Eu vi cair o segundo mandato do Partido Socialista em 23
A inspiração de António Costa, nos escarpados que inspiraram Agustina numa orgia labiríntica, cheia de ironia, própria da sua ficção filosófica de expor o Homem na sua confrontação com a Obscuridade, ou seja, a capacidade de olhar o espelho e antever a sua sombra, não na serra da Arrábida, mas em Sines. E quiçá, permitir-se a perda nos corredores tão iguais e persuasivos, atalhos fáceis e corrosivos do homem sem moral, sem Deus, sem conduta, entregue à soberba e à desorientação opiácea que o poder permite.
Um ir e vir, e voltar, se for capaz, da saída dos imensos labirintos do poder. Ele não estudou na Sorbonne. E não sabe como fugir do labiríntico mundo de celas que o poder corrompe (a 45 não está de vago). Se estivera atento ao mundo das artes, nomeadamente a Steven Spielberg, com o seu famoso ET, teria levado M&Ms consigo e nunca se teria perdido.
Que nunca se manche o nome da escritora, no caso, a grande Agustina Bessa Luís, nos delírios filosóficos e de literatura, pelas escusas e manobras de um homem que já foi ministro da Justiça no tempo de Sócrates (pudera Platão tê-lo conhecido e o vaticínio há muito se sabia, sem necessidade de incomodar, quiçá o Rui Pinto ou Sandra Felgueiras e Companhia Limitada) e "des-governou" (permitam-me usar o prefixo) o país à beira-mar plantado, o político e jurista impoluto, amigo dos seus amigos (já Sócrates beneficiava de amizades poderosas e cofres sem hidrogénio nem lítio, mas igualmente lamacentos), que ainda não foi julgado, mas que do julgamento não se livra. Um homem que bebeu de Sócrates (2) tendo passeado pelas Terras de Risco de Agustina, a bela Serra da Arrábida, onde oravam e se escondiam frades e outros, o divino e o profano, para, agora, resvés com uma carreira europeia já afiançada, se prepara para responder à Justiça o que é do seu foro. Quem se deve estar a gargalhar neste momento, são os vários inimigos políticos, da ala esquerda à direita, dos extremos à Extremadura, passando pelos inimigos cultivados dentro do próprio partido. E Boliqueime ali ao lado. Assim, sim, sr. primeiro-ministro. Tem muito bom gosto na literatura.
Indisponível. Agustina Bessa Luís continua a estimular escritores e poetas mundo afora.
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