Memória de 2021 sobre o Chega

 Estou chocada com a escalada do Chega. O comentador de bola hoje deputado consegue produzir shows degradantes de como pode ser vil o ser humano. Trouxe a Le Pen e passeou-se com a xenofobia e racismo arrogantemente pelas ruas, diria com vaidade. Não satisfeito, mostra o que pensa sobre as mulheres no aparelho democrático - o batom de Marisa Matias! E retira mais um par de coelhos da cartola, apelida jocosa e levianamente todos os candidatos, consegue rodear-se de gente suspeita e perigosa como é o caso da Maria Vieira e Margarida Carpinteiro?

Que triste deve ser ser-se apoiante deste partido. Que triste termos de assistir a esta vergonha em direto. Podíamos ser poupados disto. Uma campanha onde vale tudo, até tirar olhos! Agradecia que contactos e amigos do Chega que se escondem atrás de um perfil fake de borboletas, passarinhos e flores abandonassem o meu mural. Implodam, longe.
Não estou contente com a política atual, com o governo, com a corrupção dos mesmos de sempre, com o mundo e os seus interesses, mas nunca votaria em semelhante fantoche. Protesto, mas a democracia ainda é o processo com o qual mais me identifico.
Não se esqueçam de ir votar. Votem na democracia, na Constituição, votem em consciência.
Em psicologia, quando pretendemos apurar um diagnóstico, usamos por comparação o diagnóstico diferencial. Os mesmos sintomas e sinais que são diferentes no tempo de permanência ou afetação do indivíduo, a anamnese que distingue um indivíduo do outro, vidas e experiências de vida únicas, outros sintomas que revelam a estrutura da personalidade. Aqui, neste caso, o diagnóstico é fácil de identificar. É fascismo de estrutura sem convicção, contrariando em parte a anamnese do sujeito. O que é mais grave. Porque o caos da personalidade reside no todo e a influência externa pode modificar este caminho de poder para o mero oportunismo e vaidade. Ou para situações mais graves ainda contra o outro.
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