Alma Novaes
Aos 14.14
Gasto o meu olhar na curva do teu sorriso,
nas mãos alongadas que estimo,
no perfil do teu rosto, do teu corpo
onde me redimo,
desse sopro de memórias que esgrimo
sem glória, sem desistência, com o sopro
do meu sonho, e de sonhar-te não desisto
E calculo noite adentro coordenadas
estudo o teu mapa e o meu,
os asteroides ativos
o meu neptuno e o teu em escorpião
o teu vertex, em oposição à minha lilith
ao lado da minha vertex, do meu signo
ao teu nodo norte,
e no meu nodo sul, o teu vertex,
a tua Juno e Ceres, e eros, a nossa eros
em escorpião, em sextil com a minha vénus,
a tua em peixes e a minha em leão,
a tua Palas Atena e a minha Vesta,
a alongar-se no teu ascendente,
sem sacrifício, antes indício
na entrega devotada e ardente
bem ao lado da tua lilith e da minha lua
Somos dois em um pra sempre
mesmo na tua ausência demorada,
na demorada malignidade
que será desfeita
dos que se fazem presentes,
a imperturbável sinastria perfeita
Sim, és o meu muso de corpo ausente,
o meu grande amor
e serás sempre!
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