era após era, geração após geração. Os deja vus são, aparentemente, mais que um chavão e só são bonitos porque não se constrói uma critica eficaz para açaimar ao significado menos bom deles. Não nos tem servido de muito a velha História e nunca fomos tão ignorantes quanto agora. Tudo nos é acessível, o conhecimento ilimitado e, no entanto, as experiências são postas de coisa nenhuma, inúteis, ou seremos nós que nos permitimos ser reduzidos a uma microescala de estupidez, tão oposta ao poder que temos de transformar o mundo?
O mundo está aí, velho e novo, belo e terrífico, nas eternas dicotomias. Pergunto-me porque falhamos nas escolhas, porque entregamos a nossa capacidade de criar à servidão, à obediência cega, porque não ensinamos os nossos filhos desde pequenos a serem interventivos e cidadãos de um mundo que eles vão herdar, porque não os instruímos dos nossos erros e das consequências para que possam evitar? Serão, da nossa parte, atos falhos? Existe, inconscientemente, um maestro que nos envia os erros para que os corrijamos? Porque queremos que eles cumpram os nossos sonhos, se nós nos escusamos na construção deles? Porque hão de ser eles a pagar as nossas péssimas escolhas? Porque se continua a trazer crianças para um mundo onde só lhes daremos o lixo da nossa estupidez, fabricado com requintes de ignorância voluntária? Porque não se controla a natalidade se é para morrermos todos? Existe algum fascínio homicida na perpetuação da espécie se é para entregar aos nossos amados um planeta destinado à violência e destruição? Que raio de merda se opera nos nossos cérebros que fazer amor é tão bom, mas matar é que vence?
Andamos aqui a apanhar lixo, entendemos o lixo produzido pela ignorância, mas não podemos aceitar que se mantenha e que se perpetue a sua continuação! Ah e tal, vamos reciclar o planeta, venha o próximo enquanto este implode? Não há inocentes, exceto as crianças, exceto os animais, exceto os vegetais e minerais, e não me lixem, somos responsáveis por todos! Não foi para isto que viemos ao mundo! Qualquer criança chega a esta conclusão. Que idiotia contagiosa é esta?
Enquanto não fizerem a autocrítica, o espelho, espelho meu, o teste-erro/acerto não chegam lá.
A geração dos nossos avós foi uma geração de guerra mundial, souberam-no, não porque estivessem nela como efetivos, mas pela divulgação algo escassa e diga-se, pouco fidedigna de informações como, por outro lado, pelas consequências advindas dela. A fome coletiva, a morte em massa, as doenças ligadas ao inconsciente coletivo, ligadas ao ambiente ecológico e geográfico, etc. Na verdade, os meus avós atravessaram duas grandes guerras, entre a primeira e a segunda (as mundiais) e várias outras, mais pequenas, mas que sempre fizeram parte da nossa história, enquanto humanidade. Retrocessos. Aprenderam lições que já se encontram no nosso adn, mas não para continuarmos a enviesar as realidades. estes tempos são outros. A fome foi uma constante, a perda de direitos idem, as lutas por melhores direitos laborais, por melhores condições de vida, por igualdade de oportunidades, pela saúde, pela liberdade de expressão, e a eles devemos o facto de podermos nos exprimir sem sermos torturados nos calaboiços escondidos da usurpação do poder, a fome é uma amostra "idiossincrática e pontual de uma minoria" escondida pelos canais nacionais de cada país, ostracizada, por ser uma vergonha, podemos imaginar isto de todas as minorias. Não se deixem enganar. A fome é visível em todos os países, espalhados pelo mundo inteiro. A justificá-lo é a premissa de que uma fatia de dez por cento da população mundial detém noventa por cento da riqueza disponível. Enquanto noventa por cento da população mundial detém apenas e somente, dez por cento da riqueza mundial. É só fazer contas de somar, nada complicado como parecem ser as equações e a trigonometria, ou a soma do cateto e da hipotenusa. Chegamos aqui, a esta matemática da escassez por estupidez. Por destituição do nosso poder em detrimento dos mais hábeis na matemática individual e grupal familiar. E