Eugénia Melo e Castro & Al Qabri Ramos
Um homem toma a decisão de se islar.
Essa liberdade é a dele. Um homem pode sempre
cercar-se de si mesmo, ser sombra cheia
ou uma ilha parida ou o seu próprio farol,
ou uma ilha parida ou o seu próprio farol,
um homem pode ser quimera, ilhéu, arquipélago,
bandeira, estandarte, ao léu,
uma casa onde repousar,
pode ser mar tempestuoso, anzol, águia, paraíso,
inferno, albatroz ou uma pomba.
Ferida ou cura. Uma voz na noite escura,
para guiar os cegos.
Ou fonte de conhecimento. Mais dentro.
Ou fonte de conhecimento. Mais dentro.
Um homem pode ser o que ele desejar,
manifestar o que ele quiser.
Um homem pode estar na sua missão de paz,
precisar descansar, procurar a pausa, ou rasurar
uma guerrilha e os seus intervenientes, ou
deixar de fugir de si mesmo, missão de repousar,
cada qual na sua jornada, ser o que ele quiser.
Ligar-se à sua luz interior, à sua intuição e saber
exatamente o que procura, o que espera,
continuar a desenhar a estrutura e brindar
ao além. Uma mulher, também.
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