A maldade vingou no meu aniversário

 



Deixo de comemorar a idade. 

Os acontecimentos maus não param e ontem, depois de mais uma execução chegada quinta, fui visitada pela GNR. Denúncia anónima. Dois elementos da GNR visitaram o Sítio e pediram para falar comigo.

O motivo prende-se com os meus animais. A vizinhança denunciou que os meus animais estavam doentes e desnutridos, logo que eu tratava mal dos meus animais. A desnutrição está na cabeça dos queixosos. Os meus animais comem mais e melhor do que esta gente, que passaram os anos a envenenar-me os meus animais. Eu sabia que a minha vizinhança era ignorante e mentecapta. Ontem tive a certeza. Covardes esconderam-se dentro de casa. Os agentes tiraram fotos dos meus cães e gatos e logo na altura, disseram que era maldade da vizinhança e para ter cuidado com eles. Fotografaram todos os boletins sanitários deles e saíram daqui a pedir-me desculpa. Segunda-feira, a veterinária, a meu pedido, visitará o Sítio para fazer análises à dermatite do meu labrador. Todos os labradores sofrem de dermatite. O que esta gente quer é pura maldade. Cumprimentava as pessoas de bom dia e boa tarde, agora nem isso. A vida muda e eu com ela. Sempre gostei mais de animais do que de pessoas. As surpresas não foram só essas. A namorada do meu filho iniciou uma discussão com o meu filho na mesa de almoço. Quando chegou a mim, não estive com mais medidas. Pu-la fora de casa. O meu filho foi com ela. Chega de passar a mão em pessoas ocas, vazias, que se preocupam, não em crescer, mas em fazer dos outros criados. Eu não sou criada de ninguém. A vida muda as pessoas, só os burros não mudam. Por causa dela, nunca estou com o meu filho. Depois de ontem, ficou-me uma certeza. Os filhos não são apenas a educação que lhes damos. São o resultado do meio e sujeitos aos outros com quem se relacionam. Não preciso dos filhos, necessito é que estejam bem! E a falta de educação não a permito mais! Em minha casa, nunca mais. Assim, a ceifa estende-se aos mais próximos. Falei com a minha mãe que estava tão revoltada como eu pelo sucedido. Acabou a Cristina dócil, meiga e disponível para fazer vontades ou anular-se para que os outros estejam bem. O meu caminho será uma mochila nas costas e o mundo que me espere. Vim ao mundo aprender e não emburrecer com os que se deparam no meu caminho, sejam pessoas de fora, sejam os de dentro. Por mim, os meus filhos podem procurar os seus destinos, sem mim como empregada deles. Quem me conheceu toda a vida, não me conhecerá mais! E estou muito contente comigo. Tolerância zero à maldade dos outros! Acabou! Acabou! Afastem-se de mim porque eu não tenho a vacina antirrábica. 

Quanto a esta aldeia do fim do mundo, IDE-VOS FODER!

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