desmontaremos tudo isso, da mesma forma que atribuímos erroneamente o nosso poder aos outros. Tornando-nos cidadãos interventivos, defendendo uma sociedade mais justa, tornando-nos a nós mesmos o primeiro-ministro do nosso cérebro. Porque tudo advém dessa maravilhosa ferramenta que foi entregue pela fonte a todos. Temos que desmontar o sistema de crenças. Porque tudo está baseado nelas. Nos atos falhos que somamos e estupidamente repetimos. E que são estes atos falhos, senão a memória coletiva a impor-se na realidade individual de cada um? Sabemos onde o progresso atual nos está a dirigir. Fala-se e normaliza-se a ideia errónea da terceira guerra mundial, o famigerado apocalipse, os sinais e sintomas de um planeta que geme, geograficamente falando, com a crise climática, o buraco do ozono, as erupções vulcânicas, os terramotos, tsunamis, os tornados e os acidentes nucleares que existem desde que em 1938 (decorria a segunda guerra mundial), o cientista Robert Oppenheimer desenvolveu essa bomba e o mundo sentiu essa evolução pela história na guerra dos alemães do Nazismo contra a Europa (e como consequência, os EUA, através de Einstein) para nos levar ao caminho da Paz; a velha Europa sofreu tudo isto e muitos puderam sentir os resultados fatídicos de Hiroshima e Nagasaki, que não abonam a nosso favor. O progresso tem de ser uma justiça entre o nosso interesse maior e o equilíbrio do planeta. A par da fome, o mesmo se deve analisar sobre a morte. O luto (sobretudo em massa) produz variadas doenças do foro psicológico e emocional. Fá-lo, em termos individuais, mas os resultados podem melhor ser lidos a nível de grupos maiores. As doenças físicas convivem connosco e são multiplicadas pelos grandes grupos farmacêuticos de químicos que adiam a cura para manterem o tratamento. A carraça que serve para pagar a faculdade aos filhos do médico. Isto é uma crença que serve individualmente e grupalmente. A saúde é um negócio, a morte é um negócio, a vida é um negócio, a fome é um negócio, a guerra é, quiçá o maior de todos. E em nome da paz se produzem guerras a toda a hora. Como o fizeram na vulgarização do Cristianismo e no seu uso para os vendilhões do tempo que atravessam epopeias humanas. Não estamos preparados para enfrentar estes problemas e encontrarmos soluções enquanto não lermos a História, enquanto não corrigirmos o que já foi fatal e errado para as gerações que nos antecederam.
Continuam a venerar-se os vilões e a julgar com os dedos todos a eles e não a nossa inércia. Não somos inocentes. Porque nos calamos. Porque permitimos todo o tipo de incongruências e malignidades. O nosso silêncio compromete-nos a todos. A nossa obediência é cega, como se a um deus do futebol ou da prostituição nos rendêssemos. Não se enganem. Vendem-se ao medo e à vaidade aparente.
Deus não é o velhote de barbinha branca que nos vem salvar. Deus é um conceito elaborado para nos fazer crescer na fé e na esperança de trabalhar o nosso melhor, de intervir nos destinos do planeta, de nos aperfeiçoarmos e contribuirmos para a melhoria dos tecidos social, político, económico, geográfico, biológico etc. Não aguardem Don Sebastião. Ele era um deus enquanto cá andou e provavelmente agora, está muito ocupado através da sua divindade com outro avatar qualquer. Nós somos o nosso próprio Deus e somos também o diabo. Habitamos um planeta que se chama humanidade destituída do seu real valor, em troca de roupagens facilitadas por atalhos que se revelam aterradores. O livre arbítrio é a vossa melhor app, não há nenhuma que alcance o seu valor. Porque não o usam? Porque continuamos nesta senda de destruição!? Não vedes que alguém está a escolher a vossa vida, por vocês, a troco de segurança ilusória e que dareis conta que afinal é a vossa prisão? Se nos empenhássemos nas nossas alianças, nos nossos compromissos, casamentos, missões de vida, paixões, etc como nos empenhamos nas guerras e nas quezílias, viveríamos mais equilibrados, menos doentes, mais satisfeitos, mais centrados e focados no todo. O que nos distancia disso, senão nós mesmos?
