Joana Magalhães
vens sempre tarde.
chegas agora, que o amor eterno
não existe
e apenas creio em nós.
tu, amora silvestre
gato vadio
dia ventoso
onde habitas quando
os muros do meu jardim
se te fecham?
quando as palavras
não são beijos
e o toque é fugaz?
no meu relógio
vens sempre tarde.
existes tarde.
porque quando moras em mim
quero-te para ontem.
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