Pára-me de repente o pensamento!



Trabalhei aqui. E quase nasci aqui, também, uma vez que quando nasci, o meu pai levava-me à décima enfermaria ( na altura, de mulheres e quando lá trabalhei, de homens - Residência de Psicóticos P-09) onde a minha mãe trabalhava como enfermeira, para ela me amamentar, enfermaria essa, onde vim a trabalhar como auxiliar de ação médica, já a frequentar a licenciatura de Psicologia da Saúde na Universidade Lusíada. 
Trabalhei numa enfermaria de mulheres e pedi ao final de três meses, com alguma urgência, que me retirassem dessa mesma enfermaria, onde os conflitos eram o mais comum do quotidiano ali. Não voltei a trabalhar com doentes mulheres. Quis Deus que fosse colocada na enfermaria onde o meu pai me levava bebé para ser amamentada pela minha mãe, enfermeira de saúde mental e sem os direitos de amamentação que hoje são conferidos a todas as mães. Esta foi a instituição onde frequentei o estágio profissional que durou quase um ano, desde a Psicologia Clínica, através de consultas e baterias de exames de avaliação psicológica, a Psicologia Forense, a Investigação, a Psicoterapias de grupo de toxicodependentes e alcoólicos. Estes foram alguns dos muitos e belos seres humanos com quem tive o prazer de conviver e estudar. Em memória nostálgica. 

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