Dois dedos de Deus e um cilindro de paciência
Um dos dedos aponta Neptuno que em termos natais, que se encontra em escorpião, na casa 5. Na base, estão dois planetas gigantes e transpessoais, tal como Neptuno, Saturno e Júpiter. No outro dedo, aponta-me Saturno Natal que se encontra no momento num abraço conjuntural (Orbe estreita) com Kiron, ambos na casa 10. O meu kiron Natal está na casa 9. Na base deste dedo, tenho o Úrano disruptivo (casa 3) numa orbe conjuntural algo larga com o meu Plutão Natal - raio de stelliuns transpessoais pesados, porque lá tenho, também, Júpiter Natal - e nada disto é acidental. É antes geracional. Quem nasce com Júpiter, Úrano e Plutão em Virgem pertence à geração de 60. A do sexo, drogas e rock n' roll. De Neptuno em escorpião! Do Woodstock, da chegada à Lua, da "queima de soutiens" em praça pública, do telefone, da rádio free, das frequências libertinas que emergiram da opressão e do antitradicionalismo bacoco. No quesito de conservadorismo, sou a favor das conservas para épocas de escassez na agricultura e até na cultura, os famosos livros de bolso são, para mim, também, belas conservas. Quem não leu livros de bolso, não sabe do que falo. Plutão atual em Aquário faz uma in conjunção com o meu Júpiter natal que o tenho em terra mutável e Plutão está em ar fixo. O dito aquário, senhor do Úrano e de Saturno, o maléfico mais incompreendido de todos. No ar, usufruo à bolina do trígono deste ar, entre o Sol, em Gémeos, também ar, mas mutável, orbe curta com a minha lua natal, Plutão e o meu Kiron e o bon vivant do Neptuno.
As in conjunções são aspetos bué de desafiantes e eu vou as contando, muito além dos dedos que possuo em cada mão e até chego a ir aos dedos dos pés. 150 graus, porém, a queimar. Sou câncer de solar (grau anarético) mas o meu ascendente é ar, digamos que o grau anarético de Gémeos será o meu calcanhar de Aquiles, mas o pobre do Aquiles nada tem que ver com este mapa. Isto vai dar água pelas barbas de milho, se a minha matemática tiver melhorado. E como sou do bom tempo (refiro-me ao Verão), a única coisa que abona a meu favor, neste momento é mesmo o mar, uma vez que o meu ascendente, pelas minhas contas, ja vai em Virgem e chegou o tempo do trabalho duro e estruturado.
E lembro-me de um professor que tive, há c'anos, jurou ele que eu havia de me lembrar dele, de ter saudades da sua teimosia em ensinar-me a matemática das sobras. O exercício e a assertividade dos atos. A ceifa está a chegar. E eu sem chapéu!
(Só pra não dizerem que eu não falei de Yods)
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