A teosofia, a consciência & o autoconhecimento

 A CAPACIDADE DE PERCEBER O QUE É REAL

Na vida acelerada do mundo de hoje, todos querem ser inteligentes, vivos e inteligentes.

Ninguém quer ficar para trás; quando você vai, os outros já estão voltando. Ninguém mais diz frases com segundas intenções: dizem coisas com terceira, quarta ou quinta intenção. Frases que, com sorte, uma pessoa não familiarizada com o assunto precisará de várias horas para decifrar e talvez dois ou três dias para imaginar uma resposta que corresponda.

Em compensação, quem diz diretamente o que pensa acaba causando escândalos e inquietação. Ele é imediatamente rotulado como perigoso e tratado como um idiota. A sinceridade parece contradizer as normas da coexistência moderna e da boa educação. Então, pessoas bem-educadas são gentis, mas nem sempre você deve acreditar no que dizem.

A idiotice é um tema vasto, com muitos aspetos diferentes, e ocupa lugar de destaque na cultura de diferentes nações.

O que desprezamos muitas vezes é reflexo de algo presente em nós. Cada cidade costuma projetar a ideia de idiotice na população de algum outro país e, talvez, nos habitantes de uma de suas próprias cidades ou regiões. A mesma coisa acontece a nível individual. Quando examinamos a questão da inteligência e da idiotice, surgem algumas questões intrusivas. O que é inteligência? O que é estupidez? Quantos tipos de idiotas existem?

Podemos dizer que inteligência é a capacidade de perceber o que é real. Como existem realidades muito diferentes no mundo, não existe um tipo único de inteligência. Cada situação da vida exige um tipo específico de perceção, por isso as inteligências são múltiplas. A idiotice e a estupidez podem ser definidas como a incapacidade de perceber o que é real e são tão variadas quanto as inteligências. Portanto, existem muitos tipos de idiotas. Alguns deles são espertinhos. Sim, existem muitos idiotas que se passam por inteligentes, e também há um grande número de pessoas inteligentes que se passam por idiotas.

(Carlos Cardoso Aveline)

000

Fragmento do artigo “Un Elogio a los Idiotas”, que pode ser lido na íntegra, clicando no título.