Meditação em mudita
(Thai, cultivar o amor, com Hanz Zimmer de fundo, desenhando o mapa de te ter encontrado e meio ló, frente à janela aberta - ursa maior, cassiopeia de folga, a chuva invade o soalho)
Estou no centro do meu peito
a luz quente, o astro em brasa
dispara dois feixes de luz,
primeiro do peito, ventrículo
esquerdo do coração,
expele - porque é líquido -
um jorro dele quente,
sangue latejando
cor de terra em brasa,
(as raízes, as minhas e as tuas-
se te amei noutra vida e te amo nesta, somos da mesma casta, vinha de luz. fogueira, ninho, giesta, figueira, fruta, espuma, nômada)
Outro feixe jorrando luz
líquida, fio de água somos e transportamos pepitas
da cor do oiro mas em brasa,
veias e artérias do meu peito
(as mãos abraçam o astro rei
junto ao coração) e esse feixe dispara e estás com as sinapses da cabeça conectando nos pés do céu
e os teus pés, raízes ancestrais
transportam e injetam uma força até ao centro do planeta, os nossos pés são troncos de árvore,
num bailado eterno de desconhecimento e
perfeito deslumbramento,
estás em sincronia com
todas as partes de ti e reconhecendo
que funções vitais podem ser superficiais, cavar mais fundo,
a luz do mundo, a água do ventre
atreves-te ao exercício de transmutação de energia -
e com inspira e expira, not coming, not going, sentes os teus pés conectados com o núcleo da terra, o teu equilíbrio. Sintonia para ver arder as páginas do tempo e
com amor e imaginação te curares
das feridas todas, perderes o medo, e te permitires ser feliz.
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