As terapias alternativas e os seus predadores

 




Mas afinal, o que são as medicinas alternativas?

As medicinas alternativas referem-se a práticas e tratamentos que não fazem parte da medicina convencional. Elas são frequentemente usadas para promover a saúde e o bem-estar, muitas vezes em conjunto com tratamentos médicos tradicionais. Aqui estão alguns exemplos e tipos de medicinas alternativas: desde a música às flores, à meditação, reiki, acupunctura, fitoterapia, osteopatia, aromoterapia, e poderia encher a página de vocábulos. São imensas e variadas e todas se baseiam no amor que vem de dentro. E só depois, o negócio. 

Segundo a Associação Portuguesa de Reiki, aqui fica o enquadramento desta área:

Enquadramento

Reiki é uma terapia complementar, no âmbito das Terapias e Medicinas de Campo Bio Energético, na qual o Reiki está inserido segundo o conceito da NCCAM – National Center for Complementary and Alternative Medicine, que é uma Agência dos EUA, dedicada à explicação rigorosa sob o prisma da ciência, das Medicinas Complementares e Alternativas.

Esta terapia é realizada através de um toque suave ou a uma curta distância do corpo do paciente, seguindo um rigoroso código de ética, sendo transmitida a “Energia Universal” (Reiki) para as zonas mais necessitadas da pessoa. Esta é uma terapia complementar, ou seja, trabalha em conjunto com todas as Medicinas e outras Terapias, nunca invalidando ou substituindo qualquer uma delas.

Os terapeutas de Reiki estão enquadrados no CAE 86906 – Outras atividades de saúde humana e os seus Mestres Formadores com o CAE 85591.

E ainda:O Reiki é uma terapia alternativa em que o terapeuta coloca as mãos sobre o corpo para canalizar energia vital do universo, de forma a equilibrar os centros energéticos (chakras) do organismo e melhorar o bem-estar físico e mental.



Antes de realizar a sessão de Reiki, o terapeuta reikiano faz uma limpeza energética no ambiente, para que seja assegurado um espírito e consciência de harmonia e amor. Durante as sessões, o reikiano coloca as mãos sobre o corpo com objetivo de mudar a oscilação ou vibração das energias, trazendo benefícios comprovados como alívio de dores e redução de sintomas de ansiedade e estresse.

A prática do Reiki é segura e não gera nenhum efeito colateral e nem está ligado a uma religião, podendo ser realizada em pessoas de diferentes origens e crenças. Também pode ser aplicada em conjunto com outras técnicas terapêuticas, como a acupuntura, por exemplo.


Sempre tive a mente aberta, disponível a todas as formas de cura, muito embora considere que as ferramentas de cura eficazes e saudáveis passem sempre pelo amor, pela vontade de auxiliar o outro (empatia) e por determinados "medicamentos" feitos à base de plantas e algumas outras técnicas comprovadas e complementares. Se me perguntar se os placebos estão incluídos, diria que sim, desde que o paciente tenha conhecimento do seu uso como mero placebo. A Valeriana faz caso disso. Aquilo em que acreditamos profundamente tem uma capacidade de cura incrível. Isso é a energia do amor associado à confiança e boa vontade que o terapeuta "passa" ao paciente a ser curado. Ou seja, a aliança terapêutica e o rapport. 

Ambos necessitam estar presentes para que a cura possa seguir os passos seguros para o progresso do bem-estar.

E se o Reiki é imune a crenças diversas, bem como a diversas religiões, partidos políticos e, constitui em si mesmo uma fonte de benefícios, deveria ser verdade que qualquer um pode ser terapeuta de reiki. E assim seria, num mundo perfeito. Acontece que não o é. Nem todos estão habilitados para serem terapeutas de reiki, só porque fizeram os 3 níveis e percorreram as várias fases, tal como nem todos os que concluem uma licenciatura recheada de conhecimentos académicos e ingressam no campo de trabalho, praticando os conhecimentos teóricos no objeto da sua orientação o estão. As mãos que curam são as mesmas mãos que podem não estar preparados para o exercício de tais funções. E que trazem danos nas suas abordagens.

Estava aqui a pensar que uma grande maioria de profissionais de saúde escolhe a orientação dentro deste campo, de acordo com o desejo de realização nessa área, por necessidade de saber mais sobre e poder ajudar pessoas específicas ou para se ajudar a si mesmo. E desse ponto de vista, quer na psiquiatria, quer na psicologia, quer na cardiologia, oncologia, e ias afins, resulta em profissionais creditados e apaixonados pela prática em questão, que se dedicam à sua profissão e se tornam investigadores da área, professores que lecionam as temáticas, etc. Tenho conhecimento de excelentes psiquiatras com patologias severas de índole psicológica e psiquiátrica excelsos na sua profissão e conduta ética, muito bem-sucedidos. 

O reiki é uma energia que se manipula com a mente e o coração e se expande no calor das mãos, encontrando nas "maleitas" de todos os que experienciaram as tentativas de curas através de medicina clássica e outras e, tenta uma última abordagem, como o johrei, por exemplo. 

Dentre os seguidores de Meishu-Sama, o Johrei é considerado a Luz Divina, emanada de Deus através de Meishu-Sama que é transmitida pelos membros da Igreja com o objetivo de purificar o espírito, através da eliminação das máculas espirituais, que são a causa dos sofrimentos humanos. Importa ressalvar que entre o reiki e o johrei, não o que os distingue, mas o que é diferente é a abordagem religiosa do johrei. 

Todas estas formas de auxílio, onde o exercício da cura é o objetivo máximo têm por base servir ao outro de braço amigo, bengala de confiança, aumentando o conforto e o bem-estar. 

Não importa em que área (se a ciência do rigor ou a complementaridade holística) o profissional de saúde toque o seu instrumento, a música terá que versar o amor ao outro, a empatia, a mais-valia, a fim de exterminar a dor e/ou aliviar o sofrimento humano. 

Nos últimos trinta anos de vida, na minha vida pessoal e profissional, tal como todos, já vi de tudo. E o que vos digo é que o amor como instrumento de trabalho só toca o coração do outro, quando o nosso próprio coração está sano, não há outra via de sanidade, se não estivermos curados das nossas próprias dores. De resto, como em todas as áreas profissionais, há bons e maus polícias, bons e maus juízes, bons e maus advogados, bons e maus enfermeiros, bons e maus professores, bons e maus sapateiros, bons e maus construtores, bons e maus arquitetos, bons e maus cozinheiros. 

A grande maioria de pessoas que conheci fisicamente, nos percursos académicos, profissionais e pessoais, a quem fiz o bem e de quem recebi o mal consideram-se terapeutas de alguma coisa, johreianos, reikianos, florais, hipnoterapeutas, homeopatas ou osteopatas. Cuidado em quem confiam. Todos podem "adquirir" os graus no reiki mas nem todos são reikianos. O amor é a energia amorosa e redentora. Nas mãos erradas, não nasce cura, mas manipulação e negócio. Sim, a doença é um negócio e todos os seus becos são imundos. Não importa a perspetiva de que olhes. A ausência de amor só produz mal-estar. Sê holístico, mente aberta, não sejas é otário. É que, tal como o amor, todos os sentimentos negativos são energias vibratórias que são manipuladas pelos terapeutas no processo. Se não estás certo da identidade do terapeuta, depois da primeira consulta, pausa, pensa e sente. O teu coração revela quem é digno de confiança, se souberes escutar. Não deixes que a tua saúde seja o cifrão do negócio deles. 

Comentários

Mensagens populares