Laura de Jesus
Oníricos II
Encosto-me toda a ti
enquanto dormes,
na esperança de que
consigas afastar de mim
a noite fria e imensa...
E sinto-me mais quente,
embora trema ainda.
Meu amor, o teu corpo
acordou o Verão na minha pele!
E toda esta saudade
chamada amor
dentro do peito não finda.
Gritas o desejo de mim
e eu Eco, vou planando
reconhecendo, estranhamente
Que o sentimento cresce
sem território táctil,
sem requerimento verbal.
Quero-te, ponto final.
Beijo-te a alma
e volto ao sono sem sonhos
De onde me hás-de resgatar.
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