Crime, vociferou ela - mas não havia testemunhas
Só o ego de cada um. E mais dois ou três olhos da noite que estancavam a escuridão de surpresa. O amor assume outros contornos. Amor, disse ele. Mas espancou as palavras para que soassem cheias de sangue. Violentassem os ouvidos e os sentidos. Os meus estavam lá e eu era a personagem central. Obrigado, o óscar sabe a figos, mas tendo em conta o protagonista, até é fácil. Majestade.
Tens que descer pra que te possa ver. Entre mim e a tua magnificência, o sol brilha e dá o litro. Os deuses devem estar loucos. Alguns deles. Em tempos como estes, aprendi que não sei nada das pessoas. Que somos, aparentemente, todos feitos de quês. Escondidos. E vamos nos descobrindo através deles. Desses quês e desses outros que esvoaçam à nossa volta. Don Magnificiente vê homens, daqui só vejo mochos. Vê homens, são homens. Vejo mochos, são mochos. Descubro meio ao acaso que preciso ir à multiópticas responsável pela minha antiga graduação. Afinal, não vejo mal. São mochos. E nada de Golias e nem de Jah. E nem de happy ends e nem de tragic ends. Just a tutitutu e vou-me de frosques aos bitchos que esses entendem-me na perfeição - Já só falta eu falar como eles, pois até de gatas já ando e abano o rabinho e tudo pra que percebam que tanto como eles, também fico muito contente por tê-los perto.
Vossa iminência permite que me retire?
Nota explicativa: nota encontrada entre os meus papéis pessoais com a data de há muitos anos. Não tem assinatura, nem nada que possa identificar o/a criminoso(a). Ele há coisas tão estranhas. Licença ;)
Ah, a Vida de Vidro veio refrescar-nos com saudades. - Não, isto nada tem que ver contigo. Não aprecias outras vidas, já sei. Só a tua. Indo.
Comentários