As ilusões não passam disso mesmo, temporárias, erros factuais e crassos. Leiam a história da humanidade. Leiam os rótulos da composição do que comemos, leiam as imagens de terror que vemos pelas tvs e difundidas pelos mass media, leiam tudo e mais qualquer coisa antes de arregaçar as mangas.
Para quando acordar deste grande sonho do salvador do mundo?
Deus habita-nos, tal como habitamos este planeta. Somos todos extraterrestres no mundo de alguém, dos outros, quando nem sequer tentamos entender o coletivo na figura individual do outro. Porque será tão difícil entender a empatia? Construí-la e edificá-la como garante de continuidade deste planeta no agora? Vós não tendes filhos? Amigos? Deus habita-vos desde que heis nascido. No coração é o seu templo. Não no exterior. Desta ou daquela religião.
Somos responsáveis pela nossa vida, individualmente. Se não escolhermos com sensatez e empatia o nosso caminho, se não o fizermos baseados no nosso livre-arbítrio, outros o farão. É tudo isto que temos que dar a conhecer aos nossos filhos. Da verdade e da ilusão, do fácil e do edificante. Uma mentira propagada e dita mil vezes torna-se verdade. Querem construir a verdade dos outros e demitir-se da vossa? A ceifa é isto, analisar o que é trigo e o que é joio. As crenças são pedaços de erros históricos que não encontraram o acerto. E que o repetem até ao indizível. Todos temos essa partícula divina que nos faz girar a chave para alterar o rumo atual. Israel não pode cilindrar o mundo, nem Gaza se diminuir para encaixar nos chavões. A Rússia não pode continuar a escoar os celeiros da Ucrânia, nem a Ucrânia pode continuar a alimentar-se, como um necessitado débil do espólio dos rendimentos, que serviriam para eliminar a fome no mundo, nem o vaticano pode continuar a usufruir do imenso património e da constante fuga aos impostos em nome de Deus. Os erros perpetuam-se poderosamente e alimentam-se de medo. Só o amor constrói. O que melhor fizestes no mundo passa pelo amor a si mesmo e ao outro. Não na raiva de estimação ao vizinho, nem no ódio, nem sequer na inveja ou na intriga, na mentira e na usurpação. O caminho do meio é dos que escolhem intervir para construir. Acontece que não se constrói o caminho do meio na destruição planetária, nos dejetos físicos de países, nem se torna possível elevar o positivismo através da podridão. Não se deixem encaixar. Usem o cérebro. Elejam novos destinos para Gaia. A inteligência artificial é dual. Como tudo. Usem-na de uma forma criativa para semear humanidade e derrotar esses velhos do restelo que querem manter tudo igual, no mais do mesmo que nos destrói. Não alimentem os senhores da guerra, nem da escravidão, das oito horas diárias, da cenoura fácil na frente do burro. Não sejam burros, carago! Vós viestes providos de um cérebro que pode contribuir para o todo.
Vamos usar a nosso favor o tempo, esse escalador, enquanto podemos, antes que alguém coloque o dedo no botão e faça implodir o sangue de muito mais que cento e quarenta e quatro mil escolhidos. Escolham o percurso. A Paz. A Verdade. A Justiça. A Equidade. A Empatia. A Tolerância. O Progresso da humanidade. Estes são os meus Deuses. Este é o meu caminho do meio. Estas são as minhas escolhas. Estou disponível para trabalhar nessa construção. Não estou sozinha. Espalhem o positivismo. Cresçam a empatia. Engravidem-na. Eu acredito nas gerações seguintes. Eu acredito que vim para destruir crenças. Para trazer luz. Para somar. Eu escolho usar o meu livre-arbítrio enquanto cidadã deste mundo para abanar as velhas estruturas. E se eu acredito, porque não vós? E a paz pode ser construída na pacificidade. Se vos disserem o contrário, mostrem como o silêncio da vossa presença pode incomodar. Vós tendes poder. O poder de transformar. Não se deixem dormir, nem permitam que os vossos sonhos minguem para contribuírem para os offshore deles. Não estamos na Idade Média.
Usem o livre-arbítrio no tempo do agora. Acordem, carago!
Omnia Unus Est
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