O IDEAL DA PERFEIÇÃO HUMANA

 




O testemunho de milhares de sábios e aprendizes da sabedoria universal, nas mais diferentes religiões, desde há pelo menos 3000 anos, é bem conhecido e documentado.

 

Esses testemunhos de vida mostram que é perfeitamente possível viver uma vida baseada na simplicidade e não na complicação. Milhões de cidadãos hoje, em todo o mundo, seguem este caminho prático, dentro das suas possibilidades e limites.

 

Devemos ter em mente, ao mesmo tempo, que não existe uma divisão simples e definitiva entre “aqueles que vivem o ensino” e “aqueles que não vivem o ensino”.

 

A distinção que deve ser feita é mais complexa e dinâmica. Há uma divisão, claro, entre aqueles que “se esforçam para viver cada vez mais o ensinamento, de forma gradual e dentro da sua realidade”, e aqueles que “criam pretextos para justificar o fato de não se esforçarem para viver o ensinando cada vez mais.”

 

Não importa, portanto, se se vive muito ou pouco o ensinamento.

 

O que importa – e isto é significativo para si mesmo, não tanto para os outros – é se a capacidade de viver o ensinamento está a aumentar ou a diminuir.

 

Portanto, seria perfeitamente correto dizer:

 

“A teoria, segundo a qual devo viver com calma e sabedoria é linda e inspiradora, mas na prática ainda não consigo aplicá-la tanto quanto gostaria.”

 

E todos devemos admitir isto honestamente, sem dúvida, ao colocarmos diante de nós o ideal de perfeição humana ensinado pela filosofia e pela teosofia.

 

(Carlos Cardoso Aveline)

 

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