Pedro Aznar & Laura de Jesus
Guerrilha solitária
Talvez seja só eu -serei eu apenas?
preocupada com causas antigas,
talvez porque acredite que
o perdão do amor que tudo tolera, cure,
ou talvez seja, somente, o último
reduto que me prende ao passado.
Nenhum ansiolítico, apenas o vento
Em crostas, abertas feridas
que veem e se interpõem entre nós,
só o tempo trará respostas,
encerramentos sem pré-aviso.
O espírito de guerrilha
no campo do outro que nos é amigo
Sabes que mais? acabou para mim
a guerrilha findou os chacais
brando e húmido o tempo
fazemos fumo, pulsando num tango
dançamos valsa, chovemos samba
por menos dor, ambos os dois, nós
de desaguar, bendita a hora, na tua foz
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