Lídia Pastor
Cúmplices
Por vezes desacreditados
Frios, ausentes.
Cansados.
Acordei com a tua voz
Amo-te, dizias.
Escolhi a tua sombra
para desbravar caminhos,
Vida fora.
Envelheci contigo.
No tempo de rugas e sonhos.
Foste bússola, porto de abrigo
E nunca tremi de medo na noite vazia.
O teu sorriso aberto
A incerteza no olhar...
Oferecendo o teu braço,
qual cajado,
para que possa caminhar.
Cobres os meus dedos de carícias
Nas noites outonais,
Quando me ouves suspirar de cansaço.
Todos os dias eu peço, ao teu lado
Apenas um dia mais.
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