Chris De Burgh & Alba Tua





Passaram vidas
pessoas, circunstâncias
dores e feridas
só não passaste tu
e as veias gritam
ainda o teu nome
estranho nome do amor
e a jugular
sempre encontra 
resistência
pulsar na tua presença
e, enquanto o tempo
for disforme sem cor
andarás dentro de mim
no meio dos rios e
das árvores,
das pontes e das casas
desenhando arco-íris
em volta
asas do amor à solta
o teu nome
sitia o meu coração
sempre estarás onde 
eu estiver
sempre andarás comigo
o crono te fez eterno
o doce nome do amor
e efémero espaço
onde coubemos
sabemos, sabes
sei que não se apaga 
não se cala
não se vence
não se permite 
contaminar
eu sou o afluente
com trilho
para a tua foz
tu és o mar
onde naufraguei
vidas inteiras
tu és a voz, 
o maestro
da orquestra
que ordena violinos
e harpas 
à minha saudade
que te quer pra ontem
e que se fez eterna, 
que os grilhões dos outros
nunca impediram
e não hão-de calar
eu vim ao mundo
para te amar
num refrão de sintonia
onde a tua maestria
se edifica tumular